Fui submergindo aos poucos até ao ponto de vontade de coisa nenhuma. Dar razão a médico, família e amigos. Parar completamente.
Tudo concentrado apenas em conseguir arranjar ar suficiente para aguentar um tempo que parece sempre infinito sob o peso de uma coisa qualquer parecida com um mar pesado sobre o peito. Respirar parece de repente uma coisa tão urgente e necessária.
Hoje, embora a febre ainda espreite de noite, o primeiro dia em que tive vontade de duas palavras escritas.
Bom sinal. Muito bom sinal. E já me apetece conversar. Ar que chegue sem entrecortar as frases.
Chegar aqui e encontrar em comentário a sugestão de um leitor para "uma recuperação tranquila" (obrigada, Hugo!)
Exactamente o som de que precisava para me ir chegando à tona, para deitar a mão à superfície e me empoleirar nela outra vez. Assinalando a chegada, a quase emersão, partilho aqui esse som que é o que escuto na viagem sossegada de retorno.
Desta vez acho que aprendi uma lição qualquer. Espero é que a memória a preserve...
Ainda preciso de mais algum tempo. Dois dias chegam.
Dois dias.
E depois recomeçar devagarinho, com cuidado, a navegação dos dias.
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Recordação
Há 5 anos
5 comentários:
Ainda bem que estás a recuperar. Mas nada de pressas! ;)
Beijinho grande
Bela melodia para ajudar à recuperação.
:) :)
Miga, mais uma forcinha para ajudar à recuperação. Que o ar te entre de leve, mas seguro, e te traga de volta a tua energia incomensurável.
Beijinho grandinho...
Obrigada, Teresinha. Beijo grande grande
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