sexta-feira, julho 04, 2008

Students and Electronic Media-Pt 2

Via Twitter... Cristina Costa (obrigada por tantas e tão boas sugestões!)
Sempre bom escutar outras vozes...

INNOVATIVE USES OF TECHNOLOGY IN THE CLASSROOM
Moderator: Lisa Markman, Associate Director, Education Research Section, Outreach Director, Future of Children Journal, Princeton University




Speakers:
The Flat Classroom
Vicki A Davis, Teacher/ IT Director, Westwood Schools

Second Life
Kevin Jarrett, Google Certified Teacher, Technology Facilitator/District Webmaster, Northfield Community School
Oceans of Know

Daniel P McVeigh, Director, Ocean of Know

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E, claro, o trabalho do professor não termina quando fecha a porta da sala de aula... Um plano tecnológico sem tempo, numa estrutura que não contempla tempos para apoio aos projectos tecnológicos dos alunos, está condenado à partida. (Quantas horas passadas a corrigir blogues, projectos de programação, outros trabalhos? A esclarecer dúvidas? A responder aos seus pedidos via mail? A mimá-los vendo e comentando os seus trabalhos? A produzir conteúdos? E isto tudo em simultâneo com a preparação de actividades, correcção de fichas e trabalhos escritos... infindáveis reuniões e papéis para preencher...leituras e estudo pessoal... manutenção de um espaço de reflexão sobre a prática pedagógica... construção de portfolio para avaliação - nem falo do mestrado que é daquelas coisas supostamente dever e direito contemplada apenas em papel sem o mínimo de condições de execução nestes insanos tempos... Tudo feito, nas boas semanas de menor densidade de reuniões, em cerca de 6/7 tempos semanais de 45 minutos cada, na componente não lectiva, que muitas vezes nem existem... alguém acredita na qualidade do trabalho assim produzido?
As tecnologias em educação não são a substituição da voz ou do papel por écrans e colunas... E interactividade... não é a dos quadros, é outra coisa. Haveria que reconfigurar profundamente esta lógica recente da visão do professor como um funcionário com ponto a picar, obrigado a passar a maior parte do tempo na escola a saltar de tarefa em tarefa sem ligação entre si, sem tempo para os seus alunos ou para a partilha de recursos e ideias com pares, e ao qual não são atribuídos tempos para executar projectos inovadores e apoiar devidamente os alunos no seu desenvolvimento.

Quem quer ser professor sério e a sério não tem espaço nesta escola cinzenta de faz de conta...

Ah! No armário da sala 18, contei-os hoje bem contadinhos durante o interminável inventário de salas e armários de Ciências, existem 89 tubos de ensaio! Percebem o que estou a dizer? Não me caem os parente à lama por andar a contar tubos de ensaio... mas convenhamos que o meu tempo e as minhas qualificações (bem como os dos meus parceiros de martírio) podiam ser aproveitados numa escola de forma mais útil...

Enfim. (Palavra com suspiro dentro...)

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