Fui ontem passear por um bocadinho dela para lhe recordar o cheiro e a luz de fim de tarde. Não me canso nunca das formas do berço que me recolheu gota num Outono distante. Acho que a canto sempre quando a escuto apenas em silêncio. Roubei-lhe as cores com o olhar pescador para a lembrar nos passeios de infância lá longe, mão dada com o Pai e com a Mãe. Nunca a sei toda. Nunca a conheço. É sempre um amor primeiro cada encontro agora breve fugaz nesse rio de tempo que nos afoga às vezes mais do que nos leva. Fechar a porta do dia a escutar Ana Sofia Varela e Pedro Moutinho na Mesa de Frades, para chorar com eles a saudade que me trouxe, a saudade que me faz, a saudade que sou. Trouxe-a comigo e fiz-lhe um poema de pôr-de-sol para doer menos a distância até ao próximo beijo.
Minha Lisboa, Lisboa minha...
(Aqui, versão maior...)
Recordação
Há 5 anos
2 comentários:
Gostei muito do filme do Mar, que bonita a música, E adorei o poema beijo-flor, que mandei para uma amiga que também gostou muito.
O filme de Lisboa perde por ser a preto e branco, gosto de Lisboa com todas as cores, azuis do Tejo, os telhados vermelhos , o sol amarelo, os verdes dos pequenos jardins, as fachadas com azuleijos (já há poucas)...
:) Bom regresso ao trabalho, Luis
:)
Obrigada!
Para ti também... se for o caso
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