domingo, janeiro 31, 2010
Prémio Autor - SPA
Com data marcada para o próximo dia 8 de Fevereiro, no Centro Cultural de Belém, a Sociedade Portuguesa de Autores e a RTP juntam-se para atribuir uma nova categoria de prémios que reconhecem o que de melhor se fez no cinema, teatro, artes visuais, música, literatura, televisão, rádio e publicidade em 2009. (...)
(Ver AQUI - notícia Público)
É com imensa alegria que vejo entre os nomeados o meu amigo Emílio Remelhe (Eugénio Roda - nome com que assina a escrita), com o livro AZUL BLUE BLEU (ilustrado por Gémeo Luís), na categoria "Melhor livro de literatura infantil"
(O Emílio é escritor e ilustrador - ilustrou o meu livro Provérbios Repenteados editado pela eterogémeas de Luís Mendonça - Gémeo Luís)
Melhor livro de literatura infanto-juvenil - nomeados:
O tubarão na banheira (David Machado)
Azul Blue Bleu (Eugénio Roda)
O gato de Uppsala (Cristina Carvalho)
(Vou torcer por ti... Melhor: vou torcer pela equipa especial que vocês os dois formam...)
O Bairro
sexta-feira, janeiro 29, 2010
Enleando e desenleando...
Longa e densa, portanto.
O momento mais doce?
Ontem levei para o Clube alguns microfones de PC. Molho de fios embaraçado que não tive tempo de desembaraçar. Eram para eles, claro. Queriam gravar voz em projectos Scratch. Pedi ajuda.
O T. aproximou-se e perguntou:
É para desenlear?
Desenlear... desenlear... Oh T., se soubesses como é bom ouvir um jovem da tua idade (10 anos) dizer esta palavra tão bela e tão pouco comum no vosso vocabulário...
O meu Avô usa muito esta palavra...
Enquanto íamos desenleando os fios, serenamente, as palavras abraçavam-se umas às outras em conversa amena...
Pois... é uma palavra assim poética... faz todo o sentido teres aprendido essa palavra com um Avô. Eles conhecem tantas palavras belas. É uma palavra mesmo mesmo cheia de poesia.
Outros escutavam
Sabem, eu tenho um blogue com poesia. Um dia digo-vos o endereço.
T.: a minha Avó também tem um...
R.:Eu já li os poemas dos livros da Professora e gostei muito. Eu nem sabia que a Professora tinha livros na Biblioteca! Descobrimos por acaso e a senhora da Biblioteca disse-nos que eram duma professora!
Pois... eu não vos contei tudo sobre mim... ainda...
É quando sou mais feliz na escola. Um espaço onde possa respirar com eles sem toques, sem pressas, sem ansiedades. Das 15:15 às 17:45 sem interrupção, sem intervalo, sem correria, sem rumo, ao sabor deles, enleando e desenleando palavras, trabalho, desafios, exigências, carinhos, até abraços baixinhos, até mão dada com que me puxam de um lado para o outro para ver isto, ou aquilo. O espaço de liberdade e construção de conhecimento e de laços e de crescer, onde finalmente consegui tecer fios doces até alunos mais complicados.
A semana acaba... com muito trabalho enleado nas mãos que tem de estar concluído e desenleado até segunda. Nada de novo.
Talvez por isso me apeteça fechar a semana uma melodia doce, daquelas que desenleia qualquer nó por maior que seja... Gosto da voz do Chico Buarque nela, da voz da Maria João... Escuto-as vezes sem conta num dos muitos CDs que me acompanham em viagem. Mas hoje quero a Beatriz sem palavras. Porque assim pode até ter o meu nome, ou o nome de qualquer pessoa que precise de desenlear ou destecer uns quantos fios da vida por um bocadinho... para logo de seguida se voltar a enlear nela e a retecê-la com cores diferentes em cada passo por dar...
quinta-feira, janeiro 28, 2010
terça-feira, janeiro 26, 2010
Mobile journalism & development
...sempre em movimento!
(novo recanto: http://dev-mojo.com/)
segunda-feira, janeiro 25, 2010
LITERATURA PARA A INFÂNCIA - Uma aproximação às artes plásticas
(Neste caso, um duplo interesse...)
Bibliografia organizada por Helena Martinho e Formandos de Acções de Formação sobre o Livro e sobre Educação estética e artística.
sábado, janeiro 23, 2010
Geometry in nature...
Vale a pena ver... e aprender com eles!
Magnífico!
Histórias do dia...
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Imagens do dia...
Pena não ter conseguido captar a magia do nascer do Sol no topo da Serra... Não há forma de parar o carro no alto... nem a meio... nem nunca onde vale a pena.
Ficou este momento breve em movimento... já quase no sopé.
8h 10 min na Escola das Mil Gaivotas (2,3 com Secundário)...
Não entrei logo para a sala de professores... andei a passear por ela, Escola,(espaços exteriores tantos e tão extensos!) e a tentar guardá-las, às gaivotas, comigo.
Um pequenito (que não conheço): A professora gosta de tirar fotos às gaivotas?
Gosto muito...
Um muito grande (turma de percurso alternativo - 5º ano - que estou a acompanhar): Olá! Hoje vai para a nossa aula?
Não. Só em Fevereiro...
Gosta de Gaivotas?
Muito! Gostava muito que na minha escola poisassem gaivotas como na vossa...
Havia de ver ao pé da minha casa... são aos montes!
Acredito...
Mas às vezes temos de ter cuidado... são perigosas...
Sim? Porquê?
A rir... Podem cair assim umas coisas na nossa cabeça...
Almoço e depois Escola do1º Ciclo, (hoje um 1º ano). Abraços dos que me conhecem e vêm a correr cheios de mimo para dar, mal entro no portão.
Muito trabalho, muita animação, muitas descobertas.
Sair e ainda ter de ir à outra turma dos pequeninos de 1º ano que chamavam por mim em coro, no extremo do corredor. Arrastaram-me, abraços e mil beijinhos e...
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Gonçalo M Tavares ?
«Por um curto-circuito eléctrico incompreensível o electrocutado foi o funcionário que baixou a alavanca e não o criminoso que se encontrava sentado na cadeira. Como não se conseguiu resolver a avaria, nas vezes seguintes o funcionário do governo sentava-se na cadeira eléctrica e era o criminoso que ficava encarregue de baixar a alavanca mortal.»
Excerto de "Avaria" d'O Senhor Brecht, Editorial Caminho, 2004.
O Senhor Valéry é um homem que leva a lógica até aos limites, na tentativa de explicar o mundo. As suas explicações são sempre acompanhadas de desenhos. Tem um animal doméstico nada usual e uma casa de férias muito estranha. Chega a explicações absurdas, apenas porque nunca prescinde da sua lógica. Há quem tenha dito que lembra Tati ou o Principezinho.
«O Senhor Valéry era pequenino, mas dava muitos saltos. Ele explicava: Sou igual às pessoas altas só que por menos tempo.»
Prémio Branquinho da Fonseca Gulbenkian/Expresso.
Brincadeiras sem graça
Há dois anos aconteceu o mesmo (duas vezes).
Sem mais comentários...
Ilustrarte ' 09
quarta-feira, janeiro 20, 2010
O paradigma do 69... ou de como vamos perdendo as penas das asas
Com a moda dos exames nacionais em que 70% (seja lá o que isso for) já é Bom... algumas escolas, como a minha, puseram-se a pensar muito sobre o assunto e decidiram que, se nos exames nacionais a exigência é pouca, então vamos lá descer de 75 para 70 e dar Bom(zito) a todas as almas que conseguem um 70% num qualquer teste.
De repente o 69 passou a ser assim uma coisa mesmo muito especial... quase Boa, embora ainda Suficiente... assim um Suficiente mais, um Suficiente gordo, um Suficiente quase Bom... sei lá... um Suficiente quase maravilhoso! Repito-me (porque dei eco aqui na teia nessa altura), mas todos os anos esta coisa me aborrece e as consequências começam a estar à vista.
Há países onde o 60 por cento numa qualquer avaliação não é considerado sequer satisfatório (Lembro as notas do meu enteado que viveu no Canadá, onde o 60 era sinal de alerta e motivo de preocupação, implicando advertência a Pais, trabalho de recuperação e mais os etecéteras todos que, entre muitos outros factores, colocam o dito país entre os melhores nos resultados internacionais - não vou discutir agora o que isso significa, nem os outros factores igualmente importantes que o condicionam). Quem diz este, diz outros. E podemos falar de níveis de ensino diversos (do não superior e do superior) onde a bitola se ajusta por cima e nunca por baixo... e 60 é pouco mais que mediocre.
Mas nós somos especiais. Podíamos ser grandes, mas acomodamo-nos à nossa pequenez e continuamos na senda do encolhimento intelectual e cultural, porque enfim, coitadinhos e essas coisas assim... e a frustação... e os traumas e pronto.
Converso com os meus alunos sobre estas questões, estas perversões... Explico que sou obrigada a dar Bom, mesmo quando não acho que Bom seja a designação que melhor se aplica ao seu trabalho. Explico que é preciso pensarem mais além da nota. Que é preciso exigir de si próprio o melhor, não ceder à tentação da satisfação com pouco, à alegria por palminhas com cheiro a truque. Falamos muito de exigência, de disciplina no trabalho, de honestidade, de pontualidade, de cumprimento do dever que nos cabe (a mim e a eles). Falamos de saber aceitar os resultados menos bons como sinais de que podemos e devemos fazer melhor, como ponto de partida para reflectir e subir e não como rótulos colados na pele, ou motivações para choros infindáveis pouco produtivos.
Hoje pude olhar para 11 testes em 13 onde se encontram erros deste tipo (acumulados):
- uma estrutura desenhada (pelos próprios alunos) inclinada de cerca de 30º em relação à horizontal (estimativa visual) depois dos cálculos surge como tendo por inclinação as seguintes amplitudes: 89,5º; 88, 14º; 89º; 10º e outras coisas semelhantes...
- uma escala gráfica, onde se indica a distância - 25 mm - correspondente a 250 m, mal interpretada... erros de quem não consegue converter entre si unidades do sistema métrico... de quem não raciocina sobre o que está a fazer: uma estrutura que tem uma espessura aparente de cerca de 100 m (cortada na diagonal... e que se percebe ser um pouco maior do que a espessura real medida na perpendicular entre as linhas...) gerar espessuras reais de quatrocentos e muitos metros.... de 0,007 m... de 1,5 cm... distâncias sem unidades.... em vez dos supostos cerca de 82 m...
Há mais exemplos de outras coisas semelhantes e bem mais graves e reveladoras de uma total ausência de sentido espacial, ou sentido do número, mas paro por aqui.
Isto depois de um penoso semestre com o professor a ensinar os alunos corpo a corpo, mesa a mesa, a medir com um transferidor, a converter unidades do sistema métrico entre si, a operar com fracções (Oh professor, por que é que aparecem aí os denominadores todos iguais???)
Ah! Dois alunos devem ter achado o teste muito fácil (e era... ) pois não falham uma única resposta. Todos os outros terão negativa.
Tudo poderia parecer algo normal no panorama educativo nacional. Poderia. Poderia estar a falar de alunos do 6º ano de escolaridade (chocar-nos-ia, mas nem muito). Talvez do 3º Ciclo (já nos feriria os sentidos)... Quem sabe do Secundário... (seria muito muito triste e preocupante)
Mas trata-se de uma turma, de um segundo ano de uma Universidade, a frequentar um curso na área das Ciências (logo, a Matemática foi uma componente essencial do currículo escolar).
Resta dizer que se fossem estes os testes que nos tivessem sido apresentados na primeira metade da década de 80... na mesma Faculdade, a geração do curso desses anos deveria ter terminado a licenciatura com 20 valores. Não acabou. Foram dois 17... e abaixo apenas um 15 e depois avaliações inferiores. Mas não eram estes os testes. A exigência era outra.
Se isto é assim num espaço onde é suposto estar quem passou num diz que é uma espécie de crivo... o que podemos imaginar sobre quem ficou à porta?
Costumo falar destas coisas aos meus alunos. De como é triste (e um insulto ao seu sentido lógico) vê-los deixar num teste como resposta a um problema: a idade de um menino como sendo 99 anos... o peso de uma criança como sendo 400 kg... o dinheiro que se entregou, para pagar algo, como tendo um valor inferior ao do preço pago (que é dito, juntamente com o troco)...
E de ano para ano torno-me mais exigente, estico os limites dos desafios, procuro trabalhar para a excelência real e não para essa ilusão balão de ar. Explico-lhes as razões.
O paradigma do 69 atrapalha-me o caminho e os gestos, mas não desisto nem me aproximarei do chão arrastando os alunos comigo, roubando-lhes as penas das asas uma a uma, só porque sim e tal.. só porque nem vale a pena... só porque assim ficam todos felizes e dói menos a quem ensina e a quem aprende.
A verdade e uma certa dose de infelicidade e frustração ajudam-nos a crescer...
A mentira não.
ADENDA: Não posso deixar de acrescentar o comentário pertinente de um leitor, que merece ser trazido para a página da frente:
Sem pôr em causa o sentido do artigo, com que concordo, não posso deixar de comentar que há 40 anos atrás 14 (70%) era "bom" pequeno. A diferença é que no meu Liceu raramente alguém tinha mais que 15 no 1º período, 16 no 2º e 17 no 3º. Nos meus anos, pelo menos, não recordo ninguém que tenha tido, fosse qual fosse a disciplina. Portanto 14, 70%, era de facto bom...
segunda-feira, janeiro 18, 2010
Don't dream is over...
.
Eles continuam por aqui...
O Meu Pioneiro Scratch Manuel Couto (agora no 7º ano) pediu que publicitasse o seu novo blogue... em torno do tema "motocross"... e, neste momento, mais centrado no Dakar...
Faço-o com prazer.
http://motocrossemotas.blogspot.com/
(Tenho saudades vossas... Ainda bem que aqui e ali, entre um teste e outro - tantas disciplinas, não é? - vão ter comigo ao Clube para ajudar os mais pequenos...)
domingo, janeiro 17, 2010
Artesã digital (Mobile Notes - e-pen)
O texto foi escrito em "off" ( o sensor e a caneta não precisam de ter o PC por perto) e depois foi feito o "upload" no computador. Usei a funcionalidade do software de conversão para texto digital/reconhecimento de caligrafia. Não precisei de lhe "ensinar a minha caligrafia"... adoptou-a sem problema e converteu-a com erros mínimos:
começo a manhã de perna estendida e elevada (como manda o Sr. Doutor) testando a e-pen (Mobile Notes) que comprei ontem e instilei hoje. Satisfeita?Mais do que satisfeita.-. Encontrei o certo equilíbrio entre o artesanal co digital.Para quem, como eu, não resiste ao gesto, à caneta, ao papel, estae- a solução mais perfeita para preservar este amor antigo de quem não é nativa da digital. Estou convertida!
Também experimentei desenhar... :)
Obrigada Pai e Mãe pela prenda de Natal! :) :)
sábado, janeiro 16, 2010
Teaching number... Early numeracy... Bons recursos
Algumas das mais recentes aquisições... (Dois dos livros trazem um CD com materiais de apoio para imprimir e fotos...)
Early Numeracy
This best-selling text has been fully updated to include developments and refinements brought about by widespread international application of the assessment tools in the acclaimed Mathematics Recovery Program. This revised version of Early Numeracy: Assessment for Teaching and Intervention helps teachers identify children's difficulties and misconceptions, and become more skilled and confident in planning programs for intervention and monitoring children's progress. This new edition includes:
Integrated frameworks of tasks for assessing children's knowledge and strategies
Four separate and revised diagnostic assessment interviews
Assessments for addition and subtraction strategies, base ten arithmetical strategies, early grouping strategies, and advanced grouping strategies
Teaching Number in the Classroom 4-8 years old translates years of research into a very understandable and comprehensive approach for teaching children how the number system is structured and how to think like a mathematician.’Carol MelandK-3rd grade Principal for the School District of MiltonWisconsin, USA
'This book is an absolute must have for all educators involved in early number. Based on sound theoretical foundations, it offers a wealth of down-to-earth, tried and tested, effective approaches to teaching early number concepts and skills.’
Noreen O’LoughlinAssociate Vice-President/Lecturer in Maths EducationMary Immaculate College, University of Limerick, Ireland
Following the success of Early Numeracy and Teaching Number, the authors now bring the principles and practice of their acclaimed Mathematics Recovery Programme to whole-class teaching.Central to the book is the concept of an inquiry-based approach to classroom instruction. Topics covered range from beginning number and early counting strategies to multi-digit addition and subtraction right through to multiplication and division.Features include:- assessment tasks- teaching activities- real-life examples from classroom work- guidance on classroom organization and teaching specific topics- an accompanying CD with printable activities for classroom use.This book is an invaluable resource for all primary classroom teachers, including experienced Mathematics Recovery teachers. It will be helpful for classroom assistants and learning support personnel, primary mathematics advisors, numeracy consultants and educational psychologists. It will also appeal to teacher educators and researchers with interests in mathematics in the primary years.Robert J. Wright is Professor in Mathematics Education at Southern Cross University, Australia.
Garry Stanger teaches Masters courses in early numeracy at Southern Cross University, Australia.
Ann K. Stafford is a leader in the implementation of Math Recovery in the United States.
James Martland is a Senior Fellow in the Department of Education, University of Liverpool and Director of the Mathematics Recovery program (UK) Ltd.
The book Teaching Number - Advancing Children's Skills and Strategies (Second Edition) lets teachers identify where their students are in terms of number skills, and sets out a strategy for developing their knowledge. The authors show how to advance children's learning across five stages of early arithmetical learning - emergent, perceptual, figurative, initial number, and facile number. This provides for increasingly sophisticated number strategies across addition, subtraction, multiplication and division, as well as developing children's number word and numeral knowledge, and their ability to structure number and have grouping strategies. The approach used nine guiding principles for teaching.
Each chapter has clearly defined teaching procedures which show how to take the children onto the next more sophisticated stage. The teaching procedures are organized into key teaching topics, and each includes:
o a clearly defined purpose
o detailed instructions, activites, learning tasks and reinforcing games
o lists of responses which children may make
o application in whole class, small group and individualised settings
o a link to the Learning Framework in Number (see Early Numeracy- second edition, 2005)
o how the guiding principles for teaching can be used to allow teachers to evaluate and reflect upon their practice
Primary practitioners in Australia, the United States, the United Kingdom and Canada have tested the teaching procedures which can be used in conjunction with each country's numeracy strategy.
Primary teachers, especially of the early years, mathematics co-ordinators, heads of school, mathematics advisers, special educationalists, learning support personnel, teacher assistants, lecturers in initial teacher training and educational psychologists will all find this book invaluable.
AQUI: http://www.sagepub.com/authorDetails.nav?contribId=291250
sexta-feira, janeiro 15, 2010
Top 100 Tools for Learning (2008 and 2009)
Agradecendo à Isabel Matos (colega) a partilha via correio electrónico...
http://eb23quintalombalinksprofs.wikispaces.com/Ferramentas+online
quinta-feira, janeiro 14, 2010
Exemplos para copiar...
terça-feira, janeiro 12, 2010
Lembram-se?
Pois...
Uma vez que o trabalho é muito... e uma lesão na perna - ruptura muscular (segunda dose depois de um primeiro ameaço descuidado e mal_tratado) exige agora cuidados extra, menos tempo de computador, mais atenção ao 'bigo... a teia pode ressentir-se um bocadinho com moscas (melhor, borboletas) em excesso (nunca é em excesso) e nenhum predador para as caçar...
Mas pronto... o que tem de ser, tem de ser.
E como o que tem de ser é continuar na roda-viva dos compromissos profissionais, para não faltar a nenhum deles, o pouco tempo extra é para cuidar do resto... sendo que, nesse resto, se deve evitar mais do mesmo: cadeira em frente do PC...
Não vou a lado nenhum... mas estarei menos deste lado, por enquanto.
Talvez seja também esta necessidade crescente de escutar mais e dizer menos ...
(Ciclos? Marés?)
domingo, janeiro 10, 2010
Teaching without speaking...
Jeffrey R. Young
Wichita, Kan.
Elaine Smokewood says losing the ability to speak has made her a better teacher.
About two years ago, the 54-year-old English professor at Oklahoma City University was diagnosed with Lou Gehrig's disease, or amyotrophic lateral sclerosis, and the incurable malady has taken so much from her. It has stolen control of many muscles in her face, along with her ability to live independently. But ALS has also taught her how to teach more effectively, she argues, in ways that were a complete surprise.
The trick: Use technology to get out of your students' way and listen, really listen, to what they have to say.
Most professors believe they listen to their students, of course, and that they hold vibrant discussions in class. Ms. Smokewood definitely believed that, viewing herself as an "interactive" teacher.
"Highly interactive," she told me when I visited her home office here. "And in some ways I was. But I still saw myself as the most important person in the room." That's pretty common on campuses across the country, and some would argue it's the appropriate role for a teacher.
(...)
sábado, janeiro 09, 2010
Dormências, carimbos, cicatrizes e janela aberta sobre o futuro necessário...
http://5dazeitao.blogspot.com/
Deixei entradas e miminhos e recursos no meio e na coluna lateral...
Precisam. Merecem.
Quanto a acordos... Não sei que penso, nem o que sinto. Acho que ainda não consegui parar para pensar, ou sentir muita coisa. Uma certa dormência, confesso. Mas o mais certo é não sentir nem pensar nada de muito diferente do que pensa e sente muito boa e admirável gente - parceiros destes caminhos estranhos dos últimos tempos. Coisas boas, coisas menos boas e tal. Necessidade de aprofundar as questões, de avançar noutras linhas. Ando com mais vontade de escutar (selectivamente) do que de falar sobre o assunto.
É que, na prática, para realmente tentar continuar a ser excelente junto dos meus meninos, a semana já não me chega, nem os dias. Estou a trabalhar desde muito cedo hoje apenas para eles (não foi apenas o blogue... novos materiais, novas abordagens, fichas, recursos...).
E... por ter tentado ser o mais excelente possível para os alunos nestes contextos absurdos (reservando o meu tempo para eles e para o que é importante na minha formação/estudo com reflexo no trabalho com eles) apenas pude ter Bom nas coisas da minha avaliação. Os indicadores eram outros, as regras claras... devo ter-me enganado quando apontei armas às crianças... devia talvez tê-las apontado obedientemente aos papéis e às leis do jogo...
Empenhar-me para ter Excelente e não para ser Excelente...
Paradoxos.
Mas não fossem estas conquistas recentes... nem Bom teria tido - apagariam todo este meu tempo de dedicação com uma notificação que assinei. E nunca mais progrediria na carreira com a birra de não querer ser titular de coisa alguma nas contas de uns golos que se haviam marcado nos últimos 7 anos. Parece que há afinal algumas coisas boas, sim, e que valeu a pena acreditar e lutar serenamente com convicção contra muitos ventos que se diziam ser os da direcção certa.Sinto uma certa paz de espírito. A paz possível.
Cá estaremos para ver se prevalece o que é importante, ou nos vamos afogar mais uma vez no acessório e centrar as nossas atenções em nós, nos nossos percursos e carreiras, nos nossos dossiês e indicadores, lembrando-nos das crianças duas vezes por ano nas aulas assistidas...
É que o tempo, repito, se quisermos um outro tipo de excelência, não chega realmente para tudo nesta estrutura asfixiante em que a escola se tornou... vos garanto. (Espero que, como se diz e ficou escrito, se continue a batalhar nesta frente e noutras fundamentais, porque nem só de carreira e progressão se fazem as vidas dos professores, por muito importante que tudo isto seja).
E continuarei a preferi-la, a essa excelência, porque é ela que mata as fomes e as sedes importantes, é dela que os alunos e as suas famílias precisam (não me queixo de falta de apoio ou carinho, pelo contrário... têm sido os meus melhores aliados em todas as aventuras) e é aquela que me faz crescer e ser sempre melhor no minuto, no dia, no mês, no ano seguinte... com consequências para o universo mais vasto da Educação. Agir localmente para mudar globalmente (frase tão antiga aplicável a tanta coisa).
E é preciso tempo para crescer, para aprender mais, para corrigir percursos, para ser melhor...
Ora o propósito da avaliação deveria ser fazer crescer. Sim? O que é diferente de fazer subir escadas (embora, no mundo ideal, estes dois "fazeres" devessem andar juntos...)
A sensação que tenho é que tem sido sinónimo de... carimbar. Assim com ferros em brasa e sem jeitinho nenhum. Grosseiramente. Deixando cicatrizes e pouco mais.
O futuro necessário?
(Nas nossas mãos. Como/onde sempre esteve. Onde sempre estará.)
quinta-feira, janeiro 07, 2010
Das coisas do crescer, das asas e das conquistas...
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Tarde acelerada depois de mais uma aula de Matemática imprópria para cardíacos... onde até corrigimos o manual (que tem erros, pois... e não são gralhas...)... cheia de bolas de cristal (pequenas viagens ao futuro, onde entrevemos/iniciamos a aprendizagem de coisas que iremos aprofundar mais tarde... é uma tradição que continuo a manter para os mais variados conteúdos, fazendo conexões a todo o momento... e funciona...)
A doce Bia disse-me que foi a aula de que mais gostou desde o princípio do ano (nem sei como... foi densa, exigente... super messy como aprender é na vida... e comigo, confesso... )
... Ela tinha assim uns receiozinhos a modo que enormes... mas é batalhadora e cada vez se explica melhor e partilha melhor os seus pensamentos.
Hoje, depois de um pequeno problema onde se pedia que identificassem mentalmente o sólido que era possível construir com 6 pauzinhos do mesmo tamanho (e plasticina nos vértices), saíu-se com esta explicação: Oh professora... eu quando ouvi 6 pensei logo assim numa pirâmide hexagonal na minha cabeça, mas depois continuei a pensar e percebi que no meu pensamento se era hexagonal tinha 6 arestas em baixo na base e depois tinha de ter outras 6 arestas para cima até ao vértice lá de cima o que dava 12 e então.... pensei... se são só 6 pauzinhos.... dividi por dois e percebi que tinha de ter três pauzinhos em baixo e três para cima e isso era uma pirâmide triangular! Disse tudo isto de rompante com as faces sardentas muito rosadas e os olhinhos muito brilhantes e polvilhados de sorrisos...
Oh Bia! Foi o cérebro viradinho do avesso 'mailindo' que já vi este ano!!! É que não é nada fácil vocês explicarem bem o que vos passa na cabeça... embora isso seja muito importante e vos ajude muito... que é pensar sobre o vosso pensamento e ser capaz de corrigir erros mesmo antes de os dar... Estás a crescer tanto! Logo tu que não gostavas lá muito disto...
Pois... mas parece que me estou assim a habituar cada vez mais a isto e a gostar... :)
Hoje, para além de um TPC obrigatório... seguiu um "TPC bola de cristal para alunos aventureiros..." lá na parte 3 do Manual...
Para quem é? Perguntaram.
Não sei. Há por aí um ou outro que eu já sei que gosta de se aventurar... mas vocês é que sabem se têm coragem para se aventurar em páginas lá da frente relacionadas com coisas de que falámos hoje.
Eu quero ser aventureiro! Eu também!
Podem ser aventureiros os que quiserem... Logo me contam!
Diz o Ricardo: eu não costumo ser lá muito aventureiro, mas hoje quero ser... acho que até vou já fazer logo à noite esse TPC! (E até no Scratch time se aventurou: aprendeu - com o Rodrigo - em poucos minutos a ler fracções só para fazer um projecto que ensina como se faz essa leitura... Tudo começou com um pedido no arranque da sessão do Clube: Oh professora, dê-me um desafio para fazer!)
No final da aula a Bia e mais algumas princesas foram ficando comigo de pergunta em pergunta e escrevinhando no quadro nos dez minutos de intervalo. É o nosso ritual das quintas. O tempo passa sempre tão depressa quando estamos juntos, que precisamos sempre de mais um bocadinho!
Tocou para a entrada novamente e nós ainda na sala! Tudo a correr! Temos de ir para o Clube!!!!
Mas não foi apenas a tarde...
Antes das 8 da manhã já avançava para Setúbal para acompanhar mais algumas aulas de 2º Ciclo no Bairro das Mil Gaivotas... Manhã toda. Ver finalmente muitos dos meninos muito muito grandes de 5º ano, da turma "alternativa", a trabalhar com empenho na proposta que lhes foi feita, compensa todos os cansaços. Não podemos esperar ou exigir menos deles... É possível, por vezes, fazê-los sentir o prazer e conforto de conquistas do intelecto sem ter de as adaptar e até conseguir arrancá-los aos poucos das poses de provocação ou desconcentração com que se exibem uns para os outros e nas quais se habituaram a viver enclausurados. Um saíu logo no início por ter sido profundamente incorrecto com a professora. Arrependeu-se porque tentou entrar duas vezes na sala pedindo para ser desculpado e trabalhar com os outros. Não merecia e felizmente a Professora não cedeu (já foi perdoado outras vezes e a situação tem-se agravado) e pelo menos um bocadinho de lição deve ter ficado dentro dele desta vez. Dois deles chegaram apenas no final da aula: então Dário, perguntei, tive saudades tuas e das tuas respostas! Tive de ficar a tomar conta da minha mãe que está doente. E tu Carminda? Não te conhecia ainda! Eu fui levar as minhas manas todas às escolas delas...
No Bairro das Mil Gaivotas há alguns meninos a quem cortam cedo as asas...
Balanço feito:
dia longo, mas um bom dia.