quinta-feira, outubro 23, 2008

2010: tecnologias na escola (e tempo?)

Descobri AQUI (Blogue Miragens do Prof. Fernando Costa da FPCE)

e "roubei".

Pode ser visto AQUI (a entrevista é algures a "um terço" do início...)

2010Setembro16

Questão importante: modelo de formação dos professores. É bom que seja em contexto. É bom que também possam ser colegas mais experientes a partilhar com pares. É bom existirem condições para que tal aconteça. E leva tempo, muito tempo. A mudança é assim.

Não me esqueço dos muitos momentos de formação informal, noutros tempos com tempo, entre pares. Bebi muito de colegas mais experientes (obrigada Jakim!), já dei de beber a muitos colegas que tinham sede. Agora já ninguém tem tempo para matar a sede a ninguém. Esse tempo fundamental de partilha e formação desapareceu da escola, substituído por coisas que em nada a acrescentam, pelo contrário, avança o exercício de subtracção do essencial. E os mentores parecem esquecer que, para além desse tempo de formação, também o modelo de funcionamento da escola tem de ser diferente... e tem de existir tempo para o professor acompanhar os trabalhos e projectos (TIC, ou outros) dos alunos fora da sala de aula, muitas vezes a partir de casa, virtualmente, extendendo a sua acção e influência... Porque a escola não é só paredes e retalhos espalhados pelo tempo fragmentado, não é só correria, papéis e reuniões estéreis.

Em contrapartida, anunciam-se cada vez mais computadores e mais planos tecnológicos.

Sem tempo... isso serve exactamente para quê? Isso serve exactamente a quem?

5 comentários:

Herr Macintosh disse...

O Plano Tecnológico deste governo pode ser muita coisa mas plano, plano não será. Eu classificá-lo-ia como tecnologia a metro para inglês ver ou a banha da cobra dos tempos modernos. Se houvesse um verdadeiro plano, por exemplo, as escolas estariam equipadas no início do ano lectivo e não algures lá para o segundo ou terceiro períodos. Mas planificar é algo que este governo não consegue fazer.
Quanto ao tempo para acompanhar os projectos/trabalhos dos alunos isso é algo que não interessa muito. O que é preciso é que tenhas uma evidência (através do preenchimento de um qualquer papel, plano, grelha...), o resto é perfeitamente secundário. Se as grelhas de avaliação tivessem um item que falasse da quantidade de horas que passamos a fazer coisas inúteis teríamos de alterar as classificações e acrescentar Excelente Mais (ou Excelentíssimo). :-)

Teresa Martinho Marques disse...

pois...

henrique santos disse...

É preciso denunciar. Coisas como esta que tu escreves aqui deveria chegar aos jornais.

Teresa Lobato disse...

Não podia estar mais de acordo com herr macintosh...

E o público, em geral, não sabe destas coisas...

Nós sabemos e sentimos estas questões na pele, porque esta escola já não é a escola dos nossos sonhos. Pelo menos dos meus.

Teresa Martinho Marques disse...

São tantas as coisas que o merecem... Toda a razão. Jakim, enquanto prof e coordenador TIC e com a tua imensa experiência... bem que podias escrever uma coisa forte e objectiva (eu é mais poesia) sobre a questão das tecnologias, a escola e o tempo... (Público?)