domingo, novembro 30, 2008

Ruinologias...

Professores escondem por dentro pessoas. Às vezes poesias. Houve um tempo em que a transparência era uma qualidade da escola. E acontecia a leveza da partilha. Agora as opacidades excluem dela o diálogo e os outros lados de que somos feitos. Ela não tem tempo nem para os alunos, nem para as pessoas-Professores que a habitam. Quanto tempo mais sobreviverá nesse vazio?
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Vem isto a propósito de mais um recanto na blogosfera.
A pessoa que o pinta é um Professor (responsável pelo www.memoria.blogspot.com feito em colaboração com alunos, que divulguei há tempos).
Uma nota curiosa: fui, durante muitos anos, colega dos seus dois irmãos na minha anterior escola. E nessa altura, sem conhecer o Zé, já tinha cá em casa certos "Aparecimentos" em forma de palavras (edição de autor).
São desse livro seu as palavras que escolhi para apresentar Ruinologias.


Serenos e íngremes acometimentos, cujo deflagrar indica essas zonas propícias à aproximação da loucura e da sabedoria. Vastas zonas brancas povoadas de coisas estranhas carregadas de musgo e de chuva.

José Manuel Vilhena
in Aparecimentos, 1989

2 comentários:

José Manuel Vilhena disse...

Fico envergonhado...
um beijo

ps.obrigado pela tua geerosidade

Teresa Martinho Marques disse...

Não fiques :)
mereces