quinta-feira, janeiro 31, 2008

O beijinho e a razão...

A minha turminha GTScratch. Ontem ficha de avaliação de Ciências - 5º ano. Chamo-lhes os (meus) gatos - em homenagem ao símbolo do Scratch (quando precisamos da atenção de todos concentrada na minha voz, na sala de informática, chamo: Gatos!!!)
Alguns acabaram um bocadinho mais cedo.
Enquanto uns liam o manual, avançando na unidade que se segue e outros escreviam no diário de campo, a F., de transferidor na mão, triângulo equilátero esboçado sem muito rigor no diário de campo do scratch, vem pedir-me baixinho (havia colegas a fazer ficha) que a ajude a perceber o porquê do ângulo de viragem (externo) ser 120º e a razão pela qual no transferidor aparecia também ao pé do 120º um 60º, que era a medida do "ângulo de dentro" (interno).

Ajudei. Expliquei. Ela sabe já mover o transferidor e usou-o com perícia no projecto de construção do pentágono no Scratch. Ao invés de outros que lá chegaram por tentativas, ou por conta de erros que levaram a descobertas novas, ela esboçou um pentágono no caderno, usou o transferidor e disse-me que eram mais ou menos 70º... experimentando, ela e a M., parceira de grupo, rapidamente perceberam que o valor correcto era 72º. Falámos nessa altura de estimativa, da qualidade daquela que tinha feito e que lhe tinha permitido fazer a descoberta da rotina de programação que constrói um pentágono regular .


Sentadinha ao meu lado, lá utilizámos o transferidor tentando clarificar os mistério, escrevi, risquei, expliquei, falámos de ângulos suplementares... ficaram no caderno estes rabiscos.



Não satisfeita, ainda pediu:
E se eu quisesse desenhar um triângulo mesmo certinho que eu soubesse que os ângulos de dentro eram mesmo 60º.
Tens compasso?
Sim.
Vai buscar.
Cumpri o desejo. Mais um rabisco no seu caderno diário. A alegria mal contida dela.



Antes de se levantar, lançou-me os braços ao pescoço e deu-me um beijinho doce na face. Obrigada professora.
(A F. é uma aluna que no início do ano confessou não gostar de resolver problemas... "tenho receio" dizia.)
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Depois de em Estudo Acompanhado, também ontem, ter ensinado dois alunos a colocar o sitemeter nos seus blogues pessoais criados há dias (estão entusiasmados) e de ter os alunos em volta com dúvidas e vontade de aprender mais coisas (entre elas como fazer um blogue para divulgar os projectos e o diário de campo), decidi transformar um tempo meu pouco útil e rentabilizado na escola, noutro tempo que, embora menos favorável pela localização no horário, se cola a um tempo livre desta turma depois da última aula de segunda-feira. Podem assim vir ter comigo depois das 15h para fazermos exactamente isto e muito mais: blogues, scratch, matemática, correio electrónico, sitemeter, eu sei lá! Se lá tenho de estar, que seja a fazer algo por eles, algo que queiram, de que precisem, mesmo que isso implique sair mais tarde e ficar com mais furos pelo meio (nesse dia entro às 8:15 e passarei a sair às 16).
Expliquei-lhes a ideia: não é obrigatório, mas pensei nisto hoje, se vocês quiserem estarei sempre aqui... Alguém pode e pensa que de vez em quando vai aparecer, para eu poder falar no Conselho Executivo?
Todos os dedos no ar.
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É assim que quero gastar o meu tempo. Ao serviço deles e não de políticas retalhadas que esvaziam a escola de sentido e são concebidas por quem se esquece do mais básico e elementar:
nas escolas há... alunos!
(Que precisam de tempo, do nosso tempo, da nossa maior e melhor energia...)
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Novidades "Scratch"

Na nova configuração do espaço support da página web do Scratch, no MIT, as várias línguas têm um destaque diferente e estão separadas, possuindo uma página própria. São ainda disponibilizados materiais e instruções para poder traduzir a própria página scratch.mit.edu e documentos de apoio (preservando o apelativo aspecto gráfico com facilidade).

A nossa casinha portuguesa por lá é esta:
Português / Portuguese - Scratch materials and websites in Portuguese

Enviei recentemente para lá mais um documento:
Aprender concebendo

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Pronúncia do norte...

A canção que acompanhou hoje o último troço de estrada da última viagem por conta da última aula da cadeira da Universidade deste semestre...
Gosto dela. E da pronúncia do norte. Sem porquês.

Petição contra a Prova de Ingresso na Carreira Docente

Mais um dos muitos absurdos que se tenta combater

Petição contra a Prova de Ingresso na Carreira Docente
à Assembleia da República.

5693 assinaturas até ao momento

terça-feira, janeiro 29, 2008

O "motor" do JMA...

O que me move

(O que nos move?)

000 licença para sonhar

... nem que seja por um bocadinho.

(A fantasia séria no lugar certo faz-nos falta.)

Manter o velho e abrir portas para o novo...

Há umas entradas abaixo, reproduzi o diálogo com uma aluna onde se percebia a minha dificuldade em abrir um determinado ficheiro (parecia ser um doc do Office 2007 incompatível com o meu 2003)...
O Paulo Izidoro passou por lá e lançou-me o fio salvador.
Claro que a maioria já deve saber o que fazer... mas, para os distraídos como eu, aqui fica a sua útil dica:

"fica aqui o link para poderes abrir os documentos do Office 2007 (têm extensões do tipo docx). É gratuito e podes continuar com o Office 2003!
Microsoft Office Compatibility Pack for Word, Excel, and PowerPoint 2007 File Formats "

Funciona na perfeição.
Obrigada!

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Correio da Educação - o fim de uma era

Não sei o que se segue. Já não farei parte.
Sei que a saída de José Matias Alves marcará claramente o fim de uma era que acompanhei desde o número 1.

De forma simples, porque as palavras nestas horas parecem nunca chegar, um imenso obrigada por toda a luz que foi inundando os professores, mesmo nas noites mais escuras. Companhia fiel, do papel ao digital, tornou-se parte de nós: a nossa própria voz.

Nada paga a dádiva.
Mas um sorriso nosso, um parabéns, um enorme bravo, pode ser que ajudem no momento da despedida...

A voz não se cala. Sabemos.
Continuaremos a escutá-la sempre no Terrear.

Encontro de sábado, dia 26

Importante passar/partilhar estas palavras através dos vossos contactos:

Apontamentos 1
Apontamentos 2
Conclusões da Reunião de Sábado
(via Paulo G.)

Para um Movimento Cívico Independente
(via Teresa L.)

Associação Cívica em Defesa da Escola Pública
(via F.Santos)

Essencial:

O grupo de professores reunidos na EB23 Mouzinho da Silveira, tendo em atenção as políticas públicas actuais na área da educação, consubstanciadas na legislação recentemente aprovada e na que se encontra em preparação, decidiu:

1. Criar uma comissão que fica mandatada para:
a) Promover a constituição de uma Associação Cívica para Defesa da Escola Pública.
b) Promover a divulgação desta iniciativa junto dos órgãos de soberania e da comunicação social.
2. Divulgar junto de cada escola as conclusões desta reunião e incentivar o debate sobre a necessidade de defender um modelo coerente de Escola Pública.
3. Estabelecer contactos com todas as outras organizações da sociedade civil (de professores, de pais, de alunos ou outras) interessadas neste tema com vista ao intercâmbio de ideias e ao aprofundamento deste debate.


Baixa da Banheira, 26 de Janeiro de 2008

domingo, janeiro 27, 2008

Campo de estrelas...

Mesmo que não queiram, semearei e regarei o meu campo de estrelas. Cuidarei das flores com ternura e sorrisos, afagarei todos os sonhos delas. Foi promessa que lhes fiz, que lhes faço, que qualquer um dos meus gestos diz. Se insistirem em desviar-me o olhar, a atenção, se tentarem agarrar a minha mão, eu encontrarei sempre mais pés para escapar, saltar cercas, atravessar grades e regressar ao meu campo de estrelas. Não se atrevam nunca a dizer-me que o meu destino é esquecê-las. Eu não as conto, eu não lhes traço as viagens, eu não lhes estreito as margens, eu não lhes digo que recanto do céu lhes serve melhor. O meu destino é não lhes dar destino, não prometer azul maior, é partilhar o mundo, acalmar a dor, segredar-lhes com carinho: encontra as tuas asas, com estas ferramentas e as que criares, com as tuas perguntas, faz o teu caminho.
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Mesmo que não queiram, que me tentem impedir, vão perceber um dia, que a força de um jardineiro, mesmo que esteja sozinho, não pode ser calculada, não pode ser controlada, ninguém a pode medir.

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Hummm... será?

Parece que sim. Que agora é que acontece o reposicionamento na carreira para quem, como eu, processo de avaliação concluído, foi parar ao pólo Norte a uns dias poucos de passar para o 9º escalão. (Onde ficarei para sempre "financeiramente" falando, mas agora com a designação de 5º... dizem-me alguns... para sempre não! Podes candidatar-te a titular! Hummm... ora então eu não aproveitei a boleia dos pontos e agora ia... candidatar-me à coisa? Que parte da essência da recusa a aderir a uma carreira bipartida não perceberam?).
Desculpem não agradecer... mas foram muitos muitos muitos meses, foi muito dinheiro perdido. E visto que os professores pagam os seus estudos, o seu papel, o seu material de trabalho, os seus livros de formação, os seus tinteiros, o seu equipamento informático "decente", a sua internet... o dinheiro faz mesmo falta.

reposicionamento.pdf

E, já agora, falando de reposicionamento de coisas... a confiança dos cidadãos nos professores afinal é grande. No governo é muito inferior. Pela ordem natural das coisas... era a nós que o ME devia dar ouvidos e não nós ao ME. Mas, já se sabe, todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros, portanto, os iluminados do mundo sentem-se sempre no direito de agir unilateralmente sem ouvir ninguém... para proteger de si próprios os ignorantezecos que somos todos nós.
Ultimamente há um livro (li há muito tempo) que surge com muita insistência na minha recordação.(Também existe filme...)

[o+triunfo+dos+porcos.jpg]

Uma pausa para respirar: três notas de campo...

... da semana que passou. (Quarta: dia de aula na faculdade).

Ida (da janela do combóio...):


Regresso (atravessar o escuro jardim em direcção ao parque de estacionamento - preciosa boleia, perceber os patos nadando na nossa direcção, registar o momento.)


Junto ao carro, 21 horas, sem registo fotográfico, quatro professoras de actimel numa mão e pão noutra (cortesia da dona do carro que foi ao supermercado antes de ir para o mestrado e era possuidora de uma longa e fresca baguete). Risos adolescentes de piquenique nocturno e aquela sensação de que não podemos apenas chorar. É preciso sorrir para enfrentar os dias de cabeça erguida e lutar energeticamente contra os reais moinhos.
Haja pão, coragem e lactobacilus para nos alimentar e defender dos micróbios maus.

sábado, janeiro 26, 2008

Há pássaros que não sabem o que fazer...

Zoologia: o pássaro

Há pássaros que não sabem o que fazer
quando pousam numa fronteira.

Podiam voar se quisessem,
passando qualquer barreira.

Se ficam parados, sem voar,
é porque as nuvens os não merecem.

Anjos a pedirem-lhes passaporte,
com um relâmpago para o carimbar.

Um sul podia ser o seu norte,
se o quisessem atravessar.

Mas o pássaro fica parado,
sem cair para nenhum lado.


Nuno Júdice
Blogue AaZ
http://www.aaz-nj.blogspot.com/
21/1/08

Ainda estamos em reunião...

Chegámos às 10...




... cerca de 40
num sábado
cores diferentes, as mesmas preocupações
os alunos, o futuro
pontos de vista que se completam
palavra mais importante: urgência
todos os meios são importantes
articulação
contestação judicial
escola pública e educação - defesa
comunicação social, imagem
pensar em reagir, pensar também em propor alternativas
aproveitar estruturas, ser criativo nas formas de combate
dinamizar as escolas de dentro para fora
.
mais pormenores no Umbigo, daqui a pouco
.

Reunião na EB 2,3 Mouzinho da Silveira

Até já, às 10.
Não deixem de ir...

E agora? (Já vou, meninos, já vou...)

A senhora Conselho Científico para a Avaliação de Professores sugere, como se viu, um ataque em massa ao arvoredo e outras coisas... Não ouviu falar em digifolios, em século XXI, não parece ter lido Perrenoud, nem Papert nem outros... não sabe o que está escrito nos planos de choque tecnológico, nem em muitos livros de referência sobre inovação educacional, não espreita o MIT (embora tenhamos um acordo qualquer com eles), não sabe o que sugerem as pessoas que mais tempo dedicam à educação e tecnologias numa instituição de referência...
Desconfio que anda como nós, sem grande tempo para ler, e eu percebo, até posso ser solidária, porque os seus gestos também obedecem a ordens superiores. E se lhe/nos derem muitas ao mesmo tempo, nem sabe/sabemos para onde nos virar. Conheço a sensação.
Esse já é um mal grande, mas o pior estará para vir.

O problema deste enorme equívoco é o ME não conseguir legislar para alterar o número de horas que o dia tem. E, também, estabelecer ele próprio diz que é uma espécie de objectivos individuais incompatíveis com os recursos existentes (que são essas famigeradas 24 horas, mesmo que conseguissemos não dormir, havendo ainda a considerar o aborrecido direito dos trabalhadores a cumprir estritamente as horas de trabalho semanal atribuídas por lei - direito que está a ser negado, com a célebre conveniência de serviço que obriga os professores a ultrapassar, por exemplo, o tempo destinado semanalmente a reuniões... que está estimado ser de 90 minutos... Se faltarmos com esse fundamento de que estamos a prejudicar o resto do trabalho e a ultrapassar as horas estipuladas na lei, o que acontece? Passemos a contabilizar... Eu tenciono fazê-lo, anotando as dezenas de horas extra daqui para a frente, para mais tarde explicar na auto-avaliação por que não contribuí, por exemplo, para actividades da escola).
Não há um único professor que com seriedade possa fazer o que está previsto, sem prejudicar gravemente a sua mais nobre missão dentro da aula com os alunos. Digamos que, com mais rigor, só alguns o conseguirão, porque já desistiram da sua missão há muito, e este estado de calamidade reforçou a sua postura. Mas não me interessa falar deles agora. Apenas da esmagadora maioria empenhada em fazer melhor e combater os atropelos à verdadeira acção educativa. Em qualquer profissão existe sempre quem não ame o suficiente.

Depois dos disparates que se têm vindo a acumular em crescendo, como música de filme de terror quando se aproxima o clímax de morte, eu já decidi.
Em nome da defesa da qualidade do trabalho com os meus alunos, não roubarei, neste absurdo processo, mais do que o tempo estritamente necessário, ao trabalho e disponibilidade científica, afectiva e sorridente que merecem e é seu direito, ao improviso de uma aula que se desenvolve sobre a sua intervenção e não sobre um plano de lição rígido, às suas solicitações permanentes, à inovação com recurso às tecnologias, ... (que consomem muito tempo, quando bem utilizadas - saberão os senhores do ME o que é estar em casa a trabalhar muitas horas nos instrumentos tecnológicos das turmas - mais do que uma - blogues, projectos individuais, trabalhos variados? A responder às suas solicitações e dúvidas, individualizando processos? Claro que não... eles não fazem a mínima ideia do que é trabalhar correctamente com tecnologias, ou em educação, já agora... sabem apenas fazer Planos Tecnológicos e depois sugerir portfolios estáticos de papel - desculpem lá, meninos, não dá, agora não vos posso atender, ando aqui a tratar da minha avaliação e dos meus papéis. Saberão eles no ME que o professor que utiliza tecnologias gasta muito mais tempo no trabalho directo e indirecto com os seus alunos, mesmo a partir de casa, se quiser realmente tornar consistente, correcta, estimulante e apelativa a sua intervenção? Acham que é fazer um powerpointezinho e passá-lo em vez de dar a aula?).
Não é difícil provar a necessidade desse tempo, com as caixas de correio das turmas, os blogues, os materiais divulgados... o trabalho extenso desenvolvido.

Assim sendo, no meu processo de avaliação, porque não o considero um processo sério capaz de avaliar o meu estilo de intervenção junto dos alunos e da escola, escreverei o mínimo, reunirei o mínimo, gastarei apenas o mínimo de tempo necessário. E já será todo ele um desperdício que me revolve o estômago. Não ficarei horas a estabelecer acordos, a regatear pontos aqui e ali, sim sim, como acharem melhor, posso ir embora que tenho mais que amar e fazer?, a tentar atafulhar em dossiers (eu lecciono quatro disciplinas, três áreas curriculares, apoios educativos, tenho alunos especiais, trabalho com tecnologias diversificadas, plano de matemática, projecto dos portáteis... tenho umas míseras horas semanais da componente não lectiva, que mal chegam para fazer o que é realmente necessário... brincamos?). Serei lacónica nos documentos que tiver de preencher e aceitarei as consequências de tal posição, em defesa dos direitos dos alunos. Os nossos já foram atropelados irremediavelmente, são coisa inexistente, portanto, façam como quiserem, avaliem-me como desejarem, mas não me façam perder tempo com isso.

E agora?

Tornar-me uma professora de papel é que não. Desculpem lá, mas não.
A obediência tem os seus limites. Não consigo obedecer cegamente à desinteligência.
Quem comanda os meus gestos não serão nunca pessoas em quem não confio, por revelarem, a cada passo, um total desconhecimento do que deveria ser a actividade de um professor no século XXI.
Quem comanda os meus gestos são aqueles que amo e a quem sirvo. E agora sirvo apenas uma dama.
Agora, o meu amo e senhor são apenas os meus alunos. Mais ninguém.
Eles sabem e os pais também (muitos deles professores, por vezes colegas próximos). Não precisam de grelhas que o provem. Nem eu.

Não, não é arrogância. Caminhei muito até chegar aqui, e tenho a humildade de saber que ainda me falta aprender muito. Não tenciono roubar tempo a essa aprendizagem pessoal, gastando-o levianamente, estupidamente, em procedimentos que nada acrescentam à minha formação.
O meu caminho diz bem da entrega. Fala por mim.

Lamento, mas não tenho outra estrada daqui para a frente.
E acrescento que o trabalho dos titulares e dos Conselhos Executivos será desumano e desajustado. Que o tempo de que precisariam para zelar pelas importantes questões pedagógicas das suas escolas (e dos seus alunos, no caso dos professores titulares) lhes será cerceado com consequências inimagináveis. Estou solidária com eles e só espero que todas as escolas, um dia destes, acordem, percam o receio e se levantem juntas, a uma só voz, para explicar as razões que tornam este processo absolutamente absurdo, impossível e incompatível com a melhoria de resultados, sejam eles quais forem.
Estarei com eles nessa hora.

Sim, meninos, já vi que me deixaram umas mensagens, que têm projectos novos nas galerias, que estão a descobrir coisas importantes.
Já vou! Já vou!

Depois de um desafio de improviso na aula de ontem - desenhar um triângulo no scratch e outros polígonos... (não, não estava em nenhum plano de lição... reproduzi um desafio que havia feito na turma de 5º, pois a turma de 6º renovou o seu entusiasmo pelo scratch e senti que o momento era o adequado. Como esta, aconteceram outros contactos com aturma de 5º... acham que o tempo chega para grelhas e portfolios?)

Professora professora, já experimentei pôr os valores para fazer um triângulo e fiz uma estrela. Vou tentar dar a volta ao problema. Não sei como mas vou descobrir. Beijinhos

Respondi: ...eu sabia... o mais divertido é que, enquanto se procura, surgem formas muito giras... conta a história da pesquisa!Beijinhos

Professora DESCOBRIIII :P. Comecei por pôr 100 passos porque achei que era uma distância aceitável. Depois vi que a minha tentativa dos 135 graus não dava então lembrei-me do que a professora disse, que os ângulos de um triângulo somados tinha de dar 180 graus. Então eu parei para pensar e comecei por dividir 180 por 3 porque o triângulo tinha de ter todos os lados iguais. Deu-me 60. Achei que já tinha descoberto tudo, mas não, quando fui pôr em prática deu-me um hexágno. Pensei que fosse mais uma tentativa falhada. Já em desespero de causa fui contar o sucedido ao meu pai. Então ele muito simpático propôs que pensasse naquilo que fiz, e disse para eu pensar no ânglo raso, porque na verdade o gato ao andar em frente, a linha faz um ângulo raso. Vim de novo para o meu quarto e raciocionei, se ao mandar virar 60 graus ele fez um hexágno com um ânglo obtuso num sentido e agudo noutro, eu queria totalmente o contrário então aos 180 tirei 60 e deu-me 120 e foi o que coloquei nos graus. E juro que descobri sozinha. :D
Mais abaixo está um desenho a explicar.

Respondi: Em que formato está o desenho que me envias? Não consigo abrir! Tens um office muito para a frente? É que eu tenho o 2003... se é isso, tens de gravar como sendo uma versão anterior ou tentar fazer de outra forma. Se não conseguires, pedia o favor de imprimires e levares!Adorei a história! Eu sabia que chegavas lá...Muitos beijinhos

(Ela descobriu, sem saber, o que é um ângulo suplementar... falaremos depois disso na aula... sem plano de lição.)

As relações pedagógicas, a motivação, os resultados, constroem-se com tempo.
Tempo. Tempo. Tempo. Tempo.............

E agora?
Em que portfólio enfio o amor e a dedicação?

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Tentar legitimar...


... exactamente o quê?

Alguém nos explica como é possível isto?


Veio-me à lembrança...

Tirem-me deste filme!!!

Na ordem do dia:

Ajudar o Fedy
Reunião de Dia 26 - AMANHÃ (de Azeitão partem três ou quatro)
PETIÇÃO AQUI
FENPROF AQUI

Ouvi bem?

Professorzecos?
Hummm... e Titularzecos, não?

(Estará para breve um despacho que altera as designações constantes no estatuto da carreira docente...zeca?)

Escolas para o século XXI (Onde? Onde? ONDE?)

Consulta pública "Escolas para o século XXI"
O prazo terminou... em Dezembro de 2007. Levante o dedo quem participou na discussão...
Como esta questão me interessa particularmente (a criação da ferramenta Scratch tem exactamente como base a intenção de contribuir para desenvolver as competências para o séc. XXI)... lá fui eu...

no site da DGRHE:
A Comissão Europeia lançou uma consulta pública que visa o desenvolvimento de um conjunto de princípios europeus no sentido de fazer face aos desafios em áreas fulcrais que se colocam às escolas europeias como sejam, as novas competências-chave, a inclusão social e o papel dos professores.
Dirigida a todos os cidadãos e Instituições dos Estados-membros interessados em contribuir para esta consulta, a Comissão Europeia elaborou o documento de trabalho “ESCOLAS PARA O SÉCULO XXI”, que integra um conjunto de questões complementadas por breves reflexões
(...)
e remetem para AQUI
Comissão Europeia
(...)
Se desejar contribuir para esta consulta: leia o documento de consulta da Comissão; crie um documento MS Word (ou compatível); escreva numa das línguas oficiais da União Europeia; indique claramente, no início da sua contribuição, o seu nome e, eventualmente, o nome da organização que representa, bem como o motivo por que está interessado no sistema escolar (por exemplo, porque é encarregado de educação, aluno, professor…); decida a que perguntas do documento deseja responder; exponha as suas opiniões, no máximo, em quatro páginas A4 (12 pt); envie por correio electrónico, o mais tardar, até ...............(já passou)

Documento de consulta
Leiam que vale a pena. Deixo um excerto:
(...)
2.7 Os professores – agentes cruciais da mudança (como foi que disse? então não é o ME?)
O contributo do pessoal da escola, especialmente dos professores, é crucial para o êxito de qualquer escola. (como ???) Os professores são os mediadores entre o mundo em constante evolução e os alunos que estão prestes a integrá-lo. (alunos? então o objectivo não é mediar... papéis?)
Cada vez se exige mais dos professores: trabalham com grupos de alunos mais heterogéneos do que antes (em termos de língua materna, género, etnia, confissão religiosa, competências, etc.); exige-se que utilizem as oportunidades proporcionadas pelas novas tecnologias, que respondam às exigências de aprendizagem individualizada e que ajudem os alunos a tornarem-se aprendentes autónomos ao longo da vida. (o aumento da exigência tem sido inversamente proporcional ao tempo atribuído para estas funções todas... matemática simplex) É igualmente provável que também tenham de tomar decisões ou executar tarefas de gestão decorrentes de um aumento da autonomia das escolas. (autonomia?? onde? onde? ONDE???) Além disso, existem ambientes de desafio em muitas escolas. Há registos de comportamentos agressivos para com os professores em muitos Estados-Membros. Um estudo recente enumerou 37 factores ambientais e organizacionais diferentes conducentes a uma situação em que os professores sofrem de stress e de doenças relacionadas com stress. (essa agora! é preguiça pura! malandros!) Levantam-se, portanto, questões acerca das condições de trabalho e do apoio a dar aos profissionais do ensino. (hummm... condições??? para quê?) Muitos Estados-Membros têm dificuldades em manter na profissão os professores experientes. Em geral, nos países com dados disponíveis, a maioria dos professores reforma-se assim que lhe é dada essa oportunidade (abandono??? abandono??? ABANDONO???) , o que representa um desafio para os Estados-Membros – substituir a experiência perdida – e também uma oportunidade – investir na formação inicial de uma nova vaga de professores (isso resolve-se com umas provazitas de acesso à carreira!) e melhorar as competências dos professores em actividade. A Comissão e os Estados-Membros estão actualmente a trabalhar em conjunto através do programa de trabalho «Educação e Formação 2010», para encontrar maneiras de melhorar a qualidade da formação dos professores. (a que horas?)
Pergunta 7: Como podem os profissionais do ensino ser formados e apoiados de modo a vencerem os desafios que enfrentam? (esta era a questão para discussão sobre este capítulo do documento)

Uma vez que esta notícia consta no site da DGRHE... suponho que, ou não leram o documento, ou leram e... não perceberam. Para umas coisas dá jeito a Europa... para outras... Aguardo as decisões finais resultantes dos contributos dados na discussão deste interessante documento e as orientações decorrentes para os estados-membros...

Deverei esperar sentada?

Sei que há léguas a nos separar...

... mas é só mar, apenas mar, nada mais que mar.

Do outro lado do Atlântico, pela mão da Fátima (professora e contadora de histórias) do Blogstórias Essenciais, chegou o livro que decidiu oferecer-me, numa troca de mimos que já levou os meus até ao Brasil.
Parece-me muito interessante e tenho de criar um tempo para ele. Aqui podem saber mais.

Eu, por enquanto, delicio-me com as palavras escritas logo na entrada.
(Nada nos separa, nada. Nem o mar! Sim, as tecnologias aproximam-nos a todos em todos os cantos deste redondo mundo... Gosto do conceito.)

[Digitalizar0018.jpg]

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Terá sido uma fada?

Foi... Claro que sim...

Uma aluna-fada. Não resisto a partilhar. Andava aqui a espreitar nas galerias deles e dei com esta preciosidade...

Scratch Project

Reunião de dia 26

Reunião de Dia 26 - Sábado
10 às 13 horas no auditório da EB 2/3 Mouzinho da Silveira (Baixa da Banheira, margem sul do Tejo). Mais pormenores AQUI
E é importante porquê? Leiam AQUI o que aconteceu numa escola...
e, ainda: O Completo Desvario no Fórum da DGRHE (Paulo Guinote)

URGENTE ajudar o Fedy (passem palavra)

A TL do Talvez uma Península partilhou comigo via mail. Não consigo ficar indiferente.
Se alguém estiver interessado em adoptar o Fedy diga-me, que eu forneço os contactos (para não os expor aqui). A história, tal como me chegou, é esta:

O Fedy, é um gatarrão lindo e meiguinho. Foi atropelado na passada semana. Quando o fomos buscar não dava sinal de vida, jazia numa poça de sangue. Sofreu vários traumatismos, a pancada maior foi na cabeça, deixando-o praticamente cego. Teve que ser alimentado à seringa e não tinha controlo de urinas. Ontem, felizmente, começou a comer sozinho e tb foi ao caixote. Julgamos que consegue ver sombras de um olho, mas do outro deve estar completamente cego. É muito meigo, já não deve ser um gato novo, embora seja dificil dizê-lo pois está muito maltratado e não dá para ver. Mas é lindo e adora dar turrinhas. Vai ser castrado. Dado o estado dele, não o podemos colocar no gatil, pois não tem defesas para os outros. Como tal procuramos uma pessoa especial para adoptar o nosso menino !
Por favor ajudem o Fedy !




Alguns recursos sobre a metodologia Investigação-acção

Deixei aqui, no

muito mais (I)

muito mais (II)


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Encontro HOJE Universidade de Aveiro (Second UA): cef^SL 2008


Reproduzo o apelo feito AQUI, no blogue na Praia

Em Maio do ano passado realizou-se, na Universidade de Aveiro, o cef^SL - 1º Workshop sobre Comunicação, Educação e Formação no Second Life. Apesar de ter sido um evento organizado em tempo quase record, foi possível reunir nessa altura uma parte significativa da comunidade portuguesa no Second Life, com especial destaque para os investigadores em áreas relacionadas com a Educação.
Depois de quase um ano de muita actividade e muita investigação por parte da comunidade portuguesa no SL, parece-nos que faz todo o sentido voltar a reunir para partilhar experiências e/ou resultados.
Neste momento estamos já a trabalhar no sentido de lançar uma versão 2008 do cef^SL! Temos algumas ideias relativas a um novo formato para o evento e gostaríamos de as partilhar e discutir convosco!
Apareçam esta quinta-feira, dia 24, às 22h no bar da
Ilha da Universidade de Aveiro no SL. Contamos com a vossa ajuda para ajudar a definir (e organizar?) o que vai ser o evento este ano.


Tenho de ver se a TE ainda se consegue mexer depois de tantos meses de forçada ausência (que podem ter provocado alguma atrofia muscular)...

Testei. Ainda mexe. Já lá estou à espera.
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quarta-feira, janeiro 23, 2008

Mais uma voz que se ergue...

Não identifico local nem nome. Não é preciso.
É uma voz que conheço e que se fez ouvir, deixando a sua posição numa acta (reunião de departamento para eleição de "novos" coordenadores para satisfazer os caprichos de uma tutela que parece ter perdido o tino, o norte e o sul...)
Estou com esta voz e tudo o que ela representa de colectivo:



Declaração para a acta

Participo na presente reunião de departamento, cuja ordem de trabalhos contempla assuntos relacionados com a implementação do normativo legal relativo à avaliação dos docentes (Lei 2/2008).
Faço-o discordando frontalmente do conteúdo desse normativo, da forma como está a ser posto em prática, e sobretudo das premissas em que verifico que assenta, altamente desfavoráveis aos professores enquanto classe profissional.

Ciente das minhas obrigações, cumprirei a minha parte, na estrita observância do meu estatuto profissional. Porém não se espere da minha parte qualquer entusiasmo em matérias como esta. O pouco que ainda me resta, guardo-o para aqueles que mais o merecem: os meus alunos.

Se mais do que o mínimo que me é exigido vier a fazer neste âmbito, será única e exclusivamente em ajuda aos meus colegas docentes, em especial aos que integram órgãos de gestão democraticamente eleitos, todos eles merecedores de apoio e solidariedade num momento tão triste, por injusto, como o que atravessamos em termos profissionais.

Por último, e em íntima ligação a este assunto, refiro que continuo à espera de poder ajudar a levar à prática normativos legais que objectivamente favoreçam a prática pedagógica e a melhoria das condições em que se estuda e trabalha nas escolas públicas do meu país.

Reunião dia 26

via Umbigo
Reunião de Dia 26

Confirma-se o local e a hora: das 10 às 13 horas no auditório da EB 2/3 Mouzinho da Silveira (Baixa da Banheira, margem sul do Tejo), com a devida autorização dos órgãos de gestão e patrocínio do Centro de Formação Local.

A Ordem de Trabalhos (flexível) andará pelo seguinte:
Ponto 1 - Ponto da situação relativo à Carreira Docente e Escola Pública.
Ponto 2 - Iniciativas em decurso para contestação da actual política.
Ponto 3 - Propostas de acção para o futuro.

Mais pormenores AQUI

terça-feira, janeiro 22, 2008

Scratch... Day dream... pois... e o tempo?

Também sonho com umas animações que tenho aqui na ideia... apetecia-me tanto desenvolver as minhas capacidades e competências no scratch... animar um poema, uma história, sei lá!

Pois... e o tempo?
Vou sonhando acordada...
(pela mão de outros)


Scratch Project

Não deixar no "fundo"...

... as questões importantes em discussão - Modelo de Gestão das Escolas Públicas.

PETIÇÃO AQUI

FENPROF AQUI

Hummm... O que se passa aqui?

(Oh Paulo, desculpa-me o abuso do Umbigo, mas depois de escrever a entrada de hoje, descobri esta tua e achei por bem irmaná-las...)


Obviamente Ilegal
Paulo Guinote

Graças ao DA, acedi a este relato de um encontro de escolas do Norte com MLR e VL que, no fundo, faz uma síntese de tudo o que tem aparecido em catadupa nos últimos meses.
O que é extremamente grave é que já há quase dois meses tenha sido veiculada a informação seguinte:
No que respeita à avaliação, os departamentos que são relevantes são os do concurso, não os das escolas (se forem mais do que aqueles).
Esta indicação é obviamente abusiva e especialmente grave partindo dos governantes responsáveis pela publicação das leis cujo desrespeito explicitamente prescrevem.
Isto é mesmo, mas mesmo muito, muitíssimo, grave.
Alguém com responsabilidade está com um mínimo de atenção a isto?
É admissível que uma Ministra recomende a aplicação de regras não legisladas, evocando para o efeito leis por si assinadas que claramente dizem algo diferente?


Aqui por estas terras...

Amanhã: reuniões conjuntas de vários grupos "afins" para eleger os coordenadores máximos dos tais departamentos que só eram para efeitos de mas agora parece que também são relevantemente obrigatórios para...
Vamos viajando de surpresa em surpresa. (Percebem por que invoquei aqui a entrada do Umbigo?)
Realmente, antes de ontem, perguntei infantilmente quem seria o meu chefe máximo e máximo avaliador, posto que integro dois departamentos. Mas a partir de amanhã... parece que... só integrarei... um? Ou que, pelo menos, existirá apenas um responsável pela minha avalição no departamento (novo) a que aparentemente passarei a pertencer (não sei se real, se virtualmente).
Será que isso vai ter efeitos nas reuniões (que tenho sempre a dobrar)? Ou é mesmo apenas para efeitos da avaliação? O que se passa aqui?
Como já ouvi alguém dizer: será que alguém lá em cima conhece umas coisas chamadas... anos lectivos, planos anuais, regulamentos, projectos educativos, curriculares e afins? Ou passou a existir carta branca para o improviso absoluto, ao sabor do correr da pena e da disposição criativa de quem manda? Então por que razão devo eu prever objectivos individuais e tal para dois anos, baseados não sei exactamente em quê, que vai mudando todos os dias de cada vez que entro na porta da escola?

Oh meninos! Venha de lá esse oxigénio para me aguentar até à próxima novidade!
(Valeu-me hoje uma manhãzinha cheia dele, oxigénio, e de mais sorrisos do que os que consigo contar. Obrigada, do fundo do coração, a esse porto de abrigo que se interessa por mim e me diz: oh professora, logo que saiba a nota dessa disciplina da faculdade tem de dizer-nos! Se não for boa vamos ralhar com a professora! E, já agora, acha que consegue ver os testes e entregá-los antes da semana acabar? Nem pensem! Julgam que eu tenho a vossa vida! Mais risos. Lá para o fim-de-semana pego neles! Mas, inesperadamente, a tarde de hoje ficou sem a reunião prevista: estão vistos os testes que acabaram de fazer de manhã... e amanhã entrego. Notas boas... mais sorrisos pela surpresa inesperada que lhes levarei. Eles merecem. :)

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Sensibilidade e Bom Senso

Via Umbigo

Janeiro 21, 2008
Sensibilidade e Bom Senso em Gueifães
Paulo Guinote

A Comissão Provisória e o Conselho Pedagógico do Agrupamento Vertical de Escolas de Geifães merecem todo o nosso aplauso (eis a tomada de posição comum no documento seguinte: gueifaes.pdf). Agora resta que outros se alevantem e tenham a mesma coragem.

0061900622.pdf (mais um) e outras soltas notas

... mas quem anda a contar? (Se existisse uma grelha para avaliar desempenhos políticos, por certo haveria um item do género: um pdf = 1 ponto; de dois a quatro pdf = 2 pontos; de quatro a seis pdf = 3 pontos; mais de seis pdf = 4 pontos... sim, que é preciso ser-se objectivo na avaliação e a quantidade é uma coisa importante...) Ah! Pois! Já me esquecia. É o pdf da prova de acesso à carreira... procurem por aí que encontram. Alguém hoje me perguntava se havia uma maneira de deixar de ser titular... será que na secretaria? Um pedido por escrito?... Pois... Não me parece. Eu cá li as letras miudinhas do contrato antes de assinar. E não assinei. Só pareceu que perdi. Começam alguns a dizer-me que afinal ganhei. Mas isso eu já sabia. Em vez de uma depressão completa, uma náusea inteira, vivo com meia de uma e de outra, apenas fora das aulas... Continuo a ser infantilmente (alguns dirão estupidamente) feliz dentro da sala de aula. Todos os dias acontecem coisas bonitas. Aquelas carinhas, aqueles sorrisos curam-me a alma e o corpo. São a cola que ainda me prende ao tecto da escola. Ai se não fossem vocês e esta paixão antiga... quanto tempo mais? Um amigo dizia: é na resiliência que reside a solução. Eu tento, tento mesmo. Há dias em que sim e outros... outros em que... Até à data tal, objectivos individuais. Espero que seja um formulário para colocar umas cruzes... há palavras que não me apetece escrever. Que não farão de mim melhor professora. Tempo, sim, mais tempo ajudaria. Já repararam que no blogue da turma G me dei ao trabalho de colocar todas as galerias com um link directo? Que lhes deixo mensagens e desafios? Foi no fim-de-semana e... foi uma alegria para eles descobrir os mimos! Assim é mais rápido visitar os amigos! E criei uma galeria para o meu menino diferente, que hoje fez o seu primeiro projecto estruturado. Publicámos logo ali. Projectei. Os colegas aplaudiram. Professora, já viu a minha mensagem? Já viu o meu projecto novo? São vários a perguntar. Já vi, já respondi, já comentei. Os laços fazem-se com tempo. Objectivos individuais? Tenho um: conseguir ter tempo de qualidade para dedicar aos que mais precisam, aos que me pedem ajuda, aos que me escrevem para casa querendo mostrar o que fizeram, aos que... aos que me aparecem nos 45 min de apoio, em teoria pensado para dois... desafio os restantes, nunca tenho menos de 8. Hoje problemas, resolvê-los mentalmente, eles discutindo, pensando em voz alta. Foi tão bom, como é sempre e cedo acaba, porque não há mais. Não pode ser meninos, temos de ir, agora vou ter uma hora de nem sei o quê. Quanto mede o amor? Um ponto? Dois? Quatro? Quem o vê? Penso que ninguém quer saber disso. Ninguém está interessado nisso. É preciso indicadores, provas. Preferível contar qualquer coisa que se veja... Mas eles estão comigo agora, não depois. Não posso adiar o amor para outro século, roubar-lhes um tempo que é seu por direito. Talvez seja isso que me está a confundir mais o espírito, eu, logo eu, com um mar de desimportamento (para o acessório) a afogar-me. Tocou para a entrada... é mais uma aula: estou salva! Aqui respiro. Lá fora há nuvem de monóxido a adormecer as vontades. PDFs? Que os leve o vento. A eles e a tudo o que vai escurecendo a escola.
Mantenho uma vela acesa. O pensamento acordado. Enquanto assim for, fico. Se...
Estou aqui meninos! Vamos começar?
.

domingo, janeiro 20, 2008

I can fly...

Quero acreditar que sim...
(E estou a precisar de uma certa paz por companhia... crença num final feliz, por entre tanto papão e tanta bruxa, crença pura e simples, mesmo infantil, de que cada gesto vai contar... cada risco, cada salto nunca será para o vazio...)


Asas abertas, olhos atentos.
Elevados. De pé.
(Assim devemos estar.)

Sonharei com o(s) anjo(s) hoje...

A 'net tem destas coisas...

Lá acabámos por descobrir que o ffred- Scratch, que referi uns degraus abaixo, está bem mais (muito) próximo do que se poderia imaginar. A vida e a internet são verdadeiramente surpreendentes quando se cruzam.
Mais não conto.

Mas deixo aqui algo que partilhou comigo e que os mais novos poderão aproveitar: um conjunto de actividades lúdicas, disbonibilizadas gratuitamente.

Software do Fred
Neste 'site' partilho o software lúdico, educativo e didáctico, que desenvolvi e que disponibilizo gratuitamente para alunos, professores, educadores e pais.

mãos: espada e menino

A propósito de um comentário no meu outro recanto "muito mais"... acabei por responder algo que, no fundo, é a justificação para esta teia tão cheia de fios de várias cores e espessuras misturados entre si, num mesmo tempo:

(...)os alunos só têm este tempo para aprender e ser felizes na escola... e eu tenho de os ajudar agora, não depois, quando já os ventos da desgraça tiverem passado. É esta a nossa missão: ir lutando com a espada numa mão e o menino ao colo na outra...


Por isso esta teia assim em jeito yin yang.

Não estranhe quem aqui aporta pela primeira vez.

(A vida é este entrelaçar de cheiros e sabores. Ou não?)


http://en.wikipedia.org/wiki/Yin_and_yang

http://www.chinesefortunecalendar.com/yinyang.htm

sábado, janeiro 19, 2008

novelo


A lua é um novelo?
É
Provoca miados-canção, olhares gulosos na esperança de que um fio de prata desça e se enrole em terrena brincadeira.

A lua é um novelo.
Solitário.

Às vezes, quando está mais triste, serve-se de fios de prata para levar companhia e brincadeira para o céu...
(Não sei se aceite. Não sei se lhe perdoe.)

.

Ontem: mais um pêdêéfezito no correio...

Não adivinham?
Mais uma leizita... (para ir avançando no patchwork)

Publicada hoje a Lei 3/2008 que aprova o Novo Estatuto do aluno. Ponto mais crítico: considerar que o absentismo sistemático pode ser resolvido com (mais uma) prova de recuperação. Mais trabalho, resultados mais do que incertos... JMA no Terrear

Lei 3/2008 Ou A Avalanche Continua Paulo Guinote

Já não tenho saco.
Desculpem a gralha, o que eu queria dizer é:
já não tenho (palavras no meu )saco.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Há escolas que agem...

Divulgado no blogue Terrear, de José Matias Alves
Quinta-feira, Janeiro 17, 2008

Uma Proposta e uma deliberação unânime de um conselho pedagógico a que me orgulharia de pertencer

Matemática na Cidadela

Partilhado por uma leitora do blogue... fui e gostei!

http://www.matematicanacidadela.blogspot.com/

Um entusiasmado "scratcher" (programador e analista) português...

Encontrei hoje este comentário lá na minha galeria pessoal do scratch http://scratch.mit.edu/users/teresamar (onde tenho como amigos os meus alunos e mais uns quantos).
O autor é ffred.

Jan08: Até que enfim, “areias de Portugal”! Ando no Scratch desde Jun07 com a sensação de que nenhum compatriota avaliara ainda devidamente o valor pedagógico desta linguagem despretenciosa, própria para principiantes e preguiçosos, (é o meu caso). Iludido por ‘nicknames’ mais ou menos latinos que fui encontrando no universo de mais de 60.000‘scratchers’, já encontrei espanhóis, brasileiros, mexicanos e até uma dinamarquesa; mas agora encontrei portugueses, (uma turma deles), que a denunciam como sua “sôtora” Já posso escrever em português. Bem haja por isso, “teresamar”. A questão que lhe coloco é a de descobrir como (e se) posso ajudar os seus miúdos a melhorarem a fluência dos seus estilos de programação, (sempre a partir de minha casa), usando os anos de experiência que acumulei como programador/analista, (de outras linguagens, claro). PS: “rakel” é a melhor dos ‘scratchers’ da turma que eu visitei. Acabo de partilhar “Distritos”, um jogo sobre a geografia de Portugal, em
http://scratch.mit.edu/users/ffred
...
Descobri mais um talento n'A TURMA: fca


Deixo-vos aqui o projecto do ffred. Bem interessante!
Sugeri que fosse provocando os alunos, motivando, desafiando, sem excesso, mas enriquecendo a sua viagem com a partilha e a visão de alguém experiente. Algo que nunca me tinha ocorrido que pudesse vir a acontecer! Esta coisa das comunidades de aprendizagem é poderosa...

Scratch Project

Uma prática pessoal do uso dos conhecimentos na acção: "cadê" o tempo, Professor Perrenoud?

Pois, senhor Professor, desista.
Isso de andar a dizer que uma das condições para se conseguir algum sucesso no desenvolvimento de competências nos alunos é a mudança de identidade do professor e que, entre as várias mudanças, se deve incluir a tal prática pessoal do uso dos conhecimentos na acção, é puro devaneio para quem, embora pelo currículo não pareça, sabe muito mais do que o senhor e afirma com actos que um professor é (apenas) um funcionário! Aprenda com eles! O dito funcionário tem de estar muitas horas ao serviço, com muitas e estéreis reuniões, com muitas tarefas destituídas de sentido que lhe esgotem o ânimo, até para as aulas (tarefa secundária), mas transformem a escola na perfeita creche a tempo inteiro e a baixo custo. Depois avalia-se tudo bem depressa com prazos de corridas de cavalo ou de galgos, como se engole um remédio amargo, pontua-se, arrumam-se os papéis e tudo continua descansadamente na mesma.

Se quem gere os destinos da educação portuguesa o desdiz, por que nos diz o Professor, que nem ministro é, tão pouco secretário de estado ou coisa que o valha, que:

(...)Um professor de ciências que não participa em nenhum processo de investigação ou de aplicação tecnológica dos seus conhecimentos, que nem sequer realiza actividades experimentais, terá alguma hipótese de representar de maneira realista o funcionamento dos conhecimentos na acção? Um professor de língua materna que não mantém nenhuma correspondência, que não escreve nem publica nada, que não participa em debate algum, que não intervém em mais nenhum lado para além da sala de aula, poderá ter uma ideia realista do "que quer dizer falar" (Bourdieu, 1982), ou do que significa escrever? É verdade que a aula é um mercado linguístico sobre o qual o professor deseja reinar. Se nunca se deparar com outros mercados linguísticos, o que poderá saber da palavra ou da escrita como ferramentas nas relações sociais? "Uma pedagogia das competências requer uma transposição didáctica tanto a partir das práticas sociais quanto a partir dos conhecimentos eruditos descontextualizados" (Martinand, 1986). As práticas sociais não estão vazias de conhecimentos sejam eruditos ou comuns. Os profesores exercem um papel definido, do qual só se pode ter uma ideia exacta por meio de uma experiência pessoal. Um especialista, por exemplo, utiliza os seus conhecimentos como ferramentas para a acção. Pode imaginar-se um treinador desportivo ou um professor de dança ou de música que não tenham praticado e continuem a praticar a um nível aceitável o seu desporto ou a sua arte? Para ensinar conhecimentos, basta ser um pouco erudito; para formar em competências, melhor seria que parte dos formadores as possuíssem... (...)
Philipe Perrenoud, Construir as Competências desde a Escola. Artmed Editora, 1999

"Cadê" o tempo para isso?
Olhe eu, por exemplo, há uns anos ainda pude montar um borboletário no jardim, investigar factores que influenciam o desenvolvimento dos lepidópteros, filmar, qual David Attenborough, a metamorfose do Papilio machaon, partilhar com os alunos as descobertas, comunicar o gosto pela investigação, pela observação... Mas isso foi num tempo absurdo em que os professores tinham tempo a mais e nem sabiam o que fazer com ele: imagine! Criar borboletas! Escrever uma ou outra poesia sobre matemática, e não só, para levar para as aulas e estimular os mais novos para a leitura, estudar bem os modelos de trabalho de países com sucesso na matemática, adaptar, produzir materiais, estudar para melhorar o trabalho com os alunos, comprar livros variados sobre educação, lê-los, reflectir, conceber acções de formação (projecto educativo, TIC, didáctica da matemática...) e frequentá-las com tempo para aprofundar conhecimentos, tudo coisitas sem jeito, sem sentido, para um professor que tem de leccionar quatro programas diferentes de Matemática e Ciências, com temas do mais variado que se possa imaginar (quando formos generalistas, então...).
Agora sim, estamos como devemos estar: em correrias tontas, em sobressalto, substituindo aqui e acolá, horas disto e daquilo, muita reunião estéril, poucas horas em casa a ler, estudar ou preparar materiais, não vá o diabo tecê-las e a tentação de ver novelas e futebol apossar-se de nós, oh seres de fraca vontade que são os professores e em quem não se pode confiar...

O que me diz disto, senhor Professor?
Talvez seja melhor recomeçar os seus estudos e aprender aqui connosco alguma coisa nova que lhe deve ter escapado, enquanto andou por aí distraído a congeminar essas teorias que obrigam o professor a uma formação cuidada e a tempo, muito tempo, para realmente desenvolver competências seriamente que lhe permitam ser um professor para o século XXI...

E embora comece a ser cada vez mais complicado, prometi e vou colocar no blogue dos meus meninos uma remota lembrança do tempo em que com tempo, dignidade e seriedade, aperfeiçoava as minhas competências individuais e melhorava o meu desempenho profissional, preparando materiais bem especiais para as crianças: momentos da vida que só conseguiam ver na BBC e que uma professora mostrava poder ser feito, com paciência e empenho, por qualquer um, fosse ele professor, aluno, enfim... São metamorfoses, senhor Professor, metamorfoses! (Há muito disso na educação... chamam-lhes reformas, mas normalmente têm defeitos nas asas e não voam... já as minhas borboletas, senhor Professor... as que vou mostrar aos alunos... já essas...)

(Para quem esteja interessado em ver a borboleta sair da crisálida, mas esteja cheio de falta de tempo, recomendo deixar carregar por inteiro o filme enquanto fazem outra coisinha, e depois fazer uso do cursor que, devidamente arrastado, permite ver tudo a correr, género filme-mudo. Como também não houve tempo para acrescentar uma música no Jumpcut - só deu para exportar para mp4 e fazer upload no imeem, baixem o volume e observem apenas, com música à vossa escolha ou em silêncio.)




Um obrigada especial ao Carlos Filipe, meu colega, que no seu nenhum tempo me converteu as mini-cassetes para DVD. Tenho mais filmes, mas não tenho tempo para os tratar convenientemente e partilhar com os alunos, agora que estamos a trabalhar os animais nas aulas de Ciências e que as metamorfoses foram um dos temas trabalhados. Condições impostas por um ministério mais interessado em pontos e em números, do que propriamente em crianças e no seu direito a uma educação de qualidade. Sinais dos tempos neste nosso Portugal.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Clonei o sentimento...

Eu sei que me apetece muitas vezes trazer certos blogues para os fios da teia, neste tempo de nonsenses que ficariam bem num recanto chamado Monty Python's Completely Useless Web Site . Vou-me contendo. Os leitores chegam a esses blogues bem mais depressa do que aqui, portanto...

Mas hoje volto a não resistir.
Ao ler, fiquei como o "dono" do Umbigo: Entre o Fascinado(a) e o Abismado(a) (mas com um toque feminino no fascínio e perplexidade ou abismação - palavrita que é como muita medida recente: não tem cabimento nem nexo, mas pode ser escrita só porque apetece.).

Começo a sentir o que senti por alturas do concurso de titular: há-de haver uma forma de dizer não, mesmo com penalização*, e preciso de a descobrir rapidamente, para bem do bom equilíbrio físico e mental - qualidade de vida. Sou optimista, já perceberam. Ainda não me convenci de que serei embrulhada, sem querer, nesta rede. Ando à procura, nas malhas da lei, dos interstícios da possível infidelidade normativa, devidamente fundamentada. Sou persistente nas recusas às coisas que não fazem sentido e prejudicam a minha principal vocação pessoal.

*(Estou apenas no 5º, pois, por não ter concorrido, não tive direito ao rebuçado do 6º, oferecido a quem concorreu, mas não ganhou título. A renúncia valeu cada "centavo" perdido e a perder.)

Experiência com o Camtasia Studio

O José Oliveira bem avisou aqui sobre a excelente oportunidade.

cam.gif
Camtasia Studio 3 - agora grátis

Eu, achando que seria para sempre, fui adiando e agora só está disponível a versão de experimentação por 30 dias. Acabou-se a versão integral gratuita com acesso a uma chave. Que coisa! Lá terei de comprar o software. É que ontem tive uma ideia e o Camtasia (de utilização muito intuitiva e acessível) permitiu-me antecipar a sua colocação em prática. Embora não deva estar a fazer tudo correctamente (a qualidade do meu vídeo, depois de fazer o upload no imeem, não é grande coisa) a ferramenta serviu bem o intento e deixei o produto no blogue da turminha, AQUI. Olhem que a narração é um improviso de momento um pouco embrulhado! Nada de muito elaborado, mas espero pelo menos provocá-los para a exploração prévia do Sitemeter, antes de falarmos na aula sobre o assunto.

Claro que este programa já está na lista dos favoritos! Com boas ideias (sempre mais importantes do que a ferramenta em si) pode tornar-se um instrumento precioso.

Também publicado no muito mais

Do Brasil...

... o carinho da Fátima no seu Blogstórias essenciais:

a surpresa AQUI!

Tanto mar... tão pouco mar... abraço simples e fácil.
(Vivam as tecnologias!)

quarta-feira, janeiro 16, 2008

O primeiro poema

Um poema antigo... lembrei-me dele...
É O poema-primeiro do regresso à escrita (interrompida entre os 20 e os 30 e tal anos).

O que provocou o regresso à escrita, para nunca mais parar?
Esse regresso a uma escrita com um olhar sempre presente da criança que não consigo deixar de ser, na forma de escutar, olhar, sentir o mundo? (E, talvez por isso, uma escrita que chega aos mais pequenos... sem intenção declarada de escrever para eles...)

O que provocou o regresso à escrita foram as primeiras perdas...
(Não é de estranhar.)


Despedida

Mãe...
Onde foi o passarinho
que vivia cá em casa?


Está no céu dos passarinhos
a mãe levou-o na asa.

Mãe...
Onde está o meu peixinho
que não mora mais comigo?

Foi para longe descansar
será sempre teu amigo.

Mãe...
Onde está aquela flor
que vivia no jardim?

Deu lugar a outra amiga
porque a vida é mesmo assim
uma roda grande, grande
que gira sem nunca parar
e o que vai deixa um espaço
que o que vem pode ocupar.

Então por que estou eu triste
com vontade de chorar?

Chora, chora, no meu colo
que logo o teu coração
vai aprender o adeus
para as boas-vindas dar.


.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Chove


É assim que te quero recordar. Ao sol. Em paz.
Esquecer-me do dia de ontem.
Custa-me ainda tanto dizer o teu nome.
Eu sei que, um dia, ficará apenas a memória do melhor.
Mas a minha pena hoje não quer escrever...
e, além disso, chove.
Chove.
(E vai continuar a chover.)

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Recursos SCRATCH em língua portuguesa



No contexto da tese de mestrado, que naturalmente tem implicado a tradução de documentos diversos, decidi contactar a equipa do Scratch no MIT para sugerir a criação, na página web, da secção com recursos em língua portuguesa e ligação para locais relacionados, na altura inexistente (muitas línguas representadas, mas a portuguesa não). Gostaram da sugestão e dos materiais que lhes enviei para o arranque desse espaço. Foi, portanto, aberta a porta a este trabalho AQUI onde podem ser consultados os recursos já existentes. Propus, ainda, um envolvimento institucional nesta tarefa para garantir qualidade, continuidade e alargamento da comunidade Scratch em Portugal. A FPCE e a FCUL (cujo CC CRIE tem uma página dedicada ao assunto , já divulgada aqui na teia, com um grupo de trabalho que integrei e onde lancei este desafio) já manifestaram disponibilidade para o trabalho conjunto de continuação do enriquecimento destes recursos. Sugeri à FCUL que colocássemos nessa secção portuguesa o guião de apoio por eles elaborado há tempos para um encontro de matemática. Foi enviado por mim com indicação para ser colocado no topo da lista dos recursos, uma vez que é um excelente instrumento de iniciação à ferramenta.


Deixo-vos aqui os recursos que já estão divulgados na página Scratch do MIT:


(...)

Português / Portuguese
Guia de Exploração do Scratch
Criando com o Scratch
Aprendendo com o Scratch
Programando com o Scratch
Scratch: competências de aprendizagem para o séc. XXI
Scratch e fluência tecnológica (.ppt 2.5MB)
Scratch no site do CC CRIE da FCUL
GT Scratch