terça-feira, setembro 25, 2007

Choro outra Teresa

Teresa Guedes

Há tempos falei dela aqui. E aqui também (apetecia-me sempre regressar...).
Uma Teresa especial que me descobriu agora, mas já habitava a minha vida há muito.
Fui a Beja na esperança de a encontrar. De a ver. De a abraçar.
Pressentia os laços, os fios já criados tão repentinamente em trocas de palavras doces. As afinidades. Esta mania de sonhar, este vício de criar na ponta dos dedos. Teresas letra a letra, não apenas geometricamente semelhantes.

Ela não havia conseguido estar presente. Por razões que me afligiram.

Acabei de receber a notícia que não queria receber. Entregue pela voz comovida de um grande amigo seu:José António Gomes.

A saudade que sinto agora do som da tua voz, que não chegarei a ouvir, tem sabor a sal.
Há pessoas que não deviam partir nunca.
Releio-te, que é uma forma de te abraçar e às palavras que semeaste.
Mas queria palavras novas, Teresa, queria o teu sopro continuado, esse sonho iluminando, inspirando. Queria...

Releio-te, que é uma forma de te abraçar e às palavras que semeaste. Repito-me na esperança de acreditar que chega.
Queria que chegasse. Mas hoje não me basta.

Fica aqui connosco, por favor. Fica.

(Nem te digo adeus porque se não disser adeus, tu não podes ir-te embora, verdade?)

2 comentários:

imaz disse...

Também eu fico triste...há quinze dias atrás comprei o que penso ser o seu último livro editado "Tu Escolhes"
Há dias e notícias que nunca se deviam receber...
Bj
Zami

Teresa Martinho Marques disse...

Pois... :(