Descobrimos que depois da partilha do nosso projeto EduScratch na Europa no ano letivo que passou (case note simplificado) resultou o destaque do EduScratch (Portugal) na Newsletter n.º1 - julho de 2012, entre outros projetos/países.Neste ano letivo já foi enviado o case note completo... Agora foram divulgados 35 de vários países e, no conjunto, podem encontrar-se três projetos portugueses, sendo um deles o nosso.
Estão abertas as inscrições para o Curso de Formação CCPFC/ACC-72172/12: Exploração do ambiente computacional Scratch no contexto da disciplina de TIC do 7.º e 8.º anos – CCTIC da ESE/IPS
As sessões terão lugar ao sábado, das 8h30m às 13h30m, nos dias 12/1/2013, 19/1/2013 e 2/2/2013, das 8:30 às 13:30.
Imagine-se numa livraria um pintor, ilustrador, animador de palavras, contador de histórias, mediador cultural e também escritor (Miguel Horta)... Vê de repente dois livros que não conhece e pensa: a minha Jacqueline vai gostar deles. É isso! Vai ser prenda de Natal! Bom para a biblioteca escolar dela, bom para os meus projetos de animação.
Chega a casa e oferece-os. A Jacqueline gosta.
E assim surge uma ideia na cabeça desta professora Bibliotecária da EB 2,3 da Venda do Pinheiro: e se convidássemos a escritora para vir à nossa escola? Faz a pergunta a Júlia Martins (andorinha da Rede de Bibliotecas Escolares): achas que ela viria cá? que lhe responde: calha bem, a escritora é minha colega e amiga! (era pois! Na escola de Azeitão).
Contactada a dita (eu)... lá vou ao encontro desta gente especial e claro que aconteceu magia. É lá também que conheço pela primeira vez a Susana Lopes. E como a magia aconteceu... lá teve de se repetir no ano seguinte... e mais uma outra vez... e outra... e outra,
Neste momento a Susana, que frequentou uma oficina de formação onde fui formadora, desenvolveu um trabalho de pós-graduação (Scratch na Biblioteca), já faz formação sobre o Scratch aos seus colegas da equipa da BE...
Voltando à coincidência inicial desta história mais ou menos assim.
Ao longo desses anos nunca conheci o Miguel, que foi o agente de todos estes laços e fios doces entre mim a Jacqueline e a Susana, até ao Verão passado quando ele e a Jacqueline vieram a Azeitão para um encontro comigo.
E depois desse dia, vai surgindo a ideia de juntar a arte da sua pintura e ilustração ao exercício da minha escrita, numa troca recíproca sem pressa, sem regras nem espartilhos. Poderei escrever sobre algo que já pintou ou desafiá-lo a pintar algo que tenha escrito.
Não fazemos a mínima ideia do que possa surgir. Nem isso nos preocupa.
Disfrutar da criação e partilhar inspirações será o começo de não se sabe que destino.
Mas deixamos aqui um cheirinho: três poemas para uma ilustração de Miguel Horta no blogue Sabor de Palavra (a ilustração em causa foi roubada de uma Biblioteca onde estava exposta e só existe imagem no blogue do Miguel http://miguel-horta.blogspot.pt/p/ilustracao.html )
A história é mais ou menos assim e quase quase parece que não é verdadeira.
Mas é. Podem acreditar!
In November 2008, John Hattie’s ground-breaking book Visible Learning synthesised the results of more than fifteen years research involving millions of students and represented the biggest ever collection of evidence-based research into what actually works in schools to improve learning.
Visible Learning for Teachers takes the next step and brings those
ground breaking concepts to a completely new audience. Written for students,
pre-service and in-service teachers, it explains how to apply the principles of
Visible Learning to any classroom anywhere in the world. The author
offers concise and user-friendly summaries of the most successful interventions
and offers practical step-by-step guidance to the successful implementation of
visible learning and visible teaching in the classroom. This book links the biggest ever research project on teaching strategies to practical
classroom implementation...
Um agradecimento especial à Professora Guilhermina Miranda (IE UL - FPCE) que me "apresentou" Hattie.
Por conta da celebração dos 200 anos dos
Contos dos Irmãos Grimm, o meu amigo Professor e Escritor José António
Gomes (João Pedro Mésseder), convidou-me generosamente à escrita de um
texto para integrar o livro (coletânea) da Editora Bag of Books "Capuchinho Vermelho: histórias secretas e outras menos", que agora vai ser novamente apresentado num novo evento em Lisboa (Biblioteca Nacional).
Estão todos convidados!
(Desta vez estarei presente.)
tu
tu
tu tu
mau tu
tu eras mau
e eu sabia
e sabia que
assim mesmo te queria
no caminho
da floresta eu atrás de ti
e lá queria
saber de conselhos e de medos
e de lendas
e de flores e de estradas sem perigos
e de luzes
claras brancos passos coelhos fofos e amigos
cada pão salgado
e doce cada biscoito na cesta era já teu
avisos: é inferno
e má era eu toda fantasia a pensar no céu
Estes recursos são agora ainda mais importantes pelo facto de, na nova disciplina de TIC para os 7.º e 8.º anos, existir uma meta curricular de aprendizagem que implica a exploração de ambientes computacionais (sendo sugerido o Scratch como uma das ferramentas/linguagens de programação possíveis)
1.Criar um produto original de forma colaborativa e
com uma temática definida, com recurso a ferramentas e ambientes computacionais
apropriados à idade e ao estádio de desenvolvimento cognitivo dos alunos, instalados localmente ou
disponíveis na Internet, que desenvolvam um modo de pensamento computacional, centrado na descrição e resolução de
problemas e na organização lógica das ideias.
1. Identificar um
problema a resolver ou conceber um projeto desenvolvendo perspetivas
interdisciplinares e contribuindo para a aplicação do conhecimento e pensamento
computacional em outras áreas disciplinares (línguas, ciências, história,
matemática, etc.);
2. Analisar o problema e
decompô-lo em partes;
3. Explorar componentes
estruturais de programação (variáveis, estruturas de decisão e de repetição, ou
outros que respondam às necessidades do projeto) disponíveis no ambiente de
programação;
4. Implementar uma
sequência lógica de resolução do problema, com base nos fundamentos associados
à lógica da programação e utilizando componentes estruturais da programação;
5. Efetuar a integração
de conteúdos (texto, imagem, som e vídeo) com base nos objetivos estabelecidos
no projeto, estimulando a criatividade dos alunos na criação dos produtos
(jogos, animações, histórias interativas, simulações, etc.).
6. Respeitar os direitos
de autor e a propriedade intelectual da informação utilizada;
7. Analisar e refletir
sobre a solução encontrada e a sua aplicabilidade e se necessário, reformular a
sequência lógica de resolução do problema, de forma colaborativa;
8. Partilhar
o produto produzido na Internet (...)
Por conta da celebração dos 200 anos dos
Contos dos Irmãos Grimm, o meu amigo professor e escritor José António
Gomes (João Pedro Mésseder), convidou-me generosamente à escrita de um
texto para integrar o livro (coletânea) "Capuchinho Vermelho: histórias secretas e outras menos", que agora vai ser lançado neste evento.
Não sei se vou conseguir estar presente (tentarei), mas partilho para quem esteja aí por perto...
Em mãos a produção de uma "nota de caso" aprofundada (case note) sobre o EduScratch, para o KeyCoNet, a pedido da ERTE-DGE (depois da elaboração de uma síntese no final do ano letivo que passou, já partilhada na Europa).
Formulário denso e exigente que vai levar o seu tempo a concluir... mas pelo menos a sensação de que vale a pena o tempo a investir para partilhar a experiência EduScratch (com todas as suas conquistas e fragilidades) junto dos parceiros europeus.
Quem sabe algumas ideias possam ser aplicadas por essa Europa fora.
E se garanta pelo menos que alguém/alguma instituição, a partir do próximo ano letivo (na minha ausência - concluo os quatro anos de mobilidade e regresso à escola), possa acarinhar as intenções e metas que o projeto/sonho EduScratch (nascido na tese de mestrado) vai cumprindo devagarinho (ainda que as condições e os ventos nem sempre sejam os mais favoráveis, nem soprem nos melhores sentidos da inovação aqui em Portugal).
Enfim, que dizer?
Sempre gostei de edutopias...
(E sempre que um homem sonha...)
Se quiserem saber melhor o que é este KeyCoNet: Key Competence Network on School Education, deixo aqui algumas pistas.
Acerca do KeyCoNet – A Rede de Competências-Chave:
O KeyCoNet centra-se na análise de iniciativas para a implementação de competênciaschave nos ensinos básico e secundário, na Europa. Ao longo dos três anos de duração do projeto, os parceiros na área da investigação irão produzir e atualizar uma análise da literatura destinada a alicerçar as políticas e práticas nos mais recentes dados disponíveis de Desenvolvimento de Competências-Chave (Key Competence Development - KCD). Os parceiros da rede selecionarão algumas iniciativas que serão desenvolvidas em forma de breves notas de casos, e as mais interessantes serão transformadas em estudos de caso (análises detalhadas, baseadas numa metodologia rigorosa), elaborados por investigadores e analistas políticos. Os estudos de caso mais inspiradores serão filmados, para ilustrar a prática em ação. (...) (in Boletim Informativo KeyCoNet n.º1)
Vai realizar-se no dia 10 de Setembro de 2012 o encontro "Iniciativa Metas Curriculares TIC - uma oportunidade para a renovação das TIC nas Escolas"
Locais de realização (em simultâneo): Braga, Aveiro, Coimbra, Santarém, Batalha, Lisboa, Monte da Caparica, Setúbal Escola Superior de Educação do Instituto politécnico de Setúbal (anfiteatro), Évora e Faro, das 10h às 13.30
- Organização da EDUCOM através do seu Centro de Competência e em colaboração com os demais Centros de Competência - Apoio: ERTE/DGE
Inscrições aqui(serão aceites 30 inscrições por local, por ordem de chegada):
Programa“Iniciativa Metas Curriculares TIC - uma oportunidade para a renovação das TIC nas Escolas" - 10 de Setembro de 2012 das 10 às 13:30
SETÚBAL - local: Escola Superior de Educação do Instituto politécnico de Setúbal (anfiteatro).
1ª PARTE: Sessão comum de abertura e de apresentação das Metas Curriculares TIC (online e em áudio/videoconferência para todos os pontos/sessões/Centros de Competência)
10.00 – Abertura
- Presidente da EDUCOM
- Grupo Coordenador das Metas TIC
- ERTE / DGE
- CC Educom
10.15 - Painel
As Metas Curriculares TIC: autores, representante da ERTE com comentário de Mª João Gomes (MJG), José Luís Ramos (JLR) e João Correia de Freitas (JCF)
2ª PARTE: Sessões locais (Centros de Competência – Braga, Aveiro, Coimbra, Santarém, Batalha, Lisboa, Monte da Caparica, Setúbal, Évora e Faro)
10.45 - Sessões locais com trabalho de grupo em torno das metas – os professores são desafiados a um trabalho de 1h de planificação de um subdomínio (objetivos, estratégias, calendário, recursos).
11.45 – Sessões locais de debate em torno do trabalho dos grupos
3ª PARTE: Sessão de encerramento (comum a todos)
12.00 – Sessão de encerramento em que cada relator de sessão fará uma síntese dos trabalhos e identificará fatores de sucesso das Metas e constrangimentos à sua implementação.
Mesa Redonda: Relatores apresentam sínteses, autores e representante da ERTE comentam.
Lançamento do espaço Moodle ERTE de apoio às Metas Curriculares TIC
13.30 – Fim dos trabalhos
Follow up – Disciplina Moodle da ERTE para registo das principais conclusões dos relatores, espaço para partilha de planificações e para debate em torno das mesmas.
Caminho por tanta teia que esta, a teia mesmo minha, é sempre a última de todas as estradas. Algum silêncio aqui, sim, mas nenhum em todos os outros recantos.
Têm sido anos de crescimento, de encontro, de fazer desabrochar flores com, às vezes, minúsculas sementes.
O melhor de tudo? As pessoas especiais que vão cruzando os caminhos de semear e que, apesar destes ventos estranhos e tão contrários ao que a escola devia ser, me fazem acreditar que haverá professores capazes de gritar por soluções diferentes e dar provas no terreno de que esse será o caminho mais certo. Continuamos a laborar afincadamente na cosmética educativa (horas, exames e afins) e ninguém fala das salas de aula. Quer dizer, nós falamos. Porque é por lá que ando. A minha sala de aula passou a ser em muitas escolas e os meus meninos estão agora espalhados por todas elas.
Muitas das histórias estão contadas, aquinuma espécie de diário de viagens do projeto EduScratch.
(Acho que, para o ver, não é preciso estar registado no facebook. Digam-me se assim não for)
Este ano não nos ficámos por Portugal e fizemos mesmo formação a professores europeus de muitos países diferentes...
(Para além da animação de uma comunidade de prática online, igualmente integrada em projetos europeus, com a participação de professores que vinham de tão longe como Israel para aprender o que temos para partilhar...).
Portugal ficou bem na fotografia... e falámos sempre de metodologias, didática, inovação, ferramentas e salas de aula. Essa devia ser a preocupação central... mas não é. O resto devia ajustar-se à ideia, à intenção... não a ideia às limitações da estrutura, da casca, da organização economicista. Não vamos ganhar nada com a poupança. E sei bem que nos próximos anos perderemos bem mais no sucesso "educativo" do que já perdemos até hoje. Há vida para além dos números, mas os números têm mostrado que alguma coisa está profundamente errada.
E é preciso dizer-se que não temos propriamente equipas nos Centros de Competência TIC... Depois dos cortes no ano passado, cada centro tem apenas uma pessoa para todo o serviço e um coordenador (que se divide por mil tarefas nas universidades onde os centros estão alojados).
Como se pode imaginar, não é tarefa fácil dar resposta a tudo e a todos por todo o país e até fora dele.
Mas, mais uma vez, chego ao final do ano sem saber o futuro. É já hábito. Damos o melhor de nós no que abraçamos, ano a ano, sem fazer a menor ideia se os projetos que agarramos (e envolvem tantas escolas) são para avançar, ou se apenas morrem já ali... num beco sem saída.
No dia 19 de Maio vão realizar-se por todo o mundo eventos de celebração do 5.º aniversário do ambiente gráfico de programação Scratch, com aplicação em contextos educativos e também de lazer, desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology - MIT. O Scratch Day é um acontecimento mundial, onde pessoas de todas as idades se encontram para conhecer outros Scratchers, partilhar projectos e experiências e aprender mais sobre o Scratch.
Uma das celebrações deste dia, em Portugal, vai ser concretizada num evento gratuito, aberto a todos os professores, educadores, futuros professores e suas famílias (sobretudo crianças e jovens), das 9 h às 18 h, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal. Os monitores de apoio serão crianças e jovens já com experiência de utilização do Scratch e poderão contar com eles para vos ajudar na iniciação a esta linguagem de programação!
Apareçam!
Sendo um evento de natureza essencialmente prática, prevêem-se actividades para iniciados com o apoio de scratchers mais experientes. Não é necessário conhecer a ferramenta para participar!
Site(s) de apoio ao evento: Scratch Day 2012 (EduScratch) Facebook Twitter
Para que seja possível organizar da melhor forma o envolvimento de todos, garantindo as melhores condições de trabalho (o que implica limitar o total de inscrições), pede-se o seguinte aos interessados:
- Se possível, tragam convosco um portátil, Internet móvel e uma extensão (com várias entradas). Tragam também o Scratch Sapo instalado e o Java actualizado para a última versão.
. Instalar/actualizar JAVA (importante!): http://www.java.com/pt_BR/download/index.jsp
. Instalar o Scratch SAPO - http://kids.sapo.pt/scratch/download
Contactos do CCTIC-ESE/IPS:
Morada: Campus do Instituto Politécnico de Setúbal, Estefanilha . 2914-504 Setúbal , Portugal
Tel.: (351) 265 710 800 | Fax: (351) 265 710 810
e-mail: cctic@ese.ips.pt http://projectos.ese.ips.pt/cctic
Coordenadas ESE/IPS:
38.521958
-8.837545
PROGRAMA
9h - Receção
9:30 – Sessão de abertura (ESE/IPS e CCTIC-EduScratch, outros parceiros)
9:45 - Scratch na EB 1de Aiana de Cima, Sesimbra (1.º, 2.º, 3.º e 4.º anos) - Scratch n'Aiana: Como um projeto deve ser, Ana Chambel, Carla Marques e Ana Cardoso
10:15 - Scratch na EB 1 Venda do Pinheiro (Biblioteca e apoio ao estudo) - Mil Maravilhas no Scratch - Susana Lopes
10:45 - Intervalo para café
11h - Moita EB 2,3 D. Pedro II (PCA 6.º ano) - Com o Scratch os últimos são os primeiros! - Paula Lamy e Paulo Cardoso
11:30 – EB 2, 3 Aranguês, Setúbal (7.º ano iTEC e CEF informática 8.º ano)
– Rochas e Segurança na Net, combinação estranha? Em comum o scratch! - Filomena Grazina e Eduardo Lopes
12h - EB 2,3 Santana, Sesimbra (9.º ano) – Scratch num Percurso Curricular Alternativo - Vânia Janela
12:30 às 14 – Intervalo para almoço
14 - Lição do Avô Fred
14:25 - Indicações para as atividades da tarde
14:30 - Explorar, programar, concorrer!
16 :30 - Apresentação de projetos
17:30 - Votação e entrega de prémios
18h - Encerramento
Organização:
CCTIC - Escola Superior de Educação - Instituto Politécnico de Setúbal
Comissão organizadora:
Miguel Figueiredo (Coordenador do CCTIC ESE/IPS)
Teresa Marques (EB23 de Azeitão - elemento da equipa CCTIC ESE/IPS)
Fernando Frederico (Programador e entusiasta do Scratch, que muito tem dado a todos nós e às escolas)
Isabel Campeão (Professora de Matemática que se encantou com o Scratch e é outra das voluntárias neste caminho)
João Namorado (SAPO/PT)
Teresa Pombo (ERTE/DGE)
Apeteceu-me dizer aqui da breve manhã.
Celebração do dia da poesia numa escolinha do 1.º ciclo de Setúbal, pertinho da minha antiga escolinha Luísa Todi (mesmo agrupamento).
No programa um poema antigo revisitado vezes sem conta por muitos meninos em apresentações deste tipo: "O bibe". Desta vez pela voz de uma turma e dois projetos Scratch de outra.
...mas fui conhecer muitos outros meninos que contavam com a presença da "escritora" e a acharam assim normal como as pessoas são. "Até és professora e tudo!"... "Tu é que escreveste este poema que nós vamos dizer?"... "Porque é que tens essa coisa nos dentes?"... "O que é isso?"... "Não cai?"... "Oh pá chama-se aparelho e eu também preciso!"...
Durante a sessão, a menina autista (que encontrei pela segunda vez) da turma Scratch - 2.º ano sentiu que estaria segura nos meus braços e assistiu às apresentações ao meu colo. Estendi-lhe as mãos, ela olhou para elas e para os meus olhos e aceitou(-me). Dançámos sentadas enquanto Fernando Pessoa e Zeca Afonso desfilaram à nossa frente, em apresentações com música feitas pelos meninos mais crescidos. "Fui bailar... no meu batel...". As mãos dela entrelaçadas nas minhas, as palmas em cada final, o seu sorriso fascinado com tudo o que se passava à sua volta foram parte muito especial da manhã. A poesia e a música abrem estradas em todos os corações e a diferença nesses momentos únicos é apenas uma palavra sem som.
Terminou-se a sessão com os projetos Scratch apresentados pelos alunos da professora Carmen e lá fui eu para o microfone desafiá-los a eles e aos professores para experimentarem. Queriam saber como lá chegar, como fazer o que os meninos da Carmen já fazem. No final um professor do Ensino Especial revelou interesse em aprofundar a questão e já ficaram trocas feitas para que todos se possam deixar contaminar e as sementes possam dar flor.
Então, por que razão esta espécie de nostalgia quase triste que acompanha o bom aroma do dia? Só consigo ouvir hoje na minha cabeça os muitos professores que me dizem (sobretudo nos ciclos de ensino a seguir ao 1.º) que não se pode fazer quase nada enquanto treinam alunos para testes intermédios e exames. E depois escutar os professores das universidades a dizerem-me da pobreza de conhecimento que cresce, cresce, também acompanhada de "questões disciplinares", como se o secundário se prolongasse por lá sem fronteira. O que andamos a fazer? Que coisa é esta a que nos atrevemos a chamar educação? Como é possível persistir no erro, sem sequer aceitar que podem existir outros caminhos? Perceber que não temos alternativa senão mudar?
Estou num daqueles dias de bibe rasgado, desesperadamente em busca de qualquer doce no bolso que já não tenho nem há. E eis que recordo os meninos desta manhã e as palavras que escrevi há anos: "onde vou buscar surpresas, onde vou buscar um sonho quando deles precisar?"
Eu sei. Afinal sei.
Fui buscar isso tudo a esta manhã mágica, e a tantas coisas boas a acontecer em muitas salas de aula. Foi a isso que me agarrei para espantar o Adamastor que às vezes aparece para nos escurecer a esperança.
Crescer não é fácil. Nunca foi.
Mas eu sei, sei tão bem afinal onde mora a fonte dos sonhos e surpresas de que preciso em alguns dias cinzentos. O segredo são as pessoas, certas pessoas.
Tu, tu... também tu. Vocês.
Essa luz.
Tiro do bolso um botão
uma moeda, um carrinho
um papel de rebuçado
uma flor velhinha e seca
um segredo amarrotado
um berlinde e um pauzinho
um fio azul, um pião.
Nunca o bolso está vazio
quando nele meto a mão!
Quando tiver de crescer
e o meu bibe se rasgar
onde vou buscar surpresas
onde vou buscar um sonho
quando deles precisar?
Não, a Teia não fechou.
A aranha metamorfoseou-se de vez em abelha!
Único elemento operacional do Centro de Competência TIC da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ERTE-DGIDC), coordenado por Miguel Figueiredo (também Vice-diretor da ESE), logo...
...tantos locais para ir (país todo - agenda densa), tantas visitas de apoio/formação a fazer a escolas, workshops, seminários, oficinas de formação (muitos sábados), tantos "sítios" na internet para gerir, materiais e recursos para preparar, afastam-me dos tempos de publicação regular na Teia...
As causas são boas, o tempo é que não estica.
Uma missão com que sonhei e que passo a passo se vai cumprindo com cada vez mais escolas a chamar por nós e a levar aos alunos a possibilidade de um trabalho exigente e completo com as TIC.
O nosso portal aproxima-se das 100 000 visualizações ao fim de um ano e de quase 900 professores na comunidade criada.
Se nos tempos mais próximos quiserem "ver-me"...
... só por aqui: