Continuo.
Pelo menos três livros, uns quantos capítulos de livros e uns quantos artigos mais andam aqui por perto. Joe Kincheloe não é um homem sem polémicas. Como não pode ser ninguém que questione a ordem estabelecida. Assume os caminhos da pedagogia crítica e desenvolve modelos que olham para a investigação em educação de forma alternativa, mas não menos rigorosa.
Aceite por uns, contestado por outros... é o caminho dos homens que defendem um ideal.
E eu aprendo, lendo o que este e outros autores oferecem do seu pensamento e da sua experiência. Comparo. Reflicto. E sei e gosto e preciso de perguntar porquê. Sempre soube, sempre gostei, sempre precisei. Nunca deixarei de o fazer. Acho que é a minha mais importante função enquanto professora, enquanto pessoa-cidadã.
Volto recordar esse universo de diálogo e recursos onde tantas questões são aprofundadas e debatidas.
The Paulo and Nita Freire Project for Critical Pedagogy
The Freire Project is dedicated to building an international critical community which works to promote social justice in a variety of cultural contexts. We are committed to conducting and sharing critical research in social, political, and educational locations. READ MORE
~Joe L. Kincheloe, Project Leader
~Shirley R. Steinberg, Academic Director
Talvez seja mais fácil ter à disposição dos (des)mandos uma massa acrítica em vez dum exército de perguntadores esclarecidos e capazes. Mas continuarei a empenhar-me na formação de cidadãos de excelência: onde o conhecimento e a competência são unos, fortes e activos, servindo para questionar de modo fundamentado a realidade.
(Mais recursos vídeo: http://www.youtube.com/user/FreireProject)
2 comentários:
3za, a pedagogia crítica é de certeza uma forma de olhar mas é, sobretudo, uma forma de fazer educação: uma práxis onde a prática está unida à teoria. Ela acontece, acho, sempre que numa escola um professor consegue chegar e fazer progredir os alunos, principalmente aqueles que tantas vezes são relegados para a estagnação; ela acontece sempre que se promove o pensamento e as capacidades dos alunos no sentido de conseguir armá-los de um potencial de transformação deste mundo tão injusto. Nas escolas, fruto da prática de pedagogia crítica que tantas vezes se desconhece a si própria como tal, acontecem verdadeiras ilhas de democracia e de emancipação. Por vezes bem mais avançadas do que nos livros de alguns autores da dita pedagogia crítica. O que vejo relatado em muitos blogs por professoras e professores são verdadeiros exemplos de pedagogia crítica.
Não têm estas minhas palavras nenhuma crítica a muitos autores desta corrente de pensamento pedagógico tão importante que nos fazem pensar no que fazemos e no que fazer.
Concordo em absoluto contigo. Muitas vezes os teóricos de teorias (passo a redundância) esquecem essa componente eminentemente prática... E, sim, descreveste na perfeição o que sinto ser o enorme potencial dessa forma de estar, praticada por tantos que nunca ouviram falar de "tal". O mundo constrói-se, felizmente, através da intuição de gente boa que ama e respeita o ser humano. Quem como eu trabalhou numa escola complexa de periferia por mais de 20 anos sabe bem desses oásis construídos pelas mãos de muitos professores que salvaram futuros de crianças nascidas sem sequer conhecer a palavra esperança... :)
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