domingo, dezembro 31, 2006

Ano Novo sem pontos finais...


...deixo aqui alguma da pontuação em falta na entrada anterior e alguns operadores para tornar o ano melhor. Adicionem, dividam, multipliquem... Exclamem, não deixem de perguntar, suspendam o tempo com reticências, cheirem uma flor ou fiquem apenas a olhar...

Nada de pontos finais = tudo em aberto...
.

http://www.vladstudio.com/home/

Um Ano Novo cheio de novos sonhos...

Eu gosto de sonhos porque os sonhos são pedal de bicicleta e não há nada a fazer ou fazemos nós ou ninguém nos leva lá onde eles podem ser como queremos asa ou jardim vitória ou palavra doce reino que todos os anos desejamos seja nosso e quase quase conseguimos que é para sobrar sempre um sonho qualquer para o ano seguinte prova de que ainda não baixámos as armas não nos sepultámos por nossa vontade ou por vontade de alguém eu prefiro os sonhos mesmo que alguns fiquem pelo caminho e finjam não querer nada connosco prefiro os olhos acima do que é muito real porque assim pelo menos um sonho entre mil será planeta conquistado ao céu e acredito em tudo o que é impossível para obrigar o impossível a deixar cair as duas letras sem esperança que arrasta e lhe pesam por isso desejo sempre quando o ano acaba que acabe sim e que me deixe cheirar nova flor no ano novo caminhar mais um caminho vencer mais um monstro descobrir mais uma palavra nova tecer mais um fio nem que seja um só e desejo sempre para os outros o que quero para mim por carinho sim e também com um certo egoísmo porque gosto de ter companhia na aventura de beber mais um ano por isso venham comigo cada um com o seu sonho porque é da mistura de sonhos que os anos se fazem e se formos muitos com sonhos bons talvez se consiga afastar este ou aquele pesadelo velho que queira deslizar para dentro do ano novo talvez não com certeza que conseguimos não posso desejar coisas felizes com talvez desesperançado pelo meio portanto que tudo aconteça tal e qual como sonhamos e que aos poucos consigamos entender a sabedoria e a magia contidas no feitiço de caminhar a estrada e o futuro somos nós e os sonhos que sonharmos e fizermos acontecer em cada ano porque os monstros podem muito mas não podem tudo...

Oh Ano Novo
. (sabor de palavra)

.

sábado, dezembro 30, 2006

Motor de busca por marcadores... artesanal

Ponto da situação e partilha de informação.

Descobri algumas das razões das dificuldades sentidas: estou a trabalhar com o código "antigo" e não com o do actual blogger para onde migrei.
A paga para obter as "aparentes" facilidades de manejamento de informação, é ter de escolher um modelo do novo blogger (para que o código passe também a ser "o novo") e perder quase tudo do anterior (excepto as entradas). Tentei, pensando que depois o copy paste me salvava.
Não salvou... deu erro logo à primeira tentativa! Iria precisar de uma imensidade de horas que não tenho, para algum dia eventualmente conseguir chegar lá e repor tudo como tinha. Portanto desisti e regressei ao meu velhinho template que muito trabalhinho tem dado...

Mas não desisti de TUDO...

Lá fui eu com o botão do lado direito do rato explorar o códido do tal senhor de ontem, que propunha a solução para criar um scroller de busca por marcadores. O código que ele tem para o seu motor de busca... não é igual ao que propõe no blogue e que eu divulguei ontem! Resolvi então copiar este novo segmento, encontrando por lá umas linhas repetidas, onde aparecia o endereço do blogue dele e os marcadores...
Penso que estas linhas serão inseridas automaticamente, se o código for o novo e não tiver erros, mas como no meu template isso não aconteceu automaticamente... resolvi criar eu as minhas linhas com o meu endereço e os meus marcadores (só preciso de ir lá artesanalmente inserir uma linha quando crio um marcador novo).

E não é que funcionou? Só não consigo obter a contagem, isto é, o número de entradas que possuem aquele marcador... paciência! Portanto... já comecei a marcar, aos poucos, entradas antigas com algum interesse. E, a partir de agora, já se pode usar a pesquisa por marcadores...

Querem o segmentozinho milagroso, ainda que artesanal?

Têm duas hipóteses:
- ou fazem como eu e roubam-me o código usando o botão do rato direito do rato - view source...
...
- ou vão até aqui (está quase prontinho a usar, depois de fazerem as substituições para o adequar ao vosso blogue...)


ADENDA: Se alguém retirou o código logo a seguir à colocação da entrada, aconselho a retirar de novo já corrigido. Havia uma instrução desnecessária que introduzia um edit rápido com erro (aparecia um minúsculo símbolo ao lado do motor de busca).

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Procura por marcadores... quase quase...

Fui aqui:

http://programmedtobehere.blogspot.com/2006/11/blogger-hack-all-labels-in-drop-down.html

e descobri uma maneira engraçada de poupar espaço e acrescentar a possibilidade de procurar na Teia por marcadores, sem precisar de ter à vista a infindável lista dos ditos na coluna da direita. Lá copiei o código inicial e procedi à substituição como indicado. A seguir... copy da amálgama nova assim obtida e paste no template... pois... (a minha mestria resume-se realmente ao copianço... estou a ficar perita na arte)... tudo muito lindo, mas os labels-marcadores não aparecem...
Banhito de água fria... deixei ficar o testemunho da possibilidade, embora sem funcionar (penso que é interessante poder procurar por palavra(s) "solta(s)" e/ou por tema-marcador definido por mim, são duas coisas bem distintas... embora... estou aqui a pensar alto... se eu colocar as mesmas palavras dos marcadores, mas dentro do próprio post, acabo por conseguir fazer também a busca por palavras/marcadores em simultâneo... parece-me...)

Bem, para procurar resolver o problema já tentei:

- criar/publicar um post teste e inventar um marcador diferente... (não fosse ele não conseguir reconhecer os que eu já havia definido) ... não aconteceu nada
- tentei republicar um post antigo com marcador... não aconteceu nada
- tentei outras coisinhas... não aconteceu nada

... parece-me que deve faltar qualquer coisa no código, que obrigue a reconhecer os marcadores que já criei... ou então cometi algum erro infantil de quem copia tudo sem perceber o significado do código... ou... ou...


Help?

Correio da Educação da ASA

O Correio da Educação vai passar a ser enviado gratuitamente a todos aqueles que o desejarem, bastando para tal enviar o endereço electrónico para



Uma novidade muito boa, mesmo descontando o natural apetite e a consequente saudade-fome da versão em papel, com o seu cheirinho particular, a possibilidade de ser levado para a cama (quantas vezes), de se colocar na mala para ler mais tarde ou partilhar.
Mas é preciso chegar mais longe, poupar no papel e nos recursos mobilizados para o imprimir/distribuir em grande escala (quem não dispensar o papel... tem sempre solução). O nosso CE, em versão digital, torna-se também mais reutilizável ao permitir a partilha de um excerto sem ter de recorrer à cópia exaustiva de textos...

Desculpem-me os mais saudosistas...
Assino-o desde o primeiro número, mas gostei muito da ideia de o receber neste novo formato e já enviei o meu endereço.

Parece que somos 15 000, até ao momento... mas conseguimos ser mais, verdade?
Ajudem a divulgar...

Ano Novo, Vida Nova, CE renovado!
Parabéns e votos de sucesso nesta nova fase de vida da publicação.

Tudo muda? Não...
Existe algo que fica exactamente na mesma:
continuarei a esperar por ti
como sempre esperei
ao longo de todos estes anos.


Há coisas que não podem nem devem mudar...




Deixo-vos aqui o último Círculo Aberto "impresso"
(CE 279)

Até sempre. Para sempre.

Conceber, organizar, gerir, editar e distribuir todas as semanas, durante oito anos um periódico inteiramente dedicado aos professores e às escolas; escrever milhares de palavras, milhares de páginas em modos e registos diversos; para denunciar a tentação do cacifo e do rebanho; para celebrar a dedicação e o profissionalismo das mulheres e dos homens que todos os dias acolhem e nutrem milhares de crianças e adolescentes; para assinalar as rupturas necessárias, as oportunidades entreabertas; para acender a esperança; para tecer os frágeis e fortes fios de uma comunidade de profissionais que não pode desistir de querer construir dias mais claros.

Chega agora a hora de evoluir. Mantendo as promessas e os estilos. Mas alargando a colaboração, diversificando conteúdos e assumindo agora um suporte digital a partir de Janeiro de 2007.

É uma nova etapa do Correio da Educação. Ainda mais exigente, mas certamente mais saborosa e adequada aos tempos e modos em que vivem hoje os professores. Muitas vezes cercados, muitas vezes asfixiados. Muitas vezes (excessivas vezes) maltratados.

Aqui estaremos. Sempre ao lado da dignidade e exigência profissional. Sempre entreabrindo fendas nos muros que nos impedem o caminho. Sempre assinalando recursos muitas vezes invisíveis. Tecendo os laços de uma confiança que apesar de tudo temos de persistentemente tecer.
Milhares de professores conhecem-nos e sabem a verdade das palavras e dos compromissos. Por isso haveremos de continuar. Tecendo o largo círculo aberto de uma comunidade de profissionais cada vez mais alargada e mais solidária. Sempre. Para sempre.


José Matias Alves

quinta-feira, dezembro 28, 2006

"Modernices"... Pesquisar na Teia

Agora já é possível pesquisar na Teia um qualquer assunto...
Esta coisa de modernizar é no que dá... apetece ir andando, ir andando...

Ora, como foi que aconteceu a descoberta?
(Não é só conversa... o bolo-rei tem brinde no fim...)

- Fui até ao blogue do formador da acção que frequentei há pouco tempo, o Paulo Izidoro, e encontrei lá a possibilidade de pesquisar temas, com um motor de busca, no seu Bibliotequices... http://bibliotequices.blogspot.com
- Pesquisei algo para ver o que acontecia...
- Inveja súbita: também quero! Também quero! Também quero!
- Beicinho e mãos à obra... procurei por todo o lado a ver se encontrava a fórmula mágica em html para colocar na minha Teia... e nada...
- Puxei pela cabeça e lembrei-me de outro mestre... sim... o JL, que de vez em quando carrega no botão do lado direito do rato sobre as minhas produções... procura "view source" e desata a encontrar as asneiras em html e a comunicar-me as soluções... e se...
- Experimentei: botão do lado direito sobre o blogue do Paulo... e vai de analisar o seu template cuidadosamente...
-Encontrei umas linhas e pareceu-me que... que... copy paste... trocar o endereço do blogue bibliotequices pelo da teia e... e...
-Aplicar no template.. meio a medo... preview
- Yes!!!! Consegui! (Giro escrever Matemática e encontrar todos as entradas da Teia onde a palavra Matemática surge!)
- Provavelmente tinha conseguido de forma mais simples... mas deixem-me lá auto-contemplar com satisfação esta pequenina conquista...

Agora falta perceber como é que o Paulo colocou a lista de marcadores por temas... sim... que com o novo blogger, estou a "marcar" aos poucos as várias entradas... Continuo a aprender com ele... a boa formação é assim: não pára quando acaba.



E agora uma prendinha para quem quiser:

Deixo-vos aqui o código para introduzir um motor de pesquisa num blogue (só é necessário substituir o endereço… assinalei onde está com uma cor diferente). Basta ir a:

Actualizações, modernizações, manutenções...

Adiei, adiei (eu e as rotinas... eu e a dificuldade em avançar para o novo...) mas lá me convenci a passar todos os blogues (5 ao todo, não conto com o da minha turma, pois esse já foi fabricado com a nova versão... realmente muito melhor) para o novo sistema Blogger, cujo acesso é feito através de uma conta Gmail (sim... a diferença/modernização teve a ver com a aquisição do Blogger pelo Google que não pára de se expandir...).



Pronto. Feito.

Alguns problemas com os templates (ainda bem que sigo os meus próprios conselhos e fiz backup de tudo previamente), pois na coluna da direita as letrinhas acentuadas, as cedilhas e afins resolveram transformar-se naquele código confuso e sem jeito. Resolve-se tudo substituindo o template - html pelo previamente gravado... uff... (mas tem dado trabalho fazer isto tudo de empreitada... )



Em seguida, divulgar as estatísticas de utilização (e requisições) da BE-CRE no blogue da Equipa e na página web da BE-CRE, bem como alguns documentos variados de apoio, entretanto produzidos (sem esquecer os Planos de Actividades das BE-CRE 1ºC e 2/3ºCs, finalmente aprovados e integrados no Plano Anual de Actividades da Escola - modelo novo criado pelo CE de forma a articular-se melhor com o Projecto Educativo... ver em:
http://www.eps-azeitao.rcts.pt/PAGINAS/informacoes/paa_0607.pdf.)



http://creazeitao.googlepages.com
http://creazeitao.googlepages.com/home2
http://creazeitao.blogspot.com/2006/12/estatsticas-de-utilizaorequisies.html



Exemplo de um dos gráficos:




Ainda uma pequenina actualização do Sabor e Saber.
A historinha "nova" não é nova e inspirou-se num Gaspar real (este que aqui vêem) que não é meu... mas é "da família" ...




O cão que queria ser gato


E...


Na Escola Virtual (secção SOS Professor, que substitui o blogue SOS Professor) já foram colocadas pela Gisélia as actualizações feitas este ano às fichas de registo trimestral e aos Planos de Recuperação/Acompanhamento.

http://escolavirtualcreazeitao.googlepages.com/

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Ler ou não ler...


Confesso.
Li tudo. Dormi menos. Valeu cada hora roubada ao sono.
Agora estou com saudades da Leola... do seu amor por Léon... acontece-me sempre isto. Vontade de prolongar a companhia dos heróis...

Já coloquei a Cidadela Branca (do laureado Orhan Pamuk) na mesa de cabeceira mas... antes de a abrir e ser engolida, avancei para outras leituras necessárias: o Projecto Curricular de Agrupamento (necessidade de corrigir a versão final) e, uma outra (ainda que por dever, mas devorada com prazer), iniciada há tempos mas por concluir - "El rumor de la lectura" da Equipa Peonza (grupo de educadores da Cantabria - Espanha que, há mais de 17 anos, desenvolve um trabalho produtivo e persistente, promovendo e analisando criticamente tudo o que se refere à literatura/livros para um público infanto-juvenil.). Foi uma recomendação da Cristina Taquelim, por altura das Andarilhas, e tive a oportunidade de aceder directamente à obra nas exposições venda (este livro e outros da colecção).





Já reflecti, pois, sobre questões essenciais ligadas à animação da leitura, aos riscos de uma animação sem sentido ou direcção, uma animação centrada no espectáculo, no livro e não nas pessoas... Sem as pessoas não se constroem leitores... Sem exemplo, sem paixão, não se desenvolve o "hábito leitor" nos outros...
Parece haver vantagem em assentar a nossa actuação (promoção da leitura) em pilares mais eficazes como a modéstia, o realismo e a constância/regularidade. Sábios conselhos.

Na contracapa pode ler-se:
La lectura, antes que una destreza, es um placer que no se descubre por azar. En esta obra, los autores reflexionam sobre los caminos que se deben transitar en el ámbito escolar para que los alumnos adquieran y consoliden el hábito de la lectura, conduciéndoles a elegir con libertad se quieren o no leer.


Por altura da conclusão da formação que frequentei, estivemos a elaborar em conjunto um directório com ligações úteis sobre os temas trabalhados na acção (hei-de divulgar depois de pronto). Nas minhas buscas encontrei materiais interessantes da responsabilidade da mesma equipa que assina este livro.


Partilho hoje aqui esses fios de seda.


livro (virtual) ABCdario de la animación a la lectura - Equipa Peonza (Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes)


e, ainda:
http://www.cervantesvirtual.com/hemeroteca/peonza/

http://www.cervantesvirtual.com/hemeroteca/peonza/catalogo.shtml

Peonza (Boletín Bimestral de Literatura Infantil)

La revista Peonza de literatura infantil y juvenil se edita por primera vez en diciembre de 1986 con la finalidad de proporcionar la mejor información posible sobre literatura infantil y juvenil a sus lectores : profesores, bibliotecarios, padres y, en general, todas aquellas personas que están en contacto con niños y jóvenes y que pretenden animarles a la lectura de libros de calidad. El contenido de Peonza se compone de : artículos teóricos y prácticos sobre la animación a la lectura, entrevistas con autores e ilustradores de obras infantiles, noticias de actualidad, crítica de libros clasificados por edades y especial atención a la tradición cuentística de la región. El equipo de redacción está integrado por un grupo de profesionales de la educación procedentes de diversas formaciones (licenciados en Historia, Filología, Psicología, Ciencias de la Educación, Magisterio por varias especialidades y Logopedia) que desarrollan su trabajo en Cantabria, en todos los niveles educativos.La revista Peonza dedica especial atención a la organización de bibliotecas escolares, actividades de animación a la lectura, charlas dirigidas a padres y maestros, asistencia y participación en Jornadas y Congresos de literatura infantil y juvenil.

E pronto.
Muito para digerir hoje.

Mas já pensando no que se segue da lista... Vou ver o que é, para continuar.


E à espreita mais outro livro.
(Não, não, não... Escusas de me chamar! Vais ter de esperar até mais logo...)

terça-feira, dezembro 26, 2006

Ler... Ler... Ler... preciso...

História do Rei Transparente... livro recebido ontem. Prenda de Natal, claro.
E se eu gosto de receber livros! E de os oferecer também...
Rosa Montero, pois...
Levei-o logo para a cama e bastaram-me algumas poucas páginas para perceber que não poderei escapar de mais esta aventura...

.





Estou condenada a mais um encantamento.
Deixei o culpado ali no quarto ao lado para me afastar da tentação e, desde cedo, vou pondo ordem na vida e nos papéis, resistindo estoicamente ao apelo. Aproxima-se a hora que divide o dia em duas metades e em que me concederei mais umas páginas, antes de regressar às tarefas acumuladas
. E, mais logo, oferecer-me-ei nova viagem e partirei até à Idade Média sem sequer dizer adeus.

Vai saber-me bem roubar uns minutos à vida... acrescentar-lhes palavras novas e devolvê-los depois às memórias feitas de histórias que não são as nossas.
Ler é a única forma de viver mais tempo do que o tempo que nos é concedido.


Considerado pela revista Qué Leer como o melhor romance espanhol de 2005.

Sob uma pele de ferro, o coração de Leola palpita por aventura, e a sua coragem leva-a numa turbulenta viagem rumo à liberdade.Num tumultuoso século XII, Leola, uma camponesa adolescente, despe um guerreiro morto num campo de batalha e veste as suas roupas para se proteger sob um disfarce viril. Assim começa o vertiginoso e emocionante relato da sua vida, uma peripécia existencial que não é apenas de Leola mas também nossa, porque este romance de aventuras com ingredientes de fantástico fala-nos, na verdade, do mundo actual e do que todos nós somos.
A História do Rei Transparente é uma insólita viagem a uma Idade Média desconhecida, relatada de uma forma tão vívida que quase se consegue sentir na pele, uma fábula que comove pela sua grandeza épica. Original e poderoso, o novo romance de Rosa Montero tem essa força transbordante dos livros destinados a converterem-se em clássicos.
http://www.asa.pt/produtos/produto.php?id_produto=898836


Rosa Montero
O sabor das histórias
Por Maria João Martins

(Visão online
Jornal de Letras)

Usa as palavras com uma ênfase não desprovida de rigor. Nascida em Madrid há 55 anos, Rosa Montero, jornalista e escritora, é uma mulher afirmativa que consegue «encaixar» dezenas de ideias numa conversa breve. Fá-lo sem evidente assertividade, mas com a segurança de quem toda a vida se pautou por uma grande determinação. Jornalista do diário El Pais desde 1976 (ao serviço do qual ganhou, em 1980, o Prémio Nacional de Jornalismo) passou a dividir as suas atenções profissionais entre o jornalismo e a literatura, quando, há alguns anos, se fartou da «ditadura» da agenda editorial e do ambiente das redacções para escrever só o que realmente lhe interessa. Já publicou as novelas A Filha do Canibal; Amantes e Inimigos e A Louca da Casa, tendo também reunido em dois volumes crónicas escritas para El Pais: Paixões e Histórias de Mulheres. História do Rei Transparente (editado pela Asa) é uma incursão no romance histórico em que Rosa Montero manifesta a sua fé no poder da palavra e do saber.

ler a entrevista em:
http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=332375




segunda-feira, dezembro 25, 2006

Tempo de balanço...

Umas vezes assim...

... outras...

Umas vezes


http://www.vladstudio.com/

Os caminhos caminham



A mana Lena encontra para mim verdadeiros tesouros... (Foi ela que me apresentou a Shel Silverstein, já o disse uma vez)
Não é por acaso. Educadora de Infância de mão-cheia, formadora de professores, com uma paixão grande pela literatura para a infância e juventude, conhece o que poucos conhecem e partilha formal, ou informalmente, tudo o que o caminho que tem caminhado lhe tem oferecido em experiência e aprendizagem.
Não, não foi presente de Natal, embora me tenha sido oferecido ontem: é prenda de aniversário atrasada. Vais gostar. Há aqui um texto que sei tem tudo a ver contigo...



E não é que é verdade?

E não é que tem tudo a ver com todos nós?
Agora estou cheia de vontade de ler o que falta...
.
E uma vez que o caminho deste ano quase velho está a terminar e o do novo prestes a iniciar-se, deixo-vos o último parágrafo de...
.
Os caminhos caminham

(...)
Os caminhos são nossos e não são nossos, tal como nós, habituais transeuntes, somos dos caminhos e não somos. O mais importante é outra coisa: é o caminho nunca mais acabar, ou se acabar começar outro; crescem sempre mais e mais, até ao horizonte e ainda para além; os caminhos atam a terra inteira, são feitos de passos e para os passos, cada vez mais passos, mais homens, mais animais, todo o mundo anda, toda a rede de caminhos caminha, o espaço é povoado e novos caminhos se fazem, no ar e nas águas, parece que tudo se confunde mas nada se confunde, sucede apenas que eu baralho tudo e escrevo mal, o que é o bom e o bonito. Até os pombos compreendem isto.


Meio Conto
Jorge Listopad
Armanda Passos

ADENDA: Não resisto... vantagens de ser dia 25 e as listas estarem congeladas... até as dos contributos para o almoço de hoje (já concluí as tarefas da minha responsabilidade). Deixo aqui o "Meio Conto" que abre este livro. Gosto, gosto mesmo. Do livro e de começar este dia 25 a ler e a brincar...

Meio Conto

Fui ao mercado onde se vendem maçãs reinetas, hortaliça variada, feijão, pão saloio, queijo de Alverca; na banca das galinhas vivas pedi meio ovo.
Responderam: - Não vendemos meio ovo. Desapareça daqui!
Agradeci e fui ao supermercado. À porta peguei num carrinho e andei com ele pelos corredores, entre bolachas, sabonetes, garrafas de vinho e iogurtes, conduzi o carrinho com muita habilidade, buzinei com a boca, - Força! - , dizia o gerente, mas em parte nenhuma vi o meio ovo. Só caixas de plástico cor de ovo, com meia dúzia de ovos que são seis.
Fui ao parque onde há aquele pequeno lago no qual nadam patos. Disse a um deles: - Bom dia, boa tarde, queira desculpar, preciso de meio ovo -.
O pato nem respondeu, pôs a cabeça dentro de água, o rabo ao alto. E riu-se tanto que até apareceram bolhas na água.
E eu preciso de meio ovo. Podiam perguntar-me por que preciso de meio ovo, mas ninguém pergunta. Só dizem que não há, ou vai-te embora malandro, ou esta juventude de agora, e não me deixam explicar por que preciso desse meio ovo sem o qual não voltarei a casa.
A casa é pequena, durmo numa cama com o meu meio irmão, e o meu meio irmão dorme numa cama comigo. Ele é enorme, cada um de nós tem meia cama, eu tenho a meia mais pequena, então, não sei se compreendem, também quero meia tijela e meia bola e meia mãe e meia escada e meio professor e meio ovo.


domingo, dezembro 24, 2006

Receita de Amor - Broas de mel

(NOTA: se não tiverem tempo para ler... vejam só as fotos... o apetite vai crescer... ou então vejam aqui uma variação desta receita que recriei para estes novos tempos sem tempo... Pedaços de Amor de Mel da Avó)

Porque me lembro de um Natal distante, com Avós e Avôs sempre presentes. Fosse de uma forma ou de outra. Porque lembro a encomenda com bolos, lombo de porco, cascas de laranja cristalizadas, doces variados nos frascos. Porque todos os anos tento preservar esse sabor através de uma receita especial, em homenagem a um tempo que só desaparece se o deixarmos fugir da memória.
Porque recebi a herança e me cumpre passá-la (na ausência de filhotes, talvez alguém aqui passe e resolva iniciar uma tradição sua). Porque as broas de mel desta Avó, a Avó Mila (receita recuperada há alguns anos) são o símbolo dessa cumplicidade especial com as Avós que foram (e sempre serão) as minhas. Um dia partilho o bolo especial de maçã da Avó Irene...
Agora, porque a época é adequada, aqui fica o testemunho de uma sequência que vos aconselho a repetir.
Não será à primeira que os resultados se verão em todo o seu potencial. O tempo fará com que, um dia, esses pedacinhos saborosos se transformem em bocadinhos de céu. Ainda procuro chegar lá... o forno a lenha onde eram cozinhadas as originais e alguns ingredientes de épocas passadas, tornam quase impossível a missão, mas não desisto. Cada ano melhor que o anterior.

Essa é a razão pela qual os Avós são tão especiais: levam tempo, muito tempo na receita que os faz...
Tempo, que é o ingrediente mais precioso que existe.
Na receita original (que podem ver aqui) a Avó regista que as broas são de mel e açúcar... Eu escrevi no meu livro broas de mel da Avó Mila... quem sabe um dia alguém escreve broas da Avó da 3za... e depois passe palavra e... novo nome se associe a estes deliciosos mimos natalícios. As receitas são assim, viajam de mão em mão, vão-se tornando de quem lhes dá vida repetidamente e renovam-se em cada passagem de testemunho. Encontrarão pequenas diferenças... novos utensílios, novos materiais, tempos modernos... o papel vegetal... o forno eléctrico... a farinha sem fermento e o fermento à parte - as razões pelas quais certos sabores permanecem apenas na memória e no passado a que pertencem.
Enfim. Já ficamos felizes com a aproximação...




Broas de mel da Avó Mila

250g de açúcar
125 g de mel (gosto do da Arrábida - rosmaninho... mas pode ser um qualquer)
25 g de erva-doce em semente
15 g de canela
pitada de sal
1,25 dl azeite (desta vez usei um sabor do norte... fica bem cruzado com o mel do sul)
1,25 dl de água

500 g de farinha
duas colheres de chá de fermento

Misturar os ingredientes todos (excepto a farinha e o fermento) e levar ao lume numa panelinha até ferver e tudo ficar bem misturado. Despejar essa calda sobre a farinha previamente colocada numa tigela bem larga. Mexer bem até obter uma massa homogénea. Tender em forma de broa e dispor em tabuleiro forrado com papel vegetal (usar um pouco de farinha nas mão se necessário, para não colar... quanto menos se precisar melhor, para não ficarem secas). Preparar uma gema de ovo com um pouco de água para pincelar as broas. Colocar amêndoa ou noz...
Levar ao forno... 150º, cerca de 12 a 15 minutos... eu gosto mal cozidas...
Se ficarem um pouco secas no início, colocá-las num saco ainda quentes, pois a humidade ajudará a torná-las mais macias...





Se pudessem sentir o cheiro, partiam agora mesmo para a cozinha.

Boa consoada!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

O Natal... dos hospitais



Operação pela segunda vez numa semana - urgência por conta de uma infecção que se declarou na primeira intervenção. Desta vez anestesia geral. Dia inteiro no Hospital. Pronto. Passou. É o que esperamos. Natal a baixa velocidade.

Parece que, afinal, é tal e qual como na Educação... não chega tirar uma peça estragada para se acabarem os problemas... Às vezes aparecem umas bacteriazinhas que fazem muito mal e que custam a matar...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Experimentar...

Porque, ao contrário do que dizem os decretos, aquilo que deve ser consagrado e tornado obrigatório não é o "ensino experimental" das Ciências, mas sim a actividade experimental no ensino das Ciências (estão a ver a diferença? Pois... mas é a primeira que está escrita em mais do que um lado e que é repetida até à exaustão por muitos...), deixo aqui o relato de uma experiência interessante e que tem sido bastante realizada (com nuances, claro) no sistema educativo. Caso para dizer que alguém consagrou, há muito, o governo experimental da educação ou, quem sabe, actividades experimentais no governo da educação.


STONE TELLING

How do we tell if a window is open?
Just throw a stone at it.
Does it make a noise?
Is doesn´t?
Well, it was open.
Now let's try another...
CRASH!
It wasn't!


Shel Silverstein
Where the Sidewalk Ends


P.S. Aqui de volta de papéis e mais papéis o dia todo... preciso do olhar do Shel de tempos a tempos...
Percebem porquê, não percebem?

Pontos de vista...

Nem sempre consigo. Mas tento treinar diariamente esta capacidade de ver como se fosse o outro. De mudar de posição para olhar.
É quando me disponho a também escutar com outros olhos, que compreendo melhor o que tenho para fazer, ou dizer.
E que o faço e digo melhor.

Não é um exercício simples.
Mas recomenda-se.
Não no Natal, claro.
Sempre.



Point of View


Thanksgiving dinner's sad and thankless
Christmas dinner's dark and blue
When you stop and try to see it
From the turkey's point of view.


Sunday dinner isn't sunny
Easter feasts are just bad luck
When you see it from the viewpoint
of a chicken or a duck.


Oh how I once loved tuna salad
Pork, lobsters, lamb chops too
'Til I stopped and looked at dinner
From the dinner's point of view.


Shel Silverstein
livro: Where the Sidewalk Ends
http://www.shelsilverstein.com/

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Interact. Adenda...

Só para voltar a chamar a atenção para o blogue (entretanto premiado... Parabéns!)
Interact-Quadros Interactivos na Sala de Aula
http://interactsite.blogspot.com/
(que consta nos favoritos da Teia)

Está ali muito trabalhinho feito, muita reflexão, muita oportunidade de aprender...
Recomenda-se de novo.
Recomenda-se sempre.

A tecnologia não opera milagres...


... mas pode ajudar a redefinir a forma de pensar e de comunicar. Sim... porque se for apenas para fazer mais do mesmo, só com roupa nova, sem rentabilizar ao máximo a interactividade e envolvimento dos alunos, não vale a pena o investimento...

Preparamo-nos, como já disse, para adquirir um equipamento portátil (eBeam quadro), com verba do Plano de Acção de Matemática, que vai permitir transformar qualquer quadro branco normal em quadro interactivo... No projecto inicial pensámos num quadro interactivo, mas esta tecnologia, com menor custo, permite a utilização em mais do que uma sala. Está nos nossos planos adquirir dois (um agora e outro para o ano).

O compromisso, para além da formação, é sentarmo-nos a pensar em novas formas de abordagem do ensino-aprendizagem que possam motivar os alunos e ajudá-los a ter melhores desempenhos (não falo apenas da Matemática... vou ver como posso aplicar este meio à animação na BE-CRE...)

Já perceberam que ando a tentar entender melhor como funcionam estas coisas...
desde que nasci, tenho assim esta espécie de sede de saber por antecipação. É mais forte que eu.

Portanto, hoje arranjei o folheto e comecei as pesquisas.

Não avancei muito (outras tarefas se colocam pelo meio...) mas partilho o que já encontrei. Passo a publicidade (seria difícil fazer a partilha sem menção à empresa e ao produto)... Obviamente devem existir outras soluções no mercado. Aponto esta como mero exemplo para eventuais interessados, que desconheçam a possibilidade e possam aproveitar as dicas... ou partir daqui para outros voos... ou, quem sabe, indicar-nos trabalho já desenvolvido (uns links davam jeito... vá lá... prendinha de Natal para a Teia!)



http://rv.cnotinfor.pt/produtos/ebeam-quadro/index.php



Os receptores do eBeam Quadro são completamente portáteis e instalam-se em poucos minutos. Podem utilizar-se os quadros brancos já existentes tornando-os digitais.
Basta aplicar o sistema directamente no quadro, ligá-lo ao seu computador, inserir os marcadores nos suportes digitais e iniciar o eBeam software. Toda a informação escrita/desenhada será captada pelo PC e posteriormente guardada ou impressa, ou ainda partilhada ou publicada na internet em tempo real.


Mais alguma informação sobre a aplicação desta tecnologia:

A Universidade de Keele, em Staffordshire, Reino Unido tem vindo a realizar há cerca de 6 anos diversos estudos sobre a utilização de Quadros Interactivos no ensino da Matemática (sobretudo no Ensino Secundário). Os resultados do estudo mostram que a junção deste dois “elementos” indicia uma verdadeira revolução na aprendizagem desta disciplina. Aqui ficam algumas indicações elaboradas a partir desses estudos, que podem ser úteis aos professores de matemática (e não só) que utilizam ou que em breve utilizarão os quadros interactivos na sala de aula.

(ler mais)

terça-feira, dezembro 19, 2006

Interrupção lectiva... com Matemática dentro

Não vos digo das longas listas para este período sem alunos. Já as sabem, tão bem como eu.
Com excepção dos dois dias 24 e 25, aqui estarei a dar conta delas, listas, na esperança de lhes ver o fundo.

Claro que a par da Biblioteca (tanta coisa ainda: estatísticas, organizar dossiers, preparar as actividades do 2º P, PNL,... páro aqui, ou até eu me assusto), outros valores chamam por mim, sendo que a Matemática é um deles... Não enquanto Plano de Acção... pois sabemos bem o valor de um papel onde temos gasto tempo que seria útil a preparar aulas e materiais... ou a ler e a estudar... mas enquanto Departamento com vontade de dar a volta aos problemas que vem detectando. Começámos muito antes da ideia deste PAM a preparar o caminho para onde nos dirigimos agora... a formação por nós concebida - Oficina - e desenvolvida no ano lectivo anterior assim o provou. Agora queremos continuar o trabalho e estamos até dispostos a reunir com mais periodicidade para partilhar experiências, discutir estratégias e fazer formação para a utilização de um projector interactivo que vamos adquirir (aqui sim, mérito do PAM, pois as verbas são-nos atribuídas por ele). E porquê? Porque mesmo congelados, mesmo zangados, mesmo sem tempo para seriamente fazer tudo como deveria ser feito, tentamos, pelos alunos. Só por eles. Não durará muito este restinho de energia, a avaliar por tudo aquilo a que vimos assistindo... mas enquanto durar...

Terei de inventar tempo para ler ou reler textos que muito me têm ajudado, alguns provenientes dos países que já demonstraram algum avanço nestas coisas da Matemática. Salvaguardando as devidas "diferenças" e "distâncias"... certo é que consigo encontrar pistas valiosas e enriquecer-me com muita desta informação que vem de fora (claro que, também, com alguma da que vem de dentro... mas pronto, perdoem-me este piscar de olho ao exterior... a internet trouxe essa possibilidade e não a desaproveito.)

Deixo aqui hoje três desses bons exemplos de documentos divulgados na página web ( http://www.edu.gov.on.ca/ ) do Ministério de Educação do Ontário. Existem versões em francês no site (basta entrar pelo "français" e avançar para as publicações)...
Há mais de onde estas vieram, com outros temas importantes... e o currículo nacional do Ontário merece ser bem analisado (aprende-se tanto!)... assim o tempo chegasse... antes chegava e bem que eu gastava tempo a estudar... Agora a ideia é mais... fazer muitas coisas ao mesmo tempo e pensar pouco nelas...

http://www.edu.gov.on.ca/eng/publications/


http://www.edu.gov.on.ca/eng/document/reports/math/math.pdf
Early Math Strategy (até ao 3º ano)


http://www.edu.gov.on.ca/eng/document/reports/numeracy/panel/numeracy.pdf
Teaching and Learning Mathematics (4º ao 6º ano)


http://www.edu.gov.on.ca/eng/document/reports/numeracy/numeracyreport.pdf
Leading Math Success (do 7º ao 12º)

segunda-feira, dezembro 18, 2006

O blogue de Miguel Ángel Santos Guerra

http://blogs.epi.es/eladarve/

El Adarve


Um amigo partilhou comigo.
(Conhece bem o meu gosto pelas palavras do Miguel... pelos livros do Miguel)

Eu só posso divulgar.
Espalhar a riqueza que se encontra ao virar da esquina de cada parágrafo deste seu recanto.

O resto farão vocês, se sentirem o apelo.



Mais informação aqui:

http://www.asa.pt/autores/autor.php?id_autor=1002

domingo, dezembro 17, 2006

Domingo sereno...


Retemperar as energias para a semana que começa amanhã...

Claro que existe quem passe a vida a retemperar as energias... só não percebemos exactamente para quê...

Mas aceitamos... e gostamos de repousar neles o olhar.
.




"Ambos saíram da noite, negros,
enleados na trança da lua,
enroscados no Verão nocturno
das varandas viradas para o mar.
E ficaram, e quiseram ficar,
amados como os filhos, um a um,
ou como os brinquedos sonoros
dos quartos de infância. Presentes.
Prolongaram o nosso afecto
com os nomes breves que se dão
às estrelas e às pedras raras,
e vieram ronronar sobre o nosso peito
as suas queixas e os seus medos,
o novelo latejante da ternura
colada à pele dos nossos dias."

O LIVRO DOS GATOS
José Jorge Letria

O Pai Natal Preguiçoso e a Rena Rodolfa...

Sugestão de leitura/oferta de Natal:

O Pai Natal Preguiçoso e a Rena Rodolfa
de Ana Saldanha
ilustrado por Alain Corbel

Melhor Álbum de Ilustração Infantil dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada 2005, atribuídos pelo 16.º Festival Internacional de BD da Amadora
.

mais...

É Dezembro. Na Lapónia, andam todos muito atarefados. O carteiro entrega as cartas, a secretária do Pai Natal, a rena Rodolfa, lê-as e procura as prendas pedidas nas prateleiras, as outras renas preparam-se para a grande corrida de Dezembro. Só o Pai Natal parece não ter pressas. Mas, quando estão já de partida, descobre-se que o provérbio de que o Pai Natal tanto gosta — «Devagar, que tenho pressa» — está mesmo certo. Do que é que a rena Rodolfa se foi esquecer?!

(mais sobre) Ana Saldanha

sábado, dezembro 16, 2006

Roubei umas sandalinhas...

... à Rita

http://geladodegroselha.blogspot.com/2006/05/27-sandalinhas.html



e

disse-as aqui
http://sabordepalavra.blogspot.com/2006/12/sandalinhas.html


Sopinha de agriões e arroz de peixe.
Outros cozinhados do dia.

Acho que já não cozinhava "comida" há mais de dois meses...
Saudade.

Conversa com duas Amigas de longa data.
A cereja sobre o bolo.

Sábado leve, portanto.
Bom subverter os planos e as listas.

Amanhã também é dia.

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

http://www.astormentas.com/pessoa.htm

Porque o tempo é meu...

Apeteceu começar o dia a...
.

http://www.vladstudio.com/home/

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Natal... ou

Cheira a Natal, pois cheira.
Cheira nas decorações (a BE não escapa, com a exposição de cartões e a campanha de Natal: árvore já com muitas prendinhas!), cheira nos sorrisos, na temperatura baixa, nos poucos aquecedores que não conseguem dar conta do gelo desta terrinha e nos fazem tremer dentro das salas de aula e do espaço da BE, cheira nas avaliações, na azáfama dos DT submersos em papéis, nas decorações por toda a escola, cheira na inscrição para o almoço, na lembrança de levar prenda para trocar, na excitação dos alunos...



Mas o cheiro de ontem, em dois ou três momentos, teve sabor especial. Dou comigo a pensar que o verde do Natal, meio disfarçado de esperança, persiste em morar onde tem de morar: mesmo no meio do coração de quem quiser e com efeito duradouro...

Não é muito costume a BE aceitar requisições de livros para as férias de Natal, segundo me foi dito (eu não sabia, e estava a deixar os alunos fazê-lo)... Mas é impossível resistir a um professora eu comprei na feira o volume um desta colecção e já li. Agora queria ler o dois que está aqui na BE... Claro! Vamos fazer a requisição. Professora eu queria fazer o cartão de leitor para requisitar um livro de rimas para o Natal. Não é preciso cartão de leitor (novas regras) vamos escolher um de que gostes? Mas só deixo com uma condição, digo a rir... qual? ... é voltarem para o ano que vem e requisitarem muitos livros para ler! Prometeram com largos sorrisos. Felizes por se dispensar a formalidade do cartão.
Assumimos o risco das perdas... seria inconcebível não os deixar levar um livro para ler quando, precisamente, vão ter tempo para o fazer. O primeiro sinal de Natal. Flexibilizar regras, alterá-las para melhor servir a promoção do prazer da leitura.
E as requisições continuaram: turma inteira do 3º C, cuja professora marcou como tarefa de férias a leitura de uma obra à sua escolha. Alunos aqui e ali... Fico contente. Já temos uns planos para promover mais leitura... e uma prenda em preparação no sector lúdico.

O que mais me custa na Biblioteca é os alunos quererem requisitar um livro já requisitado (do qual existe apenas um exemplar) e sairem sem livro nenhum nas mãos. Depois de ver isto acontecer com o famoso Eragon e de ver desaparecer o Eldest no minuto a seguir, logo procurado por outro aluno sem sucesso... resolvi ontem andar à procura do Pai Natal para apresentar os meus argumentos. Acontece que vamos adquirir vários livros com a verba da feira, mas não pode investir-se (com as solicitações existentes para outras obras necessárias e também procuradas) em tudo ao mesmo tempo. Por outro lado, estamos na época dos dragões... contagiou-se o desejo pela literatura fantástica e espalha-se como a célebre gripe das aves... só que mesmo a sério... Há que aproveitar... Eis que chega o segundo sinal de Natal: uma colega sensibilizada pelo nosso desejo de servir os alunos, ofereceu mais um Eragon para a escola. Os professores, congelados de carreira e de frio, usam os seu imóvel vencimento numa dádiva para servir a escola e os alunos. Parti então para o Conselho Executivo: serão eles a juntar esforços e a oferecer o Eldest... Não falo sequer nas prendas já oferecidas por todos nós e por alunos, no âmbito das campanhas de Natal... embrulhadinhas, aguardando os reis para se apresentar à BE... Não vejo a hora de descobrir as surpresas, de as apresentar ao público, de as colocar a uso....

Amigo crítico e muito especial, o nosso JMA (falei dele há tempos). Vai oferecer uma obra especial: O Brincador do Álvaro de Magalhães... Peça de rara beleza e que não nos seria possível adquirir agora.

A Associação de Pais: colocará no nosso colo Poemas de Amor (colectânea de Inês Pedrosa - poetas portugueses). Uma obra que vai estar no centro da acção quando se celebrar o Amor em Fevereiro...

Sinais de Natal?

Sim. Ou, talvez melhor, sinais de Amor.

Porque o Amor é mais perene na vida (embora mais visível no Natal).

Deixem-se contagiar e façam um qualquer gesto que não fique votado ao esquecimento. Assim algo que permaneça no tempo e se torne companhia indispensável: ofereçam livros.
Escolham com carinho o objecto e o destinatário. A felicidade constrói-se com coisas simples.


quinta-feira, dezembro 14, 2006

Breve interrupção


O Cara-Metade precisou de tirar uma peça avariada do joelho (um menisco fracturado), de manhã cedo. Tudo planeado, claro.
Fui buscá-lo a Lisboa... já de tarde.
Chegar a casa e entrar a correr para concluir a última sessão da formação...

Está tudo bem, recuperação a decorrer normalmente, algum tempo de repouso e cuidados, nada mais.

A reflexão impõe-se:
Remover o que está estragado...
...Tudo fosse tão simples assim para acabar com os problemas da educação.


Hoje é só. Por razões óbvias.
Amanhã?
Nunca se sabe!