Lá para cima, para a Guarda... mano, esposa e sobrinho partilham o nosso amor pelos animais...
Prepararam casa, dentro do terreno da sua própria casa. Aluguer gratuito. Alguns anos passaram até os condóminos aceitarem a oferta. De há algum tempo para cá, reconheceram a absoluta vantagem que lhes era oferecida e cederam à tentação.
Mais uma vez, este ano, o milagre da vida se cumpriu.
Acabei de receber estas fotos.
E o meu coração fica assim iluminado pelas razões do costume:
os sonhos e os desejos são como cegonhas acabadas de nascer.
Alimento certo, bons cuidados e um dia voam.
(Razão pela qual não viro as costas ao futuro que imagino.)
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E no mais recente companheiro dos inícios de noite, agora ali repousando na mesa de cabeceira à espera da mágica hora, encontrei (como sempre nos livros que me fazem companhia) as palavras certas para desenhar o momento:
BATIA AS ASAS
Batia as asas por sobre a planície crestada, guardando o branco dos muros, o verde sitiando a cal, a telha e a dormência dos homens.
Roçava as penas na face das pedras antigas, na palha seca do Verão, no castanho rugoso da história.
Alegria de pássaro tranquilo. Como se descobrisse por momentos as verdades necessárias, embutidas desde sempre no corpo vivo da terra.
MERIDIONAIS - João Pedro Mésseder
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