quinta-feira, outubro 24, 2013

Mão-cheia de mãos... já saíu! (Editora eterogémeas)

Estou muito contente, é claro! :)

Texto meu e ilustrações de um coletivo de ilustradores.

EDITORA ETEROGEMEAS
Rua do Rosário Nº223
4050-524 PORTO. PORTUGAL
T. 22 338 95 23 _ 91 90 814 98
eterogemeas@netcabo.pt






domingo, outubro 20, 2013

If you spend nights in front of a computer screen, F.lux is the best thing you’ll ever come across



I discovered F.lux earlier this year, and it has changed how I work. F.lux is a program that sits quietly on your Mac, Windows or Linux computer removing the blue light emitted by your screen which can cause your body to subconsciously delay its natural timings — and adversely affect your sleep.

In short, if you spend evenings (and early hours) sitting in front of a computer screen for any reason, F.lux will help you sleep better, by calibrating your screen’s brightness to the rise and fall of the sun in your location. 
  (continuar a ler)


download:  http://justgetflux.com/


Recolhi opiniões e percebi que muitos amigos e colegas já usavam e gostavam.
Instalei e aconselho.
Para quem precisa de trabalhar com cores em certos momentos, basta um clique para desligar e voltar a ligar.  Fica a dica!

Moovly - create animated content like a pro (experimentei e gostei)



Ver aqui o meu primeiro conteúdo animado feito com o Moovly (tutorial)


quarta-feira, outubro 16, 2013

How a radical new teaching method could unleash a generation of geniuses by Joshua Davis

Ler a história AQUI 
(vale a pena)



José Urbina López Primary School sits next to a dump just across the US border in Mexico. The school serves residents of Matamoros, a dusty, sunbaked city of 489,000 that is a flash point in the war on drugs. There are regular shoot-outs, and it’s not uncommon for locals to find bodies scattered in the street in the morning. To get to the school, students walk along a white dirt road that parallels a fetid canal. On a recent morning there was a 1940s-era tractor, a decaying boat in a ditch, and a herd of goats nibbling gray strands of grass. A cinder-block barrier separates the school from a wasteland—the far end of which is a mound of trash that grew so big, it was finally closed down. On most days, a rotten smell drifts through the cement-walled classrooms. Some people here call the school un lugar de castigo—”a place of punishment.”
For 12-year-old Paloma Noyola Bueno, it was a bright spot. More than 25 years ago, her family moved to the border from central Mexico in search of a better life. Instead, they got stuck living beside the dump. Her father spent all day scavenging for scrap, digging for pieces of aluminum, glass, and plastic in the muck. Recently, he had developed nosebleeds, but he didn’t want Paloma to worry. She was his little angel—the youngest of eight children. (...)  continuar a leitura AQUI

...

Elementary school teacher Sergio Juárez Correa, 31, upended his teaching methods, revealing extraordinary abilities in his 12-year-old student Paloma Noyola Bueno.

Princípio 4: ... investir tempo a criar laços (a magia poderosa de cativar)

Qualquer aula serve se investirmos tempo continuada e consistentemente na relação forte de confiança, exigência com ternura,  que leva os alunos a crescer e a acreditar em si e em nós. 
Se a isto se juntar a oferta de um tempo no intervalo ou noutro recanto da escola fora das fronteiras da aula (quando nos pedem ou quando nós pedimos) de escuta, amena e mágica... tudo acontece bem mais depressa! 

A aula acabou, quase todos sairam. 

Professora, posso fazer-lhe uns truques de magia? 
Claro! Adoro magia... vocês já sabem.



Parta este baralho. 
Parti. Ela retirou um molhinho de cima e mostrou-me uma carta.

Olhe para esta carta e fixe-a (não ligue... as cartas são muito velhinhas porque eram da minha avó). Assim fiz. Pousou as cartas e olhou para mim de braços no ar como que a sentir a magia e a invocar os poderes.



Depois agarrou-me a cara e espreitou bem fundo nos meus olhos... 
Tenho de olhar bem para dentro dos seus olhos para ver qual foi a carta que viu. 



E acertou! Desconcertante! Pedi-lhe mais uma vez... acertou (como fará ela isto?). 
Tenho lá um livro com truques, mas este não vou contar porque foi o meu padrinho que me ensinou... 
Claro que não quero que me contes! Estou supreendida e curiosa, porque não percebi como fazes. 
Pedi mais uma e outra vez. Sempre eu a partir e misturar as cartas e ela a levantar um monte do topo nunca com o mesmo tamanho...
Depois fez mais dois truques brilhantemente executados, sempre acompanhados de uma conversa verdadeiramente profissional de fada-feiticeira. Adorei cada minutinho. As colegas ao lado rindo, uma delas tirou as fotos com a máquina que lhe dei para as mãos. 
Oh professora ela é mesmo boa nisto, não é?

Ainda tempo para mais um truque, desta vez com um artefacto mágico. Mais fácil de decifrar, mas absolutamente delicioso.




O intervalo gastou-se assim, todo ele cheio magia por dentro e por fora de nós.
Laços que apertamos e estreitamos dia a dia.


.............................

- (...) Que significa “cativar”?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. Significa “criar laços”...
- Criar laços?
- Isso mesmo, disse a raposa. Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no Mundo. Serei única no Mundo para ti.(...)
A raposa calou-se e olhou por muito tempo para o principezinho.
- Cativa-me, por favor, disse ela.
- Tenho muito gosto, respondeu o principezinho, mas falta-me tempo. Preciso de descobrir amigos e conhecer outras coisas.
- Só se conhecem as coisas que se cativam, disse a raposa. Os Homens já não têm tempo para tomar conhecimento de nada. Compram coisas feitas aos mercadores. Mas como não existem mercadores de amigos, os Homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me.
- Como é que hei-de fazer? disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência, respondeu a raposa. Primeiro, sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo rabinho do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto...(...)
- Vou dizer-te o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
(...) "


in “O Principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry

domingo, outubro 13, 2013

Instagram? Converti-me...

... à magia de capturar instantes apenas com o telemóvel.

Às vezes é quanto basta para prender e congelar no tempo uma emoção ou uma ideia.





Não sou uma questão administrativa...

“Não sou uma questão administrativa!”

Desde as 15h de dia 8 que o gabinete do ministro da Educação e Ciência recebe, hora a hora, uma fotografia e uma mensagem de uma criança com necessidades educativas especiais.
(...)
 ..............................

É triste que seja necessário.
(Infelizmente não me surpreende... tem sido esse o sentido da economia de rigor que se aplica, sobretudo, aos mais desprotegidos, na educação e em todo o lado.)




Porque há vida para além dos exames... e porque os culpados nunca serão avaliados.

Na aula de matemática há sólidos invisíveis na palma da nossa mão... 

A história repete-se:
Pedro, quantos vértices? Estou a contar na minha cabeça...

 


Por que razão continuo com falta de tempo para esta teia? É por causa de outras teias que tenho de tecer e alimentar e porque, embora a prática reflexiva docente seja um bem maior e recomendado, cada vez mais a escola é uma fábrica de fazer (muitas vezes um "fazer" estéril) sem espaço para pensar, respirar, avaliar, refletir, mudar...
Começo a achar que há interesse em transformar professores e alunos em fazedores obedientes e acéfalos... Tão mais fácil governar uma população que se deixa ir na corrente, cansada, desistindo de ser Pessoa com direitos e opinião...



 
Para além das minhas aulas, a coordenação do departamento... Unir, articular, transformar um grupo de professores (de que gosto muito) numa equipa. Partilhar, convocar, escutar, colaborar, sugerir, organizar... Um desafio nestes tempos onde as dificuldades se acumulam e nos assaltam por todos os lados.

Ontem (e hoje...) o dia dedicado à organização e partilha de recursos (na DRIVE do Departamento e publicamente no blogue http://matteia.blogspot.pt/) e depois "melgar" os meus pares com muitas mensagens a explicar tudo o que tem de ser feito e o que vai acontecer... Os dias da semana não chegam, já se sabe. Nem as ditas 40. Sorrio na esperança de ser obrigada a trabalhar apenas 40 horas: tanta lista que ficaria por cumprir!




Ontem reparei que metade da responsabilidade dos resultados escolares de matemática - 2.º ciclo, e para onde a Inspeção Geral de Educação insistirá em olhar quando vier novamente este ano verificar o que fizemos com avaliação do ano passado, vai ser da minha estatística responsabilidade... Leciono metade das turmas de sexto ano da escola (turmas muito grandes que não preparei no 5.º ano e onde, com exceção de uma, há um número muito considerável de alunos que transitaram com negativa e usufruem de apoio). Numa das turmas quase metade das crianças tem aulas de apoio (apoio que este ano pode ser, por exemplo, uma turma de 20... (!) ). Nessa turma há também um tempo de coadjuvação (um alívio ter a colega comigo a ajudar-me no apoio a atividades práticas dos 30 meninos nesse tempo) e tenho a presença do professor do ensino especial para dois alunos dessa turma (nee). Não há de ser nada... São também as minhas equipas e havemos de chegar todos vivos e bem ao final do ano. 
 Como os exames são no início do terceiro período e a matériazinha tem de estar toda trabalhada até ao final do segundo (absurdos estranhos que a tutela dita sem pensar nas consequências...), depois havemos de fazer toda a matemática que nos apetecer, ao nosso jeitinho, sem stress... Até lá, misturaremos o possível com equilíbrio, que eu cá sou mesmo é especialista em matemagias, motivações, cura de alergias e medos matemáticos... Treinadora para exames? Não tenho feitio, não...

E a isto junta-se uma portaria que me obrigou este ano (permite-o para mim e para muitos) a leccionar algo no terceiro ciclo para o qual não tenho habilitação profissional (só própria). É o rigor em ação. Acho que para o ano, se descobrem que eu escrevo poesia, passo a lecionar matemática e língua portuguesa... e como toco guitarra mais ou menos, quem sabe posso dar aulas de educação musical?

Não me conformo com os disparates em curso e, andando nisto há quase 30 anos, já passei por muita coisa e vi muita coisa mudar para melhor e para pior... A esperança persiste de que dias mais claros nasçam e foco-me apenas em proteger os miúdos dos efeitos nefastos de quem não tem qualquer noção do que é hoje a realidade das escolas, das crianças e das famílias. Mas para o fazer (e tudo o que me está atribuído em simultâneo sem qualquer redução), deixo de ter vida, simplesmente. Todos os fins de semana, desde que o ano letivo começou, são preenchidos com trabalho, na esperança de conseguir um dia ter tudo organizado e acabado. Não será possível.

Claro que tentarei prepará-los, enquanto pessoas, para o que terão de enfrentar, mas não os treinarei especificamente para os exames... 
Este ano, por exemplo, tem sido mais complicado porque só fazê-los confiar em mim é uma missão que já dura há um mês... coisa que está resolvida no 6.º ano quando são meus no 5.º. Eu preparo-os para confiarem em si próprios, para sentirem que são capazes, para não desistirem, para se fortalecerem. E sou muito muito exigente, mas estou lá sempre para amparar e ajudar quem precisa. Quando a confiança se instala,  o resto é um pouco mais simples, mas não opera milagres sem o seu esforço pessoal e o empenho das famílias. Isto é diferente de treino exclusivo e amestração para exames, porque findo o exame não resta nada e eu quero que findo o exame tudo fique e se consolide ainda mais. 

Se não podemos fazer de conta que eles (exames) não existem, também não podemos deixar que nos impeçam de ver mais longe. Se é fácil o equilíbrio? Não é... E admito que às vezes a insegurança (falta de experiência) do próprio professor dite esse tipo de gestão assustada, esse receio de falhar. A pressão social e mesmo na escola (avaliações internas e externas) está nos ombros dos professores de disciplinas sujeitas a exame. Por isso, embora eu não goste de cargos de coordenação, é sempre uma oportunidade de partilhar e passar uma mensagem diferente a quem precisa... E às vezes basta isso: ajudar e encontrar melhores caminhos de ensinar e aprender entre pares (mesmo no meio do tsunami e dos destroços e entulho polvilhados carinhosamente na nossa estrada pela tutela...)

Ah... e ainda vivo (felizmente) respirando com o programa de matemática antigo (por mais este ano e, depois, lixo com  algo que nem acabou de ser implementado, tão pouco avaliada a sua implementação)... Como se não bastasse todo o mal que tem sido feito, estamos a (tentar) trabalhar nas metas do 5.º ano (em implementação) e cada vez mais me assusto e preocupo com o que fizeram ao programa.  Os colegas a lecionar 5.ºs estão em dificuldade e os alunos também... 


Será que não podiam parar de inventar pedras para nos colocar no caminho?
Será que nos podiam deixar respirar um pouco por entre os mísseis que parecem fazer questão de lançar em cada ano letivo, sem respeito algum pelos alunos, professores e famílias (a comprar de novo manuais de 5.º e 7.º anos de matemática e português, no caso em que a criança está a repetir o ano, herdou o livro de um irmão, ou conseguiu que alguém o emprestasse..). E quando não é possível comprar o manual, o professor dificilmente consegue fazer o seu trabalho em turmas de 30, usando fotocópias para os alunos que o não têm, levando os alunos atrabalhar sem materiais apropriados... tentando sempre corrigir os disparates consecutivos de tutelas que antes de tomar decisões deviam pensar nas consequências.
Ignorância? Incompetência arrogante.

Em 30 anos já vi muita coisa estranha... nada tão estranho como o que estamos a viver este ano na educação e nas escolas. As cicatrizes brevemente ficarão expostas. Já os culpados... esses mudarão de vida, de cargo, de posição, sem nunca serem avaliados pelo mal que fizeram ao país, como já é habitual.

.........................................................................................

Opinião (ler o resto AQUI):

Sobre o novo Programa de Matemática do Ensino Básico




Um programa alicerçado na preocupação do axiomatizar, que valoriza o “formalismo pelo formalismo”, que rejeita a possibilidade de compreensão de conceitos e procedimentos, dificulta a tarefa do professor, para além de se distanciar das orientações dos programas do Reino Unido, de Singapura e dos EUA.
 (...)
 Assinatura
Carlos Albuquerque, Ana Cristina Barroso, Maria João Gouveia, Suzana Nápoles, Luís Sequeira e Maria Manuel Torres, docentes do Departamento de Matemática da FCUL


 

terça-feira, outubro 01, 2013

Antologia organizada por Luísa Ducla Soares: "Poesia para todo o ano" (um privilégio estar por lá com dois poemas)

AQUI
e
AQUI


Sinopse
Esta antologia, dirigida especialmente a crianças do 1.° Ciclo do Ensino Básico, é certamente uma bela iniciação à poesia e constitui um apoio para professores e encarregados de educação. Inclui poemas de todos os livros presentes nas Metas Curriculares de Português para este nível de ensino e muitos dos que figuram no Plano Nacional de Leitura.

Através dos mais reconhecidos poetas do passado e contemporâneos, abrange temáticas abordadas nos quatro primeiros anos de escolaridade, procurando estimular o prazer de ler e o gosto pela poesia e pela língua portuguesa.

os meus dois cantinhos (poemas) neste livro... 



Fiquei contente! É um privilégio imenso...

..................................

Luísa Ducla Soares organiza "Poesia para todo o ano"

Luísa Ducla Soares organiza "Poesia para todo o ano"



Poemas matemáticos, sobre nós e os outros, sobre a terra e o mar e para dias especiais foram reunidos pela escritora Luísa Ducla Soares na antologia para a infância "Poesia para todo o ano", da Porto Editora.
A coletânea, que será lançada, foi feita a pensar nos alunos do primeiro ciclo do ensino básico, adequa-se com os temas que integram os programas curriculares e alguns dos poemas figuram em obras do Plano Nacional de Leitura.
A escolha recaiu em mais de uma centena de poemas da literatura portuguesa, de autores como Manuel António Pina, Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Pessoa, João Pedro Mésseder, José Fanha, Eugénio de Andrade, Bocage, Cecília Meireles, Miguel Torga e Alexandre O'Neill.
Foram incluídas ainda rimas da tradição oral, textos de António Torrado, José Jorge Letria, Matilde Rosa Araújo e Sidónio Muralha.
Luísa Ducla Soares repartiu os poemas em dois graus de complexidade, consoante os dois primeiros ou os dois últimos anos escolares do primeiro ciclo, e agrupou-os por temas.
Há poemas para dias especiais, como o 25 de abril de 1974, poemas sobre a terra e o universo, poemas dos seres vivos - do cogumelo ao crocodilo -, poemas sobre seres nunca vistos - fadas, fantasmas, gigões e anantes (segundo Manuel António Pina) - e outros sobre os sentimentos - medo, alegria ou a humildade.