quarta-feira, março 04, 2009

7 - o dia de todas as coisas

Há dias assim. Há números assim.

Os primeiros planos? Lisboa, claro. Como sempre presente.
A minha batalha pesa-me no corpo e vem desde o dia em que decidi auto-excluir-me do concurso para titular (sabendo que tinha lugar), em que optei por não me calar nas reuniões, em que optei por não ser cúmplice de desmandos e atropelos à lei e acabei notificada com direito a apresentação de BI ao carteiro. Tudo o que sempre dei e dou à escola parece não ter nem significado, nem existência. Sou
mais penalizada trabalhando muito do que fazendo pouco. Uma avaliação que penaliza um professor pelo empenho e por bons serviços prestados não merece a minha consideração. Esteja o meu corpo no cordão ou não, estarei sempre por lá porque a minha luta não é simples, pontual, de papel, de palavras, nem de ocasião. Tenho muita pena de não poder estar presente desta vez.

Mas...
por causa disto... o dia 7 vai ser a todos os títulos inesperado e especial. Acontece que o arquitecto responsável pelo acompanhamento da montagem da escultura de Malangatana é nosso primo (ao lado direito do artista na foto)... veio há uma semana de Moçambique para Portugal, com o mestre, e permanecerão por cá durante todo o processo... e Sábado é dia de encontro familiar aqui em Azeitão (gente que não se vê há muito) com caril de caranguejo que veio prontinho de Moçambique. Toda a tarde em família com a companhia de Malangatana. Não fosse tão insólito, até soaria a desculpa. Mas precisamente por ser tão incrível é que é verdadeiro. Compreendem, portanto, a razão da minha ausência.

E não fica por aqui. O
7 tem esta magia natural.
Ontem à noite, o meu amigo Emílio Remelhe (escritor e ilustrador - ilustrou os meus Provérbios repenteados), que
há tempos foi distinguido com o prémio Adolfo Simões Müller pela sua obra infanto-juvenil inédita (Contos à Janela - Eugénio Roda - pseudónimo) convidou-me para estar presente na entrega dos prémios em Sintra... claro... dia 7 à tarde. Comprendeu os meus argumentos para a ausência e, desculpem todos, mas seria a minha segunda escolha.


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