quinta-feira, maio 31, 2007

Hoje à noite no SecondUA (Univ. Aveiro)

... o programa será este (com a participação de Paulo Frias da Universidade do Porto).

http://napraia.blogs.ca.ua.pt/2007/05/30/amanha-temos-encontro-no-sl-31-05-2007/

Aberto a quem quiser participar. No Second Life, claro.
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[ua16maio.jpg]

Entretanto a comunicação social continua a "descobrir" o SL.
Aqui fica a reportagem feita pela RTP 1 no workshop cef^SL da Universidade de Aveiro (seria dispensável a introdução onde se fazem algumas afirmações discutíveis...).

quarta-feira, maio 30, 2007

E pronto!


Recebi tarde a mensagem, mas ainda vou a tempo.
Por hoje é tudo!
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O lume (sem medo...)

Oh gente da minha terra... agora é que eu percebi!

Enviaram-me por e-mail (obrigada Elis) e eu não resisti.
É que eu não percebo nada do assunto, mas à conta do aeroporto tenho aprendido umas coisas muito importantes na televisão. Esta foi uma delas.


Aos alunos costumo dizer, sempre que os gestos desadequados e os pedidos de desculpa se tornam excessivos sem aprendizagem por cada erro feito, que "as desculpas não se pedem, evitam-se".

Aos adultos... nem sei que diga.

Não era suposto saberem?

terça-feira, maio 29, 2007

Da precipitação, do rigor e da surdez




Vem de muito longe esta história de que me servia nas aulas de Ciências para abordar o método científico. Por alguma razão, nem sei bem qual, veio-me hoje à mente.
É uma história algo violenta e advirto sempre os alunos para não fazerem em casa aquilo que nela se descreve... é uma história, explico.
Um pretexto para reflectir!
A história começa com uma centopeia. Trata-se de uma espécie de experiência que se realiza com o objectivo de ser possível, através dela, chegar a conclusões sérias e rigorosas.
A ela, centopeia, se ordena: anda!
E a centopeia faz o que lhe mandam.
(Curioso, mas é assim mesmo. Este pequeno animal faz sempre o que lhe mandam.)
Em seguida, é-lhe retirada uma pata.
Centopeia, anda! E ela, ainda assim, anda.
Já estão a ver o que se segue.
Uma a uma as patas da centopeia vão sendo arrancadas (cortadas... decepadas... não sei já que eufemismo usar para que a história não se transforme em filme de terror) e de cada vez que o número se reduz, alguém ordena: anda, centopeia!
E ela anda.
Abrevio o sofrimento (o meu, o vosso, o da centopeia) caminhando rapidamente para o final.
Com uma pata a centopeia ainda consegue, nem sei bem por que artes, arrastar-se penosamente caminho fora, ignorando a dor, a humilhação, a sua condição de cobaia. Anda, centopeia, anda! E ela sempre a olhar em frente para chegar nem sabe exactamente onde.
Até que o inevitável acontece.
É-lhe retirada a última pata.
Anda, centopeia, anda! E ela nada. Imóvel. Aflita.
Anda! Anda! Nada... a imobilidade está para o movimento como o silêncio para o som.
Anda! A centopeia parada.

É nesse momento que o especialista se vira para a assembleia silenciosa e afirma com todas as certezas deste mundo: Viram bem? Estamos em condições de concluir rigorosamente e sem qualquer margem para dúvidas que uma centopeia sem patas... fica surda!




Correio da Educação, 299, 28 de Maio ASA

segunda-feira, maio 28, 2007

Rosinha cor-de-rosa

Esqueci-me da máquina fotográfica em casa.
Mas, também, ocupada que estive a trocar mimos com todos quantos tão bem me receberam hoje em Campelos... não teria tido tempo. Eles tiraram muitas... filmaram... hei-de (re)ver.

Tantos meninos do 5º ao 8º... tantas histórias, tantas perguntas de fazer pensar. Oh! Sempre as perguntas novas a fazer-me crescer na busca de uma resposta: Nunca se arrependeu do que publicou? (nada a fazer... em literatura as edições seguintes não mudam poemas nem contam outro romance... só à Ciência se permite a evolução do texto que acompanha cada "arrependimento" cada "erro", cada "descoberta nova") Rouba muito tempo à profissão de professora para fazer livros ? (Não roubo nem um segundo, só a enriqueço) Como é que fazendo tanta coisa tem tempo para tratar dos filhos? (Os meus filhos são vocês, os livros, as coisas a que presto atenção todos os dias.) Qual o poema que foi mais importante? (Um que fala de adeus... de aceitar a despedida mas chorar quando se tem vontade, porque aceitar não é deixar de sentir) e tantas mais...

E eu agora sei exactamente o que mais ninguém sabe: sei a Matilde de máquina fotográfica na mão, sei a Matilde atarefada no Conselho Executivo por conta das provas de aferição, sei o sorriso da Matilde, sei os olhos da Matilde...
Mas sei, sobretudo, a Matilde dos abraços, dos mimos, dos beijos trocados, das cumplicidades de horas de conversa, do almoço a duas, desta coisa quase estranha, quase mágica de tanto em comum apesar da distância física, da convivência feita de um ano e pouco de palavras, da dúzia de anos que nos separa. Melhor, que nos junta.
E não, Matilde, não te embaraçarei dizendo de ti qualquer coisa entre princesa e fada, qualquer coisa entre criança e mulher, qualquer coisa, assim, entre ser plenamente e aspirar a ser ainda mais, porque é esse o motor que nos faz caminhar, Matilde, a todos. Sempre foi. Sempre será. Nada está desenhado. Vamos desenhando.

Faltava-me uma foto. Só uma para me explicar melhor. Mas sei que não pode ser.

Cheguei a casa e percebi que tinha a foto dela, a tua foto à entrada.
Exactamente como a vi, como te vi quando apareceste à porta da tua escola assim pintada da mesma cor que aqui encontrei tão perto.

E, falava eu do vento no teu canto, quando descubro, ao sair do carro, que ele tinha vindo comigo.
Em Azeitão soprava a mesma aragem fresca insistente a lembrar que o ar existe, que não é uma louca invenção dos poetas.
Deve ter vindo agarrado a mim este vento.
Veio de certeza dentro do bolso do meu coração.
Se dantes já era simples e natural trocar fios de seda, agora passou a ser preciso.
Esta és tu, rosinha perfeita cor-de-rosa. Muitas.
Porque quem disser que é só uma mente.
E nós não mentimos, pois não Matilde?
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domingo, maio 27, 2007

A Escola, a Educação, deviam ser mais do que...

Embora muitas vezes seja mais do que isto... era bom que fosse sempre mais do que isto.
Os silêncios, os medos, as correntes são a expressão deste condicionamento de que temos dificuldade em nos libertar. A educação dev(er)ia ser (sempre) libertadora.
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Dos fios, das teias e dos laços...

Pois é.
As cumplicidades tecidas na 'net sem rosto, vão-se tornando encontro cara a cara aqui e ali.
Já foi a Emília Miranda do Netescrita, O João Torres, a Carla Cibele (e a voz da Cristina) do Blogue que ninguém lê, a Teresa Pombo do Blogicamente e Na Biblogteca, a Zami do blogue Ventos a Mudar e... chega amanhã a vez da Matilde que habita um dos primeiros blogues que visitei ao decidir abrir a teia ao mundo - O Canto do Vento.
A Matilde que, como eu e mais uns quantos parceiros de cumplicidades e enredos, reside no Aragem sob a batuta de um blogger de referência, o Miguel Pinto.
Amanhã será a escola dela. Em nome da Língua Portuguesa, a convite da coordenadora de departamento, o pretexto mais que bonito e certo para um abraço e muitos dedos de conversa.

Olho para trás e penso como foi bom tomar a decisão, como foi bom perder o medo de arriscar uma partilha sem fronteiras, como foi bom começar a tecer timidamente uns fios que me aproximaram de gente tão especial.
Cúmplices, sim.
Nesta luta por melhores dias, por melhor educação, por um futuro desejado.
Por menos solidão e isolamento. Por mais sorrisos.

sábado, maio 26, 2007

Distância dos pés...

Eu sabia...

Porque há terrenos dias que nos prendem, prendem, enquanto os nossos olhos procuram


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Os "problemas" do Second Life em análise...

... no Público Digital


Pensar numa segunda vida
Por

Pedro Ribeiro
Secção
Mundo Digital

O Second Life está definitivamente na moda ? e cada vez atrai mais gente. Poderá este mundo virtual ser vítima da sua própria popularidade?

Clicando em "ler mais" poderá ler uma análise à evolução recente do Second Life e o lançamento da versão brasileira deste fenómeno da Internet, submetida ao Digital por Daniel Cardoso, estudante de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa.


LER (muito) MAIS


Deixo aqui um pequeno excerto:
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(...)
Os factos estão aí: o crescimento súbito de utilizadores (na ordem dos 20% por mês, segundo um artigo da Information Week) tem causado uma enorme tensão na infra-estrutura informática. Quando o Second Life atingiu pela primeira vez o recorde de 20 mil pessoas ligadas ao mesmo tempo, os erros nas bases de dados forçaram a empresa a fechar aquele mundo para reparações. Ao mesmo tempo, a hesitação da empresa em partilhar com outras os meandros do funcionamento do seu sistema tem impedido que surjam iniciativas de terceiros que ajudem a combater a falta de recursos. O site Slashdot, frequentado por amantes e conhecedores de tecnologia, está cheio destas e de outras referências. É quase consensual: segundo muitos comentadores o Second Life tem vários erros graves e não merece a atenção recebida.
(...)


Partilho. É uma análise extensa.
Os interessados e curiosos devem escutar diferentes vozes sobre o fenómeno.

Às vezes...

... gato, queria ter esse teu tempo não contado, esse teu olhar perdido longe sem terreno apelo.
Às vezes.
Em vez disso
hoje
começar o dia corrigindo testes.


Talvez ainda escreva um poema
hoje
só para enganar o tempo.

Sim.
Talvez.



Enquanto as palavras não chegam, vou enganando o silêncio com música.
Essa companhia...

sexta-feira, maio 25, 2007

Fracções... e... "sei quem ele é... ele é bom rapaz..."

O dia foi pleno de coisas boas, mas só conto um bocadinho (mesmo suspeitando que não conseguirei conter as palavras nesse meu jeito espraiado de contar).

Sempre antes de sexta a pergunta: professora, amanhã é na sala 16 não é? E vai levar o quadro interactivo não vai?
Admito que não seja por ser novidade, tão pouco por lhe dar sabor a rebuçado, que eu pouco feitio tenho para lhes adoçar o caminho só por adoçar. Têm de se habituar ao prazer do desafio, ao do trabalho sério e as conversões de unidades de volume nas últimas aulas (prática compreensiva de procedimentos), a par com a resolução intensiva de problemas são exemplo disso. A sexta é outra coisa. É o momento de aplicar ou descobrir, de aprender ou exercitar num contexto diferente. E é importante diversificar os meios, as propostas, os suportes, sem diminuir a qualidade dos desafios.
Assim, preparei para hoje a continuação da iniciação às fracções (turma de 5º ano... não esquecer que este ano o quinto tempo é meu e foi possível gerir o programa respirando... só quatro tempos semanais é muito pouco).
Utilizei uma actividade: PIZZA PARTY

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que encontrei aqui:




Divertimo-nos sempre imenso com actividades em que as instruções são em língua inglesa: têm de ler... têm de decifrar... A vida é como é... e é bom que se vão habituando a usar a língua inglesa nas viagens pelo ciberespaço.
Depois fui além da proposta da actividade, jogando, claro, com o gosto que fazem em vir ao quadro ser eles a clicar a escolher a dizer como é.
Assim, não só tinham de descobrir qual a fracção apropriada, como explicar a razão da escolha (pobrezitos... comigo nunca se livram das razões, das explicações, das argumentações...) e apresentar a leitura da dita (nunca lhes ensinei a ler uma fracção e as primeiras tentativas foram engraçadas... eles próprios lá foram chegando pela lógica da figura e da escrita do número). Também nas explicações tiveram de utilizar os termos numerador, denominador... ao princípio ainda se ouviu o eterno "dominador"... mas a coisa foi-se compondo.

Nenhum registo, nada copiado no caderno, mas sabem qual é o TPC... e é raro aparecerem alunos entre os 28 que não o trazem feito (também sei que tenho uma turma muito especial, o mérito pende muito mais para o lado deles e para o lado dos pais que nos apoiam incondicionalmente, do que para o meu... eu sou só uma facilitadora de caminhos que deseja motivar e potenciar o bom que já ali existe sem desmotivar para o futuro...).

Falava eu do TPC... os registos, claro! Copiem da página aquelas coisas típicas... com setinhas a apontar para uma fracção e a dizer: numerador, denominador... lê-se assim e assado.

Porque me aflige (sempre me afligiu) gastar tempo da aula em cópias de registos do quadro, ou do livro, que dispensam a minha presença, que nos roubam tempo útil para desenvolver competências bem mais importantes. Eles são meus cúmplices. Sabem bem a importância de termos o tempo todo para nós, para nos desafiarmos, para efectivamente fazermos coisas úteis em que precisamos uns dos outros. O resto façam depois sozinhos que eu não vos faço falta para isso!

Assinale-se que nunca envio TPC de um dia para o outro, que tenho o cuidado de gerir a disponibilidade dos seus horários sem sobrecargas desnecessárias, mas sem lhes retirar essa componente de trabalho individual que considero indispensável e formadora de hábitos de estudo autónomo. Por isso mesmo selecciono TPCs que não precisam da ajuda de adultos. Repetir um exercício e comparar com o que foi feito na aula para trazer as dúvidas... copiar uma informação... fazer por escrito um exercício já resolvido oralmente na aula nos momentos de desafios para pensar sem escrever... O TPC de hoje é para apresentar na terça-feira.

E a aula acabou. E ficam sempre alguns na conversa. É hora de almoço. Gosto de os ouvir. Gosto de gastar o meu tempo nesse prazer sem horário, sem obrigação.
Hoje foi assim: apetecia-lhes cantar... mas... surpreendentemente... temas que trazem de memórias antigas um cheirinho a avó e a naftalina doce. Elas têm 10 anos e foi isto que se segue que me cantaram hoje com uma emoção que me arrebatou...




isto
e...
chamava-se nini... dançava só para mim...
e...
mais umas coisas surpreendentes como
... depois do adeus...
...amar perdidamente
Fui almoçar a correr, mais tarde, claro. Somos cúmplices muito para além das aulas.

Têm 10 anos, repito.
(O mundo está mesmo salvo. Conseguem ver o meu sorriso? Esse não consigo congelar...)

quinta-feira, maio 24, 2007

cef^SL Workshop - Comunicação, Educação e Formação no Second Life (reportagem fotográfica)

Foi "do outro mundo" (segunda vida?) poder assistir ao vivo às conferências...
Claro que o trabalho na "real life" não permitiu acompanhar tudo mas, ainda assim, consegui assistir a momentos relevantes. Um deles foi a cerimónia de inauguração do espaço.
Ficam as fotos para... "memória futura" como se diz agora.
Mais logo, às 19:30, prossegue a participação no encontro.









Ainda o cef^SL e mais umas coisas...

Acabei de ver esta informação no blogue do encontro na UA, que completa a informação que aqui deixei ontem, relativamente aos momentos públicos do workshop:

Toda a sessão da manhã (hoje) será integralmente transmitida em vídeo para o Second Caffé. (Café da Universidade de Aveiro no Second Life)

Quem já tiver "boneco" pode aparecer...
Quem quiser ter a oportunidade de assistir às conferências... pode sempre iniciar-se na aventura!


Dou comigo a pensar nesta coisa espantosa de ficar perto, mesmo estando longe. De como o engenho do homem pode ser posto ao serviço de tanta coisa importante. De como a sociedade do conhecimento, devidamente gerida, pode realmente ampliar o nosso acesso a ele sem fronteiras de espaço, mesmo de tempo. De como, enfim, seria talvez simples aproveitar todas estas potencialidades para o melhor, para promover o encontro, a partilha, a união de esforços. Uma certa solidariedade institucional e humana que ampliariam a nossa voz.

Enquanto a dispersão reinar, nada poderemos. Seremos pequenas ilhas sem sustentação e assim iremos caminhando sem saber nada da ilha que ao lado existe.

Ah, é verdade, falava eu da greve um destes dias e ouvi, algures entre a brincadeira e alguma apreensão: olhe que se fizer pode ser despedida! Despedida? Sim. Não sabe que têm de dar o seu nome lá para cima? Para que acha que é? Fica na lista negra...

Antes na lista negra... que na lista inócua e branca.

Ah, e aproxima-se o concurso para professor titular... a prova de fogo à minha obstinação pela coerência e pelo direito a optar pelo percurso que entendo ser o mais ajustado às minhas características profissionais (tenho queda para soldado, o que é que querem?). Pagarei, sei, por esse direito à escolha, que, portanto, direito não é. Serei penalizada daqui para a frente, marcando passo na coisa financeira, na coisa da carreira, mas pronto. Alma serena.

Ah, e agora hei-de andar congelada até 2009... eu, que em teoria deveria ter passado para o 9º, processo concluído, apenas por uma semana a expectativa gorada de mais um aconchego mensal no salário. Duplamente penalizada agora que optarei por, mais uma vez, me autocongelar no 5º da nova carreira... aguardando o descongelamento um dia, sabe-se lá quando, que me permitirá receber o tal vencimento a que tenho direito (teria) correspondente ao escalão real em que devia estar colocada.

Ao ouvir a notícia de manhã... ocorreu-me este pensamento perverso... que tal congelar um pouco a minha actividade no que respeita aos extras que ofereço ao sistema, por conta do tempo da componente individual que deixei de ter mas que insisto em roubar à vida para que o desempenho se mantenha nos níveis de exigência que são os meus padrões?
O que me faz dar, dar, dar, dar, quando a recompensa recebida é ver desaparecer aquilo a que tenho direito? Quando me tratam assim tirando, tirando, tirando?

Apreciando o estado de anormal cansaço em que me encontro neste final de ano lectivo, vou fazer um balanço sério nestas férias e verificar realmente como poderei fazer para ser a melhor professora para aqueles que precisam de mim, não me esgotando em ofertas ao sistema que o não merece. Não é amargura, ou desalento, não. É clareza de espírito. É constatação de que se continuar a este ritmo, os alunos acabarão por sofrer as consequências das minhas limitações físicas. Isso, dê lá por onde der, nunca deixarei acontecer. Sacrificarei o que tiver de ser sacrificado, nunca a minha total disponibilidade e o meu completo envolvimento com os pequenitos colocados a meu cargo.

Onde é que eu comecei?
Ah... era a SL...
Mas a SL não me faz esquecer a RL (Real Life) nem por um minuto.
SL para mim faz sentido sem alienação... como complemento...

Pois.

quarta-feira, maio 23, 2007

cef^SL Workshop - Comunicação, Educação e Formação no Second Life


Começa hoje.
Toda a informação pode ser encontrada aqui:

http://cefsl.blogs.ca.ua.pt/

Com o virtual é assim... não podendo estar lá presencialmente, aproveitarei os momentos públicos previstos:

DIA 24, depois das 16 - Comunicação e apropriação do espaço em SL - o caso da cadeira de Hipermédia do 3º ano / Ramo Multimédia da LCC.UP (apresentação através de webcast no SL) Paulo Frias (PalUP Ling) - Universidade do Porto


DIA 24, 19h30 - Sessão virtual no Second Life® O Second Life e os contextos educativos sessão aberta com a convidada especial: Katherine Milton (Katherine Barth) - Ohio University

O programa é extenso..... intenso.....
Está disponível
aqui.

Parabéns à Universidade de Aveiro e, sobretudo, aos responsáveis pela organização do workshop!


terça-feira, maio 22, 2007

No dia do Autor: uma homónima autora :)

Pois...
Já vos disse antes que nos cruzámos, descobrimos, encantámos mutuamente aqui na teia, eu e a Teresa Guedes (ver Uma outra Teresa que mora aqui em casa )

Entretanto, como nestas coisas dos encontros, a partilha é fundamental na criação de laços... trocámos mimos, que é como quem diz, livros. Eu ainda tão pouquinhos, mas esta senhora autora (digna desse nome) com tantos, tantos e mais um em produção...

Para além dos que já tinha, presenteou-me com várias preciosidades que aqui divulgo, porque são imprescindíveis!






E...
Como não podia deixar de ser... O livro que escolho para vos abrir e deixar flor(es) recolhida(s) nele... é o de poesia: Real... mente

Ora escutem...

Se eu fosse

Se eu fosse tule
gostaria de te enovelar
suavemente
numa neblina de mistérios.
.
Depois ficarias ali, de pé
majestosa, numa seara
até que eu chamasse o vento.
.
O meu lápis
.
É impossível pintar
a canção do vento
ou o choro das árvores
quando são abatidas.
É possível, diz o meu lápis
habituado a tantas vidas.
.
Real... mente
.
Real... mente
Na primeira parte deste livro, destinada aos mais novos, as palavras reinam de uma forma divertida. Para os mais crescidos,na segunda parte, ostentam um manto de sedução.Realmente!Esta palavra pode exprimir admiração por quem tem uma mente lúcida e excelente. Real....mente:não pertence à realeza,mas o palácio de uma mente é uma enorme riqueza.Os reis verdadeiros sonham com tronos de livros e abdicam dos seus reinados, por uma rara e cobiçada coroa de palavras preciosas...
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para leitura orientada na sala de aula no 5.º ano de escolaridade - Grau de dificuldade I
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Dia do Autor - é hoje!


82º aniversário / Dia do Autor

A SPA comemora o seu 82º aniversário e Dia do Autor em seis cidades.
Este ano, e pela primeira vez, a SPA decidiu descentralizar as comemorações do Dia do Autor, data em que esta cooperativa festeja igualmente 82 anos de vida.

Assim, e em dias diferentes, a SPA festejará esta data, tão significativa para todos os autores portugueses, em Braga (dia 17), Coimbra (dia 18), Porto (dia 21), Lisboa (dia 22), Faro (dia 24) e Funchal (dia 25).

Mais aqui

segunda-feira, maio 21, 2007

Borboletas invadem Lisboa... está quase!

(Clicar para ampliar informação)

A exposição "Borboletas através do tempo" pretende sensibilizar os visitantes para a importância do conhecimento científico e da educação ambiental para a conservação da natureza e da biodiversidade.

Nesta exposição, através da criação de módulos interactivos originais, utilizando essencialmente imagem e som, em detrimento da apresentação de textos, pretende-se conduzir os visitantes num percurso temporal até ao presente. Deste modo, queremos consciencializar as pessoas que a Terra e as borboletas são muito antigas, e que o Homem tendo aparecido há relativamente pouco tempo, está a interferir de forma decisiva na diversidade que naturalmente se foi gerando ao longo de milhares de anos.

Este evento irá abrir ao público no dia 25 de Maio de 2007 no Museu Bocage - Museu Nacional de História Natural, localizado no centro de Lisboa, e destina-se ao grande público. Está igualmente prevista a sua itinerância pelo país, como também pela Europa.

A não perder!




Nos braços de um anjo...

Vou dizer-vos hoje da segunda-feira que imagino como sonho bom.
Sim, que as segundas-feiras, pobres delas, são o dia-pesadelo da semana.
Sim, que eu vivo com os pés meio centímetro acima do chão para ter a certeza que o real não me pesa excessivamente e nem me prende as asas que nasceram comigo e insistem em se ir desembrulhando devagarinho como as da borboleta saída da crisálida.
Às vezes apetecia-me ter umas asas prontinhas a usar, separar-me do chão mais centímetros... mas a natureza é sábia e não me concede voos acima da minha altura...

Portanto, hoje, esta segunda imaginada dispensa reflexões profundas, desassossegos vários, pesos da alma, partilhas úteis, instrumentos de acção.
Preparem-se... mas fiquem sabendo que se lerem tudo até ao fim poderão sofrer efeitos secundários graves e desejar sair voando nos braços de um anjo para qualquer lado longe, abandonando toda e qualquer tarefa em mãos.
Não me responsabilizo, pois, pelos adversos efeitos que esta entrada possa ter sobre os mais sensíveis...

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Primeiro: pôr a música a tocar...
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Depois...


Inventar tempo. Um enredo. Sou princesa e tenho um jardim.
Saio de vestido branco para o verde, que me aguarda queixando-se da minha prolongada ausência.
Descubro as cerejas que se fizeram sozinhas sem a minha atenção e que as aves pouparam para meu prazer.

Recolho uma e sinto um sabor de açúcar vermelho na boca.
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Lá mais à frente o negro aguarda escondido na folhagem. São minhas estas amoras? São. Somos tuas.
O destino cumpre-se. Ramo vazio agora. Apenas as que são promessa lá ficaram.
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Promessa. Gosto de promessas. Promessas de maçã. Tenho tempo, imagino. Esperarei.
Ficarei aqui sentada à espera que se desprendam.
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Mais promessas. Promessas de romã. Tenho tempo. Hoje invento que sim.
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Mais cerejas. Estas sem caminho da polpa à árvore que as prende. Vêm do Japão. Segredam-me. Medo de ficar voando ao vento, por isso assim presas sem pé ao ramo. Como vos entendo. Mas imagino que tenho um pé. Um longo pé. Que mesmo presa ao ramo me movo em todas as direcções. Que tenho tempo para me mover.
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Outra promessa. De borboleta a pousar. Consigo vê-la. Consigo ver tudo hoje. Mesmo o que não é. O que há-de ser, o que não pode ser.

No caminho de regresso... outra cereja acenando. Recordo: fruto preferido. Habituamos-nos a passar pelo tempo sem olhar para nada. Passeio de comboio a dormir sem contar as árvores que deslizam ao contrário da viagem. Hoje não. Páro. Cheiro. Saboreio. Imagino que posso. Que não há mais nada no mundo para fazer. Que não há nenhuma batalha tão urgente que não possa esperar uns minutos, umas horas por mim.

Tempo para me deitar nos braços de um anjo e partir embalada por aí.

Fazer da palavra parar o centro do mundo. Só hoje. Mas também sempre que puder.

É assim, esta segunda-feira... Infinita, enquanto durar.

domingo, maio 20, 2007

E hoje...

Estou assim:
por entre o trabalho que tem de ser
flutuando por onde não tem de ser, mas sabe bem...

O silêncio e a música por companhia...

Ontem... encantamento

Uma noite especial...

Grupo de dança de corte renascentista (Arsluce) da Professora Noémia Romão (ninguém queria acreditar que toda aquela quantidade enorme de vestidos foi costurada pelas mãos desta menina... que continua a ser uma menina sonhadora... das melhores professoras que conheço). Prometo que na festa do Agrupamento procurarei repetir a captação... de dia, com luz... mas, mesmo na escuridão, se percebe e adivinha a beleza destes momentos que cativaram todos. Três danças e imensos alunos rodopiando felizes e empenhados... tocante.

Banda Filarmónica da Sociedade Perpétua Azeitonense. Delicioso.

Ouvir poesia na boca de três vozes que emocionaram (entre elas a nossa Teresinha do Talvez uma Península... uma das grandes responsáveis pela bela noite)

Representação de um poema de Sebastião da Gama pelo grupo de teatro da sociedade. Breve. Lindo.
Cerimónia de entrega do prémio. O poeta leu-se e lendo-se, de si falou abrindo uma imensa janela sobre o corpo dorido. Homem do norte... até que a morte o separe....
Assim nos disse, dizendo-se.

Dormir tarde.
Embalada pela poesia da noite.
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sábado, maio 19, 2007

A vida escorrendo, deslizando...

O tempo anda a passar muito depressa.
Quer dizer... ele vai à velocidade que deve ir, mas eu (pre)encho-o como lata de sardinha e depois, pronto, perco-o de vista.

Alguns apontamentos (que ainda escaparam) para "memória futura" (está tão na moda ... que não resisti).

O encontro na SL...
Tudo isto que aqui se diz e ainda mais. Roubo-lhes a foto e tudo (ai que preguiça de ir buscar as minhas "pics" ... descubram onde estou...)


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E ontem, a tertúlia poética.
Especial. Muito participada. Comovente.
Foi bom poder estar presente... dizer... partilhar.
Alunos do ensino nocturno, alguns filhos, professores, todos comunhando a poesia. Alimentando-se dela. Arrepiando-se com ela.
Pronto. O mundo ainda tem salvação e, sim, os professores são seres à prova de fogo. Ou quase.


Deitei-me tarde ontem. A causa era boa. Levantei-me cedo hoje...
E hoje... hoje...
bem.... a poesia continua:
espreitem aqui
.
Lá estarei...

Cerimónia de entrega do
Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama (a Amadeu Baptista)
19 de Maio 2007
21H00
Auditório Carlos Alberto Ferreira Júnior
Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense
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E hei-de deitar-me tarde hoje outra vez. Mais outra boa causa.
Mas amanhã é Domingo...
Adivinharam!
Vou levantar-me...
... mais cedo ainda! (Pensavam o quê?)
(Dia de rega que o calor tem sido muito e não há aqui mão nenhuma para me ajudar... só patas...)
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A vida escorrendo... deslizando...
Eu com ela.
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Second Life - Reportagem

Agora sim...
Eis a reportagem da SIC de que falei há tempos, mas que não era acessível a todos no formato apresentado.
na Praia encontrei " a dica" que resolve o problema.

sexta-feira, maio 18, 2007

Primeira visão da manhã


Fui cedo para a Biblioteca...
Atrás de mim entra uma das mais empenhadas monitoras, com a sobrinha ao colo.
Foi buscar-lhe um livro... sentou-a e aconteceu magia.
Minutos de encanto.
Um dia esta pequenina vai ser aluna da escola.
E que bela maneira de começar os seus passinhos por aqui!


Gosto de começar o dia com esperança.
Imensa esperança.
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(Daqui a pouco, pelas 21... regresso à Biblioteca para uma tertúlia poética mais adulta... Portanto... O dia vai encerrar-se com esperança e poesia dentro dela... querem melhor refeição para a alma?)

quinta-feira, maio 17, 2007

Calor e carinho


Calor, sim. Nos abraços. Nos mimos.
É sempre especial regressar a casa. A uma casa que foi nossa por cerca de 20 anos, logo, será sempre nossa... ganha-se esse direito. Sento-me numa mesa na sala de professores, a mesma mesa de sempre... alguém entra e diz: parece que nunca saiste de cá... saudade...
E não saí. Vocês sabem bem que no meu coração vos guardo como pedra preciosa.
Dos 22 aos 42 aí cresci e me fiz mulher. Professora de corpo inteiro.
Os meus meninos, sempre meus. Disse-lhes isso. Talvez também por isso escreva. Para que possa estender os meus fios até vocês e continuar a sentir-vos pertinho.
Meninos que mereciam uma escola nova. Uma escola fresca. Uma escola à altura dos seus sonhos.
Regressar à Luísa Todi é manter viva a memória de dias que se constroem de mãos vazias e acabam com regaço de rosas e pão, como que por magia. Mas é também recordar a assimetria gritante que persiste em deixar estas escolas provisórias de lado, prometer escola nova por anos e... nada.
Gostava de ver um arranque de ano lectivo com ilustres visitas aqui neste recanto cheio de alma, mas sem corpo saudável onde ela se possa alojar com a dignidade que merece. Talvez percebessem melhor a vergonha, a infâmia de tudo pedir sem nada oferecer a não ser remendos.
Assim foi a minha manhã no vosso colo.
Entre dois escritores que adorei conhecer: Afonso Soares Lopes (Fábulas e Contos de África) e Manuela Ribeiro, também professora (ai tantos livros já publicados na Âmbar! Aventuras de Miguel e Ricardo... podem consultar no site da editora). Trocámos contactos. Não nos perderemos de vista.
Os meninos dramatizando, mostrando a exposição de trabalhos, perguntando, ávidos de respostas.
E eu ali saboreando, saboreando, aninhando-me no lar, sabendo que chegaria a hora de partir.
Como acabou por chegar.

Disse adeus, mas não é.
É sempre até breve. Vocês sabem, não sabem?
Aquele abraço especial para vocês cheio de um imenso carinho...
(A teia é também uma maneira de poder continuar viva na vossa memória... Nunca me deixem partir dela, pode ser?)
.

Nascer do dia...


Começo a manhã regando as floreiras da varanda e recolhendo delas o aroma forte e vermelho que desperta os sentidos e abre todos os apetites.
Daqui a pouco estarei a caminho da minha antiga escola... encontro de vários escritores com alunos e professores.
Gosto deste nascer do dia...

quarta-feira, maio 16, 2007

Escola dos Arcos (Íris?)

E lá fui eu!
Desta vez não é segunda-feira e houve que regressar para as aulas da tarde.
Ainda assim... apetecia ficar...



Encantamento.
Suspensos uns nos outros.
Uma turma de terceiro ano, outra do jardim de infância. Depois juntou-se mais uma turma de JI.
Uma feira do livro. Um pretexto para falarmos de muita coisa, com as palavras e os livros sempre no meio de nós.
As perguntas... sempre as perguntas.
Conseguem surpreender-me em todas as visitas.
Quais são os segredos para se conseguir escrever poesia?
Lá fui apanhada... devolvi a questão e fomos encontrando juntos e aos poucos os segredos: imaginação, continuar a gostar de olhar à minha volta, sentimento, trabalho e disciplina, ler muito, gostar de brincar com as palavras... Aos poucos eles iam encontrando a resposta à própria pergunta...
E escreves mais coisas tristes ou coisas alegres?
E imaginas muito quando escreves?
E já escreveste poemas sobre estações do ano?
E escreves sobre o quê?
E escreves só poesias ou também escreves histórias?

Eles obrigam-me a pensar no que faço. Nas razões pelas quais sinto a necessidade de o fazer... E ao pensar e responder a tantas perguntas, não só me dou a conhecer, como sinto, de cada vez que sou sua companheira de aventuras, que aprendo mais qualquer coisa sobre mim.

Obrigada amigos por me terem deixado partilhar estas horas bonitas convosco.
Está prometido! Para o ano regresso e de viola na mão! Toca a aprender as canções todas!


Direito a autógrafos no livro Provérbios Repenteados... Mais uma vez o carinho a salpicar tudo.

Sorte a minha...
A vida vai-me oferecendo tantas janelas... tanto ar fresco, tanta gente boa.
Sabem... fico sem saber se sou eu que semeio em vocês se são vocês que semeiam em mim.
Talvez nos semeemos mutuamente e esse seja, afinal, o grande segredo da poesia...


terça-feira, maio 15, 2007

Na aula de Ciências... tudo cabe.

Abrimos o livro...
Não lhes disse nada. Melhor, disse apenas: vou fazer perguntas.
Eles já sabem.
Vão ter de procurar as respostas. Assuntos novos. Gosto de os picar, de nada lhes dar, de lhes pedir que façam eles o esforço. E eles gostam muito. Gostam de ser eles a procurar e a descobrir o que é importante compreender.
Andamos a falar da água. Já lhes disse que pouco me interessa que decorem tudo, se em casa continuarem a desperdiçá-la inutilmente, se não perceberem a importância da sua conservação, se não entenderem, em momento de crise, como tratá-la para que se torne potável.
Admirados um destes dias porque lhes disse que tenho um regador enorme ao lado da banheira. Que nele recolho a água que escorre(ria) da torneira (para o cano) enquanto a temperatura não é a suficiente para me banhar. Oh professora, boa ideia... Lá em casa essa água nunca se aproveita...
Pois... está mal... são muitos litros. Pode ser reutilizada para regar as floreiras que tenho nas varandas, no depósito do autoclismo... São imensos litros por semana, acreditem!

Voltamos ao princípio. As perguntas que eu ia fazer.
Resolvi hoje fazer uma bem complicada, sem saber que retorno esperar. Afinal eles são pequeninos, estão no 5º ano.
Foi assim:
Digam-me lá (procurando no livro a informação), qual a fracção da superfície terrestre que está ocupada por água? (O texto no livro começava assim: se dividíssemos a superfície da terra em três partes, duas delas estariam ocupadas por água...)
Primeiro pediram um bocadinho de ajuda. Fracção... como assim? E eu, ajudei sem exagero, disse-lhes que não queria usar "porção"... ou mesmo percentagem... era mais... qual a parte ocupada? Embora aceitasse que a resposta pudesse ser em percentagem.
Uma aluna de dedo no ar: oh professora, eu acho que é assim mais ou menos 70 por cento, porque eu dividi 100 por cento por 3 e isso dá mais que 30, portanto juntando duas vezes isso deve dar mais ou menos 70... Eu em silêncio escutando... Outra aluna à frente precisa mais e diz, devem ser para aí 65 por cento. 100 a dividir por 3 dá assim mais ou menos 32,5... Note-se que não foram os alunos de "cinco" a falar em primeiro lugar...

Levanto-me. Desenho em silêncio um círculo que divido em 3 partes e pinto duas. Começam eles... Ai! É assim tipo 2 por 3 professora? É aquilo das fracções que nos vai ensinar e falou um dia na aula bola de cristal?
Lá fomos caminhando, com outros exemplos e dois alunos acabaram por dizer a palavra mágica terço, terça parte.... dois terços... Oh professora é mais que metade, é mais que cinquenta por cento!

E eu toda aflita... Ai meninos que o tempo passou a correr... ai que me atraso e depois não conseguimos chegar ao fim do livro! (Pensando melhor, só com os meus botões, quero lá saber disso para alguma coisa... O que fizemos aqui é mais importante...)


Ah, é verdade, nem vos contei que um dia destes, com estes alunos, na aula de matemática, a professora do 1º Ciclo pediu para vir ensaiar umas cançõpes do Zeca para a festa do agrupamento... e que me entusiasmei depois, tive uma ideia para a apresentação do projecto de escrita colaborativa e acabámos a aula a cantar Zeca e a recitar poesia, tendo os "volumes" sido abandonados até à aula seguinte.
Não contem vocês a ninguém, pois nem sei que diga se tiver de escrever que gastei 40 minutos da aula de matemática a cantar Zeca com os alunos, em vez "de dar os conteúdos todos"...

Mas ouvi-los com voz cristalina, motivados e felizes a cantar: Dorme meu menino, a estrela... fez-me querer preservar e aproveitar o momento. E como fora das aulas se acabou o tempo para qualquer coisa extra... paciência!

Ora eu hoje vinha aqui contar-vos exactamente o quê?
Já nem sei.
Acho que vinha só falar da importância do desenvolvimento global do aluno na escola. Sim, esta escola que parece estar mais interessada na quantidade de tempo de ocupação e na quantidade de coisas dadas... do que na qualidade do que se desenvolve. Enquanto puder ir remando contra a maré sem ser avaliada com um insuficiente... (e mesmo depois... :)...

Bem, de volta à canção:
Somewhere, over the rainbow...

Hoje estou completamente assim...

... com suspiro a acompanhar.

Deixo-me ir no som de uma das mais belas vozes de sempre...

Second Life - notícia(s)



Robin Harper na Universidade de Aveiro

A vice-presidente da Linden Labs, Robin Harper, vai participar em Maio na Universidade de Aveiro (UA) num workshop sobre o Second Life, uma ferramenta na Internet que permite simular uma vida paralela à real.

A responsável pela área de marketing da empresa que criou e gere o Second Life (SL) vai proferir uma conferência a 24 de Maio, logo após a inauguração oficial da ilha da Universidade de Aveiro no SL, segundo anunciou fonte da organização.

Na mesma sessão irá intervir Jorge Lima, fundador da Beta Technologies, empresa portuguesa de "arquitectos do mundo virtual" que está a construir edifícios no Second Life.

Jorge Lima disse hoje à Lusa que a Beta Technologies foi constituída no Verão de 2006 por dois engenheiros e uma arquitecta. Os fundadores trabalharam juntos na Associação Recreativa para a Computação Informática, instituição sem fins lucrativos que, entre outros produtos e serviços, criou a reconstituição multimédia da Ópera do Tejo, em Lisboa, destruída no terramoto de 1755.

O fundador da Beta Technologies definiu o SL como "mais um meio de comunicação, que pode ser utilizado para fins mais lúdicos ou mais sérios", admitindo ainda que o SL pode ser entendido como "um escape, mas não no sentido negativo".

"Podemos fazer no SL essencialmente os mesmos negócios que fazemos na via real. Para já, as áreas de negócio que se têm desenvolvido mais no SL são o marketing, o tele-trabalho e as conferências", afirmou.

O responsável da Beta Technologies realçou que a última projecção do grupo Gartner aponta para 80 por cento de utilizadores da Internet com algum tipo de vida paralela em 2011, no SL ou noutros serviços.

O workshop "Comunicação, Educação e Formação no Second Life" inicia-se a 23 de Maio na Universidade de Aveiro com duas acções de formação: uma de introdução ao SL, para iniciados, e outra de técnicas de programação e modelação em três dimensões, para utilizadores avançados.

No segundo dia, durante a noite, haverá sessões virtuais no SL sobre educação e sobre negócio na "segunda vida". Para o último dia, 25 de Maio, está reservada a apresentação de comunicações livres e um painel de discussão final, com todos os participantes.

A UA é a primeira universidade portuguesa a adquirir uma ilha no Second Life, onde irá a instalar os seus edifícios, que estão já em construção, no âmbito de um projecto que pretende explorar as potencialidades educativas e institucionais do SL, revelou recentemente a instituição, em comunicado.

O Second Life conta já com um universo de mais de cinco milhões de habitantes em todo o Mundo, dos quais 40 mil estão em Portugal. Actualmente conta com 70 universidades e organizações educativas estrangeiras no seu espaço, estando entre elas a Harvard Law-School, Colorado Tech, Princeton e a Ohio University.

Empresas como a IBM, Toyota, Warner Bros., Nokia, Nike e Reuters marcam já presença no Second Life com escritórios abertos e venda de produtos.

De salientar que em Janeiro, a Suécia anunciou a criação de uma embaixada no Second Life, tendo sido o primeiro país a criar uma representação diplomática no espaço virtual.

Lusa
http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/20070427_second.htm

...

Perdi esta reportagem na SIC (mas não consigo vê-la neste meu PC, tentarei noutro).

...

no Expresso:

Jogo 'on-line' ajuda associação de moradores
Second Life serve de montra para projecto em Paris

A Accomplir (Cumprir), associação de moradores na zona de Les Halles no centro da capital francesa, fartou-se de promessas por cumprir e – numa acção que poderia servir de modelo a muitos bairros lusos –, resolveu desenvolver um projecto próprio para apresentar na câmara de Paris.
O plano é que todos os moradores apresentem ideias, até dia 1 de Junho, para o novo jardim que irá nascer naquela parte da cidade...

(ler o resto aqui:

http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=387343 )

segunda-feira, maio 14, 2007

Imposto de solidão...


Conceito já antigo este.
Explico.

Geólogo como o que tenho aqui perto de mim é dado a viagens frequentes, que rochas há em todo o mundo... e boas condições em bons laboratórios nem sempre são a verdade portuguesa... portanto.
Vai de andar aqui e acoli a explorar, do Círculo Polar Ártico à Patagónia.... do Brasil aos Estados Unidos... agora... viver fora de Portugal por muitos meses, com regressos regulares para matar essa palavra tão portuguesa, tão do nosso fado.

Ora este marinheiro das pedras tem, por isso, de cumprir o pagamento de um imposto a que aqui em casa damos o nome de "imposto de solidão"... Pode ser algo típico comprado no local de destino, um objecto especial (tenho uma peça de um navio naufragado na Galiza... esta que aqui vêem... pesadíssima... ferro... teve de subir uma falésia com ela às costas...) ou, quando a estadia, como é o caso, calha em qualquer cidade europeia onde tudo é caro e muito semelhante ao que temos aqui, algo comprado no nosso Portugal ao meu gosto.
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Cumpriu-se hoje o pagamento desse primeiro imposto, devido por um mês de distância.
Eu pensei que me apetecia algo para vestir... algo assim novo, leve, fresco e bonito... enfim... coisa de mulher a debruçar-se na Primavera. Mas... foi nas prateleiras de poesia da FNAC, bem recheadas hoje para minha perdição, que fui encontrar o(s) objecto(s) desejados...

Fui tirando... descoberta a descoberta até me dar conta de que tinha 10 livros no chão...
Olhei para ele. É demais. Sei que é um mês mas... Ainda havia ali aquela colectânea completa de Ruy Belo... mas já nem a coloquei aqui...
Ele levantou o braço e alcançou-a. Dez mais um faz onze.

Não regateia. Sabe o quanto me faz falta a poesia no silêncio dos dias.
Desta vez o imposto paga-se ajudando a suavizar a solidão a que diz respeito.
(Hei-de falar-vos um a um dos livros que hoje vieram morar comigo.)

Daqui a um mês pensarei como será feita a próxima cobrança...
Agora é tempo de outro "até breve"... agradecendo às tecnologias que permitem a videoconferência diária, quantas vezes repetida para, lá está, matar essa palavra tão portuguesa...
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Até breve.
Já tenho companhia para os dias que vão chegar...


domingo, maio 13, 2007

O milagre....

http://olhardomiguel.blogspot.com/2007/05/demagogia.html

(Obrigada, Miguel, pelo alerta... )


Talvez fosse bom aconselhar umas leituras a quem se considera responsável por medidas que em teoria deveriam conduzir a um sucesso rápido, todos os problemas resolvidos por milagre (ai se fosse assim tão simples!).... e que afirma levianamente que, se não conduzirem, é porque os mesmos de sempre falharam. As perspectivas são diversas, há que analisá-las. Há que perceber a parte de responsabilidade que mora em cada um. Mas ou se trabalha em conjunto com seriedade, ou continuamos na senda da caça às bruxas que, está mais do que provado, não acrescenta nada à resolução do problema. Só subtrai, divide os actores e multiplica as dificuldades.
Simples matemática que parece escapar aos olhos de quem aparentemente tudo sabe sobre o assunto...
Parece que, afinal, o insucesso nesta disciplina ainda é maior do que se supunha...


Um exemplo de leitura (que não esgota as possibilidades):
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/94-Ponte(NOESIS).rtf

sábado, maio 12, 2007

Second Life.... a aventura continua...

Quarta feira passada, novo encontro na Universidade de Aveiro... mas desta vez com componente lúdica acentuada. Duas das "meninas" do grupo (Maria e Ocacao) (tele)transportaram os presentes seguindo um roteiro previamente estabelecido.
Sim, pronto. Um roteiro pouco convencional mas extremamente divertido, com alguns percalços pelo caminho. Por conta de uns energúmenos com "armas" no Rio (Brasil) acabámos por ali passar pouco tempo e ficou-me a questão a balançar na mente: será que na natureza humana, mesmo num espaço virtual como este, a violência não consegue deixar de estar presente?
O que me leva a um "vídeo" curioso divulgado no blogue "
Nada Vinculativo" a propósito das regras de convivência social transportadas para um universo (o da SL) onde, em teoria, tudo seria permitido... mas... Se sentirem curiosidade, podem ver aqui.
Neste segundo encontro estreei-me em algumas técnicas. Bebi água de coco e dancei disco. Acreditam? Eu também não acreditaria, mas é a mais pura das verdades. E estava a precisar de intervalar o desfiar de mil tarefas, nem que fosse assim por um bocadito, virtualmente. Já que não posso afastar-me "realmente" para longe...
Curioso ir percebendo como tudo funciona.
Pergunto-me qual será o tema da próxima quarta... somos sempre surpreendidos.
Professores e alunos da UA, mais os convidados (qualquer "pessoa" interessada pode aparecer)partilham um espaço comum, embora possam realmente estar bastante longe uns dos outros.


Talvez a possibilidade de encontro virtual seja uma das maiores potencialidades, por permitir uma interacção que o normal "chat" não alcança.... E como eu tenho a mania dos fios.... já se vê...
A teia alarga-se. Gosto da companhia destes novos parceiros de aventura tecnológica...
Preciso, todavia, de entender melhor algumas das questões técnicas que permitem passar da pura utilização, à produção de conteúdos... Por exemplo: um espaço virtual de aprendizagem... ou de animação da leitura e do livro... sei lá eu! Pena não poder estar presente no workshop agora em Maio... Mas pronto.
Isto vai com calma.
Agora vou ver uns testes... digitalizar umas imagens para o slideshow do projecto de escrita colaborativa... enfim..... The real life calls!!!


(roubei uma das fotos da Maria...)
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ADENDA: a SL vai criar um sistema de identificação (formal, através de documentos pessoais) que inibirá os eventuais menores de 18 anos registados (provavelmente alguns ainda mais jovens, que adulteraram a identidade, integrando-se mesmo com idade inferior a 13) de aceder a conteúdos "adultos". Depois de o sistema entrar em vigor, tal só será possível a utilizadores devidamente identificados. Todos os outros verão o acesso a esses conteúdos restrito. Esta medida insere-se no conjunto de acções para tornar a SL um local "mais seguro" para os jovens, limitando o acesso a conteúdos pouco adequados ao seu nível etário. Louvável, claro. Esperemos que funcione. Seria bom que a SL se expandisse à custa de conteúdos educativos com interesse e não de conteúdos alienantes. Mas, como em tudo, o livre arbítrio comanda.... Na vida que é vida, não é diferente. E, como dizem alguns, falamos de uma tecnologia e não de uma segunda vida. E, como dizem outros, para alguém preso a uma cama, uma cadeira de rodas, um queimado profundo, este universo, esta tecnologia, permite um conjunto de relações que humanizam a existência de alguns destinos... permitem quebrar o isolamento e vencer barreiras... ou não?