quarta-feira, outubro 21, 2009

Dos laços, dos fios, dos sorrisos...

Diz-se que para tecer laços é preciso tempo. Diz-se.
Diz-se também que o tempo demora sempre muito tempo, às vezes tempo demais, sem que os laços sequer se esbocem.
Na minha segunda casa, lá pela ESE de Setúbal, o tempo mede-se com outra medida. Ou é mágico. Ou não sei que fenómeno. Lá o tempo dura sempre pouco e apetece sempre mais. Já percebi que será um tempo doce e que, fio aqui fio ali, vão existir crónicas sobre ele.

Trabalhámos densamente até perto das 11:30... havia no ar uma urgência que não estranhei. As sessões de formação iniciam-se já para a semana e são mil e uma as coisas para preparar nas reuniões semanais. Não estranhei a urgência da Ana na necessidade de intervalo. Era preciso ir rapidamente à secretaria tratar da acreditação como formadoras das caloiras (eu e a Zé). Não estranhei depois disso a correria de regresso pelos corredores (são corredores... convidam a corridas, não é?) porque tínhamos de regressar e havia alguém que tinha pressa em sair e era preciso continuar o trabalho.
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Entrar na sala foi crescer na emoção até ser muito pequenina outra vez. Assim mesmo criança em fábrica de chocolate, em dia de aniversário, em dia de passeio ao parque de diversões. Todo o material de trabalho havia desaparecido, as mesas afastadas, numa delas um cesto de flores, um cartão lindo com as assinaturas de todos (e até do João Torres e do Zé Duarte!), na outra uma toalha com ovelhinhas toda cheia de festa. Queijo com mel, espumante, dois bolos (nozes e chocolate), pão caseiro, bolinhos do Jorge, rebuçados nos cubos mágicos da Guida que escondem sempre surpresas doces. Taças de vidro para celebrar, uma faca gigante para cortar tudo o que foi preciso, um balão especial a servir de chapéu... E eu no centro de abraços e beijos da Ana B, da Ana A, da Fátima, da Teresa R., da Zé, do Jorge, das duas Margaridas. Andam todos há dias a trocar mails (excluindo-me da mailing list) para tratar da festa de celebração do dia 19.
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Intervalo de carinhos e sorrisos... e lá regressámos ao trabalho sempre acelerados até depois das 14, alma cheia, mãos de volta de cordas, triângulos, papéis, ideias, ângulos, vértices, portas, dedos, perguntas, partilhas. Regressar a correr, sem almoçar, para uma reunião de Departamento em Azeitão até depois das 17.
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O ano vai ser duro. O horário denso. A vida vai acelerar. Mas quando se arranja como segunda casa um castelo encantado com fadas e um mago lá dentro, os feitiços prendem-nos desde o primeiro instante e não há cansaço ou tristeza que resista.
Obrigada, Amigos! Aqui os fios tecem-se a cem à hora... mas também não é de estranhar. Quem como nós respira matemática com prazer horas a fio a pensar nos mais pequenos, a pensar de que formas os mais crescidos podem fazer melhor junto deles, sabe tricotar laços de quilómetros em segundos. Estou presa e sabe bem.
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Palavras simples para agradecer:
gosto muito de vocês e esta sala cada vez mais se parece com um ninho...

4 comentários:

Anónimo disse...

T
Gosto muito de quem te trata bem...
Tu mereces.
P

Teresa Martinho Marques disse...

:)

IC disse...

Mereces sempre estar no centro de muitos abraços e beijos :)
Fiquei contente ao ler este relato.
De longe, junto-me aos abraços e beijos.

Teresa Martinho Marques disse...

És uma querida tu... :)
Muitos abraços e beijinhos para ti também