quinta-feira, março 05, 2009

Acordar devagarinho...

Fado do encontro a falar de despedida.
Às vezes parece que a vida se reduz a isto:
olá, o que está no meio, despedida. Tão simples.
Somos um povo que vive de memória em memória, de encontro em encontro, de solidão em solidão, de saudade em saudade, de fado em fado.
Porquê drama e tragédia?
Por que não apenas aceitar essa herança e aprender a trabalhar melhor o presente, escada de futuro, com esse poema, esse adeus constante, essa música na alma?

Gosto desta tristeza subtil que recebi da gente da minha terra.
Inspira-me. Move-me. Faz-me caminhar. Escrevo sempre com ela nas mãos.
Faz-me sorrir quando pressinto um adeus que me tenha sido destinado, quando choro e me lamento. Até quando sinto saudade.

Viver é arte no seu estado mais puro. Criar. Recriar.



1 comentário:

rabina disse...

Parabéns pelo destaque no Terrear.
Nem todos têm esse privilégio.
A música também é fantástica...