segunda-feira, março 03, 2008

É por amor...

Saí do meu espaço Scratch Time e lá fui ao CE mudar de novo o horário...
Gosto deles, pronto. Invento águas em que me afogo, invento tempos, invento magias... Fico sem tempo, desarrumo o meu tempo... mas recebo tanto em troca. Como escapar ao feitiço?
(Posso votar neles, nos meninos, para meu ministério da educação? Por favor? Posso?)

Ora então como são agora as segundas?
Às 8 na escola. Um bloco de aula, um tempo de BE, a seguir era um tempo de portáteis mas deixei buraco... em vez de arrumar a vida, deixei buraco que não chega a uma hora. Desarrumei-me por uma boa razão, já vos contei uma vez. Depois almoço e regresso. Às 13 na escola: um tempo de Ciências, saio de seguida, sem respirar, para um tempo de apoio a matemática (era suposto serem dois, mas desafio quem queira e a sala está sempre composta), nem saio da sala para fazer intervalo de 15 minutos a que teria direito, eles que deviam sair, ainda querem ficar, os outros vêm mais cedo para o tempo que roubei ao buraquinho arrumado da manhã, porque querem chegar depressa. It's Scratch time! Cruzam-se (quinto e sexto) e alguns do apoio - 6º ainda ficam mais esse tempo a mais ajudando-me com os meninos do 5º. Eu lá lhes resisto! O pior (melhor!) é que ninguém os tira da sala às 16... Acabo por sair sempre muito mais tarde que o previsto e resolvi, então, pedir no CE para desarrumar a outra hora de portáteis, também arrumada antes das reuniões semanais de plano de matemática, e colá-la ao entusiasmo da segunda. Quando lhes dei a notícia na rua, deram saltos de contentamento! Agora é formal... entro às 8 e saio às 17. A tarde será sempre encantadora e não temos de acabar quando o melhor ainda vai a meio. Nem falo dos outros dias da semana... A seu tempo, a seu tempo...

Hoje os registos em filme de vários momentos que foram surgindo fizeram-me pensar em tudo o que se pode perder se não conseguirmos travar os maiores absurdos deste processo. (Devia estar agora a tomar nota do que observei hoje, para o mestrado e é o que farei de seguida, adiando as avaliações que me faltam... são tantas!) A vida transformou-se num nó e eu aqui à janela a fingir que não. A descarregar os vídeos, a recordar as importanntes descobertas que alguns fizeram hoje. A organizar as ideias.
Eu preciso de tempo para conseguir resultados. Tempo, serenidade. Eles chamam-me todos ao mesmo tempo (ouve-se nos vídeos), eu vou dando resposta como posso, pois nunca imaginei ter a sala sempre cheia em tempos de presença voluntária. A par disto, a 'net a falhar, o desalento das dificuldades de um equipamento na escola que não está à altura do trabalho que desejam fazer de forma rápida. Outro engano.

Dou comigo a pensar como gostava de fazer isto a tempo inteiro num espaço só meu, com equipamento de qualidade. Um recanto sem fronteiras e sem toques cheio de gosto em aprender, de desejo de ir mais longe. Um sonho antigo. Um sonho cada vez mais presente.
Um destes dias falei desse sonho e... algumas colegas inscreveram já os seus bebés e crianças nele. Rimos.
Guarda um lugar para o meu. Sim?
Guardo, guardo...

Logo que consiga, deixo cheirinho desses sons doces que embalam qualquer coração...
(É por amor. Apenas por amor.)

3 comentários:

Raul Martins disse...

E amor que é amor nunca morre!

Anónimo disse...

:) eheheheh... outro dia ouvia com atenção duas amigas, enquanto caminhavamos, que falavam em como poderiam concretizar o seu sonho, uma educadora... a outra professora do 1º ciclo... elas até já sabem como será... :D beijinho
Ilda

Teresa Martinho Marques disse...

:) Pois...
Beijinhos