Calor, sim. Nos abraços. Nos mimos.
É sempre especial regressar a casa. A uma casa que foi nossa por cerca de 20 anos, logo, será sempre nossa... ganha-se esse direito. Sento-me numa mesa na sala de professores, a mesma mesa de sempre... alguém entra e diz: parece que nunca saiste de cá... saudade...
É sempre especial regressar a casa. A uma casa que foi nossa por cerca de 20 anos, logo, será sempre nossa... ganha-se esse direito. Sento-me numa mesa na sala de professores, a mesma mesa de sempre... alguém entra e diz: parece que nunca saiste de cá... saudade...
E não saí. Vocês sabem bem que no meu coração vos guardo como pedra preciosa.
Dos 22 aos 42 aí cresci e me fiz mulher. Professora de corpo inteiro.
Os meus meninos, sempre meus. Disse-lhes isso. Talvez também por isso escreva. Para que possa estender os meus fios até vocês e continuar a sentir-vos pertinho.
Meninos que mereciam uma escola nova. Uma escola fresca. Uma escola à altura dos seus sonhos.
Regressar à Luísa Todi é manter viva a memória de dias que se constroem de mãos vazias e acabam com regaço de rosas e pão, como que por magia. Mas é também recordar a assimetria gritante que persiste em deixar estas escolas provisórias de lado, prometer escola nova por anos e... nada.
Gostava de ver um arranque de ano lectivo com ilustres visitas aqui neste recanto cheio de alma, mas sem corpo saudável onde ela se possa alojar com a dignidade que merece. Talvez percebessem melhor a vergonha, a infâmia de tudo pedir sem nada oferecer a não ser remendos.
Os meus meninos, sempre meus. Disse-lhes isso. Talvez também por isso escreva. Para que possa estender os meus fios até vocês e continuar a sentir-vos pertinho.
Meninos que mereciam uma escola nova. Uma escola fresca. Uma escola à altura dos seus sonhos.
Regressar à Luísa Todi é manter viva a memória de dias que se constroem de mãos vazias e acabam com regaço de rosas e pão, como que por magia. Mas é também recordar a assimetria gritante que persiste em deixar estas escolas provisórias de lado, prometer escola nova por anos e... nada.
Gostava de ver um arranque de ano lectivo com ilustres visitas aqui neste recanto cheio de alma, mas sem corpo saudável onde ela se possa alojar com a dignidade que merece. Talvez percebessem melhor a vergonha, a infâmia de tudo pedir sem nada oferecer a não ser remendos.
Assim foi a minha manhã no vosso colo.
Entre dois escritores que adorei conhecer: Afonso Soares Lopes (Fábulas e Contos de África) e Manuela Ribeiro, também professora (ai tantos livros já publicados na Âmbar! Aventuras de Miguel e Ricardo... podem consultar no site da editora). Trocámos contactos. Não nos perderemos de vista.
Os meninos dramatizando, mostrando a exposição de trabalhos, perguntando, ávidos de respostas.
E eu ali saboreando, saboreando, aninhando-me no lar, sabendo que chegaria a hora de partir.
Como acabou por chegar.
Disse adeus, mas não é.
É sempre até breve. Vocês sabem, não sabem?
Aquele abraço especial para vocês cheio de um imenso carinho...
(A teia é também uma maneira de poder continuar viva na vossa memória... Nunca me deixem partir dela, pode ser?)
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2 comentários:
Ah! A escola nova. Está prometida e planificada (bem, esboçada seria mais correcto). Está orçamentada e tudo (esqueçamos que para este ano só atribuíram 1000 euros para as obras - deve ser para os binóculos). A associação de pais já encerrou a escola, o que provocou algum mal estar na DREL (o Director Regional veio logo a correr). Mas continuamos à espera que as obras avancem, mesmo que devagar.
Acho sempre engraçado dar uma aula super prá-frentex com portáteis e datashow numa sala com vidros partidos e o chão cheio de buracos.
É claro que tudo isto é para nos testar, para ver se os professores têm ou não estofo para serem titulares e se os alunos se conseguem desenrascar. Talvez se deva então agradecer à tutela...
POis, meu amigo, tudo na mesma...
MAs a esperança é dura de roer... :).... 'bora acreditar que um dia???
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