Se é sempre tudo perfeito?
Não é...
Mas não guardo para depois. E falo e chamo a atenção e ralho e é uma preocupação constante... Os avanços, os recuos, os disparates, a falta de concentração, as divisões, os cálculos ignorando as vírgulas, as unidades de medida sempre omitidas... A pressão das provas de aferição que obrigam a um programa, quase inteiro, trabalhado basicamente a correr até ao final do segundo período... como se fosse possível!
Uma escola com tempos e ritmos que não me agradam, que suplicam outros caminhos que não os que se avizinham.
Vejo-os apenas às quintas e sextas e esquecem-se de mim o resto do tempo. De mim e da Matemática. Tenho de recorrer ao marketing... Me desculpem os outros professores, mas farei tudo para ser o centro das atenções (eu e a Matemática) e vender o melhor possível a memória de mim e a lembrança do que é preciso fazer para vencer dificuldades.
Hoje cheguei à aula e vi um pião... gostei. Falaram-me da moda a crescer de novo. Bem a propósito da moda e da média que nos fez conversar sobre tratamento de dados, interpretação de informação e tomada de decisões.
Fui eu, fui eu que trouxe o primeiro pião e agora já há mais na turma! Quantos? Estes todos. Mostraram.
São os primeiros minutos da aula. Não os perco, gasto-os em alguma reflexão. Hoje dei-lhes as notícias de ontem sobre a apresentação do catálogo dos blogues... o destaque ao seu blogue do Clube... e, depois, uma ideia.
Quantos de vocês vão pelo menos uma vez por dia ao facebook? Muitos.
Então vou fazer-vos um desafio... E fiz. Por acaso fiz mais do que um. Nunca me consigo conter.
E fiz mais outros que (também) implicam o uso de telemóvel de forma criativa e construtiva.
É que assim estão a gastar tempo, mas estão a aproveitar melhor em vosso proveito, para além do lazer, as ferramentas e os "objectos" de que tanto gostam e que vos consomem tanto tempo...Acenaram com a cabeça... (espero também que com o coração).
Se me tiverem prestado atenção... vos contarei.
Suspense...
(Nunca sei o que esperar... mas não posso parar de pensar em soluções para evitar os meus lamentos e lamúrias, encontrando aliados, em vez de adversários, nos objectos digitais que veneram e os absorvem e exigindo-lhes ainda mais do que começa a ser hábito exigir-lhes. Aceitamo-los dando pouco de si, como se isso fosse um desígnio, um fado, um sinal dos tempos que os transporta até à universidade com todo o tipo de fragilidades na sua preparação...)
Ah! Hoje foi bom ver os piões a competir com esses objectos digitais...
Bom fazer todos os tempos coexistirem no mesmo espaço... :)