quinta-feira, abril 30, 2009

Quando...

Quando as nossas palavras não têm a forma que desejamos e se adivinham pesadas e lentas...
Quando as nossas palavras não deslizam, nem voam, nem abrem janelas...
Quando as nossas palavras querem ficar guardadas, resguardadas, protegidas para descansarem um bocadinho das coisas do mundo...

procuramos as palavras dos outros.
Às vezes trazem melodias junto com elas.

(E as nossas palavras aninham-se e adormecem serenamente à escuta, até lhes apetecer florir outra vez...)



quarta-feira, abril 29, 2009

Coisas...

coisa 1
coisa 2
coisa 3


mais coisas haveria... mas...
...é preciso tempo para ir digerindo tanta coisa.


ADENDA:

coisa 2a)

Eventos com interesse...

Impossível estar presente em qualquer um deles.
Tenho pena. Dias inteiros com aulas. Provas de aferição a caminho.
A vida embrulhada em excessivos fios.
Talvez alguém possa aproveitar as sugestões:


No âmbito do Mestrado em Tecnologias Educativas, o Prof. Doutor José Luis Rodríguez Illera da Universidade de Barcelona irá proferir, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa sala 7), uma conferência em torno da aplicação educativa das narrativas digitais.


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Escola Superior de Educação de Setúbal, 7 de Maio de 2009

terça-feira, abril 28, 2009

Pouca coisa...

Deixei umas fotos aqui mais abaixo (obrigada, Cristina!)

Desabafei
ali ao lado...

Acho que é sono o peso sobre os olhos.

Há dias em que me faço umas quantas perguntas. Não encontro muitas respostas.

Tenho ali muitos testes para corrigir.


O melhor é pôr música a rolar e meter mãos à obra...

segunda-feira, abril 27, 2009

Scratch... tanto mar... tanto mar... (em português)

Depois da abertura do portal Scratch SAPO em língua portuguesa... aconteceu o Guilherme e o trabalho com os seus alunos no Brasil.
Contactou-me e ao ffred... (PT ffred)
Trocamos informações regularmente, partilhamos ideias.

Este fim-de-semana enviou-nos a informação de que havia saído um texto na página do Governo do Rio de Janeiro - Secretaria de Estado da Educação sobre o trabalho excelente que têm vindo a desenvolver.

Parabéns, Guilherme!

Aqui fica a ligação e o texto:

Estudantes produzem jogos educativos
Por Fatima Rocha


Os alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, de Petrópolis, município serrano do estado do Rio de Janeiro, resolveram tornar o aprendizado ainda mais atraente para colegas de várias idades criando jogos virtuais, objetos de aprendizagem e animações para serem utilizados como ferramenta de ensino. Junto com o projeto e a necessidade de se organizarem melhor surgiu a ideia de simularem uma pequena empresa, a Fractal Multimídia, que tem a missão de produzir entretenimento aliado à educação.

O orientador tecnológico do grupo, Guilherme Erwin Hartung, que também é professor de Matemática e Física, conta que, inicialmente, pensou em produzir ele mesmo os jogos e disponibilizá-los para os alunos. Foi quando percebeu que os softwares que estava usando - o Scratch do MIT e o Popfly Game Creator, da MS - eram extremamente intuitivos e fáceis de usar. Decidiu, então, dar “um passo a mais” e ensiná-los a trabalhar com os programas.

Com a certeza de que os adolescentes gostam de tecnologia e são fascinados por jogos eletrônicos, ele resolveu canalizar um pouco dessa energia e concentração que o jovem dedica aos chamados games para esse projeto.

- Conclui que meus alunos poderiam criar seus próprios jogos educativos e, já que eles cursam o Ensino Médio, também vi a oportunidade de apresentá-los às novas profissões digitais relacionadas com o mercado desse produto no Brasil.

A estrutura da Fractal se baseia em uma empresa de verdade: no organograma, departamentos de arte, programação, marketing e publicidade, o que permite mais organização no trabalho. Antes da criação dos jogos, os alunos assistiram vídeos com reportagens sobre esse mercado no país, discutiram os temas para o conteúdo dos produtos e organizaram oficinas para aprenderem como usar os softwares.

Atualmente, a empresa tem uma agenda cheia de tarefas - inclusive encomendas de professores da escola – e disponibiliza no seu blog um portfólio com todas as produções do grupo. Além disso, os estudantes estão participando de comunidades virtuais, do Brasil e do exterior, com o objetivo de trocar informações sobre o projeto com estudantes e professores de outros países.

O professor Guilherme explica, ainda, que a origem do nome da empresa se deve ao fato de, numa analogia, as características de um fractal irem ao encontro dos objetivos do grupo.

- Fractal é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes - cada uma das quais semelhante ao objeto original - e também ser gerado por um padrão repetido, ensina. – E as nossas duas ideias principais são a divisão do trabalho colaborativo setorizado e o desejo de que o projeto se repita em várias escolas - conclui.

Quem quiser aprender e se divertir deve acessar o endereço
www.fractalmultimidia.blogspot.com. Os jogos abordam disciplinas como física, biologia, matemática, meio ambiente e educação musical. São diversos e rápidos desafios que vão desde descobrir os cinco erros em um colorido cenário até o de calcular a força necessária para levantar um elevador hidráulico.

sábado, abril 25, 2009

Nas mãos deles... e nas nossas...


Scratch Project


Projecto de uma menina de 11 anos - Madalena Gouveia, que vive em Leiria, adora ler e escrever e tem vários recantos deliciosos na Internet:

POMARÃO http://pomarao.blogspot.com/

LÁPIS DE GRAFITE http://lapisdegrafite.freehostia.com/
RAPOSINHA http://raposinha.blogs.sapo.pt/

6ºA & Companhia
O blog do nosso jornal.



Nas mãos deles estará o futuro.

Nas nossas... ajudá-los a fazer o caminho.

Culpá-los por certos insucessos é culpar-nos a nós adultos. Levo a sério a palavra responsabilidade. (Tanto quanto a palavra liberdade.)


sexta-feira, abril 24, 2009

Coisas várias...

... Se eu estivesse aqui, estava bem. Muito bem. Repousaria um pouco, passearia muito. Contento-me com os olás digitais aqui e ali, as notícias, as imagens e com a minha imaginação para fazer as viagens que não posso fazer.

... Chego a casa, paro o carro e oiço-os. Não resisto a fotografá-los no vai-vem, entre o arroz da janela do escritório e o telhado, antes de entrar em casa. Serão a minha companhia melodiosa num fim-de-semana denso de trabalho. A acompanhar-me também e a acompanhá-los a eles... os olhares ávidos dos três felinos, à vez, deste lado da janela. Uma tentação sem concretização... e o calor da Peggy que está sempre onde estou e não quer saber de aves para nada...
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... Lembro-me que há muitos anos adormeci nesta véspera sem saber que no dia seguinte os Pais não me deixariam ir para a escola em Lisboa. E eu queria ir. E fiquei zangada porque havia Educação Física - estava no 2º ano do preparatório, actual 6º ano - e integrava a equipa de andebol. E o Pai teve de sair para a rua para comprar uma nova "telefonia" só para ouvir melhor as notícias e poder responder à nossa pergunta: oh Pai, mas são os maus ou são os bons que estão a atacar? Mais tarde percebemos por que razão certos livros eram colocados ao contrário nas prateleiras quando algumas pessoas iam lá a casa...
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... Uma vez, já adolescente, disse: que pena eu ser tão pequenina sem perceber o que se passava... agora já houve a revolução e não dá para lutar por mais nada. Santa e doce ingenuidade... Aos poucos aprendi. Nestes últimos anos aprendi mais e ainda mais depressa...
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... Estou assim flutuando sem saber bem o que dizer ou fazer. Apetecia-me ir apenas dormir. Mas o blogue do clube, mas a actualização do currículo, mas os trabalhos de Ciências deles, mas os anexos da tese, mas aquela leitura em falta, mas a teia aqui tão vazia...
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... E, depois, a súbita sensação de que a vida é simples e abençoada de muitas maneiras. E que nenhum problema é um verdadeiro problema quando a vida não está em jogo num jogo injusto de acasos que ferem quem devia ser protegido.
E é assim que me lembro de outra Teresa. E trago-a aqui para a mão de mim.
Ela sim, verdadeiramente lutadora, corajosa, digna de todo o empenho de quem a possa ajudar.

Não se esqueçam dela. Continuem a passar palavra:
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JUNTOS PELA TERESA até que o sonho se concretize.




quinta-feira, abril 23, 2009

Os livros...

... alimentam-se da raiz dos seus autores.
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quarta-feira, abril 22, 2009

A Terra é feita de gente: Juntos pela Teresa

Causa maior, causa urgente...
(ajudem a divulgar)

Cartaz AQUI








(alguns) pecados: gula, inveja, cobiça...


Todos os que me conhecem sabem como gosto das tecnologias. Melhor ainda, como gosto de as entranhar na vida e na educação, tirando o melhor partido desse abraço, desde o primeiro minuto como professora (comecei nos anos 80 com a linguagem LOGO num tempo de Timex e ZX Spectrum e impressoras de rolinho... alguém se lembra?)

Agora estou no Séc XXI e confesso que sonhei muito com estes dias. E acreditei que já estaria exactamente como sonhara, mesmo sem saber bem o que sonhar quando imaginava o que e como seria este tempo (futuro do meu passado distante), se ainda fosse viva e estivesse com alunos à minha volta. E quero nas mãos tudo o que puder ter, porque ideias não me faltam... mas é cada vez mais complicado e desgastante tentar pô-las em prática.

No ano passado disseram-me que este ano é que seria. Que o PT estaria já completamente instalado e que não tinham autorização para melhorar nada pois ia ser feito um grande investimento. Acreditei. Este ano disseram-me: o PT está já ali no portão tudo pronto para o ano que vem e não se pode melhorar nada porque... E eu, que sou rapariga razoavelmente paciente e crédula, ainda não me desencantei de todo (embora este ano já tenha passado por momentos de muito desalento e vontade de desistir ao ver o desapontamento dos alunos à minha frente, demasiadas vezes). Veremos, como dizia aquele que não podia ver...

Mas a verdade do meu PT até agora tem sido outra. Dói-me olhar para uma Biblioteca sem meios, com computadores que funcionam pior que mal, sem um scanner, sem impressora, quase sem Internet... meia dúzia de pedaços de coisas obsoletas para centenas de alunos. Dói-me ter passado meses a pagar do meu bolso a Internet para poder publicar os projectos Scratch dos alunos na plataforma do MIT... e depois acabar por pagar um linksys para ter uma rede que não passasse pelo proxy, porque não se encontrou solução para o problema que "obriga" as salas TIC a ter um protocolo tal que, por azar, colide com os meus projectos tecnológicos e com a ferramenta Scratch do MIT (que... surge como recomendação no final do novo programa de Matemática para o ano que vem, alguém reparou?). Dói-me ter deixado de poder usar os 14 computadores melhores da sala TIC, porque a rede passa pelo proxy e de nada me servem... e porque são a única sala para abrigar imensos alunos TIC... e até as actividades do CNO que acontecem durante o dia colidindo com os já poucos recursos da escola (!! pois...) ficando os meus meninos do 2º ciclo - aulas e clube - apenas com os restos que são os portáteis (13, às vezes, mas sempre muitos a falhar por isto ou por aquilo) frequentemente menos de 13 distribuídos por 26 alunos. E são restos com acesso muito condicionado... porque, felizmente, há mais candidatos à sala do que tempo e equipamento (há vontade e não há condições para a pôr em prática). Dói-me que os alunos queiram trabalhar individualmente e não possam. Que, por exemplo, numa das turmas que solicitou e-escolas, apenas 3 os tenham recebido (salientar que no 2º ciclo, sobretudo crianças que viajam muito de autocarro e passam horas na escola de sala em sala, serão uma esmagadora minoria os que se atreverão a trazer os e-escolas para a escola... muitos pais não vão permitir, é claro... e lógico...). Dói-me esta organização do tempo escolar que não teve em conta a necessidade de tempo para o professor preparar, acompanhar (fora das aulas) os projectos tecnológicos e interpelações dos alunos (mais, messenger, blogues)... Nas minhas turmas sabem que apenas um professor está a conseguir fazê-lo (dar-lhes feedback... até mesmo durante o fim-de-semana), porque prescinde do descanso, porque decidiu não progredir na carreira para não perder o pouco tempo que ainda tem e poder continuar a dedicar-se a projectos que não quer deixar morrer, e porque, por acaso, até nem tem uma família numerosa com filhotinhos à mistura... Mas não vai ser assim que se constrói um futuro tecnológico para este nosso Portugal, ou vai?

Em síntese... Não sou nenhuma "velha do Restelo"... Como poderia? Acredito que as tecnologias "em boas mãos" podem fazer a diferença. Sou educadora, tenho de ser optimista. Sei que podia estar a fazer muito mais e muito melhor com as condições adequadas e que, se alguma coisa não mudar depressa para garantir a adequada mediação junto dos mais novos, teremos tecnologia, sim, o que é muito bom, mas não seremos capazes de a usar para melhorar a nossa vida... para nos ajudar, para nos tornar melhores. Se assim não for, ela servirá para quê?

Não baixo os braços e avanço como posso. Teimosa, sim. Persistente. Mas hoje, a esta súbita visão associada ao entusiasmo das palavras (compreendo esse entusiasmo, eu também estaria assim se tivesse um computador por aluno sempre que precisasse) reagi como uma defeituosa mortal... longe do seu habitual equilíbrio e busca eterna de perfeição:

senti uma inveja imensa... cobicei cada aparelhinho à disposição dos conferencistas (ai o que eu já tinha cobiçado e cobiço a nova Assembleia!...) e só me imaginava a saborear um futuro assim para os meus meninos, numa antecipada e desenfreada gula que, com tempo (vão ter de mo devolver), me levará aos projectos mais loucos que andam aqui dentro da minha cabeça e que misturam a vida e as tecnologias em partes iguais para podermos permanecer humanos, apesar de tudo...

É que a minha cabeça não pára... quem pára os gestos que querem nascer dela são os vazios e os muros que as mãos encontram...



http://twitpic.com/3rg5z - O Fórum Mundial #WTPF decorre nesta sala com o apoio de mais de 900 computadores Magalhães (corrigido)
ptecnologico


(encontro a decorrer em Lisboa)



ADENDA:

Acabei de chegar de uma reunião na escola... a certa altura falámos da ideia de comprar mais um projectorzito de vídeo com um dinheirinho assim e tal. A resposta hoje foi: o PT informa que vão equipar todas as salas, portanto não faz sentido comprar mais nada agora.
OK. É só uma questão de esperar.
Para os meus meninos que estiveram estes dois anos comigo à espera, o tempo acabou. Vão para o 7º ano e não consegui oferecer-lhes nem metade do que sonhei. Sim, eu sei que sou um bocadito acelerada... que quero tudo logo, que quero sempre mais. Que há a logística, que o dinheiro não cresce nas árvores e que vai ser bom quando chegar. Mas pronto... Custa-me ver tantos computadores em cimeiras (alguns até oferecidos a chefes de estado), conferências e afins... e quase nenhum junto dos meus miúdos... Já merecia a prendinha de uns 28 Magalhães lá para a minha escolinha, com tanto projecto bonito que temos em mãos... mas pronto...

(É tão feio ser invejosa, eu sei... Pecados meus...)

Save the Planet...

terça-feira, abril 21, 2009

Magnolia...





Adormecer suavemente...

Fostering learning in the networked world...

Fostering learning in the networked world—the cyberlearning opportunity and challenge: A 21st century agenda for the National Science Foundation (Report of the NSF Task Force on Cyberlearning)

2008, Roy Pea

AQUI:


Pea, R., with Christine L. Borgman (Chair), Hal Abelson, Lee Dirks, Roberta Johnson, Kenneth R. Koedinger, Marcia C. Linn, Clifford A. Lynch, Diana G. Oblinger, Katie Salen, Marshall S. Smith, Alex Szalay (2008, June 24). Fostering learning in the networked world—the cyberlearning opportunity and challenge: A 21st century agenda for the National Science Foundation (Report of the NSF Task Force on Cyberlearning). Arlington VA: NSF, 62pp.

Download (.pdf)

segunda-feira, abril 20, 2009

Missão de palavras, poesia e carinho...

... foi assim a minha manhã no Externato Diocesano Sebastião da Gama em Setúbal...
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Todos os meninos do primeiro ciclo juntos...
Ofereceram-me desenhos, poemas, mimos especiais preparados com os seus professores... E muitas perguntas, sim...
Onde nasceu?
Capital de Portugal... digam lá vocês o nome...
Que idade tem?
Nasci em 1962 em Outubro... façam lá vocês as contas...
E qual foi o primeiro poema? E quando começou? E de que poema gosta mais? E só escreve poemas? E quantos poemas já fez? E se não fosse professora queria ser o quê? E como é que a poesia influencia a sua vida? E como é que se inspira para escrever poemas? E...?

Não me canso nunca de lhes responder... contando muitas histórias pelo meio e
entretecendo a Matemática com as palavras mágicas e as melodias:
... uma canção (porque os poemas às vezes têm a companhia da música)
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Ofereceram-me rosas em forma de palavras e pinturas e beijinhos e, ainda, na despedida, rosas rosas... Como adivinharam que gosto tanto delas todas?
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Alguns destes meninos vão para a minha escola para o ano que vem... quem sabe um dia voltamos a encontrar-nos...

A propósito do poema

Às avessas
Beijei um príncipe
transformou-se num sapo.
Beijei o sapo
nadou um girino.
Dei-lhe um beijinho
ficou pequenino
e voltou a viver
dentro do ovinho.


um dos meninos mais pequeninos comprou uma rãzinha... e fez um aquário com coroa de príncipe para me mostrar...
E o que vais fazer à rã?
Vai para a minha casa...


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Doce manhã.
Energia renovada para o que se segue...

(Logo que possível... mais umas fotos para ajudar a memória lá no futuro...)
ADENDA
(Fotos cedidas gentilmente pela Mãe de uma aluna e também minha colega :)

domingo, abril 19, 2009

New blog on the block...


... para acompanhar sempre


porque a voz é a do meu amigo Joaquim Lopes - Herr Macintosh (responsável pela edigital: http://edigital.homeip.net/ ) e o tema é o e-learning.





A escola dos meus sonhos e outros devaneios...

Lancei alguns desafios logo que este período começou, confesso. É a minha aceleração habitual e não os poupo.
Pretendo que sejam desenvolvidos nas aulas trabalhos vários (com apoio em casa - distribuição de tarefas da sua responsabilidade), individualmente e em grupo, sobre temas das últimas unidades do 6º ano de Ciências.
Podem escolher qualquer suporte... Sei que terei como resposta "papel", powerpoint, movie maker, scratch, esculturas, jogos, dramatizações...
Quero que aprendam a escolher e a dominar o suporte adequado para as intenções de um determinado trabalho. Em Ciências, como em todas as áreas, aprender a comunicar é fundamental. Não se escaparão, é claro, de apresentações à turma. O trabalho será desenvolvido de forma integrada em Ciências, AP e FC, já que os temas (micróbios e doenças, higiene e problemas sociais e, ainda, poluição) se prestam ao desenvolvimento de competências várias. O blogue das turmas assegurará a partilha na Internet...

Ontem começou a dança... (não que eu esperasse trabalhos já... e muito menos feitos em casa, já que a intenção é desenvolver o trabalho nas aulas, mas gostaram dos temas e parece que estão com vontade de avançar...)
Uma aluna enviou mensagem a perguntar se eu não havia recebido algo.
E eu: o quê? (não me havia chegado nada)
Mais tarde lá chegou... Um filme/trabalho bem engraçado sobre tabagismo e toxicodependência. Feito por ela e uma colega da turma que lá foi a casa. Percebem-se os risos... a combinação do filme com os textos informativos está engraçada e não falta sequer o genérico final com os nomes das autoras. Movie maker... pois. Apenas alguns erros ortográficos (teremos de corrigir) e um texto muito simples e algo superficial que talvez valha a pena aprofundar e melhorar.

Respondi logo. Porque sei que estão do outro lado à espera. Que é importante saberem que recebi, que vi, que apreciei o esforço.
Por volta da hora do almoço recebi outro e-mail:
Olá, s'tora. Bem aquele trabalho deu cá uma trabalheira, para aquilo ficar como deve ser, tivemos que gravar montes de vezes e às vezes não aguentávamos e ríamos por tudo e por nada, custou-nos muito, mas depois lá conseguimos. Beijos grandes da A.


Hoje a I. está imparável... Começou na última aula de AP (quinta) um trabalho sobre a poluição... Perto das 15h (hoje) recebi o trabalho completo (em Scratch). Alguns erritos que corrigi. Reenviei. Comentei. Foi coisa que lhe deu muito muito trabalho a fazer... excelente apresentação!


Perto das 17 já tinha outra mensagem:
Olá novamente stora, Desta vez é para mandar o projecto dos micróbios que comecei e acabei hoje. Não está nada de especial, mas espero que goste. Beijinhos :)


E vi logo e corrigi logo e respondi logo... valorizando e mimando, depois de apreciar a delícia de projecto Scratch que me havia enviado...

Penso na escola dos meus sonhos.

Há certos breves momentos que são já eles o próprio sonho. Não, não é ter crianças a trabalhar com entusiasmo ao Domingo :) ... É ter alunos que optam por usar os computadores de forma "construtiva" no seu tempo livre, porque uma sugestão de tarefa e o ambiente de aprendizagem que tenho tentado criar parece ser suficientemente estimulante para que tal aconteça. E, note-se, todas estas alunas não foram minhas no 5º ano nem integram a turma dos pioneiros. Só este ano partilham esta aventura de aprendizagem comigo. São uma turma complexa, onde precisei de resolver muitos problemas (ainda não todos, mas estamos bem encaminhados) até chegar aqui: um ambiente doce, produtivo, motivado, que os faz estar quase todos (facultativamente) no Clube comigo (23 em 26), leva cerca de metade dos alunos (facultativamente) ao Apoio de Matemática...
São a minha geraçãoBest...

E embora menos tempo na minha companhia, não ficarão menos guardados no meu coração do que a turma dos pioneiros Scratch. Aqui as dificuldades a vencer eram/são bem maiores e, mesmo assim, conseguimos finalmente criar laços fortes, um espírito unido de equipa, uma atenção concentrada, um empenho a crescer todos os dias, um desejo de vencer as imensas dificuldades...

Porque a Escola não pode ser (e muito menos para as crianças "carentes"desta geração), como alguns querem e tudo têm feito para que se concretize, apenas uma coisa arrumada por horas, estéril e fria, condicionada pelo nenhum tempo que lhe sobrou depois de se ter achado que poupar tostões era a prioridade máxima. E se tem sido possível, por enquanto, fazer algo mais, é porque continuo a prescindir de MUITO do tempo a que tenho direito para mim e a dedicar às crianças muito mais do que as horas que me sobram realmente dos deveres (quantos burocráticos e sem sentido). As recompensas são estes momentos em que os sinto, do outro lado, em sintonia com esse meu sonho possível de Escola, que alguns querem destruir a qualquer preço.

Só me ocorre que, a tornar-se real uma proposta que parece existir por aí (e que levará à diferença de cerca de 800 euros entre o Professor só Professor e o escalão máximo de titular), em nada me arrependo da decisão de ter deixado a minha vaga para alguém, por acaso, com menos pontos e menos graduação (na minha escola, assim, todos "tiveram sorte e vaga"... ao contrário de outras escolas...). É que o dinheiro, sendo importante, não é tudo. Há também os princípios. A coerência. Como aceitar as regras de um jogo de divisão aleatório que considero profundamente injusto e prejudicial para a vida da Escola e para a Educação? Embora existam riscos futuros, sei, tenho poupado imensas horas em reuniões... em aborrecimentos... em mais burocracias... que transformo, com um imenso prazer, em dádivas aos meus meninos. Não decidi ser professora para me transformar em avaliadora de colegas, em pessoa com cargos só porque tenho um título que afiança que sou competente (sendo-o ou não), em alguém que pouco tempo tem/terá para se dedicar à tarefa essencial da escola e para, assim, evoluir nela a ponto de poder transformar-se num bom "acompanhador e motivador" de pares... não um "rotulador"...

Lembro-me bem de todas as razões que, aos 20 anos, me levaram a optar pelo educacional na Faculdade de Ciências da UL e a recusar o convite para ficar por lá a ensinar os mais crescidos...

O meu negócio é outro. Quando me devolverem o tempo que me foi furtado e se destinava a tudo isto, poderei fazer bem mais pelos meus pares e pela escola, ao partilhar com eles as alegrias destas aventuras de aprendizagem, seduzindo quem se queira deixar seduzir. Essa parte da minha presença na escola está a reduzir-se cada vez mais, porque não posso tirar às crianças o pouco tempo disponível para o dar a mais ninguém... E acho que é pena... Boa "avaliadora" eu cá não daria... Mas sei que seria capaz de converter uns quantos para caminhos que nos levassem em direcção à escola dos sonhos da maioria de nós...

ADENDA:

Finalmente, neste vai-vem entre mim e a I. durante a tarde, estão já publicados os projectos...

Scratch Project

Scratch Project

Dias de gato...

... Onde estás tu, Jasmim?

Novos vizinhos...

Um casal de cegonhas resolveu construir o lar para a nova família numa antena de telemóvel colocada há cerca de 10 anos aqui na vila.
Um prazer imenso assistir à evolução da história.
Como sempre, o privilégio de as ter muito pertinho, pois o campo aberto nas traseiras da casa é um dos locais escolhidos como fonte de desperdícios de obras e raminhos para o ninho de ternura que, esperamos, em breve fique lotado com filhotes. A fêmea já vai ficando aninhada enquanto o macho se passeia.
Darei notícias...
(A qualidade das fotos é a possível dada a distância e a necessidade de recorrer ao Photo-Paint para correcções... As fotos do ninho são de hoje, as do campo são de sexta-feira passada.)
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Eu não tenho culpa... parece que os bichos escolhem estar perto de olhos que gostem de os beber...








Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama - 12ª edição

Mais informações AQUI

sábado, abril 18, 2009

Count Your Blessings (Instead of Sheep)

Uma pessoa vai assim, pé ante pé, à hora de almoço ver das rosas depois da chuva.
Vai porque precisa de ar. Vai porque tem já o vício de ir. Vai porque se não for... tem rosas para quê?

E começa o caminho...


De repente, na base desta rosa sobre as pedras, um Papilio machaon macho (de menor dimensão) luta para se equilibrar. Percebe-se que acabou de sair do seu casulo e de uma longa hibernação nos meses de Inverno. Precisa de um lugar mais calmo, de um pouco mais de sol no alto.
Ofereço-lhe a mão, trepa por ela como se fosse um ramo. Tenta voar, mas ainda é cedo. De novo a mão. Viaja alguns metros nela até ao lugar certo e torna-se o centro do jardim. Escolheu mal o dia. Não está calor, chove de vez em quando.
Mas conseguiu os raios de sol suficientes para, pouco tempo depois, levantar voo e partir para parte incerta. (Não sem antes se deixar prender nas memórias, em breves e serenos registos digitais).


(vale a pena ampliar as últimas duas...)


Lembrei-me de repente de uma cena de ontem que também captei com o mesmo cuidado e ternura. A M trouxe para a escola a sua guitarra azul. Na aula de Matemática da manhã suplicaram que lhes cantasse qualquer coisa nos últimos dez minutos. Afinei rapidamente de ouvido o instrumento e ofereci-lhes o Grandma's feather bed do John Denver e o Rock da Matemática. O intervalo esgotou-se em conversas e mimos. O intervalo, sim. Porque a escola agora só tem tempo nos intervalos que deviam ser para descansar. O resto dos minutos foi roubado por razão nenhuma e por causas sem sentido.

À tarde, quando subi as escadas para a sessão de clube, encontrei algumas das alunas assim como se vê, ao lado da porta esperando por mim.


O encanto não foi menor do que o que sinto com as borboletas e as flores.
Por isso pedi-lhes para fixar o momento e junto aqui, no mesmo canteiro, as imagens mais belas dos dois últimos dias.
Privilégio mágico este de poder conviver com tantas coisas boas. Podia dizer que era sorte ou qualquer coisa assim, mas também sei que a sorte só funciona bem se repararmos nela.


E, sim, quando vou para a cama e não consigo dormir...
"I count my blessings instead of sheep"

sexta-feira, abril 17, 2009

The simple facts of life are such... they cannot be removed

Um dia bom... muito bom...

Boas aulas de manhã e de tarde... Boa sessão do Clube (http://scratchtime.blogs.sapo.pt/22065.html) - acabei de fazer a entrada de hoje.

Chegar a casa depois de um dia inteiro pela escola e decidir jantar fora. Fazer uma pausa mais longa no dia para retemperar energias (o fim-de-semana será de trabalho).

Recuperada. A boca ainda recorda o gosto do pudim de maracujá de um restaurante Madeirense...

Ah! E, de caminho, finalmente comprei o último CD/DVD da Diana Krall

As coisas simples da vida são muito saborosas.

So we must get down to earth at times
Relax relieve the tension





"As Time Goes By"
Herman Hupfeld

[This day and age we're living in
Gives cause for apprehension
With speed and new invention
And things like fourth dimension.
Yet we get a trifle weary
With Mr. Einstein's theory.
So we must get down to earth at times
Relax relieve the tension

And no matter what the progress
Or what may yet be proved
The simple facts of life are such
They cannot be removed.]

You must remember this
A kiss is just a kiss, a sigh is just a sigh.
The fundamental things apply
As time goes by.

And when two lovers woo
They still say, "I love you."
On that you can rely
No matter what the future brings
As time goes by.

Moonlight and love songs
Never out of date.
Hearts full of passion
Jealousy and hate.
Woman needs man
And man must have his mate
That no one can deny.

It's still the same old story
A fight for love and glory
A case of do or die.
The world will always welcome lovers
As time goes by.

Oh yes, the world will always welcome lovers
As time goes by.

(fonte)

Mimos...

A Teresinha deixou-me imensos mimos aqui.

Libertou-me da publicação... mas tinha de partilhar convosco o imenso carinho dela.

Sorte a minha que a vejo quase todos os dias e posso, assim, dar-lhe beijinhos para agradecer.

Azar da Escola que, brevemente, a vai perder quando (quem a conhece sabe bem) foi muito o que já deu e tanto o que teria para dar se não fosse o cansaço e desencanto entranhados sem remédio na pele...

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ADENDA:

E a IC também me deixou estes miminhos AQUI !

Se ficar muito muito mimada... sei de quem será a culpa! :)

quinta-feira, abril 16, 2009

Oh Professora, aquilo é a média!...

Oito e pouco da manhã. Frio, vento e chuva.
Mas já o coração aquece na companhia deles, a caminho da sala gelada do barracão do jardim... Vêm correndo ao sabor da frase habitual: quem chegar depois de mim à porta tem falta! Risota, claro. Mas sabem como sou exigente com a pontualidade... A S. simbolicamente chega à porta e toca nela para garantir que chegou, como num jogo, em primeiro lugar... estando livre de "perigo".
A B. entusiasmada vem falando ao meu lado, contando, explicando:
- Oh Professora, sabe um programa que há na televisão com muita gente a cantar? E depois elas têm de dar a nota certa e o máximo é 100 pontos que uma máquina dá? ...
- Sim... E?... (com tanto entusiasmo ocorreu-me que tivesse estado por lá nas férias, ou em algum casting...)
- E depois por baixo aparecem uns quadradinhos e vão lá pondo os pontos que se tem, em cada sítio da canção que conta...
- Sim... E?...
- Oh professora, aquilo é a média que nós demos nas aulas! O que depois eles fazem é achar a média dos pontos todos porque juntam tudo e dividem pela quantidade de quadradinhos!
(Ao lado a I. sorria e a B. continua a falar ao meu lado até chegarmos à secretária)
Tens de contar essa tua descoberta à turma!
Mais sorrisos.
- A I. até já consegue, de cabeça, olhar e saber se a pessoa vai conseguir os pontos que são precisos para passar à fase seguinte ou ganhar! Ela sabe achar assim mais ou menos a média de cabeça!

Iniciei este período (mais uma vez) a falar do sentido que a Matemática dava, e não retirava, à vida. Que eles nunca deixassem de colocar acima de todas as coisas, quando resolvem problemas Matemáticos, a sua inteligência do dia a dia, a sua lógica, o seu espírito crítico, a sua capacidade de observação. Muitas vezes isso tornava-se mais importante do que o conhecimento dos procedimentos, embora sem esse conhecimento fosse muito difícil progredir e avançar na capacidade de resolver problemas mais elaborados e desenvolver o pensamento matemático em geral.
Por favor, se a pergunta num problema for que idade tem uma menina e errarem as contas, nunca deixem escrito uma coisa como: a menina tem 95 anos!
Riem.
Ou... à pergunta como distribuir 45 alunos por dois autocarros, numa visita de estudo, atreverem-se a responder 22,5 alunos em cada autocarro!
Ao longo de dois anos, esta tem sido uma conversa à qual regressamos sempre.
E sei que não foi em vão para a maioria.

Aproxima-se depressa demais a hora do adeus a estas crianças doces que partilharam comigo, enquanto parceiros, dois anos de trabalho intenso e produtivo. Se me pudessem dar mais um aninho com eles...

Mas a vida é assim: este ciclo constante de chegadas e partidas.
Asas mais fortes. Voem sem mim agora!
Conto ficar a morar um bocadinho nos seus corações.
Eles nunca mais vão sair do meu...

Abracinho bom...

Clube (http://scratchtime.blogs.sapo.pt/) com um pouco menos de percalços hoje.

"Apenas" dois computadores sem funcionar, dois completamente operacionais e 11 aceitáveis que não desiludiram as crianças. Não são muitos neste grupo (alunos de 5º de turmas que não lecciono) portanto, foi possível hoje trabalhar em projectos individuais, que é coisa também muito importante e necessária (eles têm alguma sede de tempo a sós com os seus projectos).

A certa altura uma das meninas pede-me ajuda...
Tive de referir o x e o y... explicar como mudar cordenadas (sem explicar coordenadas... lá chegarei) e... recebi em troca um abracinho, um entusiasmado muito obrigada professora, agora vou continuar eu porque já sei...

Doces de Páscoa atrasados...

Terra... Noz a não quebrar

Uma Escola:

EBI/JI Vasco da Gama, em Lisboa,


Um projecto:

Recriar o Quebra-Nozes


Descobrir tudo aqui:



quarta-feira, abril 15, 2009

A trickster's theory of everything

TED TALKS: Emily Levine


About this talk
Philosopher-comedian Emily Levine talks (hilariously) about science, math, society and the way everything connects. She's a brilliant trickster, poking holes in our fixed ideas and bringing hidden truths to light. Settle in and let her ping your brain.
About Emily Levine
Humorist, writer and trickster Emily Levine riffs on science and the human condition.

Full bio and more links

Geografias...



Blogue GEOGRAFIAS

Olhar com atenção...

(uma professora, pois...)

terça-feira, abril 14, 2009

I dreamed a dream...



Não deixem de escutar ESTA sublime versão

(de quem verdadeiramente sabe sonhar sonhos...)

Sugestão de fqprof no twitter


Ars Luce

O Grupo de Dança de Corte Renascentista da Nena continua em acção.

Às vezes olhamos uma para a outra e perguntamos porquê, apesar de tudo...
A resposta vem rápida: por eles...

Aqui... num campeonato que aconteceu recentemente... (num sábado...)

(Recordar aqui e aqui e aqui...)




Campeonato Regional de Actividades Rítmicas Expressivas
Desporto Escolar

A(s) rosa(s) e o espinho tecnológico

Depois de uma manhã que oscilou entre a rosa (aulas com os meninos) e o espinho (a maioria dos computadores continua inoperacional no Clube)... nada como uma hora de almoço retemperadora e uma visita às rosas do jardim, (fotos mesmo com chuva a cair - clicar para ampliar), antes do regresso ao trabalho.


Vou tentar concentrar-me nas pétalas aromáticas, nas vozes deles, no entusiasmo e na vontade renovada de fazer progressos nas aulas de Matemática da manhã e esquecer as suas caras de desapontamento depois de mais uma sessão onde 23 alunos, que frequentam voluntariamente o espaço à terça-feira, tinham apenas à disposição 4 computadores portáteis completamente operacionais e 3 semi... Uma fartura! Os restantes 6... nada... 2 deles nem abriram.
.
Voltei a perguntar pelos seus... os tais... os supostos pessoais que são distribuídos aos milhares por esse país fora (ao qual, pelos vistos, não pertencemos)...
Oh professora, muitos códigos estavam errados e fomos hoje à secretaria e também os pais já disseram que como nós vimos no autocarro e estamos aqui na escola muitas horas eles não nos vão deixar trazer os nossos para cá...
(Só se for às escondidas, disse em voz baixa um deles)
.
E eu a tentar focar as pétalas... as pétalas... e o cheiro bom... a ver se me esqueço dos enganos e do faz-de-conta em que andamos a viver.
Reality check. Back to the same never ending technologic portuguese story...
.
Em frente. Só posso contar comigo e com eles.
(E pensar muito bem antes de, para o ano, voltar a apresentar o projecto de um clube sem condições nem recursos para funcionar realmente como devia.)

segunda-feira, abril 13, 2009

How to solve it (Pólya)

Por acaso... encontrei o livro inteirinho aqui.





Já existem edições mais recentes do que a minha.
O original data de 1945.



How to Solve It:A New Aspect of Mathematical Method
G. Polya
One of Princeton University Press's Notable Centenary Titles.
With a New Foreword by John Conway
2004

http://press.princeton.edu/titles/669.html
A perennial bestseller by eminent mathematician G. Polya, How to Solve It will show anyone in any field how to think straight.
In lucid and appealing prose, Polya reveals how the mathematical method of demonstrating a proof or finding an unknown can be of help in attacking any problem that can be "reasoned" out--from building a bridge to winning a game of anagrams. Generations of readers have relished Polya's deft--indeed, brilliant--instructions on stripping away irrelevancies and going straight to the heart of the problem.
In this best-selling classic, George Pólya revealed how the mathematical method of demonstrating a proof or finding an unknown can be of help in attacking any problem that can be "reasoned" out--from building a bridge to winning a game of anagrams. Generations of readers have relished Pólya's deft instructions on stripping away irrelevancies and going straight to the heart of a problem. How to Solve It popularized heuristics, the art and science of discovery and invention. It has been in print continuously since 1945 and has been translated into twenty-three different languages.
Pólya was one of the most influential mathematicians of the twentieth century. He made important contributions to a great variety of mathematical research: from complex analysis to mathematical physics, number theory, probability, geometry, astronomy, and combinatorics. He was also an extraordinary teacher--he taught until he was ninety--and maintained a strong interest in pedagogical matters throughout his long career. In addition to How to Solve It, he published a two-volume work on the topic of problem solving, Mathematics of Plausible Reasoning, also with Princeton.
Pólya is one of the most frequently quoted mathematicians, and the following statements from How to Solve It make clear why: "My method to overcome a difficulty is to go around it." "Geometry is the science of correct reasoning on incorrect figures." "In order to solve this differential equation you look at it till a solution occurs to you."
Reviews:
"Every prospective teacher should read it. In particular, graduate students will find it invaluable. The traditional mathematics professor who reads a paper before one of the Mathematical Societies might also learn something from the book: 'He writes a, he says b, he means c; but it should be d.' "--E. T. Bell, Mathematical Monthly
"[This] elementary textbook on heuristic reasoning, shows anew how keen its author is on questions of method and the formulation of methodological principles. Exposition and illustrative material are of a disarmingly elementary character, but very carefully thought out and selected."--Herman Weyl, Mathematical Review
"I recommend it highly to any person who is seriously interested in finding out methods of solving problems, and who does not object to being entertained while he does it."--Scientific Monthly
"Any young person seeking a career in the sciences would do well to ponder this important contribution to the teacher's art."--A. C. Schaeffer, American Journal of Psychology
"Every mathematics student should experience and live this book"--Mathematics Magazine

Kaos? Eles já à porta: Saudade...

Por enquanto ainda controlo o monstro...


... embora o cérebro tenha de estar bem oleado para não se perder no labirinto.

A verdade é que gosto do desafio. E embora com natural cansaço acumulado, na fase de esfolar o difícil finzinho, ainda às voltas com muita leitura e com a sensação de que faltaria ler ainda mais para perceber tudo melhor e escrever na dose certa o que falta, a verdade é que aprendi muito neste processo de olhar de mim para mim, de olhar para eles. E sou capaz de melhor, sei. Porque é disso que se trata. O fim último do desejo de saber.
Entre autores modernos e escritos bem antigos (como o de Pólya - 1945), tudo entranhado na experiência que só a prática permite, a mente cresceu, enquadrou, compreendeu melhor razões e procurará cada vez mais melhores futuros.


E a verdade é que não poderá existir nunca um "the end" para ler e aprender enquanto for professora. Com teses, sem teses. Não importa. Há sempre um pretexto bom para mais um passo.

Eles já começaram a bater-me à porta esta semana e a concentração teve de ser dividida. Chat do gmail "Professora, tenho saudades! Está aí a trabalhar?"; e-mail "Professora envio o TPC de férias. Corrija para eu pôr no blogue!"; "Professora, o outro trabalho do Scratch estava incompleto, este é que está bem!"; "Professora, fiz umas mudanças no blogue da turma... vá ver e diga se gosta!"... e mais, muito mais...


E todas as batalhas continuarão agora em defesa de(stas) causas maiores com nomes variados: Bia, Luís, Dani, Carol, Mada...tantos mais... Por muito que a pele se queixe já agora dos maus tratos da tutela, ou possa vir a ser futuramente castigada. Não me arrependo de nenhum dos gestos e sei que um dia olharei para trás com a sensação de que não houve nunca outro caminho para eu trilhar nestes tempos que não deixarão nome, mas deixarão estragos irreparáveis...

Até amanhã, miúdos! Mesmo com muito trabalho por acabar... e a precisar de mais um tempinho neste recato e solidão, estou com saudades vossas!

(A bem dizer... como diz a minha Mada... estou com uma saudade danada de vos "queimar os neurónios"!!!)