quarta-feira, setembro 20, 2006

Apontamentos de "beta-tester"

Pois eu cá tenho um BT de luxo, especialista nestas questões, colega de muitos anos na anterior escola. E pedi-lhe autorização para divulgar a troca de mensagens por conta do meu pedido de identificação de erros na página do CRE e sugestões de melhoria.
Porque nesta partilha alargada a luz espalha-se e poupa-se electricidade... fusíveis, neurónios e outras coisas mais. Insisto na ideia da teia.
Do trabalho em equipa alargada.
Sem isso não há futuro na Educação. Nas pontes se esconde o segredo.


O JL (Herr Macintosh) deixou-me, então, estas pistas:

Como pediu ajuda aos "bêta-tésteres" da net aqui vai:
1- Os links com duas linhas surgem como dois links em vez de só um (Literacia da Informação e Difusão Bibliográfica)
2- Penso que os dois links anteriores deviam ser Literacia da informação e Difusão bibliográfica
3- O link Última hora (repara que hora não está em maiúscula) não está alinhado com o resto e está em itálico, quebrando assim duas regras importantes: a consistência interna (os outros links não são em itálico) e o princípio do alinhamento ("Os elementos no design devem estar alinhados com um ou mais elementos. Isto cria uma sensação de unidade e coesão que contribui para a estética global e a percepção de estabilidade.", William Lidwell, Kristina Holden e Jill Butler, Universal Principles of Design)
4- Os primeiros links (Sobre nós, Notícias...) estão num tamanho mais pequeno do que os de baixo (Literacia da Informação, Difusão Bibliográfica...) mas o último (Aconselhamos) está outra vez do tamanho dos de cima
5- Na página da difusão bibliográfica o link para a página (agora muito bem desactivado) está demasiado grande e a cor é demasiado forte. Se não o quiseres pôr a cinzento escuro dá-lhe o tamanho normal dos links e atribui-lhe a cor que tens no título do lado direito
6- Não sei se consegues, mas os títulos das páginas deviam ajudar a situar o visitante. Género:Página inicial: CRE de Azeitão
Página da difusão: CRE de Azeitão - Difusão bibliográfica (atenção que se no link aparece bibliográfica com maiúscula aqui também deve aparecer com maiúscula)
Página da literacia: CRE de Azeitão - Literacia da informação7- Na página sobre divulgação bibliográfica há um espaço antes de Literacia da Informação
8- Há uma discrepância entre a forma como fazes as ligações nas áreas Literacia da Informação e Difusão Bibliográfica. Na primeira o endereço aparece todo no link (http://www.rbe.min-edu.pt/literacia/index.htm) e na outra aparece a palavra Número 1 para se clicar.
Transforma o título Formação e apoio aos professores (Rede de Bibliotecas Escolares) num link (se tiveres alguma informação sobre o lá está faz um pequeno resumo)
9- Se calhar, a palavra Mapa de viagem devia aparecer antes de todos os links e não depois de Era uma vez (partindo do princípio que estamos a navegar num universo de informação e precisamos de um mapa...)

E eu ainda pedi um esclarecimento sobre o ponto 6, nestes termos:

Acho que não percebi... mas como estou com sono...É naquela frase laranja no campo à direita no topo, que diz só era uma vez e assim???? (Estão a ver o sono com que estava...)

Resposta:

"Son los titalos qui aparecen na ventana" lá em cima (no teu caso: Internet Explorer seguido do nome da página). Por exemplo, se procurares "Rio Sado" no Google, no título da página aparece "Rio Sado" - Google Search, o que nos ajuda a perceber onde estamos no universo da informação.

Claro que agora vou precisar de tempo para digerir tudo e voltar a agarrar-me à página.
Mas as aulas começaram em força. Conheci os meus doces meninos e a cabeça anda centradinha neles, como tem de ser. Enquanto isso, o CRE espera...
.

Tempo! Oh tempo! Onde andas tu?

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office clipart

12 comentários:

Herr Macintosh disse...

Bom, em primeiro lugar uma explicação: quando a Teresa pediu para testarem a página do CRE da sua escola achei que não devia colocar aqui as minhas observações e, por isso, enviei-lhe a minha análise (feita de uma forma muito rápida) directamente por mail.
Ontem, quando ela me pediu para publicar as minhas considerações sobre a página para que outros aprendessem alguma coisa disse que sim, apesar de não achar que alguém vá aprender muito. No entanto, para quem quiser mergulhar um pouco no campo de como se deve conceber um site aqui seguem alguns endereços:
Usability by design (UK)
Jakob Nielsen - Uma série de artigos interessantes sobre o assunto
Jesse James Garrett, especialmente o diagrama com a metodologia de desenvolvimento
Entrevista com Steve Krug, autor do livro "Don't Make Me Think"
Site do livro The Design Of Sites, pode-se descarregar o capítulo 1 e um dos exemplos (como ajudar o cliente - mas pode ser um utilizador/aluno - a completar uma tarefa)
Sobre estilos na internet: CSS Zen Garden (o meu favorito e, quem estiver mesmo interessado, compre o livro) ou o site do Eric Meyer
Sobre arquitectura de informação: Jesse James Garrett (outra vez), The Information Architecture Institute (descobri este site recentemente mas pareceu-me interessante)
E alguns livros (não necessariamente sobre a Web mas relacionados) que tenho sempre à mão:
William Lidwell, Kritina Holden e Jim Butler, Universal Principles of Design, Rockport Publishers (2003) - vejam também o site dos editores
Jesse James Garrett, The Elements of User Experience, New Riders (2003)
Steve Krug, Don't make me think, New Riders (2000)
Robin Williams, The Non-Designer's Design Book, Peachpit Press (2004)
E, não podia deixar de referir (porque muitos dos que aqui vêm são professores), Ruth Colvin Clark e Richard E. Mayer, e-Learning and the Science of Instruction, Jossey-Bass/Pfeiffer (2003).
Este post já vai longo. Espero que isto ajude mais do que os meus comentários apressados à página da Teresa.

Teresa Martinho Marques disse...

Perceberam agora a razão da palavra "luxo"?
Curiosamente... não se iludam... não é matemático, informático (embora pareça)... lecciona Língua Portuguesa e História...
Obrigada por enriqueceres tanto esta teia!

Rosa dos Ventos disse...

E os rios passam por baixo das pontes!

IC disse...

Como agora não posso ver com vagar, vou já guardar esses endereços todos :)
Tenho uma página há que tempos "pendurada", para alunos (vai chamar-se Lógica para Todos), que agora está adiada para ir aprender a trabalhar com o Flash e o Dreamhever, embora tenha cá uma suspeita de que depois não os vou querer usar.
Mas já vi, num dos endereços que Herr Macintosh deixou, uma referência a um problema "conservador" que tenho: detesto a resolução 1024x768 e ou encontrarei num desses sites (ou noutro) a melhor solução para páginas que fiquem bem em qualquer resolução, ou terei mesmo que esquecer a 'minha querida' resolução 800x600.
Mas isto tudo a propósito de um facto: uma página fica "fora de moda" em 3 anos (também nisso da resolução, qualquer dia quase toda a gente deixará de usar a 1024 para passar à outra a seguir... grrrrrrrrrr)
Enfim, penso que o mais importante é a funcionalidade, a facilidade de navegação. Estou certa?

Herr Macintosh disse...

IC, três comentários:
1- Normalmente preocupo-me com a largura - na aplicação que fiz para a minha escola para gerir os dados dos inquéritos a largura da área de trabalho é de 1000 pontos (se juntarmos os outros elementos - moldura da janela e elevador dá os tais 1024 pontos) mas no site que estou a preparar para os meus alunos a largura é de 820 pontos (não nos devemos esquecer que há uma diferença importante entre ler algo impresso e num monitor - de acordo com alguns estudos, há pessoas que têm efectivamente problemas com a leitura no écran, dependendo isso do seu estilo cognitivo). Autores como Jakob Nielsen dizem que as páginas na net devem ter um estilo gráfico fluído, que se adapte ao tamanho da janela. Esta discussão levava-nos a uma resposta muito longa...
2- O design gráfico poderá ficar fora de moda em muito pouco tempo (meses até) mas se o design da informação e a concepção da estrutura do site estiverem bem pensadas então é fácil actualizarmos as coisas.
3- Há várias coisas na concepção de um site que são importantes. Jesse James Garrett descreve cinco elementos com os quais nos devemos preocupar que vão do abstracto ao concreto: Estratégia (objectivos do site e necessidades dos utilizadores), Âmbito (especificações funcionais e necessidades de conteúdos), Estrutura (design de interacção e arquitectura de informação), Esqueleto (design de informação, design da interface, design da navegação) e Superfície (design visual). Cada um destes elementos está interligado e se descurarmos um deles a estrutura fica menos coesa. No nosso caso, uma vez que não temos uma equipa de especialistas, não temos hipótese de nos preocuparmos detalhadamente com tudo isto mas os cinco elementos devem estar presentes quando nos sentamos para criar algo para a net.
4- OK, eu disse que eram só três, mas eu sou de História... Ao modelo do Jesse James Garrett eu acrescentaria o design instrucional à Estrutura, especialmente se o site tiver fins educativos.
5- O Flash... O Flash... Utilizo o Flash desde a versão 2 e gosto muito (o site onde tenho as minhas imagens digitais foi todo feito em Flash) mas temos de ter cuidado. Penso que antes de nos preocuparmos com as ferramentas (Dreamweaver, FrontPage, Flash, Director...) ou nas tecnologias (javascript, Ajax, Perl, Ruby, Java, PHP, ASP) nos devemos concentrar nos tais cinco elementos de que Jesse James Garrett fala e depois logo vemos quais são as melhores tecnologias e ferramentas para aquilo que pretendemos. Há uns anos atrás fiz o site para o Centro de Investigação em Geociências Aplicadas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL quase só em Flash sem ter pensado muito (era fixe, eu gostava, tinha umas ideias...). Hoje não o faria porque não acho que fosse a melhor tecnologia para aquilo que se pretendia.
Pronto, mais uma vez ficou uma resposta grande de mais.

imaz disse...

Olá Teresa
Viemos agradecer os miminhos que nos tens dado.Obrigado.Beijinhos
Igor e Carlos

IC disse...

Teresa, o mau agradecimento e comentário a Herr Macintosh não entrou, estou de corrida, logo repito o que tinha escrito.

Teresa Martinho Marques disse...

Não é preciso agradecer Igor e Carlos. Desculpem este ano estar um bocadinho mais ausente mas ando com bastante trabalho. De qualquer modo está nos meus planos conhecer-vos e havemos de conseguir programar esse dia!
beijinhos
IC... tudo bem! Escrevi-te para o e-mail. Beijinhos
Rosa dos Ventos... rios sim... muitos rios...

Miguel Pinto disse...

uffa... a maioria dos informáticos que eu conheço ficariam envergonhados, herr. ;)

Herr Macintosh disse...

Miguel, penso que, às vezes, os informáticos se preocupam demasiado com... a informática (ou seja com as tecnologias). Eu, talvez devido à minha formação em História onde temos de colaborar com várias disciplinas, tenho uma visão mais orgânica ou holística (se quisermos utilizar uma palavra cara) desta área que é a criação de sites para a internet.
No entanto, ao contrário do que a Teresa diz, não me considero "(...) um BT de luxo, um especialista nestas questões (...)".

Teresa Martinho Marques disse...

Chefe... como quiseres... mas pronto! Como por norma vais estando a anos-luz do ponto em que vamos, dá aquela sensação de seres "especialista"... percebes? Quando me lembro do nónio e do nosso software topo de gama da macromedia em mil nove e carqueja,do Pagemaker da Adobe, do Bryce, do poser etc e tal, num tempo em que o office servia para tudo e nós construíamos materiais interactivos educacionais (não te esqueças da promessa de recuperar e divulgar isso tudo! Saudade dos jogos de mat com fracções e chocolates)... tenho sempre esta sensação: foi uma oportunidade de "luxo". Desculpa lá! "Há que dizê-lo com frontalidade" (onde é que eu já ouvi esta???? :)

Herr Macintosh disse...

Como por norma vais estando a anos-luz do ponto em que vamos
Só por cá, porque os endereços e livros que eu referi são quase ao nível da "leitura essencial" lá por fora.

Quando me lembro do nónio e do nosso software topo de gama da macromedia
Hi! Hi! Bons tempos.

(...) num tempo em que o office servia para tudo e nós construíamos materiais interactivos educacionais (não te esqueças da promessa de recuperar e divulgar isso tudo! Saudade dos jogos de mat com fracções e chocolates)...
Bem, para o nosso queridérrimo Ministério da Educação, o Office ainda serve para tudo. Quanto à divulgação ela não está esquecida. Mas, como dizia o outro, tempus fugit (o outro, na realidade, chamava-se Virgílio...), ou seja, numa tradução livre e modernaça, "o tempo não chega para tudo e sempre temos de dar umas aulas que temos de preparar".

Desculpa lá!
Estás desculpada.