(inaugurado no dia 21 de Março... percebem porquê.)
Recordo os passeios à livraria Assírio e Alvim com o Pai.
Era fome, era sede.. era uma vontade grande de devorar palavras música.
E aquele espaço tão especial ali à mão... pertinho da casa onde morávamos.
Ainda guardo na prateleira flores que lá colhi.
Hoje, cansada de um dia intenso entre estatísticas da BE (recolha... dos gráficos trato depois) e das infinitas arrumações (tanto lixo que guardamos em casa... como me sabe bem deitar coisas fora...) só me apetece isso mesmo: poesia.
Ela tem, como o Amor, o poder de nos aliviar do peso do dia.
Agarrei num livro de Maria Helena Salgado que me foi oferecido pela Teresa L. (http://talvezpeninsula.blogspot.com/), galardoado em 1988 com o Prémio Sebastião da Gama (das Juntas de Freguesia de Azeitão).
Lá no meio encontrei este poema-dedicatória "Para Maria Teresa"...
Ela sente
as palavras dormentes
enquanto pensa.
Ela adormece
o vento na seara
com as suas palavras.
E quando dorme
sonha com as palavras
que há-de dizer
mas nunca disse
porque esquecendo-se
acorda.
Li-o.
Acreditando que foi para mim que foi escrito.
É essa a magia da poesia...
Leve. Muito mais leve.
1 comentário:
Lá nos encontraremos, no Barreiro. Cá nos encontraremos, em Azeitão. Talvez com a Helena Salgado, quem sabe...
BJ
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