domingo, maio 17, 2009

Scratch Day - momentos e memórias (tecnologias e afectos)

Filme animoto do dia

O que dizer depois das emoções de um dia tão especial?

Reproduzo aqui o testemunho do ffred, porque dá voz ao que todos sentimos.
As palavras que sairam do coração dele podiam ter sido escritas pelos corações de toda a equipa que trabalhou com entusiasmo na preparação deste dia:
Guilhermina Miranda (Professora na FPCE UL)
Fernando Frederico (o nosso Super Avô, Tenente-Coronel, programador, extraordinário comunicador)
Idalina Jorge, Teresa Pombo, José Paulo Santos, Teresa Marques (professores carolas do Ensino Básico de vários ciclos de ensino)
João Torres (ESE de Setúbal)
Teresa Silva (professora do 1º Ciclo, actualmente na FCUL)
E... adoptados a posteriori, o Gonçalo Miguel (licenciado em informática pela Universidade de Lisboa, a fazer mestrado em Ciências Cognitivas) que não foi apenas um participante inscrito... imediatamente na inscrição se ofereceu como voluntário e fez realmente a diferença durante todo o dia! Também o Rúben Pinto (Professor) que nos apoiou e deu força e vai continuar a integrar esta equipa que não deverá ficar-se por aqui...)


(Agradecemos ao professor João Filipe Matos da FCUL a sua contribuição neste evento.)



E, agora, as palavras do ffred:

Soube-me a pouco e soube-me bem.
A plateia aguentou, estoica e atentamente, 45 minutos de conversa inicial o que abona em favor do interesse que o tema desperta nas pessoas. Mau grado o embargo na voz ao falar das coisas simples que me encantam, eu estaria ainda a debitar matéria mais umas horas, sem me queixar ou sequer notar a passagem do tempo.
O entusiasmo manteve-se em alta na sala dos computadores, onde circulei sem pontos mortos por quase todos os scratchers, pequenos e grandes, empenhados que estavam em experimentar alguns comandos, em concretizar as ideias que lhes ocorreram e que nem sempre é possível descrever em breves palavras, e até em completar projectos "na hora". Lembro-me de uma sessão de hip-hop, de um jogo de apanhada, do encontro de duas borboletas e do medo induzido por uns fantasmas.
Lembro-me do afã em aplicar algumas dicas que tive ocasião de lhes dar. Tão urgentes eram que ainda eu não completara a ideia e já o cursor debicava os comandos no "deck". Lembro-me do desapontamento de duas scratchers a quem já fora difícil arranjar lugar mas que o encontraram, depois, ocupado, quando se ausentaram por momentos para ir ao bar. Se mais lugares houvesse mais se teria navegado neste oceano ainda pouco desbravado.
O tempo cumpriu o seu papel de apenas nos permitir "abrir o apetite" aos participantes. Penso que é nosso dever prolongar este momento pelo tempo fora, incentivando-os a desenvolverem e a partilharem os seus projectos e informando-os dos endereços onde podem achar apoio, como será o caso dos endereços de email dos scratchers mais experientes e da possível existência de fóruns onde se possam colocar dúvidas e obter ajuda. Sobretudo, seria óptimo que se pudessem realizar formações de professores, com direito a créditos, para iniciação ao Scratch, pela inevitável replicação desse conhecimento junto dos alunos.
Não houve tempo para demonstrar o que quer que fosse dos tais "projectos de bolso"nem o ambiente se proporcionava para distrair os olhares dos ecrãs que cada equipa tinha à sua frente. Foi quase febril e viciante. Uma das virtudes do Scratch é provocar este tipo de entusiasmada adesão que aqui vim encontrar, mais uma vez.
Depois, vim encontrar o átrio fervilhando do mesmo entusiasmo. Parecia que ninguém estava na disposição de se levantar das mesas. Por isso pedi que tornassem a ligar o ecrã grande do anfiteatro e deixei um jogo nas mãos de três jovens enquanto voltei ao átrio para tentar chamar as pessoas para ver o jogo e assistir ao programado encerramento; mas à volta do quadro interactivo já se tinha juntado um magote, de pé, firmes, a assistir a mais maravilhas do quadro e dos alunos.
Foram muito interessantes e gratificantes as conversas fugazes que tive com alguns pais e professores que comigo partilharam o seu interesse pelo assunto e, claro, a muito compreensível vaidade pelos seus filhos e seus alunos.
Foi muito oportuno e inestimável o apoio dado pelo Dr. Gonçalo Miguel, actualmente a fazer o mestrado em Ciências Cognitivas, que descarregou o Scratch e o instalou no computador do anfiteatro, preparando os projectos para a minha apresentação. Foi agradável assistir à simpatia com que o responsável pelo anfiteatro e o segurança do parque me receberam e despediram, não obstante terem ficado retidos para além da sua hora normal de saída. Foi também uma reconfortante experiência, esta minha, de ver como uma equipa empenhada pode realizar não importa o quê, em não importa quanto tempo, não importa onde. Parecendo que não é nada, são estas atitudes, estes eventos e estes Scratchers que ajudam a cauterizar feridas antigas, abertas noutros combates mal sucedidos contra moinhos imóveis e bem reais.

Os meus agradecimentos a todos

Fernando Frederico



Apresentação no auditório
(feita em colaboração com três alunos)

(A gralha é do portal e aqui não é possível a interactividade que permitia a abertura dos projectos a partir dos diapositivos)

Como me sinto?
Exactamente assim...


Scratch Day no mundo, partilhas:
http://www.flickr.com/groups/scratchday/
http://www.youtube.com/group/scratchdayhttp://scratch.mit.edu/galleries/view/47847
http://www.hansonexperience.com/my_weblog/2009/05/twitterfountain.html

4 comentários:

rabina disse...

Maravilhoso.
Já sabia que tinha sido espectacular pela IC. Deve ter sido um sábado em cheio.
É também por isso que tem tantas referências no Terrear.
Mais uma vez, Parabéns, Teresa. O blog continua interessantíssimo e depois de um dia satisfatório é bom estar contente.
Domingo feliz...

Teresa Martinho Marques disse...

Obrigada! Estou com o coração cheio. Recebemos sempre muito mais do que damos...
Domingo iluminado para ti!

Pipoca ou CisneDourado disse...

Eu não acredito que não pude ir!!!
Desculpe!!!
Estou nervosa com as provas de aferição. :P

Mas acho que vai correr tudo bem, tive em casa 1 semana, todos os dias estudei muito.

Beijinhos

Teresa Martinho Marques disse...

Oh Pipoca! Então? Desculpe? Quem tem culpa é o micróbio da varicela eh eh eh! Ele é que te prendeu em casa! A ti... ao Luís... à Ana Catarina... (ela já voltou cheia de pintinhas). Estiveram todos connosco! Todos! Um por todos e todos por um... sim? Muitos beijinhos e acalma-te. Tudo vai correr bem nas provas! Dorme bem! Beijinhos