O meu Pimentinha só descobriu mesmo o Scratch agora, mais pertinho do final do ano. Dois projectos cuidadosos, em que se empenhou porque desejou. Hoje foi tão bom acompanhar o desenvolvimento deste seu segundo trabalho do terceiro Período... Dar tempo... Penso que conseguimos finalmente encontrar um caminho próprio... muito seu.
O Scratch nunca lhes foi imposto, nunca foi objecto de chantagem... Tive, felizmente, a experiência do meu Demolidor e até do meu Maribe que me arrancaram cincos a Matemática o ano inteirinho praticamente sem projectos Scratch individuais (foi importante acontecer, porque eu não queria criar uma cultura, nem um entusiasmo forçados baseados em avaliações que levassem em conta a "quantidade de programação Scratch" ou a "quantidade de sorrisos amarelitos mostrados em jeito de 'ah isto é tão giro!' para ver se a professora fica contente que nós até gostamos dela...").
Penso que consegui ter a paciência necessária. A não desistir da mediação, do estímulo, de procurar a ideia mais ajustada e que despertasse alguma emoção, aguardar o tempo de amadurecer para os mais renitentes...
Vejo-os agora aos três a trabalhar com sorrisos genuínos. Assim me parece lê-los. E tem sido importante a possibilidade de trabalharem sozinhos por algum tempo.
E depois há a família...
Pelo menos quatro ou cinco relatos de primos, irmãos a programar. Todos mais novinhos... levados pelas mãos dos manos mais velhos para actividades com o Scratch.
É bom vê-los a espalhar a palavra... só a espalham se o prazer for genuíno, parece-me um bom indício. Se o trabalho tiver significado e valer a pena então partilham. Será?
Hoje a Sara mostrou-me a galeria do irmão (será que um dia me vem parar às mãos?...) e pediu ajuda para o ensinar a fazer amigos... já não se lembrava como fazer.
E, claro, a 'net. Não adivinham?
A primeira hora sem sombra dela o que, mais uma vez comprometeu trabalhos e gerou instabilidade e mudança de planos em alguns grupos que precisavam de ir ao correio electrónico, ou à sua galeria, descarregar as versões de trabalho dos projectos em mãos...
Só teremos mais um Scratch time... e o balanço dos problemas com a internet apresenta um saldo realmente negativo no balanço de aulas e actividades não curriculares...
Não fosse a persistência e a energia destes meninos... a sua resistência à desilusão...
E, sim, a vida por aqui continua em turbilhão...
Menos tempo para tudo...
cada vez menos...
menos...
nos
s
Recordação
Há 5 anos
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