terça-feira, setembro 12, 2006

Palavras Andarilhas - Eu vou!

VIII PALAVRAS ANDARILHAS
21, 22 e 23 de Setembro
Biblioteca Municipal de Beja José Saramago
"Quando se fala em promoção da leitura e narração oral, são muitos os que de imediato associam estes dois temas às "Palavras Andarilhas" e a "Beja - a Cidade dos Contos".

As razões de tal associação encontram-se no trabalho regular e continuado que a Biblioteca Municipal de Beja José Saramago desenvolve desde 1994 e, nos últimos oito anos, também num encontro que reúne em Beja, durante três dias, mais de 250 mediadores de leitura e narradores de todo o país e 50 especialistas nacionais e estrangeiros - todos andarilhos, como as palavras!
Promovida pela Câmara Municipal de Beja e pela Associação para a Defesa do Património da Região de Beja e contando desde a primeira edição com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, esta iniciativa que este ano acontecerá dia 21, 22 e 23 de Setembro, é um momento importante na reflexão sobre as muitas formas de mediar a relação com o livro, possibilitando a troca de experiências e saberes entre técnicos nacionais e estrangeiros, que em torno de conferências e mais de 15 oficinas, trabalham a leitura em voz alta, a escrita criativa, a ilustração, a narração e a animação à leitura.
É também daqui que sai uma estafeta que durante 3 meses percorre mais de 53 bibliotecas portuguesas, que de Setembro a Dezembro vão experimentando muitas formas de contar, proporcionando o encontro entre os autores consagrados e a tradição popular que na oralidade se encontram na esquina dos contos.
"Palavras Andarilhas" é ainda um Festival de Narração que reúne contadores de muitos lugares do mundo, oferecendo à sua cidade contos ao luar, histórias sem tempo nem idade, que muitos ouviram da boca dos avós e que aparecem agora na boca dos novos contadores, para ajudar a tecer novos sonhos e novas utopias.
"Palavras Andarilhas" é uma festa de contos e palavras, livros e leituras escutadas por centenas de crianças, jovens e adultos, num mundo em que a palavra cada vez é mais urgente, para construir afectos e reparar emoções e por tudo isto um bom pretexto para nestes dias, deixar o televisor desligado e vir até à biblioteca, ver, ouvir e quem sabe contar! "

Estarei em Beja no dia 23, Sábado, para partilhar sabores de palavras... Vai saber-me bem...


Para mais informações basta "clicar" no texto de divulgação...

4 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Teria que "andarilhar" muito para estar em Beja!
Bom trabalho!

«« disse...

pena, chego a lisboa no dia 25...gostava de assistir,ma vou com a maratona de formação a me dar cabo do canastro

soledade disse...

Teresa, não encontrei o email para onde gostaria de enviar esta mensagem. Queria dizer-lhe que os gatinhos que vieram da sua casa estão bem, são agora dois adolescentes esguios, travessos, dois tornados de energia e vivacidade. Que eles alegraram os últimos meses de vida do meu amigo Jorge. O Jorge faleceu no início de Setembro. A Ana talvez lhe escreva, quando estiver capaz de o fazer. Entretanto, eu agradeço-lhe em nome dos dois. É uma graça e um reconforto podermos partilhar da vida destas criaturinhas.
Um abraço

Teresa Martinho Marques disse...

Soledade
Acordei de noite, calor, sei lá. Sede. Por alguma razão vim aqui e encontrei-te. Comovi-me e é comovida que escrevo. Conheci o Jorge por breves instantes. A doçura e a generosidade, as palavras lentas e suaves, aquele dia em que ambos salvaram os pequeninos, últimos da ninhada, que pela sua cor escura poucos quereriam. Dispuseram-se a amar dois, nada preocupados com cores, e foi um dia especial para mim, porque eram os dois últimos de uma missão que me tomou dois meses que não foram fáceis. Terei sempre essa ligação ao Jorge e à Ana, pois assumi a mãe desses dois meninos que hoje é uma companhia indispensável na nossa casa. Também pretinha, a minha Panterinha que quis a sorte dela e nossa se cruzou no caminho que é o meu e, também, no do Jorge e da Ana através dos filhos.
Há pessoas que não deviam desaparecer das nossas vidas. Sinto que o Jorge é uma delas. Não sei se é possível, nem como é possível... mas persiste com a notícia uma saudade que nem consigo explicar. E uma tristeza grande. Sou eu quem agradece ao Jorge e à Ana. Infinitamente. Pela oportunidade que se criou, pela felicidade de os saber bem, pela alegria de sentir que a missão que lhes coube/cabe é, de longe, a mais importante de todos os irmãos e irmãs...
Até sempre Jorge, onde estiveres.Um beijo, um abraço. Um beijo e um abraço para a Ana. Estaremos com ela em pensamento. Um abraço para ti Soledade e obrigada por esta partilha que, apesar das lágrimas que naturalmente transporta, oferece também uma paz suave... mal sabem estas duas criaturinhas brincalhonas a importância de terem tido a oportunidade de ser... O destino que colocou a Pantera à minha porta e me fez, contra toda a lógica, recolhê-la, sabia o que estava a fazer...