Comprei mais dois livros...
Um guardo para mais tarde...
O outro está em processo de devoração. Repasto quase terminado. Apetecerá regressar depois para mais maneiras de digerir. Talvez porque, sendo eu dos caminhos da Ciência, reconheço ali as coisas como algumas vezes as pensei sem saber como desenhá-las, e reconheço as coisas que pensava que já pensara mas na verdade, pensando melhor, não pensara ainda, e reconheço as coisas que não reconheço. Gosto de livros que (se) me acrescentam (para além de ideias, sorrisos).
Uma hipótese
A alegria é um catalizador de uma experiência científica; a tristeza, um inibidor.
A tristeza encolhe; como pode um homem triste descobrir algo?
Só quem é alegre arrisca.
A tristeza é anticientífica.
Lentidão
A ciência é lenta porque os fenómenos mentem muito.
(...) Há também uma associação entre desenho e pensamento. Num outro livro, “Breves notas sobre ciência”, escrevo que não acredito naquilo que não se pode desenhar. Os pensamentos devem ser coisas que possam ser desenháveis. Quando não são significa que estamos a entrar no campo do abstracto absoluto. É um pouco por isso que eu gosto de palavras como mesa, cadeira, copo, rua e não gosto tanto de palavras que não são materiais. Quando podemos desenhar uma coisa é sinal de que são coisas que têm volume, ocupam espaço, e isso para mim é muito importante. Está ligado a uma tendência que eu tenho que é de escrever sobre coisas em que se pode tocar e afastar-me tanto quanto possível do abstracto puro. (Gonçalo M Tavares em entrevista AQUI)
(...) Tradicionalmente há a tendência para as colocar quase como se fossem dois inimigos, a ciência e a religião. A ciência como espaço que vai tirando bases e fundamentos religiosos através de novas investigações. Eu acho que podemos não ter esta visão dualista entre ciência e religião. Para já, os próprios métodos científicos pressupõem internamente uma espécie de crença. Aliás, há vários autores que falaram sobre esta ideia: a ciência, dentro dela própria, tem uma crença nos seus métodos. Uma crença que não é uma crença religiosa, não é uma crença num deus ou em vários deuses, mas é uma crença nos seus métodos. Portanto, acredita que os seus métodos conseguem chegar à verdade. E isto é, de certa maneira, uma crença. (Gonçalo M. Tavares em entrevista AQUI)
3 comentários:
Sábias palavras para um novo paradigma. O da conjunção.
Terezinha, abriste-me o apetite para outras leituras. Abraço apertadinho e até uma destas 4ªs :)
Fico feliz por abrir apetites... :)
Beijinhos
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