De volta do blogue da minha Turminha ... tecendo por lá para eles.
http://5dazeitao.blogspot.com/
Deixei entradas e miminhos e recursos no meio e na coluna lateral...
Precisam. Merecem.
Quanto a acordos... Não sei que penso, nem o que sinto. Acho que ainda não consegui parar para pensar, ou sentir muita coisa. Uma certa dormência, confesso. Mas o mais certo é não sentir nem pensar nada de muito diferente do que pensa e sente muito boa e admirável gente - parceiros destes caminhos estranhos dos últimos tempos. Coisas boas, coisas menos boas e tal. Necessidade de aprofundar as questões, de avançar noutras linhas. Ando com mais vontade de escutar (selectivamente) do que de falar sobre o assunto.
É que, na prática, para realmente tentar continuar a ser excelente junto dos meus meninos, a semana já não me chega, nem os dias. Estou a trabalhar desde muito cedo hoje apenas para eles (não foi apenas o blogue... novos materiais, novas abordagens, fichas, recursos...).
E... por ter tentado ser o mais excelente possível para os alunos nestes contextos absurdos (reservando o meu tempo para eles e para o que é importante na minha formação/estudo com reflexo no trabalho com eles) apenas pude ter Bom nas coisas da minha avaliação. Os indicadores eram outros, as regras claras... devo ter-me enganado quando apontei armas às crianças... devia talvez tê-las apontado obedientemente aos papéis e às leis do jogo...
Empenhar-me para ter Excelente e não para ser Excelente...
Paradoxos.
Mas não fossem estas conquistas recentes... nem Bom teria tido - apagariam todo este meu tempo de dedicação com uma notificação que assinei. E nunca mais progrediria na carreira com a birra de não querer ser titular de coisa alguma nas contas de uns golos que se haviam marcado nos últimos 7 anos. Parece que há afinal algumas coisas boas, sim, e que valeu a pena acreditar e lutar serenamente com convicção contra muitos ventos que se diziam ser os da direcção certa.Sinto uma certa paz de espírito. A paz possível.
Cá estaremos para ver se prevalece o que é importante, ou nos vamos afogar mais uma vez no acessório e centrar as nossas atenções em nós, nos nossos percursos e carreiras, nos nossos dossiês e indicadores, lembrando-nos das crianças duas vezes por ano nas aulas assistidas...
É que o tempo, repito, se quisermos um outro tipo de excelência, não chega realmente para tudo nesta estrutura asfixiante em que a escola se tornou... vos garanto. (Espero que, como se diz e ficou escrito, se continue a batalhar nesta frente e noutras fundamentais, porque nem só de carreira e progressão se fazem as vidas dos professores, por muito importante que tudo isto seja).
E continuarei a preferi-la, a essa excelência, porque é ela que mata as fomes e as sedes importantes, é dela que os alunos e as suas famílias precisam (não me queixo de falta de apoio ou carinho, pelo contrário... têm sido os meus melhores aliados em todas as aventuras) e é aquela que me faz crescer e ser sempre melhor no minuto, no dia, no mês, no ano seguinte... com consequências para o universo mais vasto da Educação. Agir localmente para mudar globalmente (frase tão antiga aplicável a tanta coisa).
E é preciso tempo para crescer, para aprender mais, para corrigir percursos, para ser melhor...
Ora o propósito da avaliação deveria ser fazer crescer. Sim? O que é diferente de fazer subir escadas (embora, no mundo ideal, estes dois "fazeres" devessem andar juntos...)
A sensação que tenho é que tem sido sinónimo de... carimbar. Assim com ferros em brasa e sem jeitinho nenhum. Grosseiramente. Deixando cicatrizes e pouco mais.
O futuro necessário?
(Nas nossas mãos. Como/onde sempre esteve. Onde sempre estará.)
Votos de Boas Festas
Há 6 anos
5 comentários:
Teresa,
Também eu me sinto um pouco como tu, sem saber muito bem o que pensar de tudo isto. De qualquer das formas estou aliviada, num aspecto - consegui libertar-me do título. Eu sei que a culpa foi minha por me ter candidatado, mas arrependi-me tanto!
Parabéns pelo texto e por seres Excelente - apesar de não teres Excelente!
Bom fim-de-semana!
Um abraço.
Obrigada, Armanda... :) Sei que a maioria vai ficar feliz por se libertar dessa coisa que nos separava sem nexo. E a ínfima minoria... não é relevante para o caso. Felizmente há muitos professores excelentes e empenhados espalhados por aí com ou sem carimbo a condizer, ou a coisa já tinha afundado de vez com estas experiências e brincadeiras que se vão fazendo usando a educação, os alunos e os profs como cobaias. O mais grave de tudo é que há cicatrizes que vão ficar em muita gente e muitos lugares onde se quebrou algo precioso. Teremos de ser nós a apanhar os cacos e a tentar colar o possível para curar os feridos (os que partiram já não regressam) e, sobretudo, salvar aqueles que deviam ser o centro de todas as coisas e nunca são...
Bom fim-de-semana e Abraço grande.
Eu cá escapei a ser tritolé... e ainda bem. A divisão era absurda como só gente mentecapta podia ter inventado. Quanto às avaliações - se nós avaliássemos os nossos alunos da mesma maneira os país revoltar-se-iam (e com razão). A excelência propagandeada era uma treta de uma equipa da treta.
Mas este acordo deixa-me muitas dúvidas.
"(...) lembrando-nos das crianças duas vezes por ano nas aulas assistidas..." Acabei de deixar um longo comentário no Miguel Pinto, com o meu "estou farta!" daquilo a que já não assisto mas conheço bem. Tal como deixei um longo comentário sobre o acordo, vaticinando gritos de "traição!", mal sabendo que os vi logo a seguir apesar de já não frequentar os "blogues populares".
Também pedi ao Miguel o mesmo que agora peço a ti: tenho que pensar em mudar o nome ao meu blogue... tens alguma sugestão?
Beijinhos
Tinha lido o primeiro... já fui ler o segundo... Pois...
Quanto ao nome... Hoje é dia inteiro na rua (comno sempre :)... deixa-me pensar..... qual Será alinha principal? Ou serão deambulações ao sabor da corrente? Uma espécie de navegar sem destino? Porque vou vendo que pode ser um poema... um livro... uma breve reflexão... um projecto Scratch...
Beijinhos
Enviar um comentário