A tutela quer tudo... plano TEC... formação TIC... Plano de Matemática... uso de ferramentas inovadoras e tal e mais isto e mais aquilo.
Não sei que conceito têm do tempo, o que sabem que nós não sabemos, mas devem estar completamente convencidos da sua elasticidade.
Temos pena, mas não conseguimos pôr em prática essa teoria magnífica que subjaz a todos os mandamentos emanados superiormente e que se vão acumulando sem ter em conta o tempo que cada um subtrai ao tempo que já não há. Até ver, a única verdade que conhecemos é esta: o tempo realmente não estica.
Vem isto a propósito do seguinte: sete (!) professores da minha antiga escola estão a ver provas de aferição... claro que alguns acabaram por desistir da sua inscrição no workshop sobre o scratch...
Quem esteve gostou e ficou com vontade de experimentar com os alunos... embora com as habituais reticências: é que o ME retirou-nos o tempo necessário para podermos, na componente não lectiva, avançar na nossa autoformação nestas ferramentas, preparando o trabalho com os alunos de uma outra forma que não seja a mencionada uma vez num programa televisivo: os professores mais antigos não precisam de gastar tempo a preparar aulas porque já sabem tudo o que têm para fazer (hummmmmm foi quase tão bom como dizer que não entendiam por que razão os professores precisavam de ser preparados para avaliar outros professores se já avaliavam alunos há tanto tempo... lembram-se desta saída da ME num prós e contras?)
Assim se vão perdendo oportunidades porque as prioridades do ME são insondáveis e colocam a inovação e o sucesso à frente do discurso político mas nas traseiras da prática real e situada... (É por isso que, embora os dircursos sejam tipo TGV - areia nos olhos - para o futuro, a prática é sistematicamente da espécie do caracol...)
Enfim...
O melhor? Partilhar as sementinhas e rever Amigos queridos... Um dia, quem sabe, o pesadelo acaba e o respeito pelo nosso trabalho regressa.
1 comentário:
Conheço o trabalho da Associação. Obrigada pela partilha!
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