Porque sei que é importante diversificar, trabalhar todas as competências possíveis envolvendo corpo e mente (quantas vezes o faço de forma também mais tradicional e conservadora, seja lá o que isso for - não tenho por hábito fazer este tipo de distinções).
Mas não me esqueço nunca de que estes miúdos não somos nós num outro tempo, são eles, no seu próprio tempo e a caminhar para um tempo incerto, desconhecido. Aceito a provocação que me é feita no vídeo. Obrigo-me a reflectir sobre ela.
Quem fez este tempo, estas ferramentas, estes ambientes que depositámos nas suas mãos e depois tanto criticamos? Não devemos ceder à crítica fácil das decisões dos pais, dos comportamentos dos filhos, da vida de agora, do mundo que anda por aí às voltas. Tão pouco ceder à tentação do saudosismo... no meu tempo é que era bom e bem feito... Vã ilusão.
Este tempo agora também é o meu tempo. Todos os tempos por que passei (passámos) são meus (nossos).
O que tenho agora é isto. Quer goste, quer não goste.
Então, o que posso fazer com o que tenho?
Equilíbrio é necessário, sim.
Ignorar estes novos tempos, fingir que tudo pode voltar a ser como era é que não é possível nem desejável.
Continuarei a falar-vos, logo que consiga, do meu "menino crescido" do Clube Scratch time.
Ajudará a perceber a necessidade de uma outra perspectiva (não menos exigente, apenas diferente, usando as tecnologias como um meio importante, entre outros, para atingir os mesmos fins ou até fins novos e igualmente necessários nestes também novos tempos).
Não, não estou a falar de iniciativas (propaganda) que apenas incidem na distribuição, sem cuidar de preparar (devidamente) os mediadores (também não falo de coisas estranhas a que chamam formação). Falo exactamente da necessidade da mediação (continuamos, mais do que nunca a ser necessários), do tempo e preparação para a fazer com qualidade. Sem ela pouco acontecerá de bom e útil.
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