Dia de aula de Matemática e Clube Scratch time tudo seguidinho.
Segunda aula, nova conquista. X cumprindo a promessa compenetradamente.
Outro aluno disse-me que ia tentar portar-se melhor...
X começa a ser surpresa para os colegas e fonte de inspiração? Veremos...
Se espreitarem aqui saberão dos gestos de X (B) que de dia para dia controla melhor a concentração nas tarefas, o empenhamento nelas, e faz progressos dignos de registo na velocidade de raciocínio e capacidade de relacionar conhecimentos (falo do Scratch... com consequências depois nas aulas... ou assim me parece)... continuando a ser a criança que é e tem de ser.
"Oh professora, tem uma tesoura? A espada é para fazer assim uma espécie de gancho e ser mais bicuda." Ajudei. O cliente saíu satisfeito e partiu de espada na mão com um sorrriso.
Lá para os lados do Clube... hoje também um vídeo mostrando a Marisa (10 anos) a resolver ao vivo os problemas de um projecto mais complexo que obrigou a pensar, a escrever, a ler. Lidar com vários tipos de informação em simultâneo, conseguir a concentração necessária para articular os vários aspectos em jogo. O desabrochar da persistência tão fundamental no nosso caminho...
Gosto de os ver crescer à minha frente.
Absolutamente mágico esse caminhar, esse despertar.
Lembrei-me hoje durante toda a tarde (enquanto pulava de cadeira em cadeira a apagar os fogos e a distribuir as atenções e mimos) de uma frase de um livro (premiado há tempos) feito a duas mãos por dois amigos:
"Pequeno: é o que devíamos responder quando nos perguntam o que queres ser quando fores grande?"
Acho que consegui sempre responder a palavra certa e depois descobri como guardar em mim o que mais me mantém próxima deles: a memória do que fui e sentia com a sua idade.
Talvez por isso me sinta sempre bem entre eles e eles o pressintam e me deixem ajudá-los a aprender a andar de bicicleta sem rodinhas de apoio, bem lá em cima, no céu mais alto ao seu alcance.
Votos de Boas Festas
Há 5 anos
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