domingo, janeiro 27, 2008

Campo de estrelas...

Mesmo que não queiram, semearei e regarei o meu campo de estrelas. Cuidarei das flores com ternura e sorrisos, afagarei todos os sonhos delas. Foi promessa que lhes fiz, que lhes faço, que qualquer um dos meus gestos diz. Se insistirem em desviar-me o olhar, a atenção, se tentarem agarrar a minha mão, eu encontrarei sempre mais pés para escapar, saltar cercas, atravessar grades e regressar ao meu campo de estrelas. Não se atrevam nunca a dizer-me que o meu destino é esquecê-las. Eu não as conto, eu não lhes traço as viagens, eu não lhes estreito as margens, eu não lhes digo que recanto do céu lhes serve melhor. O meu destino é não lhes dar destino, não prometer azul maior, é partilhar o mundo, acalmar a dor, segredar-lhes com carinho: encontra as tuas asas, com estas ferramentas e as que criares, com as tuas perguntas, faz o teu caminho.
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Mesmo que não queiram, que me tentem impedir, vão perceber um dia, que a força de um jardineiro, mesmo que esteja sozinho, não pode ser calculada, não pode ser controlada, ninguém a pode medir.

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4 comentários:

Madalena disse...

Há dias em que é preciso mesmo metermo-nos num "ventilador" de sonho. Lindo! Beijinhos

Anónimo disse...

São essas estrelas que depois vão ficar a brilhar...capazes de escolher caminhos noutros universos. São também elas que vão ficar nas nossas recordações. O resto é para esquecer...
filomena

Teresa Martinho Marques disse...

siiiimmmmm :)

Unknown disse...

É isso, Teresa, tu sabes: "CATIVASTE-OS!"
Abraço,
Emília.