sábado, janeiro 26, 2008

E agora? (Já vou, meninos, já vou...)

A senhora Conselho Científico para a Avaliação de Professores sugere, como se viu, um ataque em massa ao arvoredo e outras coisas... Não ouviu falar em digifolios, em século XXI, não parece ter lido Perrenoud, nem Papert nem outros... não sabe o que está escrito nos planos de choque tecnológico, nem em muitos livros de referência sobre inovação educacional, não espreita o MIT (embora tenhamos um acordo qualquer com eles), não sabe o que sugerem as pessoas que mais tempo dedicam à educação e tecnologias numa instituição de referência...
Desconfio que anda como nós, sem grande tempo para ler, e eu percebo, até posso ser solidária, porque os seus gestos também obedecem a ordens superiores. E se lhe/nos derem muitas ao mesmo tempo, nem sabe/sabemos para onde nos virar. Conheço a sensação.
Esse já é um mal grande, mas o pior estará para vir.

O problema deste enorme equívoco é o ME não conseguir legislar para alterar o número de horas que o dia tem. E, também, estabelecer ele próprio diz que é uma espécie de objectivos individuais incompatíveis com os recursos existentes (que são essas famigeradas 24 horas, mesmo que conseguissemos não dormir, havendo ainda a considerar o aborrecido direito dos trabalhadores a cumprir estritamente as horas de trabalho semanal atribuídas por lei - direito que está a ser negado, com a célebre conveniência de serviço que obriga os professores a ultrapassar, por exemplo, o tempo destinado semanalmente a reuniões... que está estimado ser de 90 minutos... Se faltarmos com esse fundamento de que estamos a prejudicar o resto do trabalho e a ultrapassar as horas estipuladas na lei, o que acontece? Passemos a contabilizar... Eu tenciono fazê-lo, anotando as dezenas de horas extra daqui para a frente, para mais tarde explicar na auto-avaliação por que não contribuí, por exemplo, para actividades da escola).
Não há um único professor que com seriedade possa fazer o que está previsto, sem prejudicar gravemente a sua mais nobre missão dentro da aula com os alunos. Digamos que, com mais rigor, só alguns o conseguirão, porque já desistiram da sua missão há muito, e este estado de calamidade reforçou a sua postura. Mas não me interessa falar deles agora. Apenas da esmagadora maioria empenhada em fazer melhor e combater os atropelos à verdadeira acção educativa. Em qualquer profissão existe sempre quem não ame o suficiente.

Depois dos disparates que se têm vindo a acumular em crescendo, como música de filme de terror quando se aproxima o clímax de morte, eu já decidi.
Em nome da defesa da qualidade do trabalho com os meus alunos, não roubarei, neste absurdo processo, mais do que o tempo estritamente necessário, ao trabalho e disponibilidade científica, afectiva e sorridente que merecem e é seu direito, ao improviso de uma aula que se desenvolve sobre a sua intervenção e não sobre um plano de lição rígido, às suas solicitações permanentes, à inovação com recurso às tecnologias, ... (que consomem muito tempo, quando bem utilizadas - saberão os senhores do ME o que é estar em casa a trabalhar muitas horas nos instrumentos tecnológicos das turmas - mais do que uma - blogues, projectos individuais, trabalhos variados? A responder às suas solicitações e dúvidas, individualizando processos? Claro que não... eles não fazem a mínima ideia do que é trabalhar correctamente com tecnologias, ou em educação, já agora... sabem apenas fazer Planos Tecnológicos e depois sugerir portfolios estáticos de papel - desculpem lá, meninos, não dá, agora não vos posso atender, ando aqui a tratar da minha avaliação e dos meus papéis. Saberão eles no ME que o professor que utiliza tecnologias gasta muito mais tempo no trabalho directo e indirecto com os seus alunos, mesmo a partir de casa, se quiser realmente tornar consistente, correcta, estimulante e apelativa a sua intervenção? Acham que é fazer um powerpointezinho e passá-lo em vez de dar a aula?).
Não é difícil provar a necessidade desse tempo, com as caixas de correio das turmas, os blogues, os materiais divulgados... o trabalho extenso desenvolvido.

Assim sendo, no meu processo de avaliação, porque não o considero um processo sério capaz de avaliar o meu estilo de intervenção junto dos alunos e da escola, escreverei o mínimo, reunirei o mínimo, gastarei apenas o mínimo de tempo necessário. E já será todo ele um desperdício que me revolve o estômago. Não ficarei horas a estabelecer acordos, a regatear pontos aqui e ali, sim sim, como acharem melhor, posso ir embora que tenho mais que amar e fazer?, a tentar atafulhar em dossiers (eu lecciono quatro disciplinas, três áreas curriculares, apoios educativos, tenho alunos especiais, trabalho com tecnologias diversificadas, plano de matemática, projecto dos portáteis... tenho umas míseras horas semanais da componente não lectiva, que mal chegam para fazer o que é realmente necessário... brincamos?). Serei lacónica nos documentos que tiver de preencher e aceitarei as consequências de tal posição, em defesa dos direitos dos alunos. Os nossos já foram atropelados irremediavelmente, são coisa inexistente, portanto, façam como quiserem, avaliem-me como desejarem, mas não me façam perder tempo com isso.

E agora?

Tornar-me uma professora de papel é que não. Desculpem lá, mas não.
A obediência tem os seus limites. Não consigo obedecer cegamente à desinteligência.
Quem comanda os meus gestos não serão nunca pessoas em quem não confio, por revelarem, a cada passo, um total desconhecimento do que deveria ser a actividade de um professor no século XXI.
Quem comanda os meus gestos são aqueles que amo e a quem sirvo. E agora sirvo apenas uma dama.
Agora, o meu amo e senhor são apenas os meus alunos. Mais ninguém.
Eles sabem e os pais também (muitos deles professores, por vezes colegas próximos). Não precisam de grelhas que o provem. Nem eu.

Não, não é arrogância. Caminhei muito até chegar aqui, e tenho a humildade de saber que ainda me falta aprender muito. Não tenciono roubar tempo a essa aprendizagem pessoal, gastando-o levianamente, estupidamente, em procedimentos que nada acrescentam à minha formação.
O meu caminho diz bem da entrega. Fala por mim.

Lamento, mas não tenho outra estrada daqui para a frente.
E acrescento que o trabalho dos titulares e dos Conselhos Executivos será desumano e desajustado. Que o tempo de que precisariam para zelar pelas importantes questões pedagógicas das suas escolas (e dos seus alunos, no caso dos professores titulares) lhes será cerceado com consequências inimagináveis. Estou solidária com eles e só espero que todas as escolas, um dia destes, acordem, percam o receio e se levantem juntas, a uma só voz, para explicar as razões que tornam este processo absolutamente absurdo, impossível e incompatível com a melhoria de resultados, sejam eles quais forem.
Estarei com eles nessa hora.

Sim, meninos, já vi que me deixaram umas mensagens, que têm projectos novos nas galerias, que estão a descobrir coisas importantes.
Já vou! Já vou!

Depois de um desafio de improviso na aula de ontem - desenhar um triângulo no scratch e outros polígonos... (não, não estava em nenhum plano de lição... reproduzi um desafio que havia feito na turma de 5º, pois a turma de 6º renovou o seu entusiasmo pelo scratch e senti que o momento era o adequado. Como esta, aconteceram outros contactos com aturma de 5º... acham que o tempo chega para grelhas e portfolios?)

Professora professora, já experimentei pôr os valores para fazer um triângulo e fiz uma estrela. Vou tentar dar a volta ao problema. Não sei como mas vou descobrir. Beijinhos

Respondi: ...eu sabia... o mais divertido é que, enquanto se procura, surgem formas muito giras... conta a história da pesquisa!Beijinhos

Professora DESCOBRIIII :P. Comecei por pôr 100 passos porque achei que era uma distância aceitável. Depois vi que a minha tentativa dos 135 graus não dava então lembrei-me do que a professora disse, que os ângulos de um triângulo somados tinha de dar 180 graus. Então eu parei para pensar e comecei por dividir 180 por 3 porque o triângulo tinha de ter todos os lados iguais. Deu-me 60. Achei que já tinha descoberto tudo, mas não, quando fui pôr em prática deu-me um hexágno. Pensei que fosse mais uma tentativa falhada. Já em desespero de causa fui contar o sucedido ao meu pai. Então ele muito simpático propôs que pensasse naquilo que fiz, e disse para eu pensar no ânglo raso, porque na verdade o gato ao andar em frente, a linha faz um ângulo raso. Vim de novo para o meu quarto e raciocionei, se ao mandar virar 60 graus ele fez um hexágno com um ânglo obtuso num sentido e agudo noutro, eu queria totalmente o contrário então aos 180 tirei 60 e deu-me 120 e foi o que coloquei nos graus. E juro que descobri sozinha. :D
Mais abaixo está um desenho a explicar.

Respondi: Em que formato está o desenho que me envias? Não consigo abrir! Tens um office muito para a frente? É que eu tenho o 2003... se é isso, tens de gravar como sendo uma versão anterior ou tentar fazer de outra forma. Se não conseguires, pedia o favor de imprimires e levares!Adorei a história! Eu sabia que chegavas lá...Muitos beijinhos

(Ela descobriu, sem saber, o que é um ângulo suplementar... falaremos depois disso na aula... sem plano de lição.)

As relações pedagógicas, a motivação, os resultados, constroem-se com tempo.
Tempo. Tempo. Tempo. Tempo.............

E agora?
Em que portfólio enfio o amor e a dedicação?

15 comentários:

Madalena disse...

É mesmo isto: não é a avaliação que nos assusta; é a papelada que temos de preencher para, através do mísero papel, mostrarmos a não sei quem (não é aos nossos alunos com verteza!) que somos bons, ou qualuqer coisa no género. UM beijinho Teresa.

JMA disse...

Resta saber, nesta miséria intelectual e neste deserto de dignidade, que os avaliadores e os avaliados estão nas escolas, e que o jogo será, em larga medida, o que eles quiserem! Um 'bravo' e um abç.

IC disse...

Também o meu 'bravo'.
Só um pequeno reparo quanto ao portofolio - um reparo no sentido de os professores não se deixarem pressionar para excesso de papelada que podem recusar. Pareceu-me uma sugestão e não me parece que a sua redacção obrigue a "portofolio estático de papel", como dizes. A um avaliador que se recuse a aprender ao menos a aceder a materiais para ler pelas tecnologias hoje usadas acho que só haverá que lembrar que isso pode pesar na sua própria avaliação. Outro exemplo: um avaliador poderia recusar verificar o teu trabalho com os alunos mediante blogues feitos para eles e com eles alegando não saber usar o endereço para ir ver?
Claro que a papelada a preencher será sempre excessiva, mas há coisas de que os professores se podem defender com fundamentação que me parece irrecusável à luz dos próprios critérios de avaliação, incluindo os da avaliação dos coordenadores-avaliadores.
Beijinhos

Teresa Martinho Marques disse...

Obrigada pelas vossas palavras... A questão do portfolio só se tornará desajustada se as escolas forem mais papistas que o papa e tentarem institucionalizar rigidamente as orientações, o que não me surpreenderia ao pensar no que as escolas têm feito a partir de algumas "orientações"... como já comecei a ouvir comentários na minha de que há escolas que o fazem, para ser mais fácil... não me surpreende que tal posa vir a ser adoptado como orientação a seguir, com o argumento de que é mais fácil assim. Não coloco sequer a questão de não ter um avaliador ajustado às TIC, porque não é o caso. Sei que reconhece a qualidade do trabalho que faço e move-se bem com as tic, portanto saberá consultar o que for necessário para perceber o que é o trabalho. A questão que me incomoda é continuarmos com o discurso das planificações (temos a de referência feita no grupo), planos de aula e instrumentos afins, sem respeito por metodologias que se suportam em abordagens mais livres ou inovadoras de desenvolvimento (que por si só já não são compatíveis com instrumentos de controlo como o de informar os pais de que se deu tudo o que se previa - altero frequentemente sequências e nunca pai nenhum se queixou...) POrtanto, é a essência do discurso que me incomoda, sempre a burocratização como espada pendente... Procurar as evidências em instrumentos e materiais que pode nem ter sido o professor a construir... e depois incluir um item para as inovações, nomeadamente com as tic (onde espero ter pontuação máxima :o) em detrimento de outros itens - que o tempo não vai dar para tudo).
Enfim... tentarei fazer uma gestão racional e tal como não quis ser titular, também não pretendo ser boa em tudo nem escrever muitas linhas nos documentos. Assumidamente passarei a gerir o pouco tempo mantendo apenas como prioridade os alunos e o meu crescimento intelectual e profissional. E tentarei mesmo manter um registo actualizado em jeito de diário... acho que, quando começar a contabilizar, eu própria ficarei surpreendida com o tempo que gasto em questões de escola...
Em suma... será sempre mau, de uma forma ou de outra... mas serão realmente as escolas e os professores (avaliados e avaliadores também avaliados) a definir quão mau será. Penso que em algumas escolas poderá vir a ser mesmo muito péssimo... pois...
PArtilharei os meus gestos de protecção em função das solicitações que me forem sendo feitas... Abraço e beijinhos

IC disse...

3za, só mais uma coisa: Pareceu-me (digo assim porque comparei estas grelhas com as primeiras muito rapidamente) que saiu um item que falava dos planos de aula, o que empurrava a fazer planos à maneira do estágio. Isso achei um inferno, nas primeiras grelhas, pelo que podes ver melhor se continua a haver alguma coisa nas normas que possa ser interpretado como legítimo exigir os tais planos (entre planificações e planos aula a aula escritos vai uma enorme diferença)

Teresa Martinho Marques disse...

A questão não é o que está escrito (não aparece explicitamente o termo plano de aula) mas a forma como isso pode ser interpretado pelos zelosos que querem ter dados para dizer que fizeram o seu trabalho com rigor. Coisas como: Correcção científico‐pedagógica e didáctica da planificação das actividades lectivas;Adequação das estratégias de ensino e aprendizagem aos conteúdos programáticos, ao nível
etário e às aprendizagens anteriores dos alunos;Adaptação da planificação e das estratégias de ensino e aprendizagem ao desenvolvimento das
actividades lectivas;Diversidade, adequação e correcção científico‐pedagógica das metodologias e recursos utilizados.... sendo genéricas fazem tanto apelo à questão das metodologias, estratégias de ensino que, alguém mais zeloso, como só vai assistir a duas aulitas, pode querer saber por escrito quais são elas, com o argumento de que nas recomendações falam em planos de aulas (o que é parvoíce, pois escrever que o faço no plano e depois fazer realmente, não é a mesma coisa... MAs não estou ralada no momento. Aguardo "com serenidade" o que vai ficar decidido na escola... depois te direi! Beijinhos

Paulo Jorge Izidoro disse...

Belo artigo teresa. Explicaste claramente as coisas!

Como não te posso aliviar os papéis, fica aqui o link para poderes abrir os documentos do Office 2007 (têm extensões do tipo docx)

É gratuito e podes continuar com o Office 2003!


Microsoft Office Compatibility Pack for Word, Excel, and PowerPoint 2007 File Formats - http://www.microsoft.com/downloads/details.aspx?FamilyId=941b3470-3ae9-4aee-8f43-c6bb74cd1466

Teresa Martinho Marques disse...

Paulo! Viva! Obrigada imenso por esta ajuda preciosa! Nestas coisas sou um bocadinho "retrógrada"... mantenho-me muito tempo aficcionada a software velhote... :)
Tudo de bom!

Teresa Martinho Marques disse...

Já está o problema resolvido. Bem rápido! Obrigada!

Anónimo disse...

Teresa, o teu artigo condiz exactamente com o que penso. As escolas passam a avaliar professores e os alunos passam sem ser avaliados pois nem restará tempo para isso. Aliás, só serão avaliados porque também contribuem para a avaliação dos professores!
Nos Conselhos Executivos os papéis serão tantos que os minúsculos alunos passarão despercebidos façam o que fizerem, de bom ou de mau. A lei do tabaco veio em boa altura pois um cigarro mal apagado, poderia causar enorme prejuízo (material, porque humano até ajudava nas contas).
As escolas vão assemelhar-se aos tribunais e os raros quadros interactivos, com um pouco de imaginação, cortados em tiras, darão umas boas prateleiras para a papelada. A partir desse dia, não podendo contribuir com algo de mais inovador e interessante que possa interferir nas aprendizagens, passarei a deitar-me a horas decentes. Farei apenas o necessário para ficar bem visto na minha avaliação, usarei apenas o giz e o quadro negro como já o fazia noutros tempos e os fins de semana começo a dedicá-los à minha família. Faço a planificação que eles querem que eu faça e pronto! Ao que chegámos! A Educação bateu no fundo! A criatividade nas aulas, o improviso, enfim, o que cativa, o que não pode constar numa planificação, pois cada aula é diferente, tudo isso deixou de interessar.
Também, será que o clima instalado favorece a criatividade?

Como me começa a faltar, não resisto a vir respirá-la no teu blogue. Obrigado!

Teresa Martinho Marques disse...

Oh Zerus... pensar que ainda consigo nem que seja isso dá força para continuar. Aqui e na escola a tentar combater os disparates. E ando numa entrega maior aos meninos acompanhada de uma náusea de escola enorme. Não sei quanto tempo resistiremos, mas espero que a coisa não tenha estragos definitivos, em nome das nossas crianças. Que raio de desinteligência educativa esta que o nosso ME revela... Colocas bem a questão tal como a descreves... :(

José Paulo Santos disse...

Teresa, este texto é um manifesto maravilhoso ao Ensino, à Educação e aos nossos alunos! Cada palavra pesada e reflectida. Cada palavra reveladora de uma carreira, de um percurso tortuoso, mas cheio de alegrias, porque os nossos alunos ali estão paras nos encher a vida...
Teresa, li cada linha, revendo nelas muito da minha trajectória, enquanto educador, responsável por uma missão que me foi confiada há uns 16 anos...

Bem haja!

Teresa Martinho Marques disse...

:) Obrigada Paulo...

Anónimo disse...

Eu peço desculpa por quebrar tanta unanimidade mas não considero que vá ser assim tão impossível e mau, que não nos vai fazer tanto mal assim e que estávamos a precisar de algum profissionalismo e gosto tanto dos meninos como vocês e são tão bom profissional como vocês. A "papelada" só é papelada para quem separa a investigação da acção. Não tenham medo. afinal é o que costumámos pedir aos nossos alunos.

Teresa Martinho Marques disse...

Eu por acaso não peço papelada sem significado aos meus alunos. TRabalho significativo e com sentido sim. Muito do que se quer fazer, na minha opinião, não tem sentido, não melhora práticas, não nos conduz a mais profissionalismo, mas agradeço as tuas palavras e a posição diferente. É saudável a diversidade. Importante será um dia avaliar e analisar os efeitos de tudo isto. Se forem positivos para as crianças e para o sistema educativo (embora não consiga deixar de duvidar), óptimo!