quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Elevado nível de "abstenção"...

No Aragem encontrei isto:

Pelo Despacho Normativo n.º 1/2006, de 6 de Janeiro de 2006, que regulamenta a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com percursos curriculares alternativos, ficamos a saber quem são os destinatários deste tipo de turmas.

"2 - Os percursos curriculares alternativos, agora previstos, destinam-se aos alunos até aos 15 anos de idade, inclusive, que se encontrem em qualquer das seguintes situações:
(...)
d) Registo de dificuldades condicionantes da aprendizagem, nomeadamente:

forte desmotivação,
elevado índice de abstenção,
baixa auto-estima e falta de expectativas relativamente à aprendizagem e ao futuro,
bem como o desencontro entre a cultura escolar e a sua cultura de origem."

Dispenso-me de comentar as expectativas baixas, os desencontros e a baixa auto-estima. Daria azo não a um post mas a todo um blog!
Mas a da abstenção é de mestre. Isto sim...quais aulas de formação cívica qual o quê!
Para o absentismo, temos as provas previstas no novo estatuto do aluno. Para os que não tomam partido nas eleições para delegado e subdelegado de turma, as turmas de percurso curricular alternativo. Está resolvido!

Tswivari (in Aragem)

Ainda podia ser um lapso, uma distracção, mas não é, não. Lê-se no Despacho (no próprio Diário da República) e outra vez no anexo (regulamento) ao mesmo.
IC, comentário a esta entrada no Aragem

Quem precisa meeeeeesmo de fazer prova de Língua Portuguesa para aceder a uma certa carreira? Quem é? (Pergunto eu.)

2 comentários:

Herr Macintosh disse...

Eh, pá! A malta é mesmo mauzinha! Se os alunos não vão às aulas abstêm-se de aprender, logo a palavra correcta é abstenção. Ponto. Aliás, se formos ao dicionário, abster, como verbo reflexo, significa refrear-se, moderar-se, ora o que o é que há de mais normal nestas duas opções de vida? Todos queremos alunos moderados, certo? Vai daí a abstenção faz todo o sentido.
Eu abstenho-me de verbalizar o que verdadeiramente penso sobre os idiotas que andam a escrever os inqualificáveis despachos que vão sendo vomitados no pasquim oficial do Governo.

Teresa Martinho Marques disse...

Pois...