Observe and Design: redesigning the school
January 23, 2013 9:44 AM
What will schools look like in 2025? How will innovations such as fast Wi-Fi connections, 1:1 computing, and bring-your-own-device affect the teaching/learning process? Will learning take place in the traditional classroom dynamic, or will there be more flexible, open spaces, and more independent learning?
These are the questions and challenges that Ministries of Education across Europe are contemplating as they develop strategies to engage with developments in educational technologies and pedagogical practices. The iTEC* project is working to develop the classroom of the future by developing innovative learning activities. These activities, developed with input from all stakeholders in the educational process, provide teachers with the space and support to introduce the principle of innovation to their classroom practice. (...) (ler mais)
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... temo que em Portugal (e mais uma vez constatei isso
ontem na sessão de formação em Alcochete , no que se refere ao 1.º ciclo e pré-escolar... os eternamente
abandonados à sua sorte quando a crise aperta) se continue a avançar em dois caminhos e duas
velocidades sem encontro à vista:
- as escolas-filhas, nos grandes centros, as mais modernas equipadas ou com
possibilidade de serem equipadas e ter as melhores oportunidades de
aprendizagem para o século XXI (eventualmente...
se a "contenção" não impedir esse caminho, na época pós-magalhães -
os alunos com Magalhães só estarão nas escolas até ao final de 2013/2014 e,
para o ano, são apenas as turmas no 4.º ano)
- as escolas-enteadas, perdidas nesse Portugal interior ou
rural que já pouco têm e que com pouco ficarão (sim, têm o Amor, vontade e dedicação dos
seus Professores que é imenso mas não chega para resolver tudo).
Com demasiada frequência encontro professores que respondem
às minhas propostas, formação, partilha de práticas e entusiasmos dizendo: há um computador na minha escola
(sala de professores) e eu levo o meu portátil pessoal para a aula... e já não
tenho alunos com computador... faço como?
Em 2025?
Não consigo pensar a esta distância no meu pequeno país. Já ficava feliz se realmente existisse um plano para 5 anos que fossem.
Sou tendencialmente otimista e sonhadora, sim, mas o
real vai-me colando os pés ao chão muitas vezes, demasiadas vezes. Receio que continuem
as assimetrias nos países pobres que escolhem a educação e a saúde (as pessoas)
como áreas de desinvestimento. Umas escolas terão cada vez mais, outras cada
vez menos. Adivinhem lá quais as que terão muito e as que pouco terão? Nos
países desenvolvidos os primeiros anos de escolaridade são os mais
importantes... Aqui, em muitas escolas (1.º ciclo e pré-escolar), ou algo muda e depressa, ou
a curto prazo regressaremos ao apenas ler, escrever e contar... e ainda por cima
mal.
Que justiça nas assimetrias? Nenhuma.
Questão de sorte ou azar.
Um destino que não se escolheu.
Caminhar no terreno ombro a ombro com tantos professores e
tantas escolas (de periferia) dá-nos uma noção exata do que é o país real.
Saímos do nosso cantinho quente, confortável e seguro de uma sala de aula equipada (por sorte do destino) e percebemos que as
pessoas não precisam apenas de formação, conhecimento, ideias. Estão a precisar de
esperança. E eu levo o conforto possível, caixeira-viajante que os escuta e
lhes mostra como é possível fazer diferente e melhor, lhes conta histórias felizes de outros lugares por onde passo e que gostavam (eu gostaria) fossem as suas histórias também. Mas não é suficiente. Eu
não tenho a resposta de que precisam. Só me preocupo e os abraço, deixando
sementes para um dia.
Dia que eu desejo que chegue... um dia.
Dói especialmente aos que já experimentaram o lado especial
da inovação com excelentes resultados (para esses professores e alunos o Magalhães teve um papel fundamental) e agora estão prestes a ficar sem nada, só
porque vivem e trabalham na zona onde o sol (ainda) não chega(ou).
O tal sol de que
dizemos: quando nasce, é para todos.
Devia ser, não devia?
Pois...
* O iTEC é um projeto europeu importante que também faz parte das minhas atuais funções apoiar. Muitos professores portugueses (alguns deles desafiados por mim e que aceitaram participar) estão envolvidos em experiências de enorme qualidade, que acompanho com alegria e entusiasmo. Nenhum deles pertence ao pré-escolar, primeiro ou segundo ciclos, porque o projeto se destina a escolas do 3.ºc/sec.
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