No magro intervalo, que devia ser de descanso...
Uma DT e uma professora gastam todos os minutos a discutir os problemas de duas crianças e a forma de os resolver.
Outros pensam em exposições, visitas de estudo, contam dinheiro, preenchem papéis...
A Graça diz-me: acho que fiz um blogue, mas não tenho a certeza... ali em minutos tentamos perceber se sim, se não... Ela está cheiiiiiinha de vontade... esteve no encontro da ESE, andamos a tentar sentar-nos há imenso tempo (conseguimos já a criação da conta de mail no gmail, primeiro passo) mas o tempo não permite... andamos a correr, saltitando sem conseguir aprofundar nada do que é importante... sabes, agora usas a tua conta do gmail para fazer o acesso... E fichas? Posso colocar fichas lá para os alunos? E outros materiais? Tento explicar a correr, sempre a correr, só mais uns poucos minutos... O Fernando deu-me uma ajuda, diz ela, mas não sabemos se é possível... entretanto o Fernando ouve e junta-se à conversa... googlepages? Portanto dizes que podemos fazer upload dos materiais noutro lado? 100 mega? Boa! Vou experimentar... então e mais coisas... Avanço, por exemplo o slideshare, podes fazer tal e tal ... e html copias e colas no... A Graça aflita... isso ainda é demais para mim... tenho de ir mais devagarinho... junta-se a Noémia (que está a organizar o seu grupo de dança renascentista... e tenciona fazer um blogue) ... oh Teresa, combinei com o Francisco (da nossa turma de 5º) ele vai ajudar-me a mim e à Graça... como é difícil arranjarmos tempo entre nós... ele diz que nos ajuda! E eu... Pois é... ele tem um blogue! Mas podíamos tentar também reunir na altura das reuniões e trabalhar um pouco, eu ajudo-vos e esclareço dúvidas... Não sei se consigo, responde ela... tenho 7 turmas... mas tentamos encontrar um momento... Nem que seja depois na Páscoa!
Toca.
O intervalo acaba. Nem café, nem descanso, nada.
Vamos a correr cheios de malas, portáteis, livro de ponto... com mais umas ideias na bagagem.
E ainda sonhos. Sonhos. Ouviram bem. Como é possível?
Eu não entendo estes s´tores.
Mas orgulho-me de ser um deles.
ADENDA:
(E perceberão que não é birra. É pura convicção.
Chamemos-lhe Amor. Amor que não quero colocar mais em risco do que já tem sido.
Titular, para quê?)
Nesta semana da leitura veio-me agora de repente à ideia o capítulo XIII do Principezinho, lido por uma Mãe a várias turmas... Lembram-se? O quarto planeta? O homem de negócios atarefado a contar estrelas?
Releiam... recordem...
O quarto planeta era o do homem de negócios. Estava tão ocupado que não levantou sequer a cabeça à chegada do príncipe.- Quinhentos e um milhões, seiscentos e trinta e quatro…- Quê?, perguntava o Principezinho – milhões de quê?- Não sei, não tenho tempo, não interrompas, senão erro as somas…- Milhões de quê?, insistia o rapaz.- Milhões de coisinhas que se avistam no céu e fazem devanear os vagabundos…- Ah, estrelas!- Isso mesmo, estrelas,…Mas não me interrompas, não tenho tempo, tenho que contar!- E que fazes com essas estrelas?- Possuo-as, para ser rico, quinhentos e um milhões...- E para que te serve ser rico?- Para comprar outras estrelas. Administro-as, conto-as e reconto-as, depois escrevo num papelinho e ponho-as no banco, fechado numa gaveta. Sou um homem sério.
(excerto condensado, retirado de: http://quartarepublica.blogspot.com/2006/11/o-homem-de-negcios.html )
Não quero ser ele.
Prefiro ser o Principezinho...
e cuidar das minhas flores e dos meus vulcões com cuidado e atenção.
http://www.lepetitprince.com/fr/ (site oficial...)
6 comentários:
Como eu concordo!..
Professora, nao consigo entrar no blogue "do fio a teia" nao sei porque.Vai parar ao blogger a dizer ERROR 404
:)
Oh boa, afinal da pelo endereço!!!!!(pois, nao fui ao trabalho de escrever o endereço e quis ir directamente pela teia).
Francisco!
Francisco! Devia haver um erro... já corrigi e agora acho que já consegues a partir da teia. Tenta e diz alguma coisa. Obrigada por teres avisado!
Eu já nem quero ser o príncipezinho, basta-me ser um humilde pajem, tendo a certeza que, assim, tenho acesso ao que é, realmente, essencial e que será eternamente invisível aos olhos dos grandes homens de negócios.
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