Não.
Ou que os sons, as imagens, as pessoas, os risos, os cheiros, os gestos, as palavras, os sabores do dia possam desaparecer assim de repente sem deixar rasto.
Não. Impossível.
Mas apetece partilhar aqui alguns momentos que preencheram os minutos.
Guardar assim o tempo numa caixinha de madeira como flor seca que um amor que nunca se esquece ofereceu.
...
De como um certo vício nasce porque se é fiel e se está sozinho pelo mundo...
De como um sonho nascido de pé descalço se está a construir com as mãos... (Sala preparada para computadores... já há electricidade, faltam apenas os equipamentos...)
De como as gravuras se teceram em dedicatória aos amigos... e os aromas do queijo e moscatel de Azeitão se casaram com o calor tropical dos camarões e do caril de caranguejo vindos directamente de Moçambique...
De como se come o caju fruto fresco... retirando a ponta amarga com os dentes... e, ao mesmo tempo, se deixa na gravura fresca a explicação, preservada para sempre num cajueiro quase escondido desenhado pela música da conversa...
Os movimentos da mão acariciando o branco à luz do sol...
Quelle sensualité murmurou, por outras razões do diálogo, deixando escrito o canto de eros com linhas negras.
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Às vezes apetece que o tempo pare.
2 comentários:
oi gostei e ele seguramente também irá gostar
Foi um dia maningue nice e já mergulhei nos poemas
Parabéns e kanimambo pelos livros
Genas
Boa viagem de regresso (tomamos conta do Mestre por ti :). Um dia, quem sabe, seremos nós a fazer uma visita... :)
Kanimambo pela oportunidade, pelo dia e... pelos sabores!!!
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