sábado, novembro 22, 2008

Outras formas de olhar

via 'Umbigo

Uma outra visão da avaliação
Fernando Ornelas Marques

A complexa triangulação do simplex
Fernando Cortes Real

2 comentários:

Amélia disse...

o 1º TEXTO PARECE ACEITAR PACIFICAMENTE A DIVISÃO DA CARREIRA ENTRE TITULARES E «OS DEMAIS - SEM DEFINIR CLAROS CRITÉRIOS PARA SE SER TITULAR ...

Teresa Martinho Marques disse...

Conheço bem a voz dessa visão... :) Mora aqui em casa. Percebo o que dizes. É um ponto que discutimos muitas vezes. O que o Fernando considera (o exemplo está relacionado com o que se faz no ETH em Zurique, universidade considerada o MIT europeu onde trabalha regularmente) é que tem de existir algum nível de estratificação (como existia na anterior carreira, sem ser a subdivisão e partição agora proposta e tão pouco com base em critérios que não levaram em conta os currículos individuais de uma vida). Ou seja... se alguém se candidata a um "nível" superior da carreira (vamos imaginar que se tratava dos anteriores escalões...) porque deseja avançar e eventualmente desempenhar cargos de coordenação, tem de ser sujeito a uma avaliação específica e justa (nem deveria ser uma coisa apenas relacionada com a antiguidade). No ETH, a avaliação mais dura recai exactamente sobre quem coordena... e o cargo de titular - full professor (um conceito diferente)- não é vitalício nem efectivo e depende de análise curricular e de avaliações regulares. É preciso manter e motivar uma equipa para ter sucesso ou não se consegue permanecer no sistema. Duro. Claro que é outra realidade... Não concordo é com o facto de ser preciso estar num determinado patamar (falo novamente em escalões, antiguidade e não numa carreira bipartida a que sou completamente contrária)para poder desempenhar certos cargos numa escola... como o de coordenador ou até de avaliador (embora eu também discorde da eficácia de uma avaliação entre pares gerida como o sugerido na lei). Eu aos 23 anos fui uma boa Coordenadora de DTs e antes dos trinta boa delegada de Matemática... coordenadora de vários projectos, a experiência conquista-se também no terreno e há professores mais jovens com a motivação, currículo e preparação necessários para desempenhar esses cargos. A realidade Universitária é outra, claro... e não facilmente importável... Como te digo, aqui em casa discute-se imenso e nem sempre estamos de acordo em tudo. Mas considero que é importante ouvir outras vozes, sobretudo, como no caso do Fernando, quem tem passado por muitos tipos de instituições de sucesso lá fora e conhece outras realidades.
Trata-se de um texto genérico... e, claro, precisava de ser operacionalizado com sugestões de natureza mais prática. E o F foi o primeiro a apoiar-me na minha decisão de não me candidatar, comprendendo completamente tudo o que está em causa. A propósito... é daqueles universitários que não quer ser catedrático (não se candidatará) e defende a extinção dessa categoria nas universidades. Beijinho