terça-feira, novembro 22, 2011

A vida: surpresa, paciência, criatividade e humor!



Uma das coisas de que mais gosto no trabalho com a ferramenta Scratch (programação de computadores - descarregar aqui: http://kids.sapo.pt/scratch/download), colocada nas mãos das crianças e jovens, é a não_formatação do pensamento, a surpresa constante, a criatividade, o desenvolvimento cognitivo e comunicação de raciocínios e o humor revelado pelas crianças um pouco mais crescidas (especialmente a partir do 2.ºc... ou final do 1.ºc). Tudo isto misturado num ambiente onde a concentração e a persistência são treinadas de forma intuitiva, onde a resolução de problemas se torna uma necessidade (deixando de ser um papão) e onde perguntar, partilhar e comunicar são o meio mais importante para avançar e crescer.

Longe de ser uma brincadeira, a atividade de programar é exigente e complexa. Desafia os limites da nossa paciência, replicando a vida de forma muito peculiar. Os problemas que o caminho de viver nos coloca são geralmente inesperados e desformatados (não têm limites bem definidos, nem páginas de soluções já prontas a usar), apelam a experiências anteriores, à aplicação de conhecimentos a novas situações, exigem abordagens criativas, adaptação às circunstâncias/limitações e, sobretudo, são suavizados pela força da alegria e do humor (amor) que nos fazem avançar, mesmo nos momentos mais difíceis.

Este ano, no Clube scratchtime, temos uma garota de 11 anos que nos coloca mil sorrisos na boca de cada vez que publica um projeto. http://kids.sapo.pt/scratch/users/Raquel26
Chama-se Raquel... mas podia chamar-se Felicidade... pois...

Nestes tempos sombrios... uma lufada de ar fresco com aroma de morango.

Scratch Project

Scratch Project

Scratch Project

Scratch Project

Comunidade de educadores interessados em saber mais... EduScratch .

terça-feira, novembro 15, 2011

Sons de Scratch... aqui e ali...



Mais uma manhã mágica em Aiana de Cima! Na turma do 1.º ano (professora Ana Chambel), ainda sem computadores, apresentámos o Scratch em grande grupo e, depois, fizemos um jogo do tipo "o chefe manda"... Um a um os alunos deram instruções de deslocação a um colega para o fazer chegar a um determinado local (n passos em frente... n passos para trás... roda para a direita e fica a apontar para... roda para a esquerda e fica a apontar para...). Orientação, lateralidade, pontos de referência... uma área do currículo onde o Scratch pode ser uma valiosa ferramenta de apoio. Na turma do 2.º ano (professora Carla Marques), alguns alunos já tinham o Scratch instalado nos seus Magalhães, outros já avançavam com algumas operações, outros aguardavam que instalássemos a ferramenta e, finalmente, depois de tudo pronto, lá nos aventurámos todos (vídeo a caminho) :) Uma breve apresentação e mãos na massa! A ritmos diferentes, com experiências diferentes, e explorando o que mais os cativou, o tempo passou num instante e nem demos por ele. Muitas aprendizagens e muito entusiasmo! Vamos regressar! :)

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domingo, novembro 06, 2011

Technology In Education - Why?

Digital photo-painting...

... experiências

CREATIVE ESCAPES - Marjorie Yang: innovation is the key to lifting people out of poverty


Um texto de Marjorie Yang para reflexão... (com uma referência ao Scratch, no final...) 
A ler com atenção.

28 Oct 2011-South China Morning Post

CREATIVE ESCAPES

Marjorie Yang says that innovation is the key to lifting people out of poverty, and women are often best placed to find creative solutions to seemingly intractable economic problems
Women can play a much more active role in incubating and promoting change...
(...)
Such examples exemplify how women can play a much more active role in incubating and promoting change. Women’s keen abilities in observing, relating and questioning are important skills for an innovator. Society needs to provide women with an empowering environment with opportunities for exposure, networking, taking risks and experimenting with new ideas and initiatives.
In the long term, at a macro level, education is key for innovative environments. Much is done to foster creativity at college level, but this will only have a limited effect if the effort is not extended to education at secondary and even primary levels.
 

Fortunately, bright innovative minds are working to address this problem. One project of note is Scratch, computer software developed by MIT Media Lab, that allows young children to create programs and multimedia content. It is now used by many schools worldwide. Education systems should seek to nurture and reward the creative, problem- solving mind.
Those who innovate hold the greatest potential to bridge societal gaps. In particular, women, who are the core on both domestic and professional fronts, are in a position to build a culture for innovation at home, work, and across society."


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Marjorie Yang is chairwoman of Esquel Group and a non- official member of the Executive Council. This article is part of a monthly series on women and gender issues developed in collaboration with The Women’s Foundation

Semear... crescer... ramificar... (depois secar?)


Tudo começa com sonhos.
Sonhos teimosos.
Agora, devagarinho, entramos cada vez mais nas salas de aula, com a ajuda dos professores que se vão rendendo à alegria de ver os seus alunos criar, produzir, pensar, refletir, crescer através do uso de tecnologias entrelaçadas com humanos gestos, humana mediação, ao serviço da invenção, da produção de conteúdos. Quando vemos crianças nos primeiros anos a usar o X e o Y para se localizarem no espaço, crianças do pré-escolar a desejarem escrever para animar as suas próprias histórias, a desejarem ler para compreender as instruções que lhes permitirão dar voz a projetos seus, compreendemos que há ferramentas que nos levam mais longe no conhecimento (mais cedo e mais depressa). Em vez de as "treinar" apenas no consumo de jogos, que tal ensiná-las a criar os seus próprios jogos e animações?
Não abdiquemos da exigência.
As tecnologias podem estar ao serviço dela e não do oposto.

No 9.º ano já não precisam?
Engraçada, superficial e leviana afirmação.
Escuto testemunhos de professores universitários: os alunos sabem tão pouco. Uma complicação usar um editor de desenho, uma drama definir itinerários ou observar/interpretar estruturas com o google maps ou com o google earth... Skype? Ah... nunca usei (aconteceu-me há pouco com uma aluna - no contexto de uma cadeira de tecnologias na educação - que queria entrevistar-me e se preparava para uma deslocação física sem sentido). Questionam-se alunos-futuros professores: como usarias a tecnologia nas tuas salas de aula? Conheces ferramentas? Ah... levava uns jogos educativos e powerpoints...
Sabem muito sim. Telemóveis, jogos, escutar música. Usar o computador como máquina de escrever... e mal. Pesquisar... sem critério. Muitas vezes, sequer anexar um ficheiro numa mensagem de correio electrónico. Arriscar-se sem consciência. Desrespeitar direitos de autor. Copiar. Deixar numa identidade digital, inconscientemente desenhada, vestígios de uma reputação duvidosa que, no futuro, regressará como boomerang penalizador de percursos pessoais e profissionais. Divertir-se mais do que aprender, sem tirar todo o partido possível dessa ferramenta que só vale a pena se a alma não for pequena. Porque são pessoas que as utilizam, são as pessoas que definem os modos. A tecnologia é inerte.
Sabem muito sim. Na maioria das vezes não sabem o que deveriam saber.
Consumir, consumir, consumir. E criar?

Talvez valha mais a pena refletir sobre o currículo atual das TIC no ensino básico/secundário e enriquecê-lo de tempo e conteúdos para o tornar ainda mais exigente no que se refere ao conhecimento/utilização de ferramentas de produção, à importancia do rigor nessa produção (partilhada com o mundo e imagem de nós), ao desenvolvimento do sentido crítico relativamente ao universo digital em que vivem afogados, ao desenvolvimento de uma ética de utilização social que se entranhe, como se fizesse parte natural de cada um, e (n)os torne dignos da designação "digital natives"...  em todos os sentidos.
E sem dúvida que puxaria a brasa à "nossa sardinha": aprender a programar, conhecer os bastidores de tudo o que utilizam (e o Scratch é uma boa porta de entrada) deveria ser uma meta fundamental desde muito cedo no ensino básico.

Acabar com as TIC...?

Uma sentença de morte no desenvolvimento e no futuro.
Um retrocesso colossal (para usar palavras em voga).


*Foto minha (ESE/IPS) editada com AdobePhotoshop  textura aqui)

Que ave?

No primeiro sábado em que se realizou a Oficina de formação Scratch e Matemática, cheguei muito cedinho à ESE/IPS e fiquei presa a este cantar nostálgico, doce e estranho.
Alguém me consegue dizer de que ave se trata?


Adenda:
Descobri um site muito interessante

www.bird-songs.com (vários países)
http://www.bird-songs.com/indexpt.htm (aves de Portugal)

e como não consegui identificar escutando... escrevi-lhes.
Acabei de receber a resposta:

"É o estorninho e no background é uma popa a cantar muito baixinho. O estorninho tem centenas de canções porque imita outros pássaros."

Já percebi por que razão não consegui identificar... :)