sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Que Amor não me engana...




Vivo na rua que foi tua. Onde, penso, ainda vive a tua mulher... Estamos a dois passos, mas quando para aqui vim já não era aqui que vivias... moravas nos corações... na memória de todos.
No meu. Na minha.
.
Cantei tantas vezes canções tuas nas escadas do prédio onde vivi em Lisboa...
Os pais compraram todos os LPs... mais tarde comprei eu os CDs...
Copiava as letras... tentava descobrir as "posições" na guitarra...
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Na semana do Amor, levei para a Biblioteca a guitarra de 12 cordas e tentei matar saudades tuas... foi assim:


Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura

Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia?

E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira

Em novas coutadas
Junto de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera

Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
Pelo nascer do dia


(Porque há amores que não morrem...)


Mas a saudade não passou...
(Apetecia ter tido mais tempo na tua companhia...)

.

2 comentários:

CCF disse...

Olá Teresa

Pelos blogues, amores que nos juntam e nos tecem, em breve estaremos juntas.
Tenho andado pela teia.
~CC~

Anónimo disse...

Olá!
Vai ser doce. Vai ser bom...
Sinto como reencontro(s) o(s) encontro(s) que acontecerão nesse dia...
Está quase...