É que quando entristecemos mais do que a conta, o nosso sistema imunitário enfraquece e podemos ser atacados mais facilmente por todos os vírus que se espalham no ar... e olhem que o H1N1 é o que menos me preocupa... o grau de virulência de outros é bem maior e provoca bem mais estragos à nação.
Assim, aprendi a retemperar as forças para a luta banhando-me nas coisas boas que apesar de tudo ainda há, encontrando nelas a energia para dizer os nãos que ainda precisarão de ser ditos e a força para combater os monstros e as sombras.
Na aula de Ciências prosseguem os trabalhos de grupo sobre temas muito ligados ao exercício da cidadania (micróbios, higiene, problemas sociais, poluição...) e o entusiasmo tem sido grande. Aproveitei hoje o tempo para chamar dois alunos da turminha que herdei apenas este ano (que caminho temos feito!) e que criaram blogues individuais. Quando o cérebro deseja, há janelas de oportunidade que se abrem... aí o professor tem de estar presente e ajudar, porque a aprendizagem é potenciada e podem operar-se mudanças importantes.
Um dos alunos, sendo excelente em geral, revela um défice grande na expressão escrita que urge corrigir... Analisámos alguns textos do seu blogue e ele próprio tomou consciência de algumas das falhas, tendo-o eu ajudado a descobrir outras. Ao mesmo tempo, a outra aluna argumentava que o corrector resolvia todos os problemas e erros e provei-lhe que não: as palavras podem estar bem escritas e no conjunto da frase não fazerem qualquer sentido. Isso acontecia em alguns dos textos de ambos. Foi um bocadinho íntimo e sossegado a três, muito proveitoso, enquanto a restante turma avançava nos trabalhos... Descobri também que uma das minhas alunas estrangeiras quer criar um blogue... e animei-a a que fizesse um bilingue: português e moldavo... pelas óbvias razões. Está entusiasmada e em AP, amanhã, trataremos de a ajudar a iniciar a aventura...
Quando eles querem e precisam, tenho de conseguir estar perto. Pode fazer toda a diferença. Cada vez mais sinto que tenho feito todas as escolhas certas para ser mais feliz junto deles, que é onde gosto de estar.
Ontem finalmente conseguimos ter os poucos computadores portáteis todos operacionais no Clube Scatch time. Alegria dos miúdos. Alegria minha. Entusiasmo no trabalho. Do pouco que temos nascem asas quando a vontade é muita e a persistência não nos deixa parar junto aos muros. Assim se caminha com os olhos postos longe, porque mais é possível e não baixaremos os braços até o conseguir...
A organização do Scratch day em Lisboa avança, apesar de termos pouco tempo, porque um grupo de gente entusiasta e amiga alinhou no devaneio e vai, com o contributo de todos, conseguir pôr de pé um dia bonito... Os elementos desse grupo são professores, claro... Básico, Universidade, ESE... e um Avô (Fred) muito dinâmico que nos acompanha há já muito! Todos cheios de afazeres... os carolas do costume... procurando dar ainda mais, chegar ainda mais longe. Um orgulho conhecer (e trabalhar com) gente assim. Algumas pessoas descobri-as através da Internet e tive ocasião de as conhecer depois. Uma delas já conheço há muito da Internet, mas será a primeira vez que nos cruzaremos, outras são pessoas amigas de longa data, parceiros de luta e aventura de há muitos anos. É justificado este meu fascínio pelas tecnologias: enriquecem-nos pela humana aproximação de pares com sonhos em comum.
Muito brevemente daremos notícias...
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A tese caminha como pode, já que em Maio há estas coisas para colocar de pé, uma ida a uma escolinha em Ribamar para falar de poesia e de livros, nomeação para aplicação e vigilância de provas de aferição, baile de finalistas. Sim. Outra alegria do dia. Os meus alunos do A-Team (Sala 16, lembram-se?), agora no 9º ano, elegeram-me como Madrinha (partilharei a honra com a sua Directora de Turma do 3ºC)... e 16 à noite vestir-me-ei de Cinderela e irei bailar com eles ajudando na colocação das faixas em cada um dos meninos que foram os meus meninos durante dois anos. Podem castigar-me à vontade por não ser titular, por não ter entregue objectivos individuais, que a alegria do meu peito ninguém arranca. O meu primeiro dever é com as crianças que acolho nos braços (a minha Mel hoje deu-me tantos abracinhos) e elas ganharam de mim todo o tempo possível do mundo quando subtraí da equação as burocracias sem sentido de um processo que não avalia ninguém pelo mérito da sua dedicação, como ficou provado várias vezes este ano e em anos anteriores...
As cerejas amadurecem lentamente na cerejeira. Este ano os melros não as estão a comer todas. Nem às amoras... Não que me importasse com o descarado roubo... Mas mereço a oportunidade de as saborear, já que me esforço por semear alimento para bocas alheias... :)
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Há dias bonitos. Ou então são os nossos olhos que, lavados por algumas lágrimas, conseguem ver as coisas boas que a vida nos oferece para compensar as outras tristes coisas...
4 comentários:
Tenho-me apercebido...
Tenho visitado algumas hiperligações, porque percebi que é professora na zona de Setúbal.
Ora eu sou do Pinhal Novo, e descobri uma hiperligação à escola básica n.º 4 (a partir do blog netescrita), que nem sabia que existia!
Muito curiosa a forma como, por coincidência, encontramos on-line pessoas que geograficamente nos estão próximas, mas que fora da rede nunca encontrámos...
Parabéns por todo o trabalho no geral.
Muito gosto teria eu tido em participar em projectos tão engraçados e que envolvem as turmas num todo, quando estava na escola básica, preparatória, secundária...
Um beijo.
Continuação de boa sorte!
Obrigada pelas visitas... pelas palavras encorajadoras. Volta sempre! :)
E tens razão Teresa: a vida oferece-nos de tudo um pouco...alegrias e tristezas...temos que saber agarrar as alegrias, para nos fortalecermos e enfrentarmos os dias tristes...Afinal os dias alegres é que valem a pena ser vividos e recordados.
Pois :)
Beijinho
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