Lembrei-me de repente de uma das canções do Zeca (uma das que mais gosto).
Dentro dele um poeta maior do que o corpo e do que o tempo. A música poesia companheira da outra poesia que respirava com vocábulos certos que se entranhavam mesmo sem querer: ora dor, ora prazer, ora outra coisa qualquer sempre com sentido preciso. Incomodando ou empurrando ou embalando. Cor nunca neutra. Amor inteiro parte decimal igual a zero, fracção com numerador sempre múltiplo do denominador. Bocadinhos de unidade? Não.
Escrevi as palavras da busca virtual e cheguei ao que partilho. Achei que calhava bem, embora poesia e luta devam ser sempre que um Homem deseje e precise e sonhe (lugar-comum, eu sei, mas finjo que não sei). Janelas por onde se respira mais longe e mais alto, mesmo que paredes do chão ao céu tentem conter a água que somos. Ele sabia tão bem desta verdade (vocábulo arredondado e fora de moda) que nunca deixará de viver na memória de quem lhe queira (ou não) bem, passados e esquecidos que forem todos os dias mundiais de poesia assina(la)dos com cruz no calendário dos homens comuns.
Recordação
Há 5 anos
4 comentários:
Ilustração magnífica da canção.
Também gostei muito... :)
Obrigada, Teresa por teres visitado o meu cantinho...nem sabes como fico feliz...e sim, não sabia colocar os videos, aprendi esta tarde,no google:)
Jinhos e obrigada...
É verdade. Poema e ilustração seduzem a audição e a visão...
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