sábado, abril 29, 2006

Página em branco...



Sem inspiração para coisas elaboradas...
Coisas úteis, necessárias...
Apenas porque o dia está bonito...
Porque preciso de fazer outras coisas...
Porque é sábado e tudo o que parece não ser importante é ainda mais importante nestes dias nossos.

.


A primeira palavra
não aparece
não se compadece
não me visita.

E agora?

Sem ela
como vou vestir,
aquecer, colorir
a página vazia,
esta mancha fria?

O branco é,
muitas vezes,
a cor que o silêncio tem.

...

.
(E, às vezes,

sabe tão bem...)

8 comentários:

Anónimo disse...

"E, às vezes, sabe tão bem..." deixar apenas um vestigio silencioso de que estive aqui! :) Lindo poema.

a d´almeida nunes disse...

De Leiria com a minha solidariedade.
Há dias em que é preciso parar e reflectir, e tentar não ouvir sequer o murmúrio incessante da corrente contínua do nosso próprio pensamento...
Pois!...

Hindy disse...

Há momentos em que as palavras não conseguem exprimir o que estamos a sentir. Nesses momentos valem os gestos, o olhar, a atitude...
Uma página em branco pode também quer dizer muita coisa!

P.S.- Já me esquecia de agradecer pela força que me deste para os concursos de professores. Obrigada.
Beijinhos

Teresa Martinho Marques disse...

O silêncio faz muita falta nas nossas vidas...
Abraço a todos e bom Domingo!

matilde disse...

Só agora aqui venho deixar um pouco do meu pensamento tantas vezes em branco... tantas vezes simplesmente pensamento... a vaguear por caminhos que não existem... que talvez nunca mais volte a sobrevoar... É o tak silêncio que às vezes sabe tão bem... simplemente deixarmo-nos Ser... deixarmo-nos Ir...
Beijinho 3za. Obrigada por este silêncio... :)

Teresa Martinho Marques disse...

Obrigada eu pelo voo desse teu pensamento... Sabe bem.

Anónimo disse...

Perdóname por no ser capaz de escribirte en tu lengua, pero no quería dejar pasar la oportunidad de saludarte. Me gusta tu blog y me gusta el poema... "A primeira palavra..."

Teresa Martinho Marques disse...

Agradeço (gracias?) as tuas palavras, a tua visita... através dela descobri a "tua teia" fascinante. Me gusta. Gosto. Darei notícia dela... juntá-la-ei aos meus favoritos.
A língua da poesia não tem fronteiras... tu lengua, a minha língua... são as mesmas...