Não pensei que fosse possível. Mas pelos vistos é. Mesmo a 100 000. Manter a indiferença. Talvez eu esteja a ser precipitada. Pode ter sido só (má) impressão.
Eu não tive essa sorte, IC. Mas acabámos por ter de vir embora... Eu sou propensa a "bronquites e pneumonias" e nenhuma de nós estava suficientemente agasalhada para o frio que começámos a sentir. E... eu não estava a contar assistir ao comício (confesso que não é o meu filme, embora compreenda a lógica e o ritual). Ainda tentei telefonar ao MP numa altura em que me pareceu ver as bandeiras do SPN... mas a confusão era tanta, que ele nem deve ter ouvido. Enfim... Quanto à ME... eu tinha acerteza que, mesmo sendo 200000 o discurso não mudaria...é triste dizê-lo, mas é verdade. Acho, sempre achei, que há muito mais para fazer agora... a manifestação serve para nos dar força, congregar mais vozes de apoio à causa, escoar sentimentos, fazer prova de poder, unir, levantar o moral, mas não resolve problemas. Permite é sentir que provavelmente temos mais força do que pensávamos para os resolver... Beijinhos
Agora: há que explicar bem aos pais e aos nossos meninos as múltiplas razões da nossa indignação,(que não passam só pela questão da avaliação) em nome do futuro e da cidadania dos nossos alunos e do nosso país - indico alguns caminhos no escola pública.- Eu não quero que o ensino seja para formar súbditos obedientes (como muitos de nós, porque temos um quase natural medo), mas cidadãos lúcidos.(lembro sempre Georges Steiner quando repetidamente vem aformando que «hoje a educação é uma amnésia planificada») Façamos uma frente comum contra o medo, exijamos dos ainda eleitos conselhos executivos que não executem passivamente o que lhes mandam e que sejam decentes, para começar.
Tens toda a razão, Amélia. Fundamental o que dizes. A essência da educação. Se é para continuar a fazer alunos de "mémémé", sem autonomia, iniciativa, pouco preparados para os desafios, não andamos aqui a fazer nada. Trabalho tanto a questão da inteligência, da não formatação de mentes e almas e fico feliz quando eles começam a usar a sua cabeça a argumentar, a encontrar formas diferentes de se expressar e de resolver problemas. Concordo. Há muito ainda para fazer... Abraço grande
6 comentários:
O que se segue?...
Não pensei que fosse possível.
Mas pelos vistos é. Mesmo a 100 000. Manter a indiferença.
Talvez eu esteja a ser precipitada. Pode ter sido só (má) impressão.
Beijinhos, 3za.
(ah - concerteza que é óbvio, que este comentário é a minha 1ª reacção à reacção da ME...)
Estou tão cansadinha que nem comento (a reacção, claro).
Mas consegui conhecer mais dois confrades (depois de três comadres ;) )
:)))
Eu não tive essa sorte, IC. Mas acabámos por ter de vir embora... Eu sou propensa a "bronquites e pneumonias" e nenhuma de nós estava suficientemente agasalhada para o frio que começámos a sentir. E... eu não estava a contar assistir ao comício (confesso que não é o meu filme, embora compreenda a lógica e o ritual). Ainda tentei telefonar ao MP numa altura em que me pareceu ver as bandeiras do SPN... mas a confusão era tanta, que ele nem deve ter ouvido. Enfim...
Quanto à ME... eu tinha acerteza que, mesmo sendo 200000 o discurso não mudaria...é triste dizê-lo, mas é verdade. Acho, sempre achei, que há muito mais para fazer agora... a manifestação serve para nos dar força, congregar mais vozes de apoio à causa, escoar sentimentos, fazer prova de poder, unir, levantar o moral, mas não resolve problemas. Permite é sentir que provavelmente temos mais força do que pensávamos para os resolver... Beijinhos
Agora: há que explicar bem aos pais e aos nossos meninos as múltiplas razões da nossa indignação,(que não passam só pela questão da avaliação) em nome do futuro e da cidadania dos nossos alunos e do nosso país - indico alguns caminhos no escola pública.-
Eu não quero que o ensino seja para formar súbditos obedientes (como muitos de nós, porque temos um quase natural medo), mas cidadãos lúcidos.(lembro sempre Georges Steiner quando repetidamente vem aformando que «hoje a educação é uma amnésia planificada»)
Façamos uma frente comum contra o medo, exijamos dos ainda eleitos conselhos executivos que não executem passivamente o que lhes mandam e que sejam decentes, para começar.
Tens toda a razão, Amélia. Fundamental o que dizes. A essência da educação. Se é para continuar a fazer alunos de "mémémé", sem autonomia, iniciativa, pouco preparados para os desafios, não andamos aqui a fazer nada. Trabalho tanto a questão da inteligência, da não formatação de mentes e almas e fico feliz quando eles começam a usar a sua cabeça a argumentar, a encontrar formas diferentes de se expressar e de resolver problemas. Concordo. Há muito ainda para fazer... Abraço grande
Enviar um comentário