Sala de informática, ontem.
Depois de termos gasto, antes do Natal, imenso tempo a instalar o Scratch em todos os computadores (uma internet que é um "choque tecnológico", pelas piores e mais lentas razões), ao tentar entrar nos PCs... nada de Scratch. Um a um íamos abrindo os computadores e o gatinho não aparecia.
Antes de termos testado todos os computadores, a F (5º ano) levanta-se e lembra-me baixinho: oh professora, da outra vez nós para instalar não entrámos como alunos, a professora entrou como administradora e pôs outra password.
Não lhe liguei muito... respondi que isso não devia ser motivo, pois a partir do momento em que se instalava um programa ele "deveria ficar sempre à vista" independentemente da sessão aberta... (ainda não aprendi que tenho de prestar sempre atenção a tudo o que os alunos dizem).
Claro que depois de abrir todos os computadores e não encontrar o Scratch em nenhum... humildemente reconheci perante a turma que a hipótese colocada pela F (e que continha em si a semente da possibilidade de verificação) parecia ser a mais razoável (ou isso, ou alguém se divertira a desinstalar tudo, o que não fazia sentido). Assim sendo, resolvemos testar a conjectura da F. Terminámos a sessão como alunos, entrámos como administradores... e, por uma pouco razoável configuração do sistema, lá nos apareceu o gato que ficara escondido (nem rabo deixara de fora) entrando no computador pela sessão a que os alunos têm acesso.
Claro que aproveitei bem a ocasião para reforçar a importância de, em qualquer circunstância da vida, sempre que um problema surgisse, procurar resolvê-lo inteligentemente colocando as hipóteses possíveis de resolução e testando-as. A tal matemática da vida... Dei os parabéns à Filipa pela lembrança e sugestão e pedi-lhe desculpa por, no primeiro momento, não ter levado em conta a hipótese por ela colocada.
Assim vamos crescendo.
(Eles e eu.)
Recordação
Há 5 anos
2 comentários:
Teresa,
que isto sirva para lembrar que existe uma coisa chamada Lei de Murphy (a tal que diz que se alguma coisa pode correr mal há-de correr).
Já agora, para além de pedires desculpa à aluna, dá-lhe uma boa nota uma vez que a rapariga revelou uma excelente capacidade de resolução de problemas (se bem que não tenha sido um problema matemático).
Todos os problemas são matemáticos na sua essência... ai esta equação que é a vida! :)
A boa nota estará garantida...
(rimei... mas não foi intencional...)
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