Oh professora! Está tanto frio! Estamos molhados! Podia ir já para a sala?
13 horas... eu a chegar... entrada prevista às 13:30.
Está bem, vou só buscar o livro de ponto.
Fomos.
Passado algum tempo mais uns quantos.
Aproveito para trabalhar um pouco. Podemos fazer os trabalhos de Ingês? Podem... E quem quiser pode avançar no preenchimento da ficha de auto-avaliação de Ciências. Eu quero!
Outros conversam baixinho.
Dali, sem intervalo, às 14:15 para o apoio de Matemática - 6º ano.
Professora, professora, podemos trabalhar com o Scratch? Só hoje... please! É a última aula de apoio. E podemos ficar depois para o Scratch Time do quinto ano? Podem... mas eles têm prioridade na utilização dos portáteis.
Acabada a hora de apoio... professora, podemos ficar aqui no intervalo? Podem... pronto, fiquem lá. Batem à porta (virou ritual) alguns do quinto ano querem já entrar... nada de intervalo para ninguém, tal como na segunda que passou. São 15 horas. A net está a dar problemas e não são poucos (ai o choque tecnológico!). Está para vir o dia em que não gaste imenso tempo sem jeito e em que eles não acabem desapontados - estamos sempre a tentar ajustar-nos, mas confesso o meu cansaço provocado pela falta de qualidade do trabalho com os portáteis, por conta de uma rede sem fios frágil e insuficiente. Peço a duas alunas que desçam e solicitem ajuda aos professores responsáveis pelos computadores. Azar. Não estão. A funcionária diz que o CE está em reunião e ninguém pode ajudar. Boa! Já sei que vai ser uma sessão a meia nau (só recursos humanos é bonito, mas não chega. A minha boa vontade e o desejo deles não faz a net chegar aos computadores e tento disfarçar a impotência e irritação... um dia sei o que escreverei na parte da auto-avaliação sobre TIC... de que me serve ter projectos e conhecimentos se não consigo maximizar a eficácia da intervenção, por conta do equipamento deficiente que é colocado à minha disposição?).
Avançamos como podemos. É a nossa Finlândiazita em jeito nacional, com adaptações...
Professora! Vamos fazer o projecto de Ciências e do António Gedeão! Eles têm de se calar para nós gravarmos! Já fizemos as folhas...
Na Semana da Leitura que passou, ofereci-lhes (quinto ano) o poema Pastoral, pois encontramo-nos a acabar a unidade das plantas e estávamos exactamente a trabalhar a folha! Li. Ofereci para colarem no caderno e depois me mostrarem como o liam... gravarei o que ler melhor, para divulgar no blogue da turma!
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A semana já ficou para trás, a leitura ainda rende. Hoje foram a Nocas e a Bia, neste caso a usar o Scratch para perpetuar o poema e partilhá-lo na internet através da página do Scratch...aguardarei os restantes. (Deixo testemunho do último take... há outros bem engraçados e cheios de risos e sorrisos... ficam comigo.)
Crítica como sou... disse no fim: está bonito mas (este meu mas...) podem melhorar o projecto usando exemplares de folhas em movimento mas com várias formas, para que a mensagem esteja mais de acordo com a imagem...
Acabámos mesmo a tempo de colocar o projecto na sua galeria comum. Prometeram depois melhorar e fazer evoluir o dito...
E mais coisas aconteceram. F e M constroem projecto com objectos escondidos (lembrei-me de onde está o Wally?), alunas cantam para o computador uma das canções da Ópera dos castelos que estão a preparar em AP e EM, a Mada reproduz em Scratch o reconto feito por si da História do bolo-rei que apresentaram ao António Torrado, a C. trabalha num projecto sobre a Betty Boop... será o seu primeiro projecto, a C e o V continuam de volta dos polígonos... Oh professora, que nome tem o de 11 lados? Undecágono... O F. explora apenas (ainda não consegui fixá-lo a um projecto seu que o absorvesse), descobri aque a I ainda não sabia o básico, embora falasse como se dominasse tudo bem (começámos devagarinho), a Ritty e o J, trabalharam juntos, a Mary apoiou os mais pequenos. Alguns meninos de 6º ajudaram-me nas questões técnicas e no apoio logístico (ai que ainda não passou a folha de presenças! J, podes tomar conta?)...
Este momento é sempre mágico e nele bebo muita energia.
Como se depreende, entrei às 13 e estive a trabalhar ininterruptamente sem intervalo até às 17. Quando o trabalho tem significado e é útil para os alunos, não me queixo... queixo-me quando me ocupam inutilmente o tempo e o mais importante fica por fazer...
Pois, pois... já sei senhor Rangel... debaixo desta capinha fina de doçura não sou flor que se cheire, porque andei na rua dia 8 a dizer que estou triste com o que querem fazer à educação.
(E o hooligan sou eu?)
1 comentário:
Não... o burro não és tu. Burro? Creduuuuuus! Hooligan... Quem diria que seria capaz de escrever em francês, eu!!
;)
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