Professora e aluna. Sempre.
Preciso. Exijo-me.
Play to Learn: The Scratch Programming Language Sneaks Serious Fun into the Classroom
Scratch: An Educational, Multi-Generational Online Community that Works
Não sei ser uma sem ser a outra... Preciso sempre de muito mais para avançar. Na carreira? Não. Nessa não volto a avançar por força das posições pessoais - ao decidir não ser titular parei no topo da carreira de Professora e não há mais caminho em frente para mim - e dos impedimentos da lei (as compensações previstas na lei da Avaliação servem apenas a quem ainda queira ou possa subir). Quem disse que queremos todos aceder ao topo da carreira? Eu não quero. É que ninguém pensou nisso. Há professores para quem a avaliação não fará a mínima diferença. Aspecto que considero profundamente incorrecto e injusto, porque devia e merecia ser avaliada (com um modelo justo) e ver qualquer consequência nesse acto. A verdade é que mesmo que eu nunca mais seja avaliada, nada me acontece nem de bom, nem de mau. Não, não desejo chegar ao topo. Nem conto com prémios pecuniários, pois por me envolver em projectos de inovação com alunos e escolas e mestrado e coisas dessas, acabo sem conseguir excelentes com os critérios definidos. Mas podiam compensar-me... sei lá, com tempo (gerido de forma mais flexível, que se baseasse na confiança que eu oferecia através das provas dadas de que não desperdiçaria esse tempo e o aplicava de forma eficaz) na componente não lectiva para investir em projectos que fossem considerados de utilidade (educativa) pública... e facilitando-me a vida em momentos onde sou chamada a dar contributos fora da escola (este ano, já dei duas faltas - que não prejudicaram os alunos - para ir dar uma aula sobre Scratch (voluntária e gratuitamente) a alunos de mestrado e doutoramento na Universidade - FPCE (alguns deles professores) e a uma reunião no SAPO (também voluntária e gratuita... qualquer dia explico). Essas faltas penalizariam o processo de avaliação, tal como as que dei para poder frequentar no ano passado as aulas de mestrado na Universidade (que coincidiram por vezes com reuniões de Departamento - nunca com aulas dos meus meninos). Os meninos só têm ganho com as minhas aventuras de conhecimento (os pais concordam)... todas vividas para poder dar-lhes mais e melhor.
Então...avançar na minha formação, no meu conhecimento, para dar mais e melhor à Escola e às crianças, desenvolver projectos em cooperação com outras entidades em benefício da Escola (minha e outras) contará para alguma coisa? Não. Nunca mais. Por mais que me avaliem tirando daqui e pondo acolá nada acontece. Por essa razão, enquanto este disparate durar, prefiro subtrair esse excesso de burocracia da minha equação de vida. É a razão pela qual não volto a gastar mais tempo com este processo daqui para a frente.
Perguntam vocês: então, se podias ter uma vidinha mais descansada fazendo o mínimo sem te prejudicares sequer, por que te dás ao trabalho de investir tanto sem retorno?
É a minha forma de estar. Nunca foi outra.
A avaliação devia ser o apoio ao enriquecimento de um caminho. A prova de que se vai merecendo mais autonomia e necessitando menos da ajuda e imposições e regras de terceiros. Liberdade e responsabilidade acrescidas na gestão do seu próprio percurso. Não deveria ser apenas cenoura pendurada à frente de cabeça de burro. Prémio pecuniário. Óscar de ouro. Prémio de carreira. Topo. Pelo menos é assim que eu trato a avaliação dos meus alunos e não me tenho dado mal com os resultados. Será pedir muito?
Votos de Boas Festas
Há 6 anos
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