Ainda sob a forma de proposta... mas... recordo no que deram anteriores propostas.
Ora vamos lá a ver onde se vai encaixar o absurdo, nos absurdos já descritos da organização actual da escola...
Ora vamos lá a ver quem consegue preencher com rigor científico e precisão esta miscelânea de parâmetros desconexos...
Ora continuemos descansadamente a dizer sim, a ajustar-nos, a acomodar-nos, a encontrar as margens de infidelidade normativa que nos permitem ir sobrevivendo sem reclamar muito, em vez de gritar sem receio os nossos limites, denunciar em voz alta o desrespeito e a destruição da acção educativa fundamentada, cuidada e com sentido...
Ora continuemos a aplicar a chapa 5 para cumprir ordens mecanicamente, na linha de montagem, dentro do tempo estipulado...
A Escola cada vez mais transformada em resmas de tarefas avulsas registadas em listas infindáveis de supermercado. Não a reconheço. Cada vez me reconheço menos nela. Não sei trabalhar assim flutuando de nenúfar em nenúfar sem mergulhar com seriedade nas imensas águas que sempre me convidaram e desafiaram em contextos muito difíceis, mas com mais tempo para pensar nos problemas e resolvê-los com a ponderação necessária.
Estamos a falar de gente! De crianças reais ao nosso cuidado! Não são números para estatísticas! Como foi possível acontecer o que está a acontecer?
Vou ter de solicitar uma acção de formação que me prepare para a escola superficial, a escola do faz-de-conta. Será uma área prioritária de intervenção. Sinto-me perdida. Não sei, muito sinceramente, se conseguirei ser a péssima professora que esperam que seja e ter boa avaliação nessa missão. Não sei.
(Também me ocorre que não seriam mal pensadas umas grelhas para avaliar o trabalho do Ministério da Educação e da Sra Ministra, máxima titular e coordenadora da equipa que orienta esta Escola sem sentido... onde estão essas grelhas? Quem avaliará os danos causados? Hummm.. já sei. A culpa será inteiramente nossa. Estava a esquecer-me desse sagrado e já habitual princípio.)
Para intervenções/reflexões mais esclarecidas e ponderadas do que as minhas (que eu ando mais fora que dentro de mim):
http://olhardomiguel.blogspot.com/2007/09/grelhas-de-avaliao-do-desempenho.html
http://terrear.blogspot.com/2007/09/cenrio-de-um-desastre-anunciado.html
http://terrear.blogspot.com/2007/09/grelhas-de-avaliao-guerras-de.html
http://educar.wordpress.com/2007/09/22/o-esplendor-burocratico/
Votos de Boas Festas
Há 6 anos
5 comentários:
É isso mesmo, 3za... a etiqueta ("nem sei que diga") está muito bem posta.
Resta esperar - como vaticina o JMA, este sistema não vai durar três anos.
Como também diz o JMA num dos posts que referes, é a "transformação de um meio (o sistema de avaliação) num fim em si mesmo (na típica perversão burocrática)"
:(
este sistema não vai durar três anos
Três anos é mais do que suficiente para destruir o que ainda resta do sistema educativo português.
Pois...
Uma anedota triste :( com graves consequências...
Mais uma vez cá estou e encontro o que sinto.
Um abraço amigo.
Emília
Abraço apertado!
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