quinta-feira, dezembro 04, 2008

Hora de almoço...


... recheada, para não variar (gasto menos tempo a comer do que a trabalhar).

Aproveito sempre para tentar deixar a entrada do Clube pronta antes de regressar à Escola para as aulas da tarde... A trabalhar desde as 8:15 e de pé desde as 6. Poucos minutos de intervalo (não mais que dez minutos de descanso de manhã e um suminho de laranja bebido a correr - os meninos têm sempre coisas para contar, pedir, dizer... nos dois intervalos de 15 minutos cada... e há sempre uma ficha para entregar ou levantar na reprografia).
Não me seduz esta escola sempre a correr de um lado para o outro.

Ainda o dia vai no adro... e quando regressar ao fim da tarde... nem sei em que pegue... tese ou, mais provavelmente, início do trabalho de avaliação individual de cada aluno (ontem passei grande parte do dia de greve a corrigir testes)...
Na semana que vem terei de entregar as notas aos Directores de Turma.
.
Assim se fazem dias de professor. Para que se saiba. Se desoculte.



2 comentários:

Anónimo disse...

Gosto de visitar a sua teia diariamente.
Já me questionei porquê uma vez que discordo de alguns dos seus pontos de vista em relação à profissão, nomeadamente quanto à existência de professores titulares e não titulares.
Sou docente do ensino superior e também eu estou sujeita à existência de lugares para progredir, apesar de já ser doutorada há alguns anos.
Resolvi escrever-lhe hoje para lhe manifestar o gosto que tenho em ser contagiada pela sua grande sensibilidade, sentido de responsabilidade e cidadania.
Escreve muito bem. Valoriza aquilo que realmente importa na vida – as pessoas.
Voltarei cá sempre, enquanto achar que aprendo alguma coisa.
Bem haja.

Teresa Martinho Marques disse...

Misa, primeiro agradecer as visitas e o carinho das palavras :)
Grata por encontrar neste cantinho razões para alguns regressos...

Depois dizer que concordo em absoluto que o mérito seja avaliado e que isso possa trazer consequências (discuto o tipo de consequências... tanto poderia ser o acesso ao topo numa carreira estratificada, mas não partida em duas, como uma maior autonomia e responsabilidade para gestão de tempo e projectos - eu escolheria esta última :). O problema é sempre: critério... e quem avalia. No caso dos professores... os avaliadores actuais são um grupo de pessoas (umas melhores e outras nem por isso) encontrado numa espécie de jogo de lotaria sem sentido que acabaram designadas como titulares (aqueles que tiveram a sorte de estar na escola certa, à hora certa).

Cá em casa vive um professor da FCUL nas mesmas condições da Misa, doutorado, agrgação feita, investigação com universidades de muitos países... conheço bem os percursos (pelo menos da FCUL - O meu pai tb foi professor lá)... e os vossos problemas e limitações de progressão (às vezes parecidos com os nossos no que respeita à justiça dos critérios)... Aceito com humildade as visões diferentes e as críticas a esta visão provavelmente infantil e romântica de que a escola é um universo com características diferentes de outros universos e onde talvez fosse preferível encontrar uma solução que nos fizesse humanamente unir esforços para podermos, todos, ser melhores professores em cada dia. É que as crianças são obrigadas a estar na escola e merecem que nos concentremos mais nelas e menos em questões de progressão, só isso.
Obrigada, mais uma vez por, mesmo com estas minhas utopias e sonhos, não desistir da minha teia e das palavras que teço, concordando ou não com elas. Foi a prenda mais bonita que recebi hoje (depois, claro, das coisas doces que os meus meninos sempre me oferecem... :)
Um grande sorriso e força, que a vossa vida não anda mais fácil do que a nossa...