sábado, março 31, 2007

Matilde Rosa Araújo, Gémeo Luís e... Maria Keil!

Fim de tarde no AMAC, Barreiro, com muitas surpresas inesperadas... Para além do prazer de reencontrar um dos nossos melhores ilustradores (e amigo), Gémeo Luís, foi especial conhecer Matilde Rosa Araújo e Maria Keil.
Os comissários e anfitriões Eduardo e Ju, estão, mais uma vez , de parabéns.

Deixo apenas alguns momentos que ficarão registados na memória.

Não deixem de ler ler o livro que Matilde acabou de escrever, ilustrado por Gémeo Luís e editado pela Eterogémeas: A Boneca Palmira.

Os brinquedos que não servem para brincar brincam sozinhos.
A boneca Palmira foi assim imaginada, e assim é contada, por quem sabe sonhar a poesia nos sonhos de quem a lê: Matilde Rosa Araújo ou, noutro nome, quem nos habituou a ser crianças para sempre.
O ilustrador leu-a e ilustrou-a de forma peculiar: deixou-nos primeiro a sós com o texto, com as subtilezas poéticas da autora, com as nossas imagens. E só depois nos deu as suas, numa narrativa visual que nos estende o imaginário, numa exaltação de sentidos e de leituras.
Sabendo orquestrar o sóbrio e o festivo, Gémeo Luís propõe-nos um novo entendimento de álbum para a infância.
E. R.

A Matilde nasceu em 1921, Maria Keil em 1914.
Quando crescer, quero ser como elas...









Pardais... outra vez

Ontem ao fim da tarde: novo filme. (Eles voltam sempre...)

Hoje... encontrar a música adequada e usar o jumpcut para editar o vídeo, retirando o som de fundo e substituindo-o por aquela... (Swingle Singers - The Flight Of The Bumble Bee)

Um exercício de "repouso" por entre as mil coisas que vamos fazendo... e que ainda temos para fazer...

O código para colocar aqui o vídeo deu erro (?)... optei por um thumbnail... que vos leva até ele, no site do Jumpcut...

jumpcut movie:Pardais ao fim da tarde...
(pode demorar um pouco a carregar e a ouvir-se correctamente, sem solavancos... )

sexta-feira, março 30, 2007

A boneca Palmira...

É já amanhã, no Barreiro.
Lá estarei!





http://www.cm-barreiro.pt/noticias/detalhe_noticia.asp?Id=2235
NO ÂMBITO DA ILUSTRARTE AMAC ACOLHE 'A BONECA PALMIRA'

A Câmara Municipal do Barreiro e os comissários Ju Godinho e Eduardo Filipe apresentam a exposição 'A Boneca Palmira', no próximo dia 31 de Março, pelas 17.00 horas, no Auditório Municipal Augusto Cabrita (AMAC). Esta mostra revela ilustrações de Gémeo Luís e é promovida pela autarquia, no âmbito da Ilustrarte – Bienal Internacional de Ilustração para a Infância.

A exposição espelha o mais recente trabalho do ilustrador para o novo livro da escritora Matilde Rosa Araújo, publicado pelas Edições Eterogémeas e cujo lançamento terá lugar no dia da inauguração.

Gémeo Luís foi galardoado em 2006, com o Prémio Nacional de Ilustração, pelo livro “O Quê Que Quem – notas de rodapé e corrimão”, com textos de Eugénio Roda. Recentemente, foi seleccionado para a Exposição dos ilustradores da Feira do Livro Infantil de Bolonha de 2007, o mais importante certame internacional subordinado a esta temática.

A mostra pode ser apreciada, até ao dia 15 de Abril, de terça a domingo, das 17.00 às 22.00 horas.




http://www.ilustrarte.net/pt/pt.htm

quinta-feira, março 29, 2007

Outra vez... mas em movimento!

Edição de vídeo online...



Recebi há pouco tempo uma mensagem do site Jumpcut informando o seguinte:

We're very pleased to announce that our latest release (code name PLAYA) is now live and ready for you to have fun with. We've significantly updated the look and feel of the site and added great new features.

Check out the Jumpcut Blog for highlights:


Check out the new site:

...
Quando tiver tempo...

Second Life... (interrogações? inquietações?)

Depois de uma entrada feita há tempo, regresso ao tema, sem juízos de valor, apenas para ir acompanhando um fenómeno em crescimento que começa a estar na boca de muita gente...
Como poderá afectar a escola no futuro? A vida?
Razões para acreditar que poderão existir consequências... efeitos... (?)
Bom estar alerta... perceber, compreender, pensar...

Que futuro acontecerá um dia?
Que perguntas precisamos de fazer para descobrir?
Como evitar o pior e aproveitar o melhor?

http://nadavinculativo.blogs.ca.ua.pt/












quarta-feira, março 28, 2007

E no final da tarde... ao pôr-do-sol...

Depois das reuniões de avaliação, regressei ao posto de trabalho.

Agora ao fim da tarde vieram em peso colher o alimento ali deixado... já sem melro a importunar. As algumas imagens são feitas "do meu ponto de vista"... as outras, do "ponto de vista" do Cara-Metade, que trabalha na extremidade oposta da mesa. Passei-lhe a máquina sorrateiramente e ele, que está encostado à janela, colheu as imagens da azáfama alimentar...



E estamos arrumando... arrumando... não se nota muito, mas é porque não viram como estava antes...


Como eram muitas fotos... vai de aproveitar para avançar no domínio das operações de edição do imagem do software PICASA que pode ser descarregado e instalado a partir da 'net (http://picasa.google.com/)... Cada vez mais rendida. Luz, contraste, cor, tudo se aperfeiçoa rapidamente, culminando com uma exportação que permite reduzir o tamanho da imagem e o seu "peso" (embora para construir e publicar o álbum isso não seja necessário... ele adopta automaticamente a dimensão adequada). De seguida criar o álbum. Nunca sei como se faz... mas é tão intuitivo que lá vou seguindo os passos e acabo com o serviço completo e rápido. Permitiu-me ainda adicionar mais três fotos, depois de ter o álbum construído e publicado na internet.
Depois é dizer que queremos publicar em blogue e ele oferece o código necessário...

Partilho.
Porque há coisas que não devem morar apenas nos olhos de quem as vê...

Pardais ao fim da tarde...

Sol da manhã...

Fazendo-me companhia.
Tomando o sol da manhã no escritório.
Aqui sentada a trabalhar, não consigo deixar de parar só para cheirar e partilhar o que os olhos alcançam...





E, não, ainda não arrumámos os papéis todos...
Vai indo aos poucos...


E, sim, esta é a janela que escuto enquanto estou aqui a trabalhar...
Melodia com movimento.
Vai-vem alegre que me faz bem.
Acabei de semear arroz nos pratos e de ter uma visita inesperada...
(Os pardais tentaram, mas ele defendeu os bagos com energia...)


Preciso com frequência de interromper o trabalho para me encantar com a vida...

(Onde é que eu ia?
Ah, é verdade... agora ia fazer...)

terça-feira, março 27, 2007

Medo(s)...

Já vai na quarta versão a receita para fazer professores titulares de forma mais ou menos rápida, sem grande complicação, reduzindo a vida de cada um a sete anos pontuáveis desta ou daquela maneira, consoante isto ou aquilo. (Porque, a bem dizer, como é que se avaliava agora tudo e mais alguma coisa importante que os professores tivessem andado a fazer durante tantos anos?)
Simplex. Reduzir. Tudo muito objectivo, uniformizador, transparente. Basta saber adicionar (em alguns casos pode recorrer-se à tabuada da multiplicação, que ajuda).

Fiz as minhas contas por curiosidade. Queria saber quanto valiam 20 e tal anos de dedicação à causa.
Consegui a módica quantia de 109 pontos. Sou, portanto, um razoável embrião de titular, não fosse o facto simples de não querer nascer para esse título, por muitas e variadas razões de que já falei.

Este ano, em que sou coordenadora da BE-CRE, ter-me-iam dado afinal (depois da proposta de zero na 1ª versão) 3 pontos. Mas como é neste ano e este ano não conta... lá ficam menos três na minha conta. Matemática de "sumir" é o que tudo isto me lembra.

Na escola e no departamento onde estou, o risco de conseguir chegar a titular se me candidatar é imenso. É quase uma certeza absoluta. E há riscos que não quero correr. Medo de passar o resto da vida a aceitar tarefas com as quais não concordo e para as quais não me sinto motivada. Medo de deixar de ser feliz por não ter o tempo necessário para os alunos e para tudo o que me faz ser uma professora exactamente como gosto e eles gostam.

Mas, parece que este meu medo não é o medo certo.
Uma Amiga dizia-me ontem que, numa certa escola, a delegada sindical aconselhava os professores a candidatarem-se porque "colocava a hipótese de poderem vir a sofrer alguma penalização, que não está ainda prevista, mas poderia vir a existir"...

Ora, para além do prémio de consolação - passagem para um 6º escalão de professor (não titular) só em vigor neste concurso - oferecida a quem se candidate e não consiga atingir o pódium (portanto, penalização de quem não se candidata, que permanece no 5º do novo ECD) não existe aparentemente mais nenhuma consequência. Claro que o professor que não se candidata verá os outros passarem-lhe à frente, estagnará na carreira... os que desejam ser apenas professores têm de ter consciência disso. Mas... mais castigos ainda? Medo de leis ainda inexistentes que venham a contrariar outras leis que nos dão um direito (o de escolha) e depois nos penalizem por isso? Foi a isto que chegámos? O que se está a passar? O que é isto?

Medo.
Esta palavra assusta-me.
Sinto-o à minha volta na voz de pessoas que me dizem que se vão candidatar e rezarão para não ficarem titulares. Nas que se candidatam apenas para um dia não sofrerem penalizações se as inventarem, mas sabendo, desde já, que na escola e na posição em que estão não têm qualquer hipótese e sentindo-se felizes com essa coisa de continuarem a ser apenas professores, mas aliviados por terem feito o gesto de se candidatar...

Medo nas que me dizem que só se candidatam porque são ambos professores, os filhos, o futuro e se um dia o emprego e tal...?
Medo quando me dizem para jogar à defesa e me aconselham a aproveitar agora que é fácil. E se um dia fores obrigada e depois for mais complicado com provas e coisas assim?

Muita gente me disse que não se iria candidatar. Desses, mais de metade vai fazê-lo. Não sei se pelas certas razões.

Confesso que este medo me mete medo. Não as penalizações futuras.

Não leiam nas minhas palavras qualquer gesto de afronta ou birra de miúda. Ou qualquer juízo de valor sobre a questão de concorrer ou não concorrer. Devemos ter direito a fazê-lo ou a não o fazer com a convicção que deve orientar qualquer decisão.

Acho que quem tem vocação para titular deve claramente avançar. Quem tem feito formação na área da gestão e formação de professores, deve seguir o caminho que aproveitará melhor as suas habilitações. Quem o deseja apenas porque o deseja, ou porque quer ver o esforço de uma vida recompensado com a natural progressão, deve seguir em frente.
Mas seguir em frente por medo... por receio de um futuro desconhecido é algo, como direi?, profundamente assustador.


Receio este medo que cheiro no ar.
O desimportamento, o silêncio que pode gerar.
Assim encolhidos, assim perdidos e afligidos, será fácil continuar a fazer o que até aqui nos tem sido feito...

Medo do medo. Confesso. Isso tenho.

segunda-feira, março 26, 2007

A voz da poesia...



(inaugurado no dia 21 de Março... percebem porquê.)

Recordo os passeios à livraria Assírio e Alvim com o Pai.

Era fome, era sede.. era uma vontade grande de devorar palavras música.
E aquele espaço tão especial ali à mão... pertinho da casa onde morávamos.

Ainda guardo na prateleira flores que lá colhi.

Hoje, cansada de um dia intenso entre estatísticas da BE (recolha... dos gráficos trato depois) e das infinitas arrumações (tanto lixo que guardamos em casa... como me sabe bem deitar coisas fora...) só me apetece isso mesmo: poesia.
Ela tem, como o Amor, o poder de nos aliviar do peso do dia.

Agarrei num livro de Maria Helena Salgado que me foi oferecido pela Teresa L. (http://talvezpeninsula.blogspot.com/), galardoado em 1988 com o Prémio Sebastião da Gama (das Juntas de Freguesia de Azeitão).
Lá no meio encontrei este poema-dedicatória "Para Maria Teresa"...

Ela sente
as palavras dormentes
enquanto pensa.

Ela adormece
o vento na seara
com as suas palavras.

E quando dorme
sonha com as palavras
que há-de dizer
mas nunca disse
porque esquecendo-se
acorda.


Li-o.
Acreditando que foi para mim que foi escrito.
É essa a magia da poesia...

Leve. Muito mais leve.



domingo, março 25, 2007

Redacção sobre a Primavera

Eu gosto da Primavera.
Gosto do gosto a flores que tem por dentro. Sempre gostei.

Quando recebemos os alunos pela primeira vez é assim uma espécie de Inverno escuro, um desconhecido à espera de se iluminar. À medida que o ano avança, a transparência aumenta e é bom ir descobrindo as cores de que se faz a luz de cada um de nós. Quanto mais nos entrelaçamos, mais botões prometidos se abrem, mais aromas se distinguem, mais percebemos os cuidados a ter com cada um.

Eles depressa ficam a saber que fruto oferece cada professor, nós demoramos mais tempo a entender o sabor que tem cada aluno.

Nunca gostei muito de multidões. Gosto de conhecer rostos, nomes. Adivinhar olhos. Gosto de saber que borboleta sigo, que flor cheiro. Gosto de um ensino artesanal. A Primavera faz sentido tocada, percebida, sentida, conhecida. É na essência desse mútuo cativar que todas as flores desejam abrir-se ao novo e experimentar voar. Mas a escola é campo a querer dispersar-se. A querer deixar-se caminhar sem tempo para ver, escutar, cheirar a rosa.

Acrescentam-se muitos nomes temporários à lista habitual dos seres que nos são confiados (quantas vezes já longa) e espera-se o milagre. Um qualquer. Acredita-se que bom. Mas essa crença sem sentido só revela o desconhecimento profundo da essência deste fértil terreno. É crença de quem ignora o pulsar da escola. E crença assim nada planta. É semente morta.

Cuidar de muitas flores alheias rouba algo ao jardim que é o nosso. Há um limite para a água que sai de nós, para o alimento paciente que partilhamos e podemos receber em troca. A escola não é indústria, máquina acelerada, baixo custo, padrão repetido, cadeia de montagem, produção sem fim, números sem rosto. Ela é agricultura biológica, campo de sementes onde o tempo tem de ter o seu tempo, cada fruto seu tamanho e seu nome, onde a mão toca e sente, os olhos se cruzam, o risco se arrisca, a paciência é virtude e conhecer, plantar, saber, esperar, colher, amar, cuidar, está no centro, na margem, no fim de cada gesto preciso e lento, que acompanha o ritmo das estações sem estufas enganando a vida. Eu gosto da Primavera. Sempre gostei.

Porque lembra o Amor em gestação que me/nos colocou neste caminho. Amor que se renova em cada ano, que constrói, que acolhe, que floresce.

Não quero acreditar que a escola passe a viver de Inverno em Inverno, cheia de pressa, sem florescer a meio. Não quero.

Não quero ter saudades da Primavera e depois não a ver chegar.

Pois...

Domingo:

Enquanto uns trabalhavam...
...outros




sábado, março 24, 2007

O branco... a luz... a cor...

Dia de muitos mil afazeres desde muito muito cedo...
O branco e a luz continuam a espalhar-se pela casa... talvez este seja o derradeiro fim-de-semana e depois possa começar a tarefa de esfregar, limpar, deitar fora, oferecer, arrumar...
...tudo o que está fora do lugar que é, mais precisamente, mais exactamente, praticamente tudo.

E ainda: regar o jardim, tratar da roupa, ir ao veterinário...
E avançar em alguns trabalhos da escola que esta corrente branca de Primavera atrasou...

E preparar os que terão de ser feitos neste intervalo que chegará.
E...
E...

Lista longa. Quase infinita.
Sabendo que já nem quase é.
Não é finita e pronto.
Mas como dizem as gentes do oriente, bom sobrar sempre alguma coisa na lista... ou a morte estará próxima.
Inconcebível não ter uma coisinha sequer para fazer...
Tem de haver sempre uma ideia, um projecto qualquer, um sonhozito, uma semente... um livro para ler...

Páro. Apesar de tudo um pouco perdida nesta floresta.
A Páscoa, a Primavera... O branco... a luz... a cor...
Onde beber energia para o tanto que falta?

.... um pouco de música:






...um pouco de Primavera no jardim.

.


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Pronta para continuar...




sexta-feira, março 23, 2007

Aprender a sério...


Foi hoje. Alguns alunos treinaram em casa com familiares. Outros de manhã na BE procuravam o jogo para se preparar. A aula, com a turma dividida em dois grupos, foi animada e permitiu muita reflexão, muito cálculo mental, análise de erros, gestão de conflitos, trabalho em equipa e coordenação de esforços. Alguns alunos ensaiavam teorias: oh professora não se podem escolher números terminados em sete. Não, dizem outros, olha o 27! Tem divisores! Outros já se referiam a certos números como primos... não, esse não que é primo e o 1 já está tomado... olha que assim perdemos a vez de jogar.
Numa primeira fase jogámos com 30 números... a seguir pediram para jogar com 49. O processo foi mais lento mas muito interessante. Perceber como ganhar mais pontos ao adversário, perder menos para ele. Argumentação em voz alta. Os elementos da equipa expondo as escolhas possíveis e analisando os possíveis efeitos... comparando, seleccionando, recusando. Pediram e o trabalho continuou pela aula de Estudo Acompanhado... o conhecimento melhorou, a agilidade também. Fundamental este trabalho para "acordar" a mente e prepará-la para mais desafios.
Estão no 5º ano, sei, mas se se pedir pouco, pouco se tem. Já o disse.
É preciso esperar sempre mais, colocar a fasquia alta.



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Depois, estava combinado ceder a alguns alunos parte do tempo da aula de Matemática para apresentarem aos colegas uma actividade realizada no Clube de Informática - As Pirâmides Mágicas http://paginas.terra.com.br/educacao/calculu/Diversao/pirmag.htm do site Calculus - O lado divertido da matemática
http://paginas.terra.com.br/educacao/calculu/
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Assim foi. E foi bem engraçado (tenho uma versão desta actividade no Sabor e Saber:
http://www.saborsaber.com/INDEX/MATEMATICA/desafios/TABELA%20MATEMAGICA.doc )
Colegas cativados...


Pensa num número e diz-me em que pirâmides podes encontrá-lo...



Está nas pirâmides tal e tal...
Ah! Então pensaste no número...



Última aula do período bem recheada.
Depois da Páscoa há mais!

Ler por prazer...


Chegaram de repente manhã cedo.
Decididas, preencheram a ficha de registo de entrada na BE... sentaram-se, almofada no colo, livro pousado. Começaram a ler.
Não resisti: vocês estão aqui porque alguém vos pediu que viessem ler?
Não! Olhar de espanto e sorriso a responder ao meu sorriso.
Estamos aqui porque nos apeteceu ler!

E deixei-as em matinal paz, regressando aos gestos e tarefas que a surpresa interrompeu docemente.
Conseguem imaginar o tamanho do meu sorriso por fora e por dentro?

Paisagem bela de se ver...

quinta-feira, março 22, 2007

Já vos tinha dito?

Finalmente o computador liberto da prisão de plástico.
Um pouco como recuperar a almofadinha perdida... o cantinho a que nos habituamos... ai eu e as rotinas! Já vos disse que gosto de rotinas?

E depois uma amiga partilhou um recanto muito especial e deixei-me enredar completamente.
Gosto destas teias de cor e de luz que dançam comigo quando me apetece.
Gosto.
Vocês também vão gostar.

Gosto do conforto de um ninho. Já vos tinha dito? Há imagens que são isso mesmo.
Especiais para quem as sentir especiais.

Ah! E já mencionei que antes não gostava de gatos e agora sou fã?

Acho que sim...

E que gosto de deambular pelas palavras fora? Sim? Já disse?

E que acho que os sonhos são assim uma espécie de histórias que inventamos com vontade de sermos reais nelas? Já vos tinha dito? O que foi que ainda não vos disse?

http://eugenianobati-ilustracion.blogspot.com/

quarta-feira, março 21, 2007

Dia Mundial da Poesia e Dia da Árvore

Trinca-espinhas... matemática... sabe bem...


Oh professora, eu consegui encontrar o factor game na internet! Fui ao Google...
Verdade?
Sim!


Nunca lhes dou tudo. Vou falando, provocando, convocando... meia pista aqui... meia pista ali... pesquem vocês se tiverem fome!
Gosto de lhes abrir o apetite. Jogar com papel, jogar no quadro, preparar o trabalho primeiro sem introduzir o computador em jeito de rebuçado. Deve estimular, sim. Mas o centro é a actividade... ele é apenas a interface facilitadora e que permite potenciar e agilizar a tarefa (como muito bem os alunos perceberão, depois de terem andado a fazer as continhas todas à pontuação obtida, jogando em grupos de 4 o trinca-espinhas, depois de um jogo em grande grupo). A motivação tem de nascer relacionada com a essência, não com o acessório. Dizia o Edu: isto é muito divertido! E tinha apenas um papel à frente. Cada grupo estruturando os registos como bem entendeu, de forma autónoma (algumas formas de organização do trabalho revelaram grande eficácia), definindo as suas estratégias de funcionamento, resolvendo conflitos... alguns grupos consultando a tabuada inscrita no verso dos célebres cadernos diários amarelos... Ah marotos! Mas sabiam o que faziam, o que procuravam e isso mostrou-lhes a importância de dominar o cálculo mental.
Na aula do factor game não vai haver tabuada para ninguém!
Vou levar o e-beam, o pc portátil, projector de vídeo e transformaremos o quadro da sala num quadro interactivo.

Oh professora!
Eu cá consegui instalar e jogar o trinca em casa! Parecia que estava a ganhar e no fim ele ficava com todos e ganhava-me!
O trinca?
(O meu espanto é genuíno)
E onde o descobriste? Eu tentei, mas encontrei uma versão que não é fácil de instalar... tem de se usar disquete...
O meu não... fui ao google e havia lá uma coisa que dizia só trinca e instalei.
Como?
Fui fazendo o que eles diziam...
Olha, conseguiste melhor do que eu! Tens de me dar o endereço!
Olhos a brilhar de alegria... e eu curiosa. Onde teria ela encontrado tal versão?

Hoje fiz o que ela fez (e que eu já havia feito antes: google - trinca espinhas divisores). Mesmo à frente dos meus olhos ali estava a palavra trinca isolada a que não dei qualquer atenção quando pesquisei. Abri e... pronto! Uma versão do trinca - máximo de 21 números e a promessa de mais números disponíveis. Permitindo instalar com facilidade a partir da internet. E encontrei o Come-come para identificar múltiplos e mais algumas actividades engraçadas... Espreitem.

Foi a Pat que me trouxe aqui. O crédito é todo dela.
Eu cá gosto de ir à escola. Aprendo sempre imenso quando lá estou...
.
Trinca:

Pesquisando para além do trinca, no site em questão...
Entrada (actividades/jogos):
http://www.projetozk.ufjf.br/base_p/ensaios/ensaio3/atv_apresentacao.htm

Índice principal:

Projecto geral:

terça-feira, março 20, 2007

Massacre de golfinhos e petição...

Recebi de França:


o vídeo (fere-nos insuportavelmente... não consegui ver até ao fim):
www.glumbert.com/media/dolphin

a petição:
www.petitiononline.com/golfinho/


Ano dos golfinhos?

(Sem palavras.)

Alguns sabem...

Ainda estás aí escondido?
Não... não te vim libertar... só espreitar...
Talvez mais um dia aqui para o escritório... provavelmente dois...
(o resto da casa ainda mais...)
.


.
Aproveito a paragem imposta por cloro, remédio para fungos e mais de uma demão de tinta...
Impunha-se ADSL... alguma velocidade...
Primeiro com fio (e o único recanto possível - perto da nova ligação, para trabalhar nestes dias de confusão... é o que se vê)

.


Depois sem fio - reconquistar a liberdade... muito tempo a tentar resolver os problemas, as instalações, as configurações...
A escola sempre no centro. Porque é preciso agilizar, melhorar possibilidades... rentabilizar o tempo que não é nenhum e tem de dar para tanto.
.
O professor sabe como pinta os dias de pessoa que também é.
Como os entrelaça com a escola tentando não falhar naquilo que é essencial, mesmo quando tudo parece virado do avesso. O professor sabe. Sabem os companheiros e companheiras, sabem os filhos. Os amigos. Quem mora nele.

Mas nem todos sabem como consegue.

(Normalmente deixando-se a si para trás...)

segunda-feira, março 19, 2007

Todos os dias são dias de... Pai

Obrigada Pai (cientista) por me teres ensinado o mais importante:

para aprender é preciso duvidar...
é preciso perguntar...
sempre... todos os dias...


Só assim se cresce.


Experiência

Doce de abóbora gila
feito pela Avó
colou o Pai cientista
no vidro daquela janela.
Uma ideia esquisita?
As formigas gostaram dela
e vieram de pantufas
de pijama com pintinhas
sem gritos nem empurrões
em fila organizada
provar que nenhuma migalha
fica desaproveitada.

Não sei se era bem esta
a conclusão a tirar
porque, afinal de contas,
podiam ter vindo apenas
para a janela limpar!


.



.

domingo, março 18, 2007

Canção de Domingo

Devagarinho... pé ante pé... penteando o desalinhado...
Foi uma coisa que me deu: ala para o jardim... arrancar ervas, cortar o cabelo à hera, regar tudo bem regadinho (porque a Primavera telefonou a dizer que vem chegando mais cedo), apanhar laranjas, deliciar-me com elas na boca... encontrar os áceres a despontar, as roseiras em botão... assistir a uma primeira postura de Papilio machaon... acompanhar a dança de muitas outras borboletas de espécies variadas, que invadiram o jardim em busca de flores...

A vida pode ser tão simples e boa...

E dentro o branco alastra e tudo ilumina.
O caos cedendo o lugar gradual à luz. Pelas mãos de quem pinta e pelas de quem tem de ir arrumando o que se desarruma no caminho (as nossas).
Dia intenso, denso, cheio.

Demorará ainda a (re)encontrar a ordem perdida... mas tudo o que vale a pena...
Deito fora muita coisa. Liberto espaço. Gosto deste exercício de libertação e mudança. Não pode ser feito sem caos? Paciência!

Lembrei-me agora que as minhas laranjas navelinas sabem na boca ao que um poema de Quintana sabe na alma...
(Duplamente saciada...)


Canção de Domingo

Que dança que não se dança?
Que trança não se destrança?
O grito que voou mais alto
Foi um grito de criança.
Que canto que não se canta?
Que reza que não se diz?
Quem ganhou maior esmola
Foi o Mendigo Aprendiz.
O céu estava na rua?
A rua estava no céu?
Mas o olhar mais azul
Foi só ela quem me deu!

Mario Quintana

sábado, março 17, 2007

Ficheiros áudio, matemática divertida e...

ADENDA: Atenção! Parece que este serviço de upload já não está acessível a novos utilizadores... A IC tentou e não conseguiu. Investiquei e recordei que no processo de registo obtive a informação de que já estava registada (não me lembrava de tal, nem tão pouco do site... deve ter sido algo que fiz há imenso tempo mesmo sem saber usar e que deixei cair no esquecimento...)... portanto, não fui tomada como "novo utilizador". Para perceberem melhor leiam os comentários.


...


Depois de uma breve pesquisa, penso que encontrei uma alternativa adequada (e visualmente atraente) para alojamento de ficheiros audio e obtenção de código html para divulgação em blogue/site. (Já a experimentei com sucesso na actualização do Sabor e Saber - acrescentei uma canção - Com Asas de Borboleta).










E como estou aqui a preparar uma actividade para as aulas de Matemática da próxima semana (a propósito dos Divisores/Factores) aproveitei igualmente para acrescentar na actualização do Sabor e Saber mais uma ligação para um jogo (Factor Game) que vamos jogar nessas aulas (site do National Council of Teachers of Mathematics - Illuminations: http://illuminations.nctm.org/ ).

As dicas para a preparação dessas actividades em contexto de aula podem ser encontradas (em inglês) aqui:

http://illuminations.nctm.org/LessonDetail.aspx?id=L620

Continuo muito fã desta teia da NCTM... http://www.nctm.org/

Quanto ao Sabor e Saber... novidades em: http://www.saborsaber.com/novidades.htm

E... sim, a casa continua um caos. Mas há coisas que descobrimos de repente, por entre esse caos, que nos serenam a mente. Enquanto o pintor não regressava, o Jasmim encontrou um recanto e a ordem possível...